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A classificação “Vin Méthode Nature”

Quando a geração do milênio menciona “vinho” quase sempre estão se referindo aos vinhos “naturais”, sejam eles orgânicos, biodinâmicos, veganos e mais algumas denominações.

Há uma certa desordem neste crescente e importante segmento. Alguns destes nomes se misturam não havendo definições bem claras sobre o que é um e o que é o outro. Uma das críticas que fazemos é quanto ao emprego do termo “natural”, sugerindo que os demais vinhos seriam, ao pé da letra, “artificiais”.

Uma organização francesa, Le Syndicat de défense des vins naturels, fundado em 2019, tem por objetivo proteger este tipo de vinho e seus produtores perante as instituições públicas e outras organizações do setor. Introduziu a classificação, “Vin méthode Nature” e seu selo, para ser usado nos rótulos. Pretende, também, estimular o diálogo entre uma comunidade de produtores, consumidores e profissionais do vinho.

As regras de inclusão são as seguintes:

1 – O vinho deve ser elaborado com 100% de uvas, de qualquer origem, desde que cultivadas em sistema de agricultura biológica e certificada;

2 – Colheita manual;

3 – Fermentação por leveduras indígenas;

4 – Vedado o uso de qualquer aditivo;

5 – Não é permitida nenhuma modificação no padrão das uvas;

6 – Não devem ser empregadas técnicas brutais ou traumatizantes, como osmose reversa, filtragens, termo vinificação etc.;

7 – Controle rigoroso no uso de Sulfitos – há um limite de 30mg/l, o que implica numa classificação própria.

Além destas regras de produção, há um extenso capítulo sobre a rotulagem e apresentação de fichas técnicas, solicitando extrema clareza no que for declarado.

Dois selos estão disponíveis, conforme a ilustração que abre esta matéria: vinhos sem Sulfitos e vinhos com 30mg/l máximo.

Produtores de qualquer país podem se associar e pedir a classificação de seus produtos. A adesão tem sido ótima, conforme o mapa a seguir:

Os produtores das Américas, Austrália e Nova Zelândia ainda não adotaram esta classificação. A maioria são produtores europeus e alguns na Ásia. As cores mostram quem é produtor de uvas, vinhateiros, negociants e quais as regiões francesas que dão origem a estes vinhos. Mais informações neste link, em francês:

Vin méthode Nature

Gostaríamos de ressaltar que esta é mais uma classificação. Ela se soma a muitas outras que já existem, não substituindo nenhuma delas. Por exemplo, podemos ter um Grand Cru Classé de Bordeaux com um destes selos, sem problemas.

Outro ponto que deve ser notado e respeitado é o emprego da palavra “nature” em vez de “naturel”. Significa natureza, em tradução direta. Vin méthode Nature pode ser traduzido como vinho do método da natureza. Nada mais correto pois traz a nítida sensação que os produtores buscam as formas mais primitivas e originais de cultivo e produção, com os devidos corolários de vidas mais simples, menos estressantes e ricas de conhecimento.

Há um longo caminho a ser percorrido. Nem pensem em comparar, de forma direta, estes vinhos com os clássicos que estamos habituados – seria o mesmo que a tradicional comparação de bananas com laranjas.

Vinhos ditos “Nature” são uma categoria “per se”. Dentro dela existirão bons e maus vinhos. Não há como fugir disso. Para os consumidores antenados com esta modalidade é mais uma garantia de que estão consumindo um vinho de qualidade.

Parodiando o Jogo do Bicho, no rótulo deveria constar o seguinte jargão:

“Vale o que está escrito”!

Saúde e bons vinhos!

Gin, Vinho e Saquê têm um ponto em comum

Imagem por Freepik

Gin é uma infusão obtida a partir de um destilado de cereais com uma série de especiarias e aromáticos botânicos. O Zimbro é obrigatório. A partir desse ponto, cada produtor tem a sua receita que pode incluir pimentas, cascas de árvores ou de frutas cítricas, coentro em sementes e muitos outros.

Virou a bebida do momento entre a nova geração. Há quem o consuma puro, mas o grande charme do Gin é ser a base para uma série de coquetéis, alguns lendários, como o Dry Martini e o Negroni.

A razão do sucesso destes drinks é um parceiro do Gin que muitos mixologistas consideram como ideal: um vinho!

Surpreendente?

Mas não é uma vinificação qualquer: fermenta-se um vinho base com o qual será feita uma infusão com ervas aromáticas, raízes, flores e outros temperos e fortificado, posteriormente.

Vinhos assim preparados eram usados como medicamento na antiguidade. Um dos mais populares usava wermut (absinto em alemão) em sua fórmula, indicado para tratar distúrbios estomacais.

Vem daí a bebida que hoje chamamos de Vermute, o parceiro perfeito para os coquetéis feitos com Gin.

Dois estilos de Vermutes se destacam: o branco e seco, de origem francesa e o tinto e mais adocicado de origem italiana. Quem nunca ouviu falar nas marcas Noilly Prat, Martini & Rossi, Punt e Mess, Lillet e Carpano?

Os vermutes deixaram de ser medicamentos lá pelo século XVIII, mas só vão encontrar seu lugar definitivo nas prateleiras dos bares no começo do século XIX, quando surgem as primeiras misturas de vermute com pouco de sumo cítrico e gotas de um ingrediente amargo, popularmente conhecido como “bitters”.

O tradicional Martini (gin + vermute branco seco) foi misturado pela 1ª vez em 1880. O Negroni (gin, vermute tinto e Campari) foi criado no Café Cassoni, em Florença em 1919 a pedido do Conde Camillo Negroni.

Hoje existem diversas versões deste vinho tão especial, quebrando a regra do branco seco e tinto adocicado. Existem versões rosadas e até mesmo uma chamada “Golden”. Nenhuma ficou tão popular quantos os originais.

Além de França e Itália, podemos citar Espanha e Portugal como grandes produtores. É um aperitivo muito popular.

As principais uvas na produção do vinho base, que terá um baixo teor alcoólico, são Clairette blanche, Piquepoul, Bianchetta Trevigiana, Catarratto e Trebbiano. As ervas e especiarias mais comum são canela, cravo, cardamomo, manjerona, camomila e junípero. Cada produtor tem sua receita. O absinto foi proibido durante muitos anos e ninguém o usa mais nos vermutes.

Depois de pronto o vinho ele pode ser amadurecido em madeira por um período antes de receber as ervas e especiarias. O teor de álcool é elevado com a adição de aguardente neutra de uvas até atingir os 16% a 18% em volume.

Recentemente um novo player entrou neste restrito mercado com uma novidade, não tão nova assim se formos olhar a história. Um produtor do Japão lançou um Vermute obtido a partir de um Saquê, que é um vinho de arroz, tecnicamente.

Chama-se Oka Kura Bermutto

Esta versão oriental do vermute é obtida a partir de um Saquê Junmai que é fortificado com um Sochu (destilado de arroz) e infusionado com uma série de ervas e especiarias tipicamente japonesas como yuzu, kabosu, sanshō e yomogi.

Embora seja um produto único e atual, a ideia de fazer infusões alcoólicas é muito antiga nas culturas orientais. Há registros de consumo de vinhos aromatizados desde a dinastia chinesa Shang (1250AC – 1000AC). A contrapartida ocidental só vai registrar algo semelhante na Grécia, em 400AC.

O Oka Kura é um vermute seco com uma coloração palha escuro. No paladar há uma marcante presença cítrica que lembra toranja.

O grande charme deste diferente vermute é poderemos saborear um Dry Martini de cor escura ou um Negroni de cor clara e muitas outras misturas. O limite estará na imaginação de cada Bartender.

Gin, Vinho e Saquê: Vermute é o ponto em comum ou não?

Saúde e bons drinques!

Dicas para ser um bom degustador

Saber degustar um vinho corretamente é muito importante para o grupo de especialistas, críticos e jornalistas que estão sempre escrevendo sobre este apaixonante tema. Duas atividades dependem desta habilidade de degustar e analisar um vinho: o Sommelier ou Escanção e os Enólogos.

Curiosamente enquanto um Sommelier vai em busca das qualidades de um vinho, para indicá-lo aos seus clientes, um Enólogo está mais preocupado em encontrar os defeitos, para corrigi-los na próxima vinificação.

Já os meros mortais e pobres Enófilos tentamos nos valer destas respeitadas opiniões e, com base nelas, achar aquele vinho que vai nos satisfazer.

Algumas vezes não funciona assim. São muitas variáveis envolvidas e controlar todas elas nem sempre é prático no momento que vamos compartilhar e analisar uma boa garrafa com amigos e confrades, como numa degustação mais técnica

Uma das mais importantes variáveis é definida, em inglês, pela palavra “mood” ou estado de espírito, um conjunto de aspectos que vão desde o ambiente onde será feita a degustação, o humor de cada convidado e até mesmo o objetivo do encontro.

Imaginem, por exemplo, a logística necessária e o “mood” de cada juiz do concurso da Decanter, mencionado na matéria anterior a esta.

Numa rápida pincelada, foi realizada num conjunto de prédios no centro de Londres, com os julgadores espalhados por 3 andares. Não era uma degustação qualquer. Cada juiz tinha tarefas bem definidas e objetivos a serem cumpridos para que, ao final, um ranking fosse estabelecido e publicado.

Detalhe que pode passar despercebido: a degustação era às cegas o que significa taças numeradas, garrafas ocultas dentro de embalagens opacas, inúmeras fichas de degustação a serem classificadas e pessoal treinado para distribuir, recolher, lavar, servir e que mais fosse necessário, seguindo rígidos protocolos sanitários – estavam no meio de uma pandemia…

Avaliem o “stress” desta turma!

Nada disto é necessário numa degustação em que se busca alguma satisfação, exceto os controles sanitários, ainda estamos “pandêmicos”.

Mas uma boa iluminação, toalhas ou jogos americanos de cor branca, boa ventilação e temperatura adequada são básicos. A temperatura de serviço dos vinhos a serem degustados também merece alguma atenção: nada de “estupidamente gelados” e nem “temperatura ambiente” num dia de 40º à sombra.

Se optarem por fazer degustação técnica preenchendo fichas, não se esqueçam de distribuir todo o material necessário.

Muitas vezes não nos damos conta, mas cheiros estranhos vindos da cozinha ou de banheiros, de cômodos recém-pintados e coisas semelhantes interferem diretamente na análise olfativa. Até mesmo aquela loção pós barba ou o perfume do grupo feminino devem ser evitados.

No capítulo dos cheiros estranhos, é bastante comum encontrarmos aromas nada agradáveis logo ao sacar a rolha. Vinhos que estão adegados há algum tempo ou que receberam uma dose maior de SO2 apresentam esta característica. Deixe-os de lado por um tempo, agite um pouco a taça ou coloque num decantador para servir mais tarde.

Se o cheiro ruim não passar podemos ter problemas de contaminação da rolha ou mesmo na elaboração por interferência de leveduras não desejáveis. Geralmente se descarta este tipo de vinho, não sendo usado nem para cozinhar. Se quiser ousar, tente experimentá-lo depois de 24 ou 48 horas e só então decida o que fazer.

Usem este mesmo tipo de procedimento se o vinho estiver sem nenhum aroma logo ao ser servido: um pouco de agitação na taça e tempo. Neste caso, diz-se que o vinho esta “fechado”. Ao surgirem os esperados aromas é o sinal que ele “abriu”.

Taças são outro ponto importante. Vale à pena investir em um bom material. Não precisa ser o melhor do mercado. Cristal ou meio cristal é aceitável. Bordas finas, transparência perfeita sem ondulações e uma haste firme que não cause apreensão em que vai segurá-la.

Há uma discussão sobre como proceder ao trocar de vinho: lava-se a taça com um pouco de água ou com um pouco do novo vinho?

Está técnica se chama avinhar a taça: nada melhor para lavar um vinho do que outro vinho. A turma profissional simplesmente descarta o que está na taça e o próximo vinho é servido em seguida. Só avinham, com um novo vinho, se estiverem mudando de branco para tinto por exemplo.

Uma última recomendação: tudo foi feito como manda este ou outro figurino e os vinhos não corresponderam. É frustrante pagar algum dinheiro por um rótulo super premiado e na hora “H” é um fiasco.

Isso é mais comum do que se imagina. Há uma daquelas leis não escritas que afirma “eu vou detestar o vinho que você vai gostar”. Vinhos perfeitos não existem. Releiam o início desta matéria: Enólogos buscam defeitos quando degustam um vinho…

Cada enófilo tem o seu estilo de vinho que vai lhe marcar. Muitas vezes não se dá conta disto até passar por uma situação como a descrita. Neste momento cai a ficha e percebemos que preferimos um Syrah ao Cabernet ou vinho italiano em vez de um francês.

Esta é a graça de uma degustação. Experimentem, aprendam e se divirtam.

Saúde e bons vinhos.

Uma casta, um vinho – Syrah

Também conhecida por Shiraz, Hermitage e vários outros sinônimos, é uma uva muito importante. Curiosamente, nunca é citada no conhecido grupo das castas nobres (Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir, Chardonnay, Riesling e Sauvignon Blanc) o que pode ser considerado com uma grande injustiça: os vinhos elaborados a partir desta casta estão entre os mais celebrados e premiados do mundo, Robert Parker que o diga.

Uma uva francesa, com certeza, apesar de inúmeras versões sobre sua origem, incluindo uma envolvendo uma cidade persa, homônima (Shiraz). São lendas, apenas. Descende, diretamente, de um cruzamento natural entre as uvas Durezam e Mondeuse Blanche.

Seu berço natal e local onde melhor se expressa é o vale do rio Ródano, no sul da França. De lá partiu para o resto do planeta, onde está plantada em outras regiões europeias, americanas e asiáticas.

Cada terroir produz um vinho com características ligeiramente diferentes que podem ser resumidas no gráfico a seguir:

Taninos macios, alcaçuz, pimenta preta, frutos negros e chocolate são algumas das notas comuns em qualquer vinificação desta casta.

Na França estão alguns dos melhores vinhos, como os famosos Hermitage, Côte Rotie, Cornas, Crozes-Hermitage e Saint-Joseph. Mais ao sul vamos encontrar cortes com as castas Mourvedre e Grenache, conhecidos como GSM, um fantástico contraponto ao corte bordalês. Na nossa opinião, os GSM são superiores.

Para fechar o quadro, é uma das 18 uvas que podem ser usadas na elaboração do não menos conhecido Chateauneuf-du-Pape.

Barossa, McLaren Vale e Limestone Coast na Austrália; Priorat, Montsant, Toro e Yecla na Espanha; Mendoza na Argentina; Stellenbosch, Paarl e Franschhoek na África do Sul; Paso Robles, Santa Barbara, Napa, Sonoma e Columbia Valley nos EUA; Toscana e Sicília na Itália; Vales de Colchagua e Maipo no Chile; Alentejo e outras regiões de Portugal.

Não poderíamos deixar de citar algumas regiões do Brasil onde esta casta tem surpreendido e aceitado perfeitamente o sistema desenvolvido pela EPAMIG, a dupla poda: Sul de Minas e Serra da Mantiqueira em SP. Produzem alguns dos mais premiados vinhos brasileiros no exterior.

Casta polivalente e multifacetada, seus vinhos são altamente gastronômicos com os quais podemos harmonizar desde os picantes queijos de mofo azul até carnes na brasa. Perfeitos para acompanhar pratos que usem e abusem de ervas da Provence e outras especiarias.

Apesar da fama dos vinhos franceses, australianos e sul-africanos, escolhi um alentejano para representar esta casta:

Antes de mais nada é um Syrah delicioso, embora já esteja numa faixa de preços perto do proibitivo. O mais interessante é que se tornou um marco na história dos vinhos portugueses.

Elaborado pela vinícola Cortes de Cima, de propriedade do casal Carrie e Hans Jorgensen, ela norte-americana e ele dinamarquês. Compraram terras no Alentejo e, contra tudo e contra todos, plantaram castas não portugueses, a Syrah entre elas.

Depois de longo período esperando as parreiras produzirem adequadamente, elaboraram a 1ª safra deste lindo vinho. Foi quando se deram conta que não podiam obter nenhum registro oficial dos institutos que controlam a produção de vinhos em Portugal. Era uma vinho que “não existia”, pelo menos para a burocracia local. Deste fato surge o nome Incógnito, uma grande ironia para batizar um vinho que teria que ficar escondido…

Hoje é um dos carros-chefe desta vinícola e um dos melhores vinhos portugueses. A legislação se dobrou frente à qualidade e importância desta casta.

Bem estruturado, com notas de especiarias e frutos negros. Sedoso no paladar, fácil de beber. Mostra todas as características que fazem da Syrah uma uva campeã.

Saúde e bons vinhos!

Decanter World Wine Awards 2020

Neste mês de agosto, reuniram-se 116 dos melhores experts de vinhos do mundo para degustar, às cegas e cercados por todas as medidas de prevenção possíveis, 16.518 amostras de vinho enviadas dos quatro cantos do planeta.

Selecionaram os 50 melhores vinhos deste concurso além de galardoar 178 medalhas de Platina, 537 de Ouro, 5.234 de Prata, 7.508 de bronze e inúmeras recomendações.

No grupo dos 50 melhores coube à França o maior número de rótulos premiados, seguido por Itália, Austrália e Portugal.

Alguns vinhos brasileiros foram premiados, o que já não é mais nenhuma surpresa.

Antes de mostrar estes resultados, gostaríamos de ressaltar que este concurso é aberto a qualquer produtor de vinho desde que preencha umas poucas condições, pague as taxas correspondentes e envie a quantidade de amostras solicitadas. Seus vinhos devem estar amplamente distribuídos no mercado e ter uma produção, mínima, de 600 litros por ano.

Sessenta e dois vinhos nacionais receberam medalhas ou recomendações.

A Serra Gaúcha recebeu o maior número de prêmios: 5 pratas; 21 bronzes e 9 recomendações.

As demais regiões foram: Campos de Cima da Serra, Campanha, Serra do Sudeste (SP), São Roque (SP), Serra da Mantiqueira (SP e MG), Sul de Minas e Paraná.

Com relação aos tipos temos:

Tintos – 16; Brancos – 15; Espumantes brancos – 27; Espumantes rosados – 4.

Destacamos:

Storia Merlot 2015 da Casa Valduga;

Fumé Blanche 2019 (Sauvignon Blanc) da Vinícola Ferreira, que fica na Serra da Mantiqueira;

Tempos de Goes Reserva Sauvignon Blanc 2019 da Vinícola Goes em São Roque.

Entre os espumantes:

Moscatel da Vinícola Aurora;

Prosecco Rosé Brut da Cooperativa Vinícola Garibaldi;

Cult Brut da Ponto Nero;

Prosecco Brut da Salton;

Neste link, a página da Decanter, em inglês, com todos os vinhos brasileiros premiados:

Vinhos do Brasil

Saúde e bons vinhos!

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