Mês: julho 2018

O que é “Élevage”?

Que os franceses dominam o mundo do vinho ninguém discute. Até na terminologia. Embora existam correspondentes na nossa rica língua, predominam os galicismos no jargão usados por enófilos, sommeliers, enólogos, etc…
O mítico e pouco compreendido “terroir” está aí para confirmar esta regrinha. Élevage é mais uma palavrinha para incluirmos no nosso glossário.

A tradução literal não diz muito e, talvez, justifique o estrangeirismo. Élevage significa criação, aprimoramento. Esticando um pouco esta definição, poderíamos incluir maturação e amadurecimento, o que já nos deixa bem próximos do vinho.

Tecnicamente falando, élevage abrange todo o período compreendido entre o final do processo fermentativo até o engarrafamento. E não são poucas etapas. Um tempo que vai exigir um máximo de atenção aos detalhes e onde importantes decisões devem ser tomadas. Para muitos observadores, a élevage é considerada como uma arte. É neste momento que o vinho realmente passa a existir, desenvolvendo suas qualidades, potencial e características mais marcantes. Mas também pode ser o caminho para um completo fracasso.

Em linhas gerais, três grandes processos acontecem durante este aprimoramento: filtragem, afinamento e passagem por madeira (ou não). Alguns especialistas consideram que a própria fermentação, o tipo de estocagem entre as etapas, o envelhecimento e até o engarrafamento deveriam fazer parte disto tudo. Um pouco de exagero.

Para quem não se recorda, após a fermentação, quando o açúcar contido no sumo das uvas é convertido em álcool, o produto resultante deve ser, pelo menos, decantado para separar a parte líquida da sólida.

Em seguida, passa por processos de filtragem mais ou menos extensos, terminado com um afinamento, quando uma solução tipo coloidal (clara de ovo, ictiocola, outros) é adicionada ao líquido para que este fique límpido, sem nenhuma partícula em suspensão.

Atualmente há uma grande corrente de produtores que advoga a não filtragem e afinamento, principalmente aqueles de linha orgânica e natural. Para os Veganos, seria inaceitável um vinho que recebeu, em qualquer estágio, algum produto de origem animal.

O próximo passo envolve a mais importante a ser tomada: passar ou não o vinho por madeira, ou seja, deixá-lo repousando em contato com o ‘carvalho’, por um determinado período antes de engarrafa-lo.

A influência da madeira no vinho é enorme e acrescenta importantes aromas e sabores, aos quais muitos apreciadores se torna adeptos. Para muitos, vinho sem madeira não é vinho. (Entre os consumidores jovens, a tendência é diametralmente oposta: sem carvalho.)

Escolher o tipo de madeira, tamanho e formato (barricas, tonéis, dornas), a tosta, se serão novas ou usadas e qual o tempo de guarda são decisões difíceis.

Eis um resumo das opções disponíveis:

Carvalho americano, francês ou esloveno – cada um vai agregar diferentes características;

Barricas nova ou usadas – significa maior ou menor intensidade da influência da madeira sobre o vinho;

Chips ou aduelas – mais baratas que as barricas e com os mesmos efeitos, embora muito criticadas pelos ‘experts’;

Tosta – na fabricação de uma barrica, por exemplo, a superfície de contato com o vinho deve receber uma queima prévia, a tosta, para intensificar e criar alguns dos muitos sabores e aromas transmitidos. Três pontos são usados: leve, média ou intensa;

Tamanhos ou formatos – além de influir sobre os custos, estão diretamente ligados à intensidade mencionada no item acima;

Tempo de contato – talvez seja a chave de tudo – com pouco tempo as notas de madeira serão tênues e sutis. Tempos prolongados significam sabores mais marcantes. Tempos excessivos podem destruir um bom vinho.

Micro-oxigenação – a porosidade do material permite uma lenta e saudável oxigenação do vinho durante o seu período de amadurecimento.

A madeira é considerada como o ambiente ideal para a realização da fermentação malolática, quando o ácido málico é transformado em ácido lático, introduzindo sabores amanteigados que deixa o vinho mais cremoso e sedoso.

Para finalizar, eis algumas das características passadas pela madeira:

– Frutos secos, caramelo, tostados;

– Notas defumadas, de coco, chocolate, café;

– Especiarias como canela, noz moscada, endro;

– Baunilha, açúcar.

Vida de vinhateiro não é fácil.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: um interessante vinho italiano.

Liberi di Bere Bene – $

Um intrigante corte das castas Bonarda, Barbera e Cabernet Sauvignon, elaborado na região da Emilia Romana, pela Cantine Casabella.

Aromas de vinho jovem frutado com notas de frutas do bosque. No palato é seco, macio e redondo e com notas minerais. Muito harmonioso.

Harmonização: pizza, massas, carne branca, hambúrguer e outros sanduiches.

Compre aqui:

– Vina Brasilis – Rômulo – [email protected] – (21) 96756-6123 – https://www.facebook.com/pg/VinaBrasilis/shop/?rid=133172546824172&rt=6

Vinoart vinhos – https://www.vinoartvinhos.com/

No Rio de Janeiro, está na carta destes restaurantes:

Le Poulê – R. Jangadeiros, 10 – Ipanema – Tel: (21) 2523-2466

Taberna da Glória – Rua do Russel, 32 A – Tel: (21) 2265-7835

Não Era bem assim!

Mais um mito do mundo do vinho é detonado. Desta vez o assunto é muito importante e era tratado, por todos os especialistas, como a razão pela qual somos capazes de distinguir, na nossa língua, os diferentes sabores.

Esta coluna abordou este assunto neste texto, “Como se degusta um vinho”, lá em 2014. A nossa abordagem deixou de estar correta, de acordo com algumas recentes descobertas e outras mais antigas, que por razões desconhecidas permaneceram ocultas por longo tempo.

Os primeiros mapas da língua surgiram em decorrência da tradução do artigo alemão, “Zur Psychophysik des Geschmackssinnes” (Psicofísica do sentido do paladar), escrito em 1901 por D.P Hanig, feita por um cientista da Universidade de Havard, Edward Boring. (1) (4)

O texto traduzido sugeria que existiria um cinturão de sabores circundando a nossa língua e que sua parte central não teria capacidade de distinguir nenhum sabor específico.

Hoje se sabe que esta não era a melhor interpretação do estudo alemão. Em 1974, a pesquisadora da Universidade de Pittsburgh, Virginia Collings, apresentou novas evidências demonstrando que embora houvessem áreas mais sensíveis, estas diferenças eram negligenciáveis. Indicou, ainda, que em toda a boca era possível distinguir diferentes sabores. (2)

A mais recente novidade é a descoberta de células com proteínas receptoras específicas, presentes em todos os mamíferos, capazes de distinguir entre os sabores conhecidos: doce, salgado, azedo, amargo e umami. Uma destas proteínas seria responsável pela identificação de alimentos bons ou estragados. (3)

Se imaginarmos que um sexto sabor, a gordura, está prestes a ser incluída nesta seleta lista e que se sabe muito mais sobre outros sentidos humanos do que sobre o paladar, muita coisa nova vem por aí.

O universo do vinho ainda é muito calcado no empirismo e nas tradições passadas de geração para geração. Tudo tende a mudar quando a ciência se interessa por este tema.

Saúde e bons vinhos!

Fontes consultadas:

1 – https://www.wikiwand.com/en/Tongue_map

2 – http://www.yalescientific.org/2012/11/on-the-road-to-sweetness-a-clear-cut-destination/

3 – https://www.nature.com/articles/nature05401

4 – https://winifera.com/the-end-of-a-myth-97db14cf5ea6

Dica da Semana: Em lugar de indicar um vinho, vamos sugerir dois grandes eventos que acontecerão no Rio de Janeiro, no mês de agosto.

Rio Wine and Food Festival

A 6ª edição do Rio Wine and Food Festival, será realizada na capital carioca entre os dias 3 a 12 de agosto, em diversos pontos da cidade.

Considerado o maior da América Latina, o evento deste ano traz produtores de mais de 12 países, como Argentina, Brasil, Chile, França, Portugal, Uruguai e até Israel, Eslovênia e Macedônia, que trarão vinhos para transformar a relação do visitante com a bebida e a boa culinária em um programa imperdível. Além disso, o evento conta com palestras, cursos e degustações.

Entre os convidados, grandes nomes como o chileno Francisco Baettig, Diretor Técnico das vinícolas Viña Errazuriz, Viña Seña e Viñedo Chadwick, que teve dois vinhos com nota máxima pela avaliação de críticos internacionais e foi um dos finalistas do prêmio Winemaker of the year pela Wine Enthusiast.

E ainda, Marcelo Copello, Dânio Braga, Homero Sodré, Flávio Zilio e outros.

SERVIÇO

Data: 03 a 12 de agosto de 2018 (pré-abertura 28 de julho)

Local: Rio de Janeiro (vários espaços da cidade)

Programação completa: www.riowineandfoodfestival.com.br

Inscrições e compra de ingressos: www.ingressocerto.com (*)

Informações para público: [email protected]

Informações para imprensa: [email protected]

Facebook: www.facebook.com/riowineandfoodfestival   Instagram: @riowineandfoodfestival #RWFF2018

(*) esta empresa não tem uma boa reputação de acordo com os critérios deste colunista. Vide matéria: Não Poderia Ser Pior!.
Infelizmente não haverá pontos de venda ou alternativas de compra para os ingressos deste evento…


ViniBraExpo 2018

A 2ª edição deste evento acontecerá nos dias 04 e 05 de agosto, com a participação de mais de 50 vinícolas de todas as regiões do país, nos Jardins do Office – Shopping Città, Barra da Tijuca, RJ.

Durante o evento, os enófilos terão a oportunidade de conhecer centenas de rótulos e descobrir verdadeiras pérolas. Os destaques serão revelados tanto de regiões mais tradicionais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, quanto de novos e surpreendentes polos de produção de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco e Bahia.

O evento está dividido em 4 setores: Área de Degustação, Área de Masterclasses, área de Convívio Gourmet e Espaço Cultural. Dentro da programação prevista, haverá uma exposição sobre o vinho brasileiro, escolha dos Top10 ViniBraExpo, eleição, pelos visitantes, do “Vinho do Público”, 2º Prêmio Brasil Sommelier, além de shows de jazz e oficinas de experiências sensoriais.

Parte da arrecadação será revertida para o Instituto Pró Criança Cardíaca.

A programação completa está neste site: http://vinibraexpo.com/

Serviço:

Datas: 04 (sábado) e 05 (domingo) de agosto

Endereço: Jardins do Office, Shopping Città, Avenida das Américas, 700 – Barra da Tijuca

Área de Degustação Livre (Vinhos e Gastronomia Artesanal)

Horário de Funcionamento ao Público: 14:00h às 22:00h

Valor Promocional: R$ 75,00 (pré-venda)

Valor Regular: R$ 95,00

Vendas: www.ingressorapido.com.br – Haverá venda de ingressos no local.

Masterclasses (Provas dirigidas por especialistas – cada palestra inclui a degustação dirigida de cinco vinhos de exceção)

Sábado, 04/08/2018:

12h00: Top-Espumantes do Brasil

14h00: Brancos Fora da Curva

16h00: Grandes Vinhos de Dupla-Poda

18h00: Máxima Expressão das Castas

20h00: Super Merlots Safra 2012 D.O. Vale dos Vinhedos

Domingo, 05/08/2018:

12h00: Os Melhores Chardonnays do Brasil

14h00: Painel: Vinhos Naturais

16h00: Um Novo Brasil

18h00: Castas e Vinhos Raros

20h00: 2005: Uma Safra Histórica

Valor Promocional: R$ 95,00 (pré-venda)

Valor Regular: R$ 120,00

Vendas: www.ingressorapido.com.br – Haverá venda de ingressos no local, caso ainda haja vagas.


O que buscamos em um vinho?

O que buscamos em um vinho?

Esta questão tem múltiplas respostas, dependendo da individualidade de cada um. Alguns preferem um visual bonito, o que inclui desde a forma da garrafa, um rótulo estiloso e uma coloração que combine com o ambiente.

Muitos escolhem pelo valor da garrafa, numa clara demonstração do seu status na sociedade, mesmo que para os olhos atentos de enófilos tarimbados isto pareça nada mais que um exagero.

Um considerável grupo se preocupa com as harmonizações, selecionando o melhor vinho que combine com uma refeição. Este é um motivo tão enraizado que pode ser qualificado como mito. Combinar alimentos e bebidas pode ser um prazer a mais ou uma preocupação desnecessária. Nem sempre é  ‘obrigatório’.

Também existe a turma da ‘uva só’, aqueles que só bebem Chardonnay ou Cabernet e acham que os cortes são vinhos menores. Ou então preferem os vinhos ‘docinhos’…

Um enófilo dedicado e observador não pode ficar limitado a esta ou aquela experiência, afinal, existe um universo de opções lá fora. Poderíamos, facilmente, passar o resto de nossos dias provando vinhos diferentes e não esgotaríamos todas as possibilidades.

Para enfrentarmos esta avalanche de opções, precisamos ter muita autoconfiança e saber exatamente onde estamos pisando. Parece difícil, mas não é. Uma aproximação sistemática pode ajudar muito a compreendermos o que nos atrai num vinho.

Três pontos, muito conhecidos, são os pontos de partida para adquirirmos este conhecimento, muito pessoal, que poderá nos levar a outros patamares: Aromas, Sabores e Retrogosto. Se preferirem uma linguagem mais cotidiana: Início, Meio e Fim.

Girando e Cheirando

Esta é uma regra (quase) sem exceções: todo enófilo que se preze, após o exame da coloração do vinho que está na sua taça, vai aproximar o nariz e, muitas vezes, vai introduzi-lo na taça. Em seguida gira a taça, com mais ou menos vigor. Ato contínuo, retoma a busca por aromas.

Rito, esnobismo ou modismo?

O melhor adjetivo seria ‘necessidade’. Este exame olfativo pode revelar muito sobre as nossas preferências. Respondam, para si mesmos, algumas destas questões:

– O principal aroma é bem claro ou está muito misturado e não distinguível?

– É agradável ou estranho?

– Tende para um lado frutado ou floral ou ainda para algo tostado como caramelo, tabaco ou frutas secas?

– Estes aromas lhe induzem a provar o vinho?

– Qual a sensação que espera nesta prova: salivação, adstringência, outras?

Degustando

Chega a hora de provar um primeiro e pequeno gole. Deixe o vinho passear pela boca e, se possível e sem fazer nada estranho, aspire um pouco de ar neste momento. Respondam:

– É possível perceber pequenas mudanças de sabores à medida que o vinho passeia pela boca?

– Este vinho faz salivar (acidez) ou transmite sensações adstringentes (taninos)?

– Alguma sensação de calor na boca no momento que aspirou um pouco de ar (teor alcoólico)?

– Consegue distinguir entre uma bebida leve ou encorpada?

– Se um alimento for consumido, neste momento, há alguma modificação expressiva nos sabores (do vinho ou do alimento)?

Final de Boca

O último ato é engolir o vinho. Novas sensações vão surgir. Respondam:

– Por quanto tempo algum sabor permanece no seu palato?

– Alguma alteração sensível de sabor neste momento?

– Pode classificar este vinho como aveludado, áspero, adocicado ou saboroso?

– Para os brancos: ficou uma sensação de boca fresca e úmida, pronta para mastigar alguma coisa?

– Para os tintos: ficou alguma sensação levemente picante e a boca seca em busca de um petisco com mais gordura?

Esta coleção de respostas vai definir as preferências de cada um. Para bater o martelo, é a hora de tentar alguma harmonização. Novas respostas:

– Combina ou contrasta?

– Fica tudo com o mesmo sabor ou há nítidas influências de um e de outro?

– Há sabores novos e inesperados, resultando numa deliciosa experiência?

As ferramentas estão descritas. Saber usá-las não é difícil. Tudo o que falta é paciência e força de vontade.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: uma casta argentina que anda fazendo sucesso.

Mi Terruño Bonarda 2015

Apresenta cor vermelho intenso, exibe no nariz mescla de frutas vermelhas ameixas maduras e cereja com especiarias fi­nas. Na boca apresenta forte personalidade com taninos redondos.

Harmonização: massas e queijos leves, ideal para acompanhar paella e tortilhas espanholas.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


Degustação Bodegas Volver em Belo Horizonte

A Casa Rio Verde tem a satisfação de convidá-lo (a) para o evento de degustação dos vinhos da Bodegas Volver. Será em uma tarde-noite, no dia 18.07.18, com degustação dos seguintes rótulos:

– Tarima Sparkling

– Espeto Verdejo Branco

– Tarima Blanco

– Paso a Paso Verdejo

– Espeto Rosé Bobal 2016

– Tarima Rosado

– Espeto Tinto VT Castilla 2016

– Madame Bobalu

– Paso a Paso Cosecha

– Paso a Paso Syrah

– Paso a Paso Syrah Tempranillo

– Paso a Paso Tempranillo (com barricas)

– Tarima Hill

– Tarima Monastrell

– Volver Single Vineyard

– Volver 4 meses

– Wrongo Dongo

Data: 18/07/18

Horário: das 15h às 21h

Investimento: R$ 30,00 para não sócios e R$ 21,00 para sócios.

Local: Casa Rio Verde Lourdes, Rua Marília de Dirceu 104

Vendas: Site https://www.casarioverde.com.br/degustacao-bodegas-volver/p

Resultados da International Wine Challenge (IWC) 2018

Avaliações de vinhos sempre são importantes. Existem em várias modalidades: as dos críticos renomados; as grandes degustações anuais promovidas pelas revistas especializadas e os concursos. Cada uma tem um propósito e são dirigidas para diferentes tipos de enófilos.

Os concursos são os mais importantes tanto para os produtores como para os consumidores. Dois motivos se destacam: 1 – só participa do concurso quem se inscrever e enviar suas amostras de acordo com as regras do evento; 2 – os vinhos que já ganharam fama preferem ficar de fora, mantendo uma certa aura sobre sua qualidade, para sempre. (Já imaginaram perder para um vinho desconhecido?)

O International Wine Challenge (*) é reconhecido como a mais rigorosa análise de vinhos do mundo. Esta é a sua 34ª edição e o número de inscritos sempre surpreende o gabaritado corpo de jurados. As provas são realizadas em duas etapas, onde serão definidos os ganhadores das cinco categorias: Troféu, Ouro, Prata, Bronze e Recomendação.

Há vinhos de lugares tão improváveis como o Azerbaijão, que obteve uma medalha de prata com um corte branco das uvas Chardonnay, Muscat e Traminer.

Vale a pena destacar que são vinhos ‘palatáveis’, nada de raridades extraordinárias e safras ocultas e misteriosas. Pelo contrário, para um produtor que quer abrir portas para um mercado, seja nacional ou internacional, a chancela garantida pelo IWC é fundamental, mesmo que seja a mais simples, o selo azul da Recomendação.

Um dos resultados mais aguardados desta competição é o Great Value Awards, em bom português, os melhores ‘custo x benefício’. Para fazer parte desta listagem, os produtores têm que enfrentar uma série de exigências adicionais, que envolvem, obviamente, preço e disponibilidade no mercado, neste caso, na Inglaterra. Há vários vinhos de produção exclusiva para supermercados.

Apresentamos, a seguir, a relação de vinhos brasileiros que se classificaram em 2018: (NV significa Non Vintage ou Não Safrado)

Medalha de Prata

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Medalha de Bronze

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Recomendação

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Ainda não ganhamos nenhuma medalha de ouro, como os nossos vizinhos Chile e Argentina. Mas vamos chegar lá. Destaque para os nossos bons espumantes.

Fica o recado para os leitores que se sentem intimidados com os resultados destes concursos, achando que são vinhos de sonho e que nunca poderão provar um. Não é bem assim.

Com poucas exceções, compre no supermercado ao lado de sua residência.

Saúde e bons vinhos!

(*) Para saber mais resultados acesse: https://www.internationalwinechallenge.com/canopy/search.php (em inglês)

Vinho da semana: querem sentir o gostinho de um medalha de ouro? Esta indicação levou este prêmio na safra de 2014, que ainda não chegou por aqui. Mas a de 2013 é uma pechincha.

Torreón de Paredes Reserva Merlot 2013

Apresenta aromas de amora, tabaco e notas de especiarias. Esse tinto chileno envelheceu durante 10 meses em barricas de carvalho francês. No palato exibe taninos maduros, redondos, de suave textura e uma deliciosa fruta.

Harmonização: frios e embutidos, queijo Canastra curado, massas ao ragu de funghi ou bolonhesa, peru ou faisão assados, bisteca, língua, filé ao alho, cordeiro ou javali assados.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

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