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Mudando de assunto: Hard Seltzer

Se a vida é feita de escolhas, hoje eu escolhi não escrever sobre vinhos.

Não se assustem, o tema principal sempre será a nossa bebida favorita, mas não podemos deixar de estar atentos ao que ocorre no mundo etílico a nossa volta.

Dois fenômenos vêm chamando a atenção: o retorno, com muita força, do Gin e seus drinques famosos e a novidade, típica da geração mais nova, as águas gasosas alcoolizadas, ou Hard Seltzer.

Gin é um nome derivado de Genebra, uma antiquíssima bebida produzida na Bélgica e Holanda. Um destilado de infusões de ervas, a principal delas, o Junípero.

Na Idade Média era um remédio, muito usado no tratamento de artrites (Gota) e disfunções digestivas. Somente era produzido nas antigas boticas.

Quando consumido em grandes quantidades, provocava uma temporária valentia na maioria dos covardes. Na língua inglesa ainda é usada a expressão “Dutch Courage” (coragem holandesa) para designar a necessidade de diminuir temores, principalmente nos soldados em tempos de guerra.

Esta bebida se popularizou na Inglaterra em meados do século XVII. Aconteceu, inclusive, uma Gin mania que obrigou, ao Parlamento, aprovar diversas leis na tentativa, frustrada, de controlar um consumo considerado desenfreado.

O Gin sempre foi a primeira escolha entre os soldados e os que foram colonizar outras terras. Sua associação com o Quinino, medicação para combate a Malária, foi a base para criar um dos mais famosos coquetéis: o Gin Tônica. Desta forma, o amargor se tornava palatável.

Nos tempos atuais há um certo clima de nostalgia ao serem revividos e modernizados alguns drinques como o Dry Martini, Gimlet, Tom Collins e Moscow Mule.

Nunca se sacudiu (shaken) ou se misturou (stirred) tanto como agora…

Os Hard Seltzer são bebidas de hoje. Modernas, dinâmicas, pouco alcoólicas, baratas, baixa calorias e fáceis de serem consumidas. Praticamente criadas para atender a um público jovem.

Começou a despontar em 2016, nos EUA. Basicamente uma mistura de água gaseificada e algum tipo de fruta, erva ou extrato aromático. Podem ser fermentadas para se obter algum teor alcoólico ou acrescida de um destilado.

Embaladas em latinhas ou garrafas one way, lembram muito as cervejas. A maioria dos grupos cervejeiros já estão com suas marcas nos grandes pontos de venda.

Chegaram ao Brasil recentemente. Algumas marcas já estão bem posicionadas e nomes, como a da gigante Ambev, disputam um pedaço deste promissor mercado.

A GINTA, é um player recente. Com apenas dois anos de vida, foi criada a partir das ideias de três jovens empreendedores e um apaixonado por drinques, o ítalo-carioca Nicola Bara.

Muita pesquisa, muita experimentação para, finalmente, chegarem a uma fórmula única que “representasse a nossa verdadeira essência”.

O carro chefe é uma clássica versão para o Gin Tônica, composta com limão Siciliano, Tangerina e Laranja.

Duas outras misturas estão disponíveis: uma com frutos vermelhos, a Berries, e outra com mel e Gengibre.

Novas latinhas estão a caminho.

Nossa equipe de degustadores provou e aprovou.

Para compras on-line, acesse: https://www.loja.ginta.com.br/

Há diversas opções de kits, material de coquetelaria e informações sobre preparos diversos.

Na página de contatos há oportunidades de negócios para os que querem empreender em suas cidades: http://ginta.com.br/contato.html

Imperdível!

Saúde e bons Drinques…

O inacreditável preço do vinho no Brasil

Batemos muito nesta tecla, mas nem todos os nossos leitores entendem a importância deste fato. Viajantes, dependendo de seu destino e conhecimento deste mercado, muitas vezes são surpreendidos ao encomendar um vinho na carta de um bom restaurante ou mesmo numa loja especializada: são ridiculamente baratos se comparados aos nossos preços, vinho por vinho. Um amigo e companheiro de excelentes jornadas enológicas, MSB, fez a sugestão que acatei com entusiasmo: por que não fazer uma coluna comparando preços daqui e do exterior.
 
Vamos a ela!
 
Para entender tudo, aqui estão as regras deste jogo:- São 3 grupos de vinhos, cada um com um espumante um branco e um tinto;
 
– Cada grupo representa, hipoteticamente, uma faixa de preço e de qualidade dos vinhos;
– Procuramos por vinhos consagrados no nosso mercado.
– Taxa de conversão usada – 1 USD = R$ 4,00. Todos os preços estão em dólares.
– Os preços apresentados representam a média do que foi anunciado em lojas virtuais e sites de pesquisas.
– O cálculo da variação foi feito entre os preços do país de origem e do Brasil.
 
1 – Vinhos Básicos
 
– Prosecco Dedicato Extra Dry (ITA)
– Santa Rita 120 Sauvignon Blanc (CHI)
– Finca La Linda Malbec (ARG)

 

Tipo   Brasil   EUA   P. Origem   Variação
Esp.
 
11.25
 
14.85
 
5.39
 
209%
Bco.
 
10.40
 
5.00
 
4.20
 
248%
Tto.
 
16.25
 
9.00
 
8.12
 
200%
 

 

1 – Vinhos Médios
 
– Alma Negra Brut Nature (ARG)
– Louis Latour Chablis (FRA)
– Quinta do Crasto Vinhas Velhas (POR)

 

Tipo   Brasil   EUA   P. Origem   Variação
Esp.
 
32.15
 
17.00
 
16.00
 
200%
Bco.
 
41.00
 
24.00
 
19.06
 
215%
Tto.
 
70.00
 
34.00
 
30.00
 
233%

 

 
3 – Vinhos Top
 
– Champagne Veuve Clicquot (FRA)
– Cervaro Della Sala (ITA)
– Caymus Cabrnet Sauvignon 40th anniversary (USA)

 

Tipo   Brasil   EUA   P. Origem   Variação
Esp.
 
87.50
 
24.00
 
43.00
 
203%
Bco.
 
126.00
 
45.00
 
37.00
 
341%
Tto.
 
178.00
 
95.00
 
95.00
 
187%
Comentários finais
 
Está é uma pequena amostra deste universo.
 
Alguns vinhos pesquisados chegaram a ter sobre preços da ordem de 500%, o que consideramos uma distorção.
 
Não incluímos preços de frete, no Brasil.
 
Estas diferenças se devem principalmente a uma abusiva taxação e também à margens gananciosas de alguns importadores.
 
O resultado prático é uma retração deste mercado o que vai prejudicar comerciantes e consumidores.
 
Não pensem que os vinhos nacionais vão se beneficiar disto, acabaram ficando ainda mais caros que os importados, sem falar que não são comparáveis em qualidade (há exceções).
 
Uma pequena amostra: (vinhos de básicos a médios, padrão Brasil)
 
– Tinto – Dal Pizzol Merlot – USD 15.00
– Espumante – Cave Geisse Brut Nature – USD 20.00
– Branco – Salton Virtude Chardonnay – USD 22.50
 
Sem comentários… 

Vinho da Semana: para alegrar um pouco a vida.

 

Diamandes Perlita Chardonnay 2013 – COMPRE AQUI Oferece um delicioso sabor frutado com notas de pêssegos, peras brancas e manga. Bom nível de acidez e frescor. Harmonização: é um vinho bem equilibrado, muito agradável que pode ser servido como aperitivo ou como acompanhamento de entradas e pratos de peixe.

Conselhos que valem ouro

A primeira coluna do ano tem que ser especial. Estamos, em nosso país, numa época em que grandes mudanças se descortinam, sejam elas para melhor ou para pior. Mas ficar do jeito que está não é mais possível.

 

O mundo do vinho, que fica menor a cada dia e mais restrito do ponto de vista financeiro, não é diferente: há enormes alterações em curso, começando pela abusiva nova taxação, como se enófilos fossem os responsáveis por todo o caos econômico.

 

Mas, sempre pagamos o pato. Vinho é bebida das “zelites”, pecado mortal segundo a cartilha dos atuais mandatários brasileiros. Trabalhar honestamente e desfrutar das boas coisas da vida com o resultado disto é simplesmente inconcebível, por uma simples razão: eles não sabem como fazê-lo…

 

A primeira coisa que se deve ter em mente para degustar um vinho, mesmo que seja o mais básico, é ter boas maneiras. Este é o início de tudo.

 

Alguns conselhos eternos:

 

– Sempre convide alguém significativo para dividir a sua garrafa;

 

– Num restaurante, simplesmente inove e peça à sua companhia feminina (ou vice-versa) que escolha o vinho. Caso decline, sugira um branco, um rosé ou um Pinot Noir. Melhor apostar nos vinhos leves;

 

– Ficou encarregado de comprar ou levar os vinhos? Não se assuste, existem alguns truques que facilitam esta tarefa, mas precisamos saber, pelo menos, o número de convidados;

 

– Calcule 1 garrafa para 3 ou 4 pessoas e acrescente mais uma para ser ofertada ao anfitrião. Experimente levar mais de uma opção de cada estilo;

 

– Se for para uma refeição (almoço ou jantar), comece com um branco ou um rosé para “fazer a boca”, seguindo com o vinho tinto. Para encerrar, um vinho de sobremesa ou fortificado e um espumante para o brinde final. Este último, se preferirem, pode ser o vinho de boas-vindas;

 

– Cabe a quem estiver encarregado do vinho as funções do Sommelier: abrir as garrafas, servir pelo menos a 1ª rodada, garantir que todos os vinhos estejam nas condições de consumo ideal. Vinhos brancos, rosés e espumantes devem ser transportados gelados. Para isto, usa-se bolsas térmicas ou mantas próprias congeladas. Para os tintos tenha sempre um decantador ou um aerador. Balde com gelo é sempre muito útil. Se a reunião não for na sua residência, peça ao anfitrião que providencie este item;

 

– O vinho acaba sendo, naturalmente, um dos assuntos da reunião, seja porque é bom ou por não ter agradado como o esperado. Ser o expert da sua turma é correr este tipo de risco. Só se manifeste se pedirem sua opinião. Entenda que ao trazer os vinhos, você já indicou as suas preferências. Evite ser muito técnico, pode acabar recebendo a temida pecha de enochato;

 

– Esta mesma atitude pode ser aplicada num restaurante. Caso sua opção esteja em falta e o Sommelier lhe ofereça uma alternativa, escute primeiro as razões dele antes de contestar ou aceitar a oferta;

 

– Nestas situações aposte nos vinhos clássicos e consagrados. Guarde as inovações para ocasiões menos formais e com um grupo menor e mais fácil de controlar;

 

– Lembre-se que todas as suas atitudes estarão sendo observadas por todos. Faça o seu ritual discretamente, aprecie os aromas antes de degustar um gole, segure a taça da maneira que lhe for mais confortável e deixe de lado aquelas afetações como não tocar no bojo para não aquecer o vinho ou marcar o cristal com “impressões digitais”.

 

Não deixe que estas pequenas coisas lhe tirem o prazer de desfrutar de um bom momento.

 

“Existe mais filosofia numa garrafa de vinho que em todos os livros”.

 

(Louis Pasteur)

 

Saúde!

Vinho da Semana: o verão pede vinhos leves e fáceis de beber.

Altano branco 2014 – COMPRE AQUI
Uma das melhores relações qualidade/preço de Portugal.

Elaborado com uma saborosa coleção de castas – Malvasia Fina, Viosinho, Rabigato e Moscatel Galego.
Mostra um bouquet aromático, repleto de notas de fruta.
No palato é fresco e marcante.

Sobre as “Dicas da Semana”

Nesta última coluna de 2015 vamos tenta atender a uma das nossas leitoras mais assíduas. Eis o simpático email que nos enviou em novembro:
 
 
“Tuty,
 
Adoro suas colunas e sempre que possível mando email perguntando alguma coisa. Ontem me ocorreu uma coisa que pode ser uma sugestão pra vc pensar numa coluna. Uma seleção de todas as dicas da semana. Os top 20 ou os top 10, ou sei lá o quê… Algumas foram fáceis de encontrar, outras difíceis mesmo encontrando, pelo preço, mas acho que valeria a pena fazer uma seleção das melhores, embora sejam todas boas, sempre haverá as melhores. Por tipo de vinho, por cifrõeszinhos, por país produtor, por tipo de uva e por aí vai… acho que daria uma boa série de colunas ou estou enganada? É apenas uma sugestão, prometo não ficar aborrecida se vc não aceitá-la, ok? rs
 
Maria Lucia-Salvador”
 
 
A ideia é muito boa, mas existem alguns complicadores que impedem que as sugestões da Maria Lucia sejam atendidas completamente. Explico:
 
 
1 – Nunca recebemos um retorno específico sobre qualquer das mais de 240 dicas sugeridas desde 2011. Curioso, mas verdadeiro.
 
Houve reclamações como ‘cadê os vinhos caros ($$$)’ ou mesmo um comentário sobre a impossibilidade de comprar uma ou outra dica em algum remoto recanto brasileiro.
 
Até hoje nunca descobrimos se alguma indicação foi considerada boa ou ruim pelos leitores…
 
Isto posto, não temos como fazer uma relação de melhores (Top 10). O ideal seria que este ranking fosse feito com base na experiência dos leitores.
 
 
2 – Outro fator que se perdeu ao longo destes 4 anos foi a escala de preços. Nossa economia variou muito e o mercado de vinhos, mesmo em relação aos vinhos nacionais, é muito sensível à mudanças na taxa cambial e no regime fiscal. Manter a lista dos preços atualizada e corrigida ao longo deste tempo seria uma tarefa para um bom economista e não para um enófilo.
 
Portanto, a classificação por faixa de preços simplesmente não pode ser organizada.
 
 
3 – O último fator, que não ajuda em nada este tipo de trabalho, é que muitos dos vinhos indicados já não existem mais à venda. Safras são limitadas e muitas vezes o produtor de um determinado rótulo decide, por razões mercadológicas, não mais produzi-lo.
 
 
Mas ainda há muita informação útil e divertida. Vamos tentar atender ao máximo aos nossos leitores mais curiosos.
 
 
Dicas Duplicadas
 
 
Compilada a listagem, para nossa surpresa descobrimos que alguns vinhos foram indicados mais de uma vez. Eis a listinha:
 
 
Abril 2013 – Coyam Orgânico (CHI)
 
Junho 2013 – Coyam 2010
 
É o mesmo vinho, aliás excelente.
 
 
Março 2015 – Dal Pizzol Merlot (BRA)
 
Julho 2015 – Dal Pizzol Merlot
 
Novamente, repetimos o vinho. Este parece ser um favorito nosso.
 
 
Nesta segunda relação estão vinhos que foram indicados em safras diferentes. Sinal que são realmente boas opções:
 
 
Julho 2011 e outubro 2014 – Innominabile Lotes III e IV (BRA)
 
Agosto 2011 e abril 2014 – La Flor de Pulenta Cabernet Sauvignon (ARG)
 
Julho 2013 e novembro 2014 – Memoro Rosato (ITA)
 
Junho 2014 e novembro 2015 – Petalos del Bierzo (ESP)
 
Fevereiro 2011 e maio 2014 – Tilia Malbec Syrah (ARG) 1ª Dica da Semana
 
 
Múltiplas dicas e sem dicas
 
 
Em algumas colunas estávamos muito aborrecidos com as tentativas de criar reservas de mercado e outras taxações que resolvemos, como forma de protesto, não indicar nada: março e abril de 2012.
 
 
Em compensação, indicamos mais de 1 vinho em diversas colunas, eis algumas delas:
 
Dezembro 2011 – diversos espumantes e na coluna seguinte 9 vinhos entre tintos e brancos
 
 
Maio 2012 – apresentamos os 10 vinhos premiados na Expovinis 2012
 
Abril 2015 – 3 Malbec para celebrar o seu dia (17/04)
 
Maio 2015 – 3 vinhos premiados na Expovinis 2015
 
 
Na série em três partes, “Adoçando a Vida”, foram duas dicas por capítulo, uma para os pobres mortais e a outra, usando uma terminologia bem atual, para a turma do Lava-Jato, Zelotes, etc…
 
 
Para completar, indicamos destilados de vinho em outubro de 2011 e jogos e outros acessórios na série “Compreendendo o Vinho” de julho 2011.
 
 
Países mais indicados
 
 
Argentina – 49
 
Brasil – 29
 
Chile – 36
 
Itália – 32
 
Portugal – 21
 
 
O pais menos indicado foi a Hungria, com 1 dica apenas.
 
 
Poderíamos inferir a uva que apareceu mais vezes, mas vamos apontar apenas como uma possibilidade, a Malbec, em virtude do maior número de dicas argentinas.
 
 
Mas pode não ser verdade. Se somarmos as sugestões chilenas e francesas, entre outras, é possível que o cetro passe para a Cabernet Sauvignon, seja como varietal ou em cortes. No momento não temos como avaliar este quesito.
 
 
Safras mais indicadas
 
 
2008 – 24
 
2009 – 27
 
2010 – 28
 
 
Em noventa sugestões não havia indicação da safra. Entre eles estão vinhos que normalmente não são safrados, como Fortificados, Espumantes e edições especiais. Em outros casos, foi por falha nossa: simplesmente omitimos esta informação.
 
 
Para finalizar, neste link se encontra a relação completa com a dica desta semana, inclusive.
 
 
As colunas anteriores, organizadas cronologicamente, podem ser lidas no meu Blog, “O Boletim do Vinho”, neste endereço: www.colunadotuty.com.br
 
 
Feliz Natal e um ótimo 2016, ano de eleições municipais.
 
 
Por favor, não reelejam nenhum dos atuais Prefeitos e Vereadores de suas cidades e estados. Vamos castigar todos eles, assim como fazem conosco.
 
 
Vinho da Semana: um espumante para as festas de fim de ano.
 
Quinta Don Bonifácio Brut Habitat
 
 
Vinificado com as castas Uvas Chardonnay e Pinot Noir pelo método tradicional.
 
Apresenta coloração amarelo palha, perlage muito fina e delicada.
 
Aromas persistentes, lembrando pão torrado e frutas vermelhas frescas. No palato é amanteigado e muito equilibrado.
 
Eleito o melhor espumante da Expovinis 2012.
 

Vinhos “On the rocks”

O mundo do vinho tem aspectos muito curiosos, por exemplo, enquanto existe um lado totalmente conservador e quase engessado, como as eternas referências de Bordeaux e Bourgogne, o resto do mundo usa estratégias moderníssimas de marketing para atrair os mais variados tipos de consumidores para seus multivariados tipos de vinhos.
 
Dentro desta linha, existem vinhos para o público feminino, para os jovens, para fumantes de charutos e uma infinidade de outras faixas que nos fazem crer que deve existir, em alguma vinícola do mundo, um vinho elaborado especialmente para você.
 
A última novidade mercadológica são os vinhos produzidos para serem consumidos com pedras de gelo na taça. São vinificações especiais, em que se levou em conta a diluição por conta da água adicional do degelo. Dois produtos deste tipo estão disponíveis no nosso país, ambos vindos da França: um espumante e um rosé tranquilo.
 
Inveja do “whisky on the rocks” ou uma tentativa de conquistar clientes neste segmento?
 
Möet & Chandon Ice Imperial
 
 
 
Quando uma respeitada vinícola, do calibre desta, resolve colocar um novo e “revolucionário” produto no mercado, muita coisa está em jogo, a mais importante delas: o nome Möet & Chandon.
 
Para começar, “Ice” é uma nova classificação que se soma às tradicionais “Brut” e “Demi-Sec”. Para quem não sabe, Ice quer dizer gelo, em inglês. Pelo simples fato de usarem um anglicismo, coisa que os franceses simplesmente odeiam, indica claramente que é um Champagne para ser exportado. Não acredito que os nativos vão consumir isto.
 
A título de curiosidade, se em lugar do termo inglês usassem o francês, ficaria assim: “Glace Imperial”…
 
Aproxima-se de um espumante meio-doce. Elaborado com um corte de Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay, com uma dosagem final de 45g/l de açúcar. É muito frutado apresentando aromas de manga e goiaba, além de notas de nectarina e framboesa. No palato é amplo destacando-se um carnudo e voluptuoso sabor de salada de frutas. Doçura próxima de um caramelo ou marmelada (suspeito…). Acidez refrescante com notas de gengibre.
 
A foto que ilustra serve para explicar que deve ser consumido em taças próprias para Cabernet Sauvignon, com 3 pedras de gelo. Pode-se acrescentar folhas de hortelã, sementes da cardamomo, raspas de frutas cítricas, casca de pepino, gengibre ou frutas vermelhas.
 
O problema é seu preço nas prateleiras nacionais: quase R$ 400,00…
 
Rosé Piscine
 
Esta proposta, na mesma linha da anterior, é bem mais palatável, tanto no custo quanto no capítulo de aromas e sabores.
 
 
 
A cor é muito bonita e nos convida para experimentá-lo rapidamente. Óbvio que a primeira ideia é fazer a comparação com e sem gelo. Recomendamos que façam como na foto, em copos “ Old Fashioned” com duas ou 3 pedras de gelo.
 
Elaborado com a casta Negrete pelo Grupo Vinovalie, criado em 2006, que reúne quatro cooperativas de vinhos do país e alguns châteaux, na região sudoeste da França.
 
Bonita coloração rosé-salmão pálido, quase transparente, com reflexos azulados. Seu nariz é refinado, com notas de limão e morango. Paladar harmonioso, que harmoniza bem com Camarão, terrine de peixe, peixes em molhos cítricos, queijo fresco com ervas.
 
Numa de nossas recentes reuniões foi muito apreciado. A garrafa esvaziou em poucos minutos.
 
Dica da Semana: não poderia ser outro.
 
 Rosé Piscine
 
Apenas siga as recomendações:
 
Servir entre 8° – 11°C
 
BEBER ABSOLUTAMENTE COM GELO
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