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Mudanças na DOCa Rioja

A Rioja é uma das mais importantes e conhecidas regiões vinícolas da Espanha. Produz, anualmente, algo em torno de 300 milhões de litros de vinho, a maioria tintos.

Dividida em 3 grandes regiões, Rioja Alta, Rioja Alavesa e Rioja Baja, é berço de alguns grandes produtores como Contador, Artadi, Tondonia, entre outros.

O Conselho Regulador da Denominação de Origem Qualificada é um dos mais respeitados em com grande influência em outras áreas. Recentemente introduziu uma série de modificações no seu sistema classificatório, incluindo os chamados ‘vinhedos únicos’, objeto de uma outra matéria, em nosso site, sobre o “Vino de Pago”.

Na Rioja serão chamados de “Viñedos Singulares”.

Esta não foi a única alteração: os produtores riojanos poderão elaborar espumantes, a partir de diversas castas, sempre utilizando o método tradicional. Serão vendidos como ‘Espumosos de Calidad’ e devem estar no mercado a partir de 2019. Não podem utilizar a denominação Cava, exclusiva da região da Catalunha.

Novas regras para as classificações Reserva e Gran Reserva foram adotadas, e a antiga denominação ‘Generico’ foi substituída por ‘Joven’.

Foi autorizada a elaboração de vinhos brancos varietais. As castas mais prováveis são: Viura, Malvasía, Tempranillo Blanco, Garnacha Blanca, Maturana Blanca, Turruntés, Chardonnay, Sauvignon Blanc e Verdejo.

Apresentamos, a seguir, um resumo destas alterações.

Viñedos Singulares:

– Somente vinhedos com um mínimo de 35 anos de idade;

– Devem estar claramente delimitados;

– Rendimento máximo de 5.000 Kg (tintos) por hectare;

– Colheita manual;

– Rastreabilidade exigida.

Existem mais exigências, muitas de ordem burocrática e regras de rotulagem. Cerca de 150 municípios estariam habilitados a produzir vinhos dentro desta nova classificação.

Vinos de Pueblo e de Zona

– As regiões Alta, Alavesa e Baja são as Zonas mencionadas;

– Os vinhos de Pueblo ou Município são aqueles produzidos com pelo menos 85% de uvas locais, em vinícola sediada no município;

– Rastreabilidade exigida.

As novas regras de amadurecimento passam a ser estas:

– Reserva – 3 anos de maturação sendo 1 ano, pelo menos em madeira e 6 meses na garrafa. Válido a partir de 01/01/2019.

– Gran Reserva – 5 anos de amadurecimento com 24 meses em madeira e 24 meses em garrafa. Já em vigor.

Para não deixar dúvidas, poderemos ter, a partir de 2019, vinhos denominados como ‘Singulares’, ‘de Pueblo’ e de ‘Zona’, em diferentes estágios de amadurecimento, como Reserva ou Gran Reserva.

Saúde e bons vinhos!

Fontes:

https://www.thedrinksbusiness.com/2018/04/everything-you-need-to-know-about-riojas-new-rules/

https://uk.riojawine.com/en/

Vinho da Semana: um ótimo espanhol

Sierra Cantabria Selección D.O.Ca. 2015 (Rioja)

Elaborado com 100% Tempranillo, sua cor é vermelho-cereja limpa e brilhante. Bom corpo, com tanino notável, mas redondo. Fresco e muito frutado. No paladar é sedoso e equilibrado. No nariz, apresenta aromas de frutos vermelhos e negros maduros, aroma intenso e persistente com toques de alcaçuz. Possui boa acidez, equilíbrio perfeito. Fácil de desfrutar.

Harmoniza com perna de cordeiro com ervas, massas com molho de carne, terrinas e patês de fígado de ave.

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Vinho e Smartphones

Calamares…

Um dos possíveis nomes científicos seria Cephalopoda Coleoidea Teuthida, mas atende também por lula, simplesmente. É um molusco marinho que se caracteriza por ter os “os pés na cabeça” (cefalópode), ao contrário da crença popular que entende que esta classe, assim como alguns crustáceos, tem excrementos na cabeça.

Apesar de sua pele possuir cromatóforos, o que lhes permite mimetizar de acordo com o ambiente, sua visão tem apenas um pigmento visual, o que não lhe permite ver cores, apenas distinguem preto do branco ou cinza mais claro do cinza mais escuro.

Esta iguaria culinária está presente em diversas culturas, cada uma com uma receita ou método de cozimento preferido. Podem ser servidas como aperitivo ou prato principal.

Dois métodos de preparo são possíveis: rápida cocção, algo em torno de 5 a 7 minutos, ou tempos de preparo muito longos, como parece ser uma forte tendência no nosso país. Caso não se siga um destes caminhos, a lula fica borrachuda e muito difícil de engolir.

Uma das formas mais populares de preparo dos calamares é a Lula Frita, prato facilmente encontrado nos países mediterrâneos, além do Líbano, Turquia, Síria, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul e nos países das três Américas.

As lulas, depois de limpas, são cortadas em anéis (sugestivo) e empanados, ou seja, são aprisionados em uma camada de algum tipo de massa, que vai enrijecer ao ser frita, produzindo uma certa crocância em contraste com a maciez escorregadia deste molusco.

Os acompanhamentos variam desde uma simples banda de limão até elaborados molhos com base em maionese ou iogurte e diversos temperos.

Para harmonizar o correto é um vinho branco, com boa acidez, frutado e jovem, para enfrentar a oleosidade decorrente da fritura e dos molhos. Quem pode brilhar é um bom espumante. Outras opções são o Sauvignon Blanc, o sul americano Torrontés e um ótimo Riesling alemão ou alsaciano, bem seco.

A nossa típica moqueca ou o cozido de lula (caldeirada) são outras formas de preparo que encantam uma grande parte dos brasileiros. Prato de preparação muito lenta e demorada, exigindo total atenção dos cozinheiros. A cada momento acontecem diversas mudanças que se não forem rapidamente ajustadas o resultado final é imprevisível. Como diria meu querido pai, “cozinhe em fogo fátuo”…

Para harmonizar, uma boa sugestão é um vinho branco grego da casta Assyrtiko, nome de difícil pronunciamento e entendimento. Há alternativas: brancos sicilianos da casta Traminer e até mesmo um leve rosé, como os da região da Provence.

Caso seja usado leite de coco na preparação, um Chardonnay madeirado casa com perfeição.

Calamares en su tinta, receita de origem espanhola, é outra preferência mundial. A tinta de lula funciona como um mecanismo de defesa, protegendo-a dos seus predadores naturais. Saborear este prato traz outras sensações além das gastronômicas, como um certo ‘sabor de vitória’.

A preparação é delicada e exige técnica apurada para extrair a tinta e usá-la no preparo. Este prato pode ser servido com arroz branco ou massa. Há uma variante onde a massa é colorida com a tinta. A versão tradicional, servida na Espanha, é sem nenhum acompanhamento extra (foto acima).

Para harmonizar, um Chardonnay da Borgonha ou um Pinot Noir da Nova Zelândia. A ideia é balancear o frutado do vinho com os sabores deste prato. A escolha do Pinot é crítica, não podem ser percebidos os taninos. Caso haja massa neste prato, um rosé, frutado, seria boa opção.

Mas atenção nesta escolha: Domaine de la Romanée-Conti, safra 1997, não serve, nem com Pizza de lula, outra receita de aparência simples mas de alta complexidade, que ainda não foi ministrada corretamente por nenhum chefe. Nunca conseguiram unanimidade na forma de elaboração.

Para encerrar uma opção tipicamente portuguesa que, definitivamente, vai agradar aos brasileiros: Lula no Espeto (espetada de lula).

Muito fácil de preparar. Basta intercalar, no espeto, os anéis de lula, pedaços de cebola, pimentões e, opcionalmente, camarões e chouriço. Pincela-se com um molho tipo vinagrete e grelha-se na brasa. Simples e delicioso.

Um branco alentejano da casta Antão Vaz é a combinação ideal. Como opção, brancos frutados e com boa acidez, na temperatura certa, inclusive espumantes, sempre indicados para celebrar, nem que seja um vislumbre da restauração da ordem das coisas…

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: um vinho tinto argentino com um sugestivo rótulo.

Prisionero Malbec

É um tinto jovem e agradável, com aroma frutado, lembrando ameixa e amora, e leves notas de pimenta preta. Na boca, apresenta corpo médio, taninos aveludados, boa acidez e um final elegante.

Harmonização: Carnes vermelhas em geral, assadas ou grelhadas; pizzas e queijos de meia cura até curas mais longas.

ATENÇÃO: a pesar dos esforços de diversos especialistas, até o momento da publicação deste texto, ainda não foi encontrada a maneira correta de harmonizar este rótulo com lula.

Harmonizando o “Fiel Amigo”

Este apelido vem de Portugal, terra de várias delícias culinárias e enológicas. Rezam as lendas que existem mais de 1000 receitas de bacalhau para alegrar o paladar de qualquer gastrônomo, do mais exigente ao menos.

Se levarmos em conta que Espanha e Itália são outros grandes apreciadores deste peixe, a quantidade de formas de preparo se multiplica de modo exponencial.

Harmonizar este prato nunca foi tarefa fácil. Se existem mil receitas, existirão mil vinhos, pelo menos, para combinar com cada uma delas.

Sem pretender esgotar este infindável assunto, vamos começar pelo mais básico: Bacalhau é somente um, o Gadus Morhua, ou bacalhau verdadeiro.

No nosso pais se vende qualquer tipo de peixe salgado como bacalhau, por exemplo o Saith, Ling e Zarbo. Da Amazônia vem o Pirarucu salgado, vendido com sendo a versão ‘brasileira’ desta iguaria.

O autêntico bacalhau vem do Atlântico Norte. Dentro desta família de peixes existe uma espécie do Pacífico, tipicamente das águas do Alasca, a Gadus Macrocephalus, que é outra boa escolha.

As denominações Porto e Imperial são apenas classificações de qualidade. Há muita confusão aqui e vale um esclarecimento. Na hora de comercializar era comum dividir os peixes em 3 categorias:

Imperial- É a melhor classificação. Significa que o bacalhau está bem cortado, bem escovado e bem curado. O Porto Imperial é exemplo do melhor dos melhores.

Universal – Classificação que identifica o bacalhau que apresenta pequenos defeitos, que não chegam a comprometer sua qualidade, visto que o paladar é o mesmo do Imperial;

Popular – É o bacalhau que apresenta manchas e do qual faltam pequenos pedaços, extirpados pelo arpão na hora da pesca. (*)

No Brasil os melhores peixes eram trazidos da Cidade do Porto e, por esta razão, Bacalhau Porto ficou conhecido como o melhor. Hoje em dia, a procedência pode variar entre Portugal, Noruega, Islândia, Espanha ou França. Tradicionalmente são peças de 3 kg ou superior.

Quando chega o momento de decidir o vinho duas correntes se impõe, a turma dos brancos e a turma dos tintos. Mas nada é tão simples como parece, tudo vai depender da forma de preparo.

Usando algumas receitas tradicionais, vamos mostrar opções de harmonização.

– Salada de Bacalhau

O peixe é servido em lascas acompanhado de folhas e temperos como coentro e salsa e ovo cozido. O molho tipo vinagrete é que vai reger esta harmonização.

Vinhos jovens e aromáticos, com boa acidez, sem passagem por madeira. Alvarinho seria a escolha de referência. Caberia, ainda, um rosé ou mesmo um tinto bem leve e pouco tânico, como os da região do Dão.

– Bacalhau ao forno

Acompanhado de purê de batatas, cebolas, pimentões, azeitonas e creme de leite, exige um vinho mais poderoso. Brancos fermentados em madeira e que passaram pela Malolática são perfeitos. A casta Chardonnay brilha aqui. Tintos maduros e pouco tânicos também combinam perfeitamente, como alguns alentejanos, mesmo que fujam das castas portuguesas.

– Bolinhos de Bacalhau

Que tal trocar a cerveja por um vinho? A pegadinha fica por conta da fritura, o que pede um vinho de grande acidez. Dois caminhos seguros para seguir: espumante branco brut e vinho verde. Não tem como errar.

A partir destes exemplos os leitores poderão, facilmente, harmonizar outras receitas como as tradicionais Gomes de Sá ou Brás.

Boa Páscoa e ótimos vinhos!

(*) http://www.bacalhau.com.br/tipos.htm

Vinho da Semana: um bom Vinho Verde.

Casa Vila Verde Alvarinho 2015 – $

Muito frutado e fresco. Ideal para acompanhar alguns pratos a base de bacalhau

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PROMOÇÃO PARA O RIO DE JANEIRO

A Vina Brasilis está oferecendo o excelente espumante Santa Augusta Brut com preços especialíssimos.

Vejam as condições:

Caixa fechada com 6 garrafas ao preço de R$ 42,00 por garrafa, totalizando R$ 252,00 a cx;

Descontos adicionais para a compra de 2 ou mais caixas (12 garrafas);

Frete para Zona Sul, Barra e Jacarepaguá: R$ 25,00. Demais regiões a combinar.

Compre diretamente com o Rômulo: [email protected] – (21) 99515-1071 (WhatsApp OK)


Boa pedida para este final de semana em Teresópolis. Apresentação dos vinhos da The Wine Experience, com diversas opções entre brancos, tintos e espumantes, a partir de R$ 15,00 a taça. Serão oferecidos flights de degustação com 3 taças.

Imperdível!

Os vinhos mais admirados

A publicação inglesa Drinks International realiza esta avaliação desde 2010, contando com a colaboração de um grupo de jurados que incluem compradores das principais lojas especializadas, importadores, Sommeliers, Masters of Wine, Jornalistas e Professores.

O critério de votação aprecia a qualidade do produto e sua consistência ao longo do tempo, formas de comercialização e apelo promocional entre os consumidores.

A relação dos 50 melhores, apresentada a seguir, tem um pouco de tudo, refletindo a forma como o consumidor europeu percebe este ‘vinum mundi’.

Isto não impede que seja útil para os apreciadores de vinho do resto do mundo. As marcas listadas estão presentes globalmente.

A marca nº 1 de 2018 ficou com a espanhola Torres, que tem uma importante filial no Chile. A Concha y Toro, chilena, ficou com o segundo lugar e a australiana Penfolds, campeã de edição anterior, permaneceu no 3º lugar.

Há alguns destaques interessantes como o famoso Château D’Yquem em 11º, o Vega Sicilia em 13º, e o libanês Château Musar em 16º.

Além do segundo lugar, outras marcas sul americanas aparecem com destaque: Errazuriz, Cono Sur, Emiliana, Santa Rita e Trapiche, a única da Argentina.

Os tintos bordaleses estão muito bem representados com os clássicos Latour, Cheval Blanc, Petrus, Haut-Brion e Mouton Rothschild.

Vinhos de apelo mais popular como o Barefoot, Yellow Tail e Jacob’s Creek completam a relação.

Uma lista muito equilibrada e interessante.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: nada melhor que um espumante para celebrar o início do outono e a abertura da temporada de degustações. Perfeito para preparar o paladar.

Espumante Brut Branco Santa Augusta

Elaborado pelo método Charmat com as variedades Cabernet Sauvignon (44%), Merlot (16%) e Chardonnay (40%). Seu visual é amarelo palha de média intensidade. Perlage fino, abundante e persistente. No olfato, um aroma fino e delicado com notas de frutas brancas, abacaxi e maçã. Na boca tem ótima acidez, é equilibrado, tem boa cremosidade, muito persistente e com retro-olfato agradável e frutado.

Harmonização: culinária japonesa e oriental, feijoada, churrasco, aperitivos, peixes, crustáceos, massas e risotos.

Compre aqui:

Vina Brasilis – Rômulo – [email protected] – (21) 99515-1071 – https://www.facebook.com/pg/VinaBrasilis/shop/?rid=133172546824172&rt=6

Supermercado Farinha Pura (Rio) – http://www.farinhapura.com.br/

Supermercado Real (Niterói) – http://www.supermercadosreal.com.br/

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