Um prato clássico da culinária italiana e internacional que se tornou uma das refeições prediletas dos brasileiros.
Talvez por ser tratada como uma informalidade e por ser quase um par perfeito para as nossas boas cervejas, a combinação vinho e pizza fica meio esquecida. Em outras palavras, ninguém se preocupa muito em harmonizar corretamente.
“Abra um vinho italiano e pronto”!
Esta é uma fórmula simplificadora e que funciona, muito bem, com a clássica mozarela. Mas, qual vinho italiano que deve ser aberto? Branco, Tinto, de que casta ou castas…
Existem muitas possibilidades. Quem vai determinar o tipo de vinho ideal é a cobertura da pizza e não o tipo de massa: não vai importar muito a espessura ou o tipo de fermentação.
Sem querer esgotar este tema, afinal existem tantos tipos e coberturas para o famoso disco de massa quanto existem diferente tipos de vinho, vamos mostrar as combinações mais indicadas para alguns tipos básicos de pizza.
1 – Pizza de Mozarela, Marguerita e similares
São poucos ingredientes, a massa, molho de tomate, queijo e rodelas de tomate. Para finalizar, orégano e manjericão.
Quem pensou num bom Chianti acertou em cheio. Mas não é a única possibilidade. Um belo corte do tipo GSM (Grenache, Syrah, Mourvedre) funciona ainda melhor. Para inovar completamente e experimentar sabores inesperados, uma Marguerita fica perfeita com um Pinot Grigio.
2 – Pizza Calabresa, Pepperoni e assemelhadas
O truque é equilibrar os sabores mais fortes e picantes. O polivalente Chianti, ou outro vinho com base na Sangiovese é a primeira escolha. Além destes, um bom Syrah, um Pinotage ou, o meu preferido, um Cabernet Franc, podem elevar o status desta redonda a outro nível.
3 – Pizza Portuguesa, quase uma unanimidade…
Perfeita representante da fusão culinária entre Brasil, Portugal e Itália, esta receita, que foi criada por aqui, nada mais é do que usar ingredientes tipicamente lusitanos sobre a massa italiana. Mistura-se, cebola, ovos, azeitonas, presunto e o que mais tiver na geladeira…
Para sabores tão diferentes, é preciso um vinho de corpo médio, alguma acidez, pouco tânico, macio e fácil de beber: Merlot.
4 – Pizza de tomate seco e rúcula.
Embora não seja uma pizza clássica, tornou-se bastante popular. Existem algumas variantes desta receita: sem queijo, com requeijão ou com mozarela de búfala.
Os sabores finais são muito suaves, com um leve traço de amargor, por conta da rúcula, que é acrescentada ao final, não passando pelo forno.
Um bom branco é a combinação indicada: Sauvignon Blanc, Chardonnay não madeirado ou Fiano.
Para ficar mais interessante, experimente esta combinação com um Verdejo, espanhol, ou com um Grüner Veltliner, austríaco.
Qual a sua pizza favorita?
Não apareceu aqui?
Não tem problema. Use estas sugestões como base, para outras combinações de coberturas.
Procurem ousar, incluindo vinhos rosados, um Riesling alemão seco ou espumantes.
Saúde e bons vinhos!
Adorei.
Ótimas sugestões… Vou colocar as dicas em pratica
Muito boa dica esta de “Abra um vinho italiano e pronto”
Queria saber se esta relação entre origem geográfica de um vinho com a comida a ser harmonizada pode ser estendida para outros pratos em geral.
Abraços
Pedro
Esta regra, que foi usada como um mau exemplo neste texto, tem alguma lógica e muitos se valem dela para harmonizar de forma simples:
– culinária portuguesa = vinhos portugueses;
– culinária francesa = vinhos franceses; etc…
O problema seria descobrir qual vinho do país a ser aberto….
No mais, seria uma camisa de força e muito se perderia com relação a descobrir e experimentar outros sabores.
Lembro que Enólogos não são chefes de cozinha e jamais vão elaborar um vinho para ser degustado com esta ou aquela receita culinária.
A técnica de harmonização se baseia em determinados aspectos como gordura, acidez, temperos, etc.
Busca-se o vinho ideal, seja de onde for, para equilibrar os sabores de um prato.
Abs
Don Tuty,
quem não come pizza com vinho, não sabe o que perde. É uma combinação perfeita e você deu dicas excelentes.
Faria um reparo quanto a indicação do Pinot Grigio, notadamente porque os Pinot Grigio que tem aparecido no Brasil são tão medíocres que acho melhor deixa-los na garrafa.
Já te falei no Greco di Tuffo que a Bacalhoa está fazendo aqui?
Abraços
TZ
TZ
Greco di Tuffo português ainda não provei. Vou inclui-lo na minha lista de desejos.
Quanto ao Pinot Grigio, concordo que tem muita coisa fraca à venda.
Mas também é possível encontrar rótulos de 1ª linha, embora o custo não seja dos melhores.
Abs
Boa, Tuty. Vou passar essas dicas para Andrea sugerir aos clientes na Magistrale.
Grande abraço
Marcio
Ainda não provei as redondas do Magistrale, mas quem já foi lá aprovou 100%.
Vamos marcar uma degustação de pizza e vinho.
Abraço