Categoria: Viagens (Page 1 of 9)

D.O. Rias Baixas – Pazo de Señorans

Estamos na Galícia, uma belíssima região, onde existe uma importante D.O. (Denominação de Origem), que contempla, majoritariamente, a casta Albariño: Rias Baixas.

Rias é um termo pouco usado na língua portuguesa. Um bom dicionário define como: “Pequeno braço de mar que, em forma de baía, penetra no interior da costa”.

Na Galícia, as rias formam um interessante conjunto destas pequenas baías, muito propícias à criação de mariscos, ostras e outras delícias do mar, além de uvas viníferas, destacando a já mencionada Albariño ou Alvarinho em nosso idioma. É um terroir único, com alguns vinhedos plantados, literalmente, à beira mar.

Esta D.O. é formada por 5 sub-regiões: Vale do Salnés; O Rosal; Ribeira do Ulla; Condado do Tea e Soutomaior.

Não é uma área muito grande. São cerca de 180 vinícolas que utilizam uvas plantadas em pequenas propriedades. São chamadas de “minifúndios”. No último levantamento havia 22.800 deles, espalhados por cerca de 4.300 hectares.

Cada sub-região tem características próprias, permitindo outras castas além da Albariño. Optamos por conhecer o Vale do Salnés, a única em que são produzidos varietais com 100% desta casta.

Selecionamos duas empresas para visitar. A primeira foi a espetacular Pazo de Señorans, uma vinícola de porte pequeno a médio, totalmente familiar e dirigida, atualmente, por um matriarcado.

O Pazo, ou Paço em português, é uma mansão senhorial, adquirida pelo casal Marisol Bueno e Javier Mareque. Além de passar por uma perfeita restauração, foi parcialmente adaptada para servir como vinícola. Sua primeira safra foi em 1989, já usando vinhedos próprios, plantados anteriormente.

Ao longo do tempo, novas instalações foram construídas. O Pazo, que segue em constante restauração, tornou-se um sofisticado espaço para eventos, contando, inclusive, com uma capela.

A principal filosofia desta empresa, hoje já dirigida pelos filhos do casal fundador, é produzir vinhos que traduzam a terra em que as uvas estão plantadas. São produtos de altíssima qualidade e produção muito pequena.

A visita se divide em 3 etapas. Começamos pelo Pazo passando por um pequeno vinhedo, onde uma importante diferença se fez notar: as uvas são plantadas em Latada, um sistema de condução da videira que forma uma pérgola. Apenas como exemplo, no Minho, Portugal, onde plantam a mesma casta, o sistema mais comum é a Espaldeira.

Segundo nosso anfitrião, são muitas as razões para manter o sistema atual, que vão desde a origem cultural até a necessidade de uma maior proteção climática contra as chuvas abundantes e a defesa contra alguns fungos decorrentes de alta umidade.

O solo é composto de um tipo de Saibro, decorrente da degradação de blocos graníticos. Drena muito bem. A colheita é manual, o que implica numa seleção de melhores cachos.

Em seguida, visitamos as instalações produtivas atuais, que inclui uma boa destilaria que elabora aguardente a partir dos restos da vinificação. Para o vinho, somente utilizam tanques de Inox, de diferentes tamanhos.

A Pazo de Señorans teria sido a primeira empresa a adotar o amadurecimento de seus vinhos sobre as borras (sur lie) antes do engarrafamento. Não usam madeira.

A última parte da visita é a degustação de três vinhos, 100% Albariño, e duas aguardentes:

– Pazo de Señorans – vinho jovem com 5 meses sobre as borras. Coloração amarelo palha brilhante com reflexos verdosos. Intensidade alta e caráter varietal bem definido. Aromas e sabores típicos da casta, fácil de beber, bom corpo e retrogosto.

– Pazo de Señorans Colleccion – um vinho de guarda, com mais de 5 meses sobre as borras e 30 meses em garrafa. Coloração amarelo pálido. Apresenta um perfil delicado, sutil, com matizes muito varietais. Boa estrutura em boca, muito equilibrado, com ataque firme, sem arestas. Retro nasal elegante.

– Pazo de Señrans Selecion de Añada – uvas oriundas de parcela única, com um mínimo de 30 meses sobre as borras. Coloração amarela, viva e brilhante. Intensidade alta, muito significativa. Grande profusão de aromas terciários e traços minerais, devido ao longo amadurecimento. Corpo volumoso. Sofisticado, deixa um longo e marcante final de boca.

São três vinhos completamente diferentes e espetaculares. Tudo muda entre eles, aromas, sabores e corpo, trazendo uma experiência inesquecível.

As duas aguardentes fecham a degustação, uma branca e outra macerada com ervas.

Esta visita é uma das que podem ser classificadas como imperdíveis. Tudo que observamos mostrava, claramente, todo o empenho desta família em produzir vinhos que traduzem toda a cultura desta região, cujas origens remontam ao povo Celta.

Para mais fotos, cliquem no site oferecido pela vinícola: Galeria de Fotos

Saúde, bons vinhos!

Porto, Portugal, um dia muito louco

Estamos viajando em busca de novas aventuras no mundo do vinho. Nossa base é a cidade do Porto, mais conhecida como a capital dos vinhos do Douro.

Partindo daqui, tudo é pertinho: o Minho e os deliciosos Vinhos Verdes, a Bairrada, o Dão e as diversas sub-regiões do rio Douro. Damos um passinho a mais e estamos na Galícia, região das Rias Baixas e seus fantásticos Albarinhos.

Neste primeiro, dia o plano era bem simples. Como estamos hospedados na parte alta da cidade, pretendíamos caminhar até a zona de comércio, na Rua de Santa Catarina, já na parte mais baixa. De lá, seguir até Vila Nova de Gaia, onde visitaríamos mais uma Cave de Vinho do Porto, para fazer uma boa degustação seguida de um almoço em algum local simpático. Ao fim da tarde, retornar para nosso hotel, desta vez num táxi.

Subir as ladeiras do Porto não é para qualquer um…

Nosso passeio começou absolutamente dentro do normal. Fomos caminhando rua abaixo, apreciando o antigo casario, até chegar numa primeira loja na Santa Catarina. Estava escura, com a luz apagada. Imaginamos que, por conta do ensolarado dia, estavam economizando energia elétrica.

Pouco a pouco, percebemos que todas as lojas estavam no escuro, muitas já com as portas cerradas. Seguimos até o Largo da Batalha, onde sempre tem uma feira local de artesanato. Foi quando veio a notícia: o apagão era em Portugal e Espanha. O caos começava a se instalar.

Naquele momento, não era opção retornar ao nosso ponto de partida. Com o comércio fechando, seguimos em frente atravessando a ponte Dom Luiz I, em busca de uma Cave do Vinho do Porto.

Logo, logo a “ficha” foi caindo.

Nossos celulares começaram a falhar. O sinal da operadora estava completamente instável. Para atravessar a rua era necessário um cuidado redobrado. Não havia sinais de trânsito funcionando e a faixa de pedestre era disputada com automóveis, ônibus, motos, patinetes e bicicletas.

Chegando em Gaia, o cenário não era muito diferente. As Caves, obviamente, fechadas. Os restaurantes ao longo da Ribeira, todos lotados, só serviam bebidas e alguns pratos frios. Toda a parte de cocção, em Portugal, é majoritariamente elétrica.

Pagamentos só em espécie: as maquininhas dos cartões não estavam confiáveis.

Só conseguimos lugar num simpático armazém, que abriga diferentes quiosques gastronômicos. O almejado almoço se resumiu a alguns salgadinhos, fritos antes da luz cair, um prato de tapas frias e 2 cervejas, ainda geladas.

Na hora de pagar, a simpática atendente perguntou: “O senhor aceita uma taça de Porto para arredondar a conta?”.

Grande ironia!

Claro que aceitei. Ainda me foi dada a opção de escolher entre branco, Ruby ou Tawny. Escolhi este último.

Estava ótimo, um dos melhores que já degustei. Tinha um sabor muito especial, o de vencer os percalços deste dia muito doido.

Até para usar um banheiro público eram necessários cuidados adicionais. Nunca são projetados com iluminação natural. Na hora do apagão, as portas ficavam abertas, devassando parte do ambiente.

Para chegar de volta ao hotel não restou alternativa a não ser a de caminhar ladeira acima. Com o Metro parado, os ônibus estavam lotados e os táxis sumiram. Sem telefonia, nada de Uber ou similares. Ao todo, percorremos 10 Km.

A eletricidade só normalizou às 20:30. Sorte que nosso apartamento era no térreo.

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Almaúnica Super Premium MAGNUM – Corte Bordalez 1,5 Litros 2020

Idealizada pelos irmãos Márcio e Magda Brandelli e localizada em local privilegiado no Vale dos Vinhedos, a Vinícola Almaúnica nasce no início dos anos 2000 com intuito de fazer vinhos de altíssima qualidade na Serra Gaúcha.

Este grande vinho nasce de uma paixão incondicional de Márcio Brandelli pela região de Bordeaux na França, mais precisamente em Saint Emilion, onde busca sempre muita inspiração para a elaboração dos vinhos da Almaúnica.

Desta memorável safra de 2020 foi feito este corte em separado, com 50% Merlot, 25% Cabernet Franc, 25% Cabernet Sauvignon. Sua maturação ocorreu por 24 meses em barricas de carvalho francês novas.

Vinho de cor intensa com notas violáceas. Nariz muito complexo que vai desde baunilha, chocolate preto, especiarias, café, defumados e calda de frutas vermelhas. No paladar ele é encorpado e potente com uma persistência longa e taninos maduros.

A Cave Nacionalenvia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Imagem de abertura por Wirestock no Freepik

O Vermute Martini & Rossi

Nossa aventura final, na Itália, foi participar da “Martini Experience”, uma agradável visita à fábrica deste conhecido Vermute, que fica nos arredores de Turim, região do Piemonte.

Para alguns leitores menos atentos, isto pode parecer uma heresia, mas não é: o Vermute é um vinho, muito especial, que foi infusionado com ervas e especiarias e, posteriormente, fortificado.

Originalmente esta mistura era usada como um medicamento. Um dos mais populares era um produto alemão, para curar “males do estômago”, elaborado com vinho e absinto, ou “wermut”. Vem daí o nome que usamos hoje.

A visita tem duas etapas, um passeio por alguns salões que nos contam a história da empresa, e um igualmente interessante percurso pela área de produção.

A empresa começou como “Distilleria Nazionale di Spirito di Vino”, em 1850. Seu proprietário era Teofilo Sola. Entre os empregados, estavam o contador Alessandro Martini, e o encarregado das vendas, um criativo herbalista e especialistas em destilados, Luigi Rossi.

Sola faleceu em 1879. Martini e Rossi assumem a empresa, mudando sua denominação, que ficou conhecida mundialmente. Desde 1993, pertence ao grupo Bacardi, um dos maiores produtores de bebidas alcoólicas.

Quem criou o icônico vermute foi Luigi Rossi, uma receita especialíssima e secreta, que envolve mais de 30 insumos entre ervas, especiarias, cascas de frutas, obtidas em diversos locais do planeta.

O vinho, que compõe 75% do volume desta bebida, não é como o que estamos habituados. É uma vinificação muito cuidadosa, denominada “flower wine” ou “vinho flor”: não tem aromas e nem sabores. Tem que ser absolutamente neutro para não influir no resultado final.

A receita está guardada num banco suíço e somente 4 pessoas têm acesso a ela. Não podem nem viajar juntos, para evitar o que seria uma verdadeira desgraça…

Na 1ª parte, percorremos um verdadeiro museu que conta toda a história de empresa e de sua influência na Itália e no mundo. São diversas atividades imersivas ou participativas, como sentir aromas e texturas de alguns dos insumos, passear numa extensa galeria dos produtos, novos e antigos e até aulinhas, em vídeo, sobre o preparo de famosos coquetéis.

Um dos destaques é a coleção de títulos e troféus, principalmente na área automobilística: impressionante.

O marketing esportivo sempre esteve presente na Martini, patrocinando desde esportistas até famosas competições. Este tipo de ação se estende, também, na área cultural.

Um show!

O ponto alto do percurso pela fábrica é a chegada na catedral (foto a seguir). Lá está toda a produção do Martini. Nenhuma gota é feita fora da fábrica original.

O passeio termina com a degustação de 3 produtos. Neste dia nos ofereceram o Reserva Especial, o campeoníssimo Martini Rosso e um espumante Asti! (foto de abertura)

Sim, nos serviram um espumante tipo Asti elaborado pela “poderosa” Martini que, além deste, produz um bom Prosecco. Detalhe, ambos são vinhos de regiões demarcadas, mas para a Martini & Rossi há condições muito especiais.

Somente parte do processo é feita na região original. O resto é finalizado na fábrica de Turim.

Uma deliciosa experiência.

Saúde e bons vinhos!

Degustamos três “Barolo DOCG” da Prunotto

A uva Nebbiolo é a verdadeira rainha do Piemonte. Está plantada por todos os lados, até onde a vista alcança. A visão destes intermináveis vinhedos é impactante.

As vinícolas são vizinhas, literalmente: onde termina um vinhedo de uma, começa o vinhedo de outra. Difícil foi escolher qual visitar, são múltiplas opões e cada empresa tem seu programa de enoturismo.

Um fator foi decisivo: o preço.

Um Barolo, de alta gama, nunca foi um vinho barato. Para muitos, é chamado de “o rei dos vinhos” e não faltam motivos para isto. A Nebbiolo, única casta utilizada, é uma daquelas uvas encrenqueiras, difíceis de trabalhar. Faz parte de um nobre time que inclui a francesa Pinot Noir e a portuguesa Baga.

Por esta razão, justificam-se os altos preços cobrados nas visitas. Para se ter um exemplo, um produtor icônico sugere que seja feita uma doação, mínima, de 300 Euros, por pessoa, para uma instituição de caridade por eles indicada. Num grupo de 4, como o nosso …

Mas existem alternativas mais palatáveis, entre elas a reconhecida Prunotto, em Monforte d’Alba, com um ótimo leque de opções para adequar a vista, dentro de um orçamento viável.

Fomos recebidos pela simpática Mirella que nos conduziu. A origem desta empresa remonta a 1904, quando foi criada a “Cantina Sociale ‘Ai Vini delle Langhe’”, uma cooperativa dirigida pelo Notário da cidade de Alba, Sr. Giacomo Oddero. O jovem Alfredo Prunotto assina o documento de fundação como uma testemunha.

Alguns dos grandes produtores de uva forneciam matéria-prima para a cooperativa. Em 1922, já com graves dificuldades financeiras devido, sobretudo, aos efeitos da 1ª Grande Guerra, alguns agricultores deixam de fornecer uvas e a empresa entrou em liquidação.

Prunotto e sua esposa Luigina assumiram o espólio e, com uma nova denominação, o seu sobrenome, muita dedicação e trabalho, elaboraram grandes vinhos e os exportam para as Américas. Um sucesso!

A Prunotto já passou por duas importantes tocas de comando, uma em 1956 e outra em 1994, quando a família Antinori assumiu a vinícola, dando nova vida ao empreendimento.

O principal patrimônio são seus excelentes vinhedos, alguns dos “grand cru” de Barolo, como o Bussia, onde estávamos.

Nesta sede que visitamos não há elaboração do vinho, apenas a fase de amadurecimento nos tradicionais “Botti”. Adotam o método tradicional, deixando a modernidade das pequenas barricas para outros produtores.

Findo o pequeno tour, passamos para a degustação. Escolhemos a opção de provar os três “DOCG”, Bussia, Cerretta e Mosconi, considerados como vinhedos históricos. O custo foi de 25 Euros por pessoa, bem razoável. Havia a possibilidade de provar o vinho top, de vinhedo único, o “Vigna Colonnello Barolo DOCG Riserva Bussia”, por 10 Euros/pax, adicionais.

Eram vinhos com um enorme diferencial entre eles, para nossa surpresa. Todos muito elegantes e com grande potencial de guarda, uma característica dos Barolo. Não são vinhos para consumo imediato, há que ter muita paciência, esperando, algumas vezes, mais de 10 anos na garrafa para ficarem “prontos” (*). Tudo vai depender da safra.

O grande destaque foi para o Bussia 2020, um vinho que ficou 18 meses maturando no Botti e depois engarrafado. Segundo Mirella, esta já estava no ponto para ser degustado.

Pura verdade.

Um vinho sedoso, equilibrado, cheio de aromas de laranja de sangue, pimenta rosa e frutas do bosque. No paladar é muito frutado e refrescante, com um final de boca interminável.

Rei dos vinhos, sem dúvidas!

Além do Barolo, a linha de produtos desta empresa inclui Barbera, Dolcetto, Barbaresco, Arneis, Moscato, Grappas e outras castas menos conhecidas.

Para saber mais, visitem o site da Prunotto (em inglês)

Saúde e bons vinhos!

(*) A definição de um vinho “pronto” é bastante subjetiva. Existem sites que trazem indicações baseadas no paladar de críticos e Sommeliers renomados que ajudam de decidir. No link, a seguir, uma tabela dos vinhos italianos publicada pela revista Wine Enthusiast. ( clicar em Italy – em inglês, de fácil compreensão)

Vintage Chart

Visitamos o Vigneti Massa, no Piemonte

Depois de nossa passagem pelo Porto, Portugal, nosso próximo destino foi o Piemonte, norte da Itália, terra de alguns dos mais famosos vinhos do mundo, como os Barolo e os Barbaresco.

Nossa primeira visita foi em busca de um caminho diferente. Escolhemos a Vigneti Massa, cujos vinhos ainda não estão no Brasil, para conhecer um espetacular trabalho, realizado pelo seu proprietário, Walter Massa, recuperando a dignidade de uma antiga e esquecida uva branca: Timorasso.

A vinícola foi fundada por esta família em 1879. Atualmente cultivam 30 hectares de vinhedos, localizados nas colinas de Monleale (Colinas de Tortona), 300 metros acima do nível do mar. Além da nativa Timorasso, estão plantadas Barbera, Croatina, Freisa, Nebbiolo, Moscato e Roschi.

Fomos recebidos por Filippo, jovem e muito simpático Enólogo que, junto com seu irmão, faz o trabalho pesado. Depois de um rápido giro pelos vinhedos ao redor da sede, passamos para uma degustação/aula sobre este incrível trabalho que não se resume ao empreendimento dos “Massa”, mas toda uma região que ganhou novas oportunidades.

Walter optou por trabalhar com esta antiga varietal na década de 80 e talvez tenha sido o primeiro a produzir um 100% Timorasso. Foi uma experiência muito boa. Das poucas 500 vinhas encontradas então, hoje são cerca de 430 acres plantados por diversos produtores, inclusive alguns nomes famosos como Vietti e Fontanafredda. Ao todo, a produção atinge 800.000 garrafas/ano.

Os vinhos são classificados como “DOC Colli Tortonese Timorasso”, mas já estão solicitando uma denominação mais abrangente, “Tortona Timorasso” ou apenas “Derthona”, que é o antigo nome da comuna de Tortona.

Além dos excelentes vinhos, esta região é altamente gastronômica produzindo castanhas, trufas, queijos e mel.

Degustamos toda a linha do Timorasso: Piccolo Derthona, Derthona, Sterpi, Montecitório, Costa del Vento e Sentieri.

As diferenças entre cada rótulo estão na origem das uvas, tempos de maceração e de amadurecimento antes do engarrafamento. Nenhum deles passa por madeira.

São vinhos com uma acidez marcante e muito refrescantes. Ideais para um clima tropical como o do Brasil. Muito encorpados, levam a crer que foram macerados com as peles, o que não é verdade. Entretanto, alguns produtores já estão experimentado este caminho.

Um detalhe nos chamou a atenção: tampas de rosca. O Vigneti Massa é um adepto deste tipo de fechamento e tem feito diversas inovações junto com um renomado produtor destas cápsulas metálicas. Uma de suas grandes mudanças é a conexão com tecnologia NFC: basta você usar o seu smartphone no selo sobre a tampa para ter acesso a tidas as informações sobre o vinho.

Um show de tecnologia!

Este é um de nossos motes: tradição e modernidade juntos.

Provamos, ainda, três tintos elaborados com a casta Barbera, todos muito bons: Sentieri, Monleale e Bigolla. Notem que alguns destes ainda usam rolha de cortiça. Mudarão em breve, eram safras mais antigas.

Para saber mais, visitem o site da vinícola: https://vignetimassa.com/

Saúde e bons vinhos!

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