Mês: janeiro 2025

De volta ao básico – servindo um vinho

Pode parecer simples, mas tem seus segredos.

Vamos precisar de alguns acessórios, nada que não exista em casa: um bom saca-rolhas, uma faca ou canivete e uma pano de prato limpo, exclusivo para o serviço do vinho. Além disto, precisamos de taças.

A nossa primeira recomendação é muito simples: tudo que vai acontecer daqui para frente depende, unicamente, do movimento de nossas mãos. A garrafa deve ficar imóvel e bem apoiada numa superfície plana.

Limpeza é fundamental! Se for necessário, higienize, com álcool ou água, o gargalo da garrafa antes de abri-la.

O primeiro passo é cortar ou mesmo remover completamente a cápsula que protege a rolha. Vejam a ilustração a seguir.

Com auxílio de algum instrumento cortante, siga a linha amarela indicada acima. Deixe a garrafa parada enquanto a mão gira em torno dela. Este é a maneira clássica. Parte da cápsula permanece no gargalo.

Um truque que vem sendo muito usado é tentar girar, com a mão, toda a cápsula. Se ela ceder, remova completamente, sem precisar cortar nada. Proceda a mais uma limpeza, sempre há resíduos sob este invólucro.

Existe um acessório, muito comum no mercado, projetado especificamente para este momento. Infelizmente, ele corta, apenas, até o primeiro rebaixo do gargalo, o que não é suficientemente higiênico. Evitem.

Chegou a hora de remover a rolha. Uma boa ferramenta faz toda a diferença. Existem diversos tipos de saca-rolhas no mercado e todos cumprem sua função. Mas, nem todos o fazem sem esgarçar a rolha e deixar muitos resíduos.

O tipo “Sommelier” (foto abaixo) é o famoso bom e barato. Simples, fácil de usar, vem com uma útil serrinha para cortar a cápsula. Os modelos de melhor qualidade empregam uma alavanca de 2 estágios, facilitando a extração.

Procurem o centro da rolha, espetem a ponta e girem a ferramenta, não a garrafa, que deve estar apoiada e segura com a outra mão. Usando o braço da alavanca, puxem a rolha com cuidado. Limpem qualquer resíduo.

Bom, então agora é só servir?

Em tese, sim. Mas tudo vai depender do tipo de vinho.

Brancos ou tintos jovens podem ir direto para as taças. Vinhos mais velhos, principalmente os tintos, vão precisar de um tempo de aeração e decantação, se houver depósitos sólidos no fundo da garrafa. Esta é a razão para deixá-la quieta durante esta operação.

Jarras decantadoras ou acessórios aeradores são muito práticos, neste momento.

Outra opção é abrir a garrafa algumas horas antes: produz o mesmo efeito. Coloquem um pano sobre o bocal para evitar insetos.

Lembrando a regrinha básica do serviço, o anfitrião prova uma pequena quantidade para checar se está tudo como o esperado: aromas, sabores e temperatura. Em seguida serve a damas e depois os demais.

Duas exceções importantes:

1 – Garrafas com tampa de rosca dispensam boa parte deste ritual;

2 – Os espumantes devem ser abertos de outra forma – quem gira é a garrafa, enquanto seguramos firmemente a rolha, sempre usando o pano de serviço.

Deixar a rolha explodir e voar não é elegante e pode machucar alguém. Procure obter um discreto sibilo, mantendo a rolha sobre controle. Exige alguma prática.

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Guatambu – Veste Amarela 2023

A Estância Guatambu é uma empresa familiar com atuação no agronegócio desde 1958. Atualmente sob o comando da terceira geração, visando diversificar seus produtos, iniciou em 2003 o projeto de produção de uvas viníferas, com a implantação do vinhedo com mudas importadas da França e da Itália, em Dom Pedrito, na Campanha Gaúcha. O Veste Amarela leva o nome do pássaro Veste Amarela, que está ameaçado de extinção no Bioma Pampa e foi encontrado em bando por biólogos da SAVE Brasil na Estância Leões, em Dom Pedrito. Um vinho laranja muito delicado, com sabores doces e cítricos em meio a uma acidez vibrante e uma textura quase delicada. Um vinho para harmonizar com sushi e pratos com camarão ou frutos do mar.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS:

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Saca rolhas por brgfx no Freepik

De volta ao básico – Vinhos fortificados

Vinhos fortificados formam uma categoria muito especial e ampla dentro do “eno universo”. Já mencionamos, em outro artigo deste blog, que alguns deles podem ser enquadrados, também, na categoria dos vinhos doces.

Recebem esta denominação, fortificados porque, em algum momento de sua elaboração, vão ser misturados com uma significativa quantidade de um destilado. Cada região produtora tem suas normas, definindo o tipo de vinho base, o destilado, açúcar residual, teor alcoólico, em geral mais elevado que os vinhos normais e tempo de envelhecimento.

Alguns estilos, muito particulares, podem receber extratos aromáticos para criar um produto diferenciado.

Portugal é um dos grandes produtores destes vinhos. Eis alguns deles:

– Porto

Só pode ser elaborado na região demarcada do Douro. Tradicionalmente o vinho é produzido com um corte de diversas castas regionais e a aguardente é sempre vínica. O estilo mais conhecido é tinto e doce. Hoje já elaboram versões em branco seco e rosé.

Com relação ao tempo de maturação, os Ruby são os mais jovens e os Tawny recebem a indicação da idade no rótulo.

– Madeira

Outra indicação protegida: só pode ser elaborado na ilha da Madeira. As uvas utilizadas são: Tinta Negra, Sercial, Verdelho, Boal e Malvasia. Dependendo da seleção de castas utilizadas e do momento em que a aguardente é adicionada, este vinho pode variar de doce a muito seco. Além da fortificação, este vinho é oxidado, deliberadamente, num processo conhecido como “estufagem”, o que o torna único.

– Moscatel de Setubal

Vinho típico da região homônima, elaborado com a casta Moscatel e aguardente para interromper a fermentação. Sua criação é atribuída a José Maria da Fonseca, em 1834, um dos mais antigos produtores de vinho daquele país.

Dentro da Península Ibérica temos outro vinho, espanhol, muito conhecido.

– Jerez ou Xerez

Produzido, exclusivamente, na região delimitada pelas cidades de Jerez de la Frontera, Sanlúcar de Barrameda e Puerto de Santa María, com as castas Palomino, Moscatel e Pedro Ximenes. Os estilos podem variar de seco a doce, cada um passando por diferentes processos de amadurecimento. A fortificação é feita com um tipo de Conhaque, após o fim da fermentação.

Alguns estilos, como o Fino e o Manzanilla, passam pelo sistema de Soleira e a flor de levedura. O Oloroso é deixado oxidar naturalmente. O Amontillado e o Palo Cortado usam os dois sistemas.

Já os doces, elaborados com castas Pedro Ximenes e Moscatel, em uva passa, contém um grande teor de açúcar que não consegue ser totalmente convertido em álcool.

Na Itália vamos encontrar um vinho clássico e um outro, que pode ser considerado como “fora da curva.”

– Marsala

Um vinho histórico da Sicília. Originalmente elaborado em 1773, passou por altos e baixos na sua comercialização, ficando quase esquecido. A força de alguns produtores, da região ocidental desta ilha, o trouxeram de volta.

Tradicionalmente é elaborado com as castas brancas Grillo, Inzolia e Catarratto. Existe uma versão em tinto. Seu teor alcoólico fica em torno de 20%. Não são safrados e os estilos são definidos pelo tempo de maturação, variando de seco a doce. A fortificação é feita com um tipo de Conhaque.

– Vermute

Pode parecer estranho, mas esta deliciosa bebida é um vinho fortificado, branco ou tinto, que recebe a infusão de diversos extratos botânicos e aromáticos. A receita original buscava fazer um medicamento.

Tornou-se uma sofisticada bebida, difundida mundialmente. Pode ser seco ou doce.

Na França existe uma categoria denominada “Vins Doux Naturels” (vinhos doces naturais), muito abrangente, onde vamos encontrar vinhos fortificados muito interessantes: Banyuls, Maury e Rivesaltes.

Na ilha de Chipre é produzida outra joia, o Comandaria, a partir da fortificação de vinhos obtidos com as castas Mavro e Xynisteri, plantadas em maior altitude e transformadas em uva passa.

Sem pretender esgotar o assunto, este é um bom início para quem deseja se aventurar neste campo onde, tranquilamente, é possível ultrapassar os limites da coquetelaria.

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

RAR – Collezione Savagnin 2023

Há 45 anos, Raul Anselmo Randon, inaugurou a RAR e começou uma grande história empresarial no Brasil. Apaixonado por vinhos, iniciou projeto vitivinícola em Vacaria, na estratégica região de Campos de Cima da Serra. O RAR Collezione Savagnin é produzido a partir desta uva conhecida por sua expressão na região do Jura  na França, considerada uma da mais antiga em produção até os dias de hoje sem cruzamento. Aqui no Brasil é plantada apenas pela vinícola RAR e apresenta características bem diferentes da sua região de origem sendo um vinho fresco, leve e descomplicado. Um vinho límpido com tonalidade amarelo esverdeado e marcante intensidade aromática, com notas de flores e frutas cítricas. No paladar notas de rosa, maçã caramelizada, abacaxi e toque de arruda. Acidez refrescante, boa cremosidade, retrogosto prolongado.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: foto licenciada no Adobe Stock.

De volta ao básico – Vinhos doces

Muita gente, principalmente no nosso país, torce o nariz para este tipo de vinho, muito por conta do vinho de garrafão, “suave”.

Não é sobre este tipo de bebida que vamos escrever.

Vinhos doces, de alta qualidade, são deliciosos, sofisticados e muitas vezes caros. Têm seu lugar na gastronomia mundial. Os mais conhecidos são brancos, mas existem deliciosos tintos, rosados e espumantes.

Sua forma de elaboração exige alguns cuidados adicionais e podemos dividi-los de acordo com a técnica utilizada.

São cinco tipos:

– Colheita tardia;

– Uvas pacificadas (Passito);

– Uvas Botritizadas (podridão nobre);

– Ice Wines (uvas congeladas)

– Vinhos Fortificados.

Vinhos doces têm um alto conteúdo de açúcar residual e baixos teores alcoólicos. São popularmente conhecidos como “vinhos de sobremesa”, um apelido que não faz jus à importância deste estilo e que vai muito além de ser o final de uma refeição. Muitos deles podem ser degustados como aperitivo ou mesmo acompanhando uma tábua de queijos.

COLHEITA TARDIA

Esta é a técnica básica para se obter um vinho adocicado: deixar as uvas amadurecerem além do ponto ótimo, aumentando o teor de açúcar na fruta. Vinhos como os brancos alemães com predicados, Spatlese e Auslese, os franceses rotulados como “Vendange tardive” e, os bem conhecidos, “Cosecha Tardia” estão nesta categoria. Devem ser servidos resfriados e em taças menores.

UVAS PASSIFICADAS

Este seria o passo seguinte para se obter um vinho mais sofisticado. As uvas, de colheita tardia, são colocadas em ambientes especiais para que ressequem, obtendo-se uma quantidade de açúcar ainda maior. Alguns dos vinhos, assim elaborados, são muito famosos, como o Passito, o Vin Santo, o Jerez Pedro Ximenes e o Recioto della Valpolicella. Esta mesma técnica produz um tinto seco espetacular e considerado como um dos melhores vinhos italianos, o Amarone.

UVAS BOTRITIZADAS

“Botrytis cinérea” é um fungo que, dependendo de condições climáticas muito específicas, “ataca” os cachos de uva promovendo o que se chama, vulgarmente, de “podridão nobre”. O fungo extrai o líquido da fruta, deixando-a extremamente doce e mantendo a acidez, o que é desejável.

Esta condição só ocorre em determinadas regiões e numa combinação de temperatura e umidade corretas. Alguns dos mais famosos “doces” como os Sauternes e os Tokaji são elaborados desta forma. Nem sempre é possível obter a matéria-prima ideal, o que os tornam raros e caros.

É possível inocular o fungo nas videiras e muitos produtores se valem deste recurso.

Outros vinhos doces nesta categoria: os brancos alemães com predicados, Beerenauslese e Trockenbeerenauslese, além de Barsac, Ausbruch, Bonnezeaux, Quarts de Chaume, Coteaux de Layon, Sélection des Grains Nobles.

ICE WINES

Esta outra técnica difere um pouco das anteriores, que tinham por base deixar as uvas amadurecerem. O objetivo é colher as uvas já congeladas e iniciar, simultaneamente, sua prensagem. A água congela e o açúcar, não. O mosto obtido é muito doce.

Obviamente, é um vinho típico de regiões muito frias, embora técnicas de criogenia possam ser utilizadas para obter um resultado semelhante.

Os produtos mais icônicos desta categoria são os alemães “eiswein” e os “ice wines” produzidos no Canadá. Aqui no Brasil a vinícola catarinense Pericó foi pioneira neste estilo.

VINHOS FORTIFICADOS

Este último grupo é onde vamos encontrar alguns grandes vinhos apreciados por todos, como Porto, Madeira, Jerez e outros.

Para obter a sua doçura característica, estes vinhos têm sua fermentação interrompida por adição de aguardente vínica. Como nem todo o açúcar foi convertido em álcool, o resultado é um vinho doce.

Todos estes vinhos são longevos: a maior quantidade de açúcar funciona como uma forma de preservação.

Geralmente são servidos resfriados e em quantidades menores, muitas vezes em cálices.

Algumas harmonizações se tornaram clássicas, como chocolates com Porto, e queijos de mofo azul com vinhos de uvas Botritizadas ou de colheita tardia.

Experimentem!

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Cave Poseidon – Minimal Peverella 23

Fundada pelo dentista e vinhateiro Carlo de Leo, Cave Posseidon é uma micro-vinícola instalada em uma casa na região de Porto Alegre, que busca produzir vinhos artesanais de mínima intervenção. A Peverella, a primeira uva branca vitis vinífera trazida pelos imigrantes italianos no século XIX, aqui é resgatada para produzir um vinho no estilo laranja, macerado com as cascas por 150 dias. O vinho possui aromas cítricos e leve picância e demonstra-se leve e agradável, de acidez média, taninos perceptíveis, pouco amargor e sem oxidação. A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: foto licenciada no Adobe Stock.

De volta ao básico – Espumantes

“Todo Champagne é um vinho espumante, mas nem todo espumante é um Champagne.”

Esta é uma afirmação que todos os apaixonados por vinhos têm que lembrar, para sempre. Embora simples e até um pouco repetitiva, nos mostra que sempre existem mais coisas a serem descobertas nesta nossa seara.

Fazer um vinho, como estes, é trabalhoso. São necessárias duas fermentações. A primeira transformará o açúcar da fruta em álcool e, a segunda, tradicionalmente feita na garrafa, cria o “perlage”, aquelas deliciosas bolhinhas que encantam o nosso paladar.

Esta mágica é realizada com o auxílio de uma “poção”, o Licor de Tiragem, uma mistura de levedura, vinho e açúcar, que é adicionada ao mosto fermentado (vinho base), estimulando a segunda fermentação.

Após um período, que vai variar conforme o plano do vinhateiro, é feito o “dégorgement”, um processo em que o gargalo da garrafa é congelado e depois aberto. A pressão interna expulsa os resíduos sólidos, deixando o líquido limpo. Nova “poção” é adicionada, o Licor de Expedição ou de Dosagem, uma solução de vinho e açúcar. Isto vai definir o tipo de espumante com relação ao teor de doçura: Brut, Extra Brut, Demi-sec, Doux e algumas outras denominações.

Vamos explicar algumas destas características.

a) Champagne é uma denominação protegida. Só podem ser elaborados na região demarcada e o vinho base dever ser produzido a partir das seguintes castas: Chardonnay, a as tintas Pinot Noir e Pinot Meunier, vinificadas em branco.

Além destas, as castas Pinot Blanc, Pinot Gris, Petit Meslier, Arbane e Voltis são permitidas, mas pouco utilizadas atualmente.

Para não deixar dúvidas, espumantes elaborados com estas castas, produzidos fora da região de Champagne, não podem usar esta denominação, mesmo na França.

Espumantes franceses, fora de Champagne, são comercializados como “Crémant”, “Vin Mousseaux”, “Blanquette” ou com nomes regionais.


b) Existem outros espumantes com denominação protegida. Os mais conhecidos são o Cava e o Prosecco.

O Cava é elaborado, unicamente, com as castas Parellada, Macabeo e Xarel-lo, principalmente na região da Catalunha.

O Prosecco só pode ser produzido na região do Veneto e Friuli-Venezia Giulia, utilizando a casta Glera. Tradicionalmente, não utiliza o método “champenoise”, preferindo o método Charmat ou ou Martinotti, onde a segunda fermentação é feita em tanques pressurizados.

Recentemente foi autorizada a casta Pinot Noir para a elaboração de um Prosecco rosado.

c) Com relação à nomenclatura, cada espumante é rotulado conforme o teor de açúcar residual:

Nature – é o mais seco de todos, não recebe o licor de dosagem;

Extra brut – no máximo 8g de açúcar por litro;

Brut – limite de 15g de açúcar por litro ;

Seco – até 20g por litro;

Meio seco – limite de 60g por litro;

Doce – acima do último limite mencionado.

d) Dois outros nomes podem ser encontrados em rótulos de espumantes, atualmente: “Sur lie” e “Pet Nat”.

– “Sur lie” significa “sobre as borras”. O espumante, elaborado no método tradicional, não passa pelo “degorgement”, sendo comercializado sem nenhuma intervenção adicional por parte de produtor. Cabe ao comprador, de certa forma, “terminar o serviço”.

Tecnicamente é um “nature”, com mais complexidade. Provavelmente virá fechado com uma icônica chapinha de garrafa, em lugar da rolha.

– “Pet Nat” (Pétillant Naturel) é um espumante produzido com uma técnica diferente, o Método Ancestral. É feita, apenas, uma fermentação contínua, que vai resultar em álcool e perlage. Em determinado momento do processo, o mosto é resfriado, pausando a fermentação.

É feito o engarrafamento e fechamento, novamente com chapinha tipo “Crown cork”. As garrafas são reaquecidas para reativar a fermentação.

São deliciosos e refrescantes, embora tenha menor perlage. Algumas castas são mais indicadas para este processo, como as brancas da família Moscatel,  a Chenin Blanc, além das tintas Pinot Noir, Gamay e Cabernet Franc.

Agora que vocês já sabem tudo sobre espumantes, qual o seu predileto?

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Passio – CLC Super Premium 21

Passio é o projeto do geólogo Adriano Viana, um apaixonado pelo vinho e sua cultura, que adquire uvas de parceiros e concebe seus projetos junto ao enólogo Giovanni Ferrari, da Vinícola Arte Viva. A linha Confraria da Lua Cheia (CLC) foi concebida para um grupo de geólogos enófilos e constitui a linha premium da Passio. O Confraria da Lua Cheia Super Premium 21 é um corte de Syrah e Marselan com passagem de 12 meses por barricas de carvalho francês novo e 6 meses de repouso em garrafa. Este assemblage de uvas Syrah, do Vale dos Vinhedos, e Marselan, da Campanha Gaúcha é um vinho de grande elegância, estrutura e riqueza aromática. Foi elaborado buscando aliar a autenticidade dos terroirs do sul brasileiro às referências de ícones do sul do Vale do Rhône.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

Vinhos para o verão

Tinto ou branco?

Rosado é a melhor escolha, com um branquinho, como segunda opção.

Espumantes também devem ser considerados, mas a logística deve ser o principal fator a ser planejado.

Tanto a palavra “verão”, como a foto que ilustra este texto, sugerem um ambiente de praia ou piscina, bem descontraído e informal. Não são as úncias opções de ambientes de verão. Mas, comecemos por eles.

Um “cooler” e taças de material inquebrável são obrigatórios, nada de correr riscos desnecessários. Em vários lugares praianos brasileiros já existe a proibição de garrafas de vidro, sejam de vinho, cerveja, água ou qualquer outro líquido. Nestes casos, vinhos em caixas de papelão ou em lata podem ser as únicas opções.

Este mesmo raciocínio se aplica para a piscina de clubes: pode haver diversas restrições, inclusive quanto a levar sua própria bebida alcoólica. Pesquisem primeiro, evitando contratempos de última hora.

Um outro acessório que pode ajudar muito são as rolhas de silicone ou, no caso dos espumantes, a do tipo metálico “abre e fecha”. Vinhos com tampas de rosca são perfeitos nestas situações.

Nos nossos mercados existem ótimas opções de vinhos rosados: nacionais, argentinos, chilenos, espanhóis, portugueses, franceses e uruguaios. Não precisam ser os do topo de linha. Praia ou piscina não é para vinhos “sérios”.

Entre os brancos, Pinot Grigio é a escolha ideal. Seguem os tradicionais Sauvignon Blanc e Chardonnay e os deliciosos vinhos verdes de Portugal.

Se a preferência recair sobre um tinto, o badalado Beaujolais Noveau é considerado como um vinho de verão, por definição.

Todos devem ser servidos bem gelados e mantidos assim. Esta é a principal razão para ter um cooler ou balde, sempre com muito gelo e um pouco de água, por perto. Degustar estes vinhos fora de sua temperatura de serviço não é agradável.

O clima mais quente dos verões nacionais também implica em ir para a “serra”, em busca de temperaturas mais amenas: durante o dia é possível aproveitar uma piscina e, à noite, aquele friozinho e um estilo de vida mais europeu.

Para esta turma, os tintos têm seu lugar. Mas tudo vai depender da temperatura local. Os tintos de corpo médio são a melhor escolha: Merlot, Cabernet Franc, Tempranillo, são algumas sugestões, nacionais ou importados.

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Torcello Assemblage Remy Valduga 2020

Uma das menores ilhas de Veneza chama-se Torcello, e dessa forma o nome da vinícola faz alusão à ilha, por ser uma das menores instaladas no Vale dos Vinhedos. Os primeiros vinhos foram elaborados em 2005 e a abertura do varejo aconteceu em 2007. Hoje a Vinícola elabora vinhos, espumantes e sucos em pequena escala, buscando sempre a qualidade.
O Torcello Remy Valduga é um assemblage de Merlot, Cabernet Sauvignon, Tannat, Malbec, Ancellotta e Pinot Noir com dupla passagem em carvalho americano de primeiro uso, totalizando 24 meses. É também uma homenagem ao Sr. Remy, pai do vinhateiro Rogério Valduga, e persona famosa em Bento Gonçalves, pelos livros editados que contam a história da imigração italiana ao Sul.
Um vinho vermelho rubi, límpido e brilhante que traz toda a complexidade dos aromas frutados como ameixa, amora e mirtilo em perfeita sinergia com a notas de maturação em carvalho como torrefação, baunilha, cacau e tabaco.
Taninos aveludados perfeitamente equilibrados com o álcool e a acidez, resultando em um vinho harmônico e com grande potencial de evolução.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Imagem de Freepik

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