Autor: Tuty (Page 6 of 151)

Qual o significado de “Reserva”, no rótulo?

Quase um senso comum, os produtores de vinho têm no seu leque de opções pelo menos três tipos de vinhos: um de “entrada”, geralmente jovem e pronto para beber, um segundo com elaboração mais cuidada e algum amadurecimento em madeira, e um topo de linha, geralmente denominado “Reserva”, um vinho bem mais sofisticado e caro que os anteriores.

Nas grandes regiões produtoras como Espanha, Itália ou Portugal, existem rígidas normas para que um vinho possa ostentar esta palavrinha no seu rótulo.

Curiosamente, não são iguais. Cada país adota um conjunto de regras.

As mais famosas são as espanholas, consideradas como muito rígidas. Serviram de base para muitas outros países produtores.

São três estágios, o Crianza, o Reserva e o Gran Reserva. Cada um deve cumprir um período mínimo de envelhecimento:

Crianza – 2 anos de amadurecimento total, sendo 6 meses, pelo menos, em madeira e o resto na garrafa;

Reserva – 1 ano em barricas de carvalho e 2 de repouso após o engarrafamento, totalizando três anos;

Gran Reserva – mínimo de 4 anos divididos em 2 anos na barrica e 2 na garrafa.

Outro país que leva muito a sério a definição de “Riserva” é a Itália. Cada região produtora pode ter seus critérios mínimos. Alguns exemplos:

Brunello di Montalcino Riserva – são 6 anos de amadurecimento antes de serem comercializados, sendo obrigatório 2 anos em barricas de carvalho e 4 meses em garrafa. Só elaboram em safra muito boas;

Barolo, Riserva – 5 anos de amadurecimento, com 1 ano e meio em carvalho. Igualmente, só em safras especiais;

Chianti Classico Riserva – 2 anos em carvalho e 3 meses na garrafa.

Em Portugal, a legislação acrescenta mais uma etapa além do amadurecimento prolongado: o vinho deve passar por um painel de degustadores. São eles quem vão decidir se pode ser rotulado como Reserva.

Para serem aceitos nesta prova, precisam ter um teor alcoólico maior que o mínimo previsto. Devem amadurecer cerca de 1 ano em madeira e algum tempo na garrafa. Reserva, neste país, é quase um sinônimo de “Vinho de Guarda”.

Países do Novo Mundo tendem a ser mais liberais com os “Reserva”. Alguns nunca regularam o termo e os poucos que têm alguma norma, preferem fazer vista grossa.

Na Argentina não existe uma lei, mas um “entendimento”. Devem ser elaborados com as uvas permitidas, observando um rendimento de 135Kg de matéria prima por 100l de vinho e amadurecimento por 1 ano em madeira.

O Chile também adota um “entendimento”, inspirado na norma portuguesa. Os Reserva devem ter um teor alcoólico ligeiramente mais alto e passar um período, não especificado, por barricas de madeira e estagiar na garrafa, antes de serem vendidos.

No Brasil a legislação ainda engatinha. Há uma instrução normativa do Ministério da Agricultura indicando que o vinho deve ter 11% de teor alcoólico, podendo ser “chapitalizado” (*) em até 1%. Amadurecimento de 12 meses para tintos e 6 meses para brancos. O uso de madeira é facultativo.

No Uruguai não existe nenhuma lei ou norma. O uso do termo Reserva fica a critério do produtor. É aceito que são vinhos de melhor qualidade.

Além deste, EUA, Austrália e Nova Zelândia não regulam o uso desta denominação, ficando a critério dos produtores.

Por último, vamos voltar ao Velho Mundo, para comentar sobre as regras francesas. Não existe um consenso sobre o uso do termo “Réserve”. Tudo vai depender de cada região produtora. De certa forma, elas têm autonomia para regular isto.

Um fato a ser observado é que vinhos “Réserve” são raríssimos, demonstrando que os franceses, embora não regulados, são criteriosos quanto ao emprego deste adjetivo.

Por outro lado, alguns oportunistas decidiram criar a categoria “Reservado”, que nada mais é que um vinho de entrada em roupa de festa. A ideia era criar confusão e vender “gato por lebre”.

Como não poderia ser de outra forma, nossos “legisladores” oficializaram esta denominação, criando uma norma nacional para esta aberração.

Não se deixem enganar.

Saúde, bons vinhos!

(*) Chaptalização é a prática de acrescentar uma quantidade de açúcar ao mosto a ser fermentado, para aumentar o teor alcoólico. Esta técnica é proibida na maioria dos países produtores e vinho.

Dica da Karina – Cave Nacional

Seis Mãos – Rose 2024

Seis Mãos é uma micro vinícola, que valoriza as Seis Mãos que fazem o vinho acontecer, o viticultor, o enólogo e o tanoeiro. Possui pequena produção, com uso de madeira brasileira. Criados pela enóloga Caroline Gonzatti, que reuniu conhecimentos de diversas experiências acumuladas ao longo de 15 anos, cada vinho é pensado com carinho e técnica, na busca constante da máxima: “Nas mãos o trabalho, no vinho a verdade”.

O Seis Mãos Rosé safra 2024 é um corte secreto com maceração pré-fermentativa em madeira de castanheira, prensagem e fermentação em tanque. Posterior maturação em barrica de Cabreúva por 7 meses.

Um vinho de coloração rosa salmão profundo. No nariz, especiarias como cravo e pimenta do reino, evoluindo para notas florais e frutadas. Em boca, lembra Copa, cravo e fruta de polpa branca. Tem elevada mineralidade, salinidade, acidez equilibrada e taninos delicados, com grande volume e final de boca.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

Recebendo com Queijos, vinhos e outras coisinhas

Com a chegada das temperaturas mais amenas, é hora de tirar aqueles vinhos esquecidos no fundo da adega e desfrutá-los na boa companhia de amigos e com petiscos deliciosos.

Uma das maneiras mais conhecidas para organizar um encontro, nestes moldes, é a famosa fórmula do “Queijos e Vinhos”. Nunca sai de moda.

Neste cenário, muita coisa vem mudando, para melhor, como a excepcional evolução dos queijos nacionais, agora produzidos com leite não pasteurizado. E não ficamos só nisso, nossos vinhos, espumantes e tranquilos, estão com qualidade superior, principalmente os de pequenos produtores. A nossa panificação, finalmente, deixou de produzir só aqueles pães tradicionais, partindo para sofisticações só vistas em outros países.

Tudo o que precisamos para montar uma mesa que vai deixar os amigos salivando é um pouco de planejamento e algumas dicas que estão, a seguir.

1 – Os queijos

Três tipos são fundamentais: queijos duros ou meio duros, queijos macios ou cremosos e os queijos de “mofo azul”. Existem diversas variantes de cada um destes tipos, por exemplo, Parmesão (duro), Camembert (macio) e Gorgonzola (azul).

Outro fator a considerar é o tipo de leite usado na produção. Podemos escolher entre gado bovino, bufalino, ovino ou caprino.

Para começar, a mesa deve ter, no mínimo, um de cada tipo. Podem ser de diferentes origens.

2 – Os pães, torradas ou biscoitos

Não há melhor veículo para saborear um queijo do que um pão ou torrada crocante. Ter um forninho elétrico ou a moderna “air fryer” vai garantir este quesito. Escolham pães de fermentação natural, integrais ou brancos, já devidamente fatiados em pedaços adequados. As torradas podem ser compradas prontas ou feitas em casa. Biscoitos sem sal, assim como a manteiga, sempre em temperatura ambiente (ponto de pomada).

3 – Os vinhos

Um velho chavão afirma: “Regras existem para serem quebradas, caso contrário a vida seria muito chata”. Logo, para que isto seja possível, precisamos das tais regras. Aqui estão elas:

– Vinhos Espumantes, como os brasileiros, ou Prosecco, Cava, Pét-Nat e Champagne, são perfeitos para acompanhar queijos macios como Brie, Camembert, Chèvre, Serra da Estrela, Azeitão ou similares;

– Vinhos brancos como Riesling, Alvarinho e Pinot Grigio são ótimas harmonizações para queijos como Minas frescal, Mozzarella, ricota ou requeijão. Podem, também, substituir o espumante no item anterior;

– Vinhos tintos são perfeitos para os queijos mais fortes, por exemplo, Emmental, Gruyère, Port Salut, Tilsist, Gouda, Provolone e outros.

O ideal é escolher um vinho de corpo médio: Chianti, Merlot, Cabernet Franc, Tempranillo, Garnacha, Malbec Francês.

Caso predominem queijos mais maduros, a indicação seria: Cabernet Sauvignon, Syrah ou Tannat.

– Vinhos doces e/ou fortificados são o par perfeito para a família dos “queijos azuis”: Porto, Madeira, Jerez, Colheita Tardia e Espumante Moscatel.

– Vinhos “coringa” são aqueles para ter sempre à mão: Sauvignon Blanc e Espumante Brut. Vão bem com uma grande gama de queijos. Perfeitos na hora da dúvida sobre o que servir.

4 – O que não pode faltar

Para ser um bom anfitrião, não bastam ótimos queijos e vinhos. Há mais coisas que devem estar na mesa, seja para limpar o paladar ou mesmo para a alegria da turma que não gosta de laticínios. Eis uma boa listinha:

Azeite extravirgem, em potinhos; azeitonas sem caroço ou recheadas; charcutaria fatiada bem fina; alguma geleia, podendo ser de pimenta; frutas frescas como uvas ou figos; frutos secos como nozes, amêndoas e avelãs; patês e pastinhas diversas; cenoura e pepino cortados em palitos.

Uma jarra de água é sempre bem-vinda.

Saúde, bons vinhos e quebrem as regras!

Dica da Karina – Cave Nacional

Canto dos Liivres – CENAIR MAICÁ Cabernet Sauvignon 2018

Um casal apaixonada pelas artes e pela Serra Gaúcha, Jacqueline e Sadi Andrighetto lideram esta linda produção de vinhos no Vale dos Vinhedos. O nome Canto dos Liivres é uma homenagem ao falecido cantor, compositor e amigo do casal Cenair Maicá e ao seu poema em forma de música que dá nome à vinícola.

Cenair Maicá também é homenageado nesse belo Cabernet Sauvignon safra 2018, com produção de apenas 2.000 garrafas.

Um vinho com amadurecimento 12 meses em barricas de carvalho francês. Visual límpido, boa intensidade e profundidade de cor. No nariz, apresenta intensa expressão aromática, com destaque para notas de frutas vermelhas pequenas, maduras e maceradas bem como especiarias. Em boca, um ataque suave que se prolonga em perfeito equilíbrio de sabores e um final de excelente persistência. O contato com o carvalho reforça os taninos macios e perfuma o paladar com baunilha e café.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Imagem de vecstock no Freepik

Aventuras na cidade do Porto

Antes de retornar para o Rio de Janeiro, ainda tivemos bastante tempo para desfrutar as delícias oferecidas por esta adorável cidade, sejam elas voltadas para o forte turismo ou apenas para viver, um pouquinho, o dia a dia dos seus cidadãos.

Degustação de Vinhos do Porto na loja da Quinta do Noval, em Gaia.

Um visual espetacular e cinco rótulos para ninguém botar defeito. Não é preciso agendar, basta ter lugar no simpático estabelecimento, que oferece várias opções de provas bem como uma boa ementa de petiscos.

Começamos pelo branco “Extra Dry”, seguimos com o Noval Black Reserva e o LBV 2019 de parcela única, ambos Ruby. Fechamos com o Vintage Quinta do Silval 2002 e o Noval Tawny 10 anos, servido a partir do decantador.

Um show! Difícil decidir qual foi o melhor. Cada um deles tem o seu momento.

Visita ao complexo World of Wine

Quem vai ao Porto e gosta de vinho não pode perder esta atração. Um verdadeiro mundo de opções, refletindo o seu nome. São vários espaços, todos interconectados, oferecendo divertidas e interessantes experiências sobre os diversos aspectos dos vinhos e sua elaboração, chamadas de “Museus”, oito restaurantes, lojas, quiosques, exposições temporárias e uma escola de vinhos com cursos e degustações orientadas, formando um grande distrito cultural.

Nesta oportunidade, optamos por conhecer o “Planeta Cortiça” e o “Palácio Rosa”, uma viagem pelo mundo dos vinhos rosados.

O passeio pela história da cortiça é surpreendente, mesmo para Enófilos experientes. Há vários cenários para fotos, como esta que ilustra este trecho, bem como simpáticas brincadeiras como aferir o seu peso em “rolhas”, comuns ou de espumante, ou uma maquininha que imprime, na hora, o seu nome ou uma mensagem numa rolha (custo de 1 Euro).

A viagem pelos rosados tem um outro tom: é pura diversão. São cinco degustações, controladas por uma pulseirinha com adornos que vão sendo trocados pelos vinhos. Cada ambiente nos leva a uma região produtora destes rosés. Assim como no museu anterior, também há espaços reservados para fotos e brincadeiras, entre elas, uma piscina de bolas, todas rosas, ou este belo automóvel que reflete o status dos apreciadores deste tipo de vinho.

A última sala está decorada como um Saloon, do velho oeste americano, onde é servido um saboroso Porto Rosé. Nas prateleiras, ao fundo, estão todos os vinhos provados.

Uma sobremesa de Bacalhau!

Que Portugal é a terra desta iguaria ninguém discute. Uma pena que isto ofusque as verdadeiras delícias da gastronomia portuguesa. Na hora de escolher, quase ninguém se lembra das alheiras, do arroz de pato, do porco preto e dos espetaculares peixes e frutos do mar, em toda a costa deste país.

Mas, como ninguém é de ferro, fomos conhecer o “Culto ao Bacalhau”, no Mercado do Bolhão, altamente recomendado.

O prato escolhido foi um Bacalhau Gratinado com Gambas. Estava saboroso e foi, sem dúvida, um dos melhores que já experimentamos. Mas a surpresa estava na sobremesa. Vejam este destaque do cardápio:

Simplesmente delicioso. Tem que provar para entender. As “folhas” deste doce são feitas com a pele do Bacalhau, seca e tostada, criando um espetacular contrate entre o doce e o salgado.

Deixou saudades.

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Michael Scott Carter – Ilê Amora Tinto Reserva 2023

Ilê Amora é produzido pela Michael Scott Carter que se intitula a primeira vinícola idealizada por um homem negro no Brasil. Ele é o norte-americano Michael (tal qual seu projeto), economista que encontrou em nosso país o caminho para um dos maiores projetos de sua vida. Tal projeto prevê aprofundamos dos laços culturais entre o Brasil e a diáspora africana, como já refletido nos nomes dos seus rótulos.

Ilê Amora (a palavra ‘ILÉ’ significa ‘casa’ em Iorubá, é uma forma de homenagear o terroir que os acolhe) é um vinho de corpo médio e perfil frutado. No nariz, apresenta aromas de cereja, framboesa e um toque sutil de especiarias doces. No paladar, é leve e suave, com taninos macios e uma acidez equilibrada que proporciona uma sensação de frescor. Os sabores de frutas vermelhas se destacam, acompanhados por notas sutis de baunilha e especiarias.

CRÉDITOS: Imagens próprias ou obtidas nos sites das vinícolas.

Loureiro de Ponte de Lima ConVida

Nesta temporada em Portugal, tivemos a oportunidade de conhecer um evento bem regional: uma feira de vinhos dedicada a uma única casta, neste caso, a Loureiro.

Em 2025, o Vale do Lima foi nomeado a “Região Europeia da Gastronomia e do Vinho”. A casta Loureiro está plantada por todo o vale, produzindo vinhos espetaculares.

Como se isto não bastasse, neste ano, Ponte de Lima celebra seus 900 anos de Foral (carta de foro).

Em todo o vale, são aproximadamente 40 empresas produtoras que se esmeram em obter o melhor das castas regionais do Minho, entre elas, a estrela deste evento.

A Loureiro não é uma casta fácil de trabalhar. De natureza muito ácida, é preciso muito cuidado durante toda a vinificação. Um pequeno errinho pode colocar tudo a perder.

Optamos pelo primeiro horário, o que não foi o ideal, nem todos os exibidores estavam com seus quiosques montados. Mas valeu a pena.

A entrada era gratuita. Uma taça, de compra opcional, era vendida por 3 Euros. As degustações podiam ser por taça ou garrafa, ambas pagas, ou apenas uma provinha (10ml), sem custo. Produtores regionais de embutidos, queijos e doces, além de diversos “food trucks” cuidavam da parte gastronômica.

Todos os vinhos que degustamos nos surpreenderam. Por razões logísticas, tivemos que nos limitar a comprar duas garrafas, apenas. Foi uma escolha muito difícil.

Entre os exibidores havia vinícolas grandes e famosas ao lado de interessantíssimas boutiques que elaboravam um único vinho. Os estilos, variavam desde o clássico e frisante vinho verde até elegantes e modernos “Loureiro D.O.C”. Vinhos de corte, espumantes e Pet-Nats fechavam o leque de opções.

Algumas fotos para conhecer melhor este tipo de evento que conta com master classes e palestras, além de shows musicais.

Os vinhos Portal de St. António, de José Pereira (esq.) e da Quinta do Ameal

Os divertidos rótulos da Adega Phulia e o Saravá um vinho da galáxia!

Os produtores portugueses são extremamente criativos na hora de “batizar” seus produtos.

Provamos também os vinhos da Lethes e o quase exclusivo “Insubmisso”.

A casta Loureiro produz vinhos frutados, com notas florais e cítricas. Dependendo do estilo adotado, podem ser levemente efervescentes.

Extremamente gastronômicos, harmonizam perfeitamente com a culinária típica da região, que passeia pelas carnes de porco ou gado, o Arroz Sarrabulho entre eles, frutos do mar, doces de ovos e outras delícias.

Sendo um vinho muito equilibrado e versátil, combina muito bem com pratos internacionais, sendo uma ótima opção para acompanhar a culinária asiática, com destaque para Sushis e Sashimis.

Parabéns a Ponte de Lima e todos os produtores presentes. Um belo evento.

Não deixem de visitar este site: Loureiro Vale do Lima

Saúde, bons vinhos!

Bodega Martim Codax – Rias Baixas

A segunda vinícola que vistamos na Galícia tem uma origem bem diferente da primeira que conhecemos. Esta é uma cooperativa que conta com mais de 60 sócios. É uma das maiores e, talvez, a mais conhecida desta região.

As instalações são espetaculares. O prédio principal está a cavaleiro, no alto de uma pequena colina, oferecendo uma visão de 360º sobre a região.

A visita não é extensa, mas muito objetiva. Somos recebidos com uma taça do Alma Atlântica Albarinho, um mosto desta casta, obtido precocemente, antes de se tornar um espumante. Muito leve, adocicado e pouco alcoólico (7%).

Seguimos para o interior do prédio, visitando uma sala com barricas de carvalho e vários nichos onde a história e a filosofia da empresa são destacados.

O nome, Martim Codax, é uma homenagem a um trovador regional, muito famoso, que viveu entre os séculos XIII e XIV. Pensando nisto, esta empresa mantém a tradição do entretenimento popular, patrocinando, desde espetáculos musicais em suas instalações até a preservação de instrumentos medievais, como o da foto acima, chamado “Organistrum”, que vai dar nome a um de seus vinhos de ponta.

Outra interessante curiosidade é sobre alguns de seus vinhedos: literalmente à beira mar.

O passeio termina na sala de degustações, onde experimentamos 2 vinhos, 100% Albarinho: Martim Codax, o carro chefe da vinícola, e o Sobre Lias, um vinho mais maduro, ambos deliciosos.

A prova é orientada, de forma muito didática, pela guia. Ótima experiência, principalmente para os que estão começando a navegar pelos encantos do Enoturismo. Ao final, somos convidados a permanecer no bar ao lado, onde podem ser provados todos os vinhos da empresa, por taça ou garrafa.

A Martim Codax atua em outras regiões vinícolas da Espanha, produzindo uma extensa linha de produtos que inclui alguns licores. Visitem a loja, on-line, para conhecerem todos os produtos:

Loja Martim Codax

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Don Laurindo – Estilo 2018

Don Laurindo é uma das mais tradicionais vinícolas da Serra Gaúcha. Localizada em Bento Gonçalves, sua história se inicia em 1991 pelas mãos da Família Brandelli, que atualmente na sua 5a geração, continua no comando da vinícola.

O Don Laurindo Estilo safra 2018 é um corte de 50% Tannat, 30% Malbec e  20% Ancellotta, com 18 meses de passagem por barrica de carvalho. O resultado é um vinho de coloração vermelho púrpura, aroma de frutas vermelhas e negras e de especiarias, com notas de madeira de carvalho. Na boca é complexo, envolvente, com boa estrutura e encorpado.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Imagens próprias ou obtidas no site da vinícola.

« Older posts Newer posts »

© 2025 O Boletim do Vinho

Theme by Anders NorenUp ↑