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Terroir: Um Mito em Desconstrução

Num recente encontro, experimentei um vinho elaborado com uvas plantadas em terroir (solo) de origem vulcânica, atual moda nos grandes centros. A grande diferença estava no rótulo que declarava, claramente, esta origem.

Ótimo vinho, apreciado por todos, e que será nossa indicação nesta semana.

Terroir, que para muitos apreciadores é um conceito de difícil assimilação, tem sido objeto de diversos estudos que, até hoje, não confirmaram, como verdadeiro, o conhecido mito ou lenda que atribui ao tipo de solo, as principais influências sobre aromas e sabores do vinho.

Curiosamente, sabe-se, por outras razões, que a videira não transmite aos seus frutos nenhuma característica do terreno que permita identificar, no vinho, em que solo estava plantada.

Incrível, mas verdadeiro!

Duas publicações recentes me chamaram a atenção para esta eterna dúvida, Volcanic Wines (vinhos vulcânicos) escrito pelo Master Sommelier John Szabo, e Terroir and Other Myths of Winemaking (terroir e outros mitos da vinificação) do Professor Mark Matthews da renomada Universidade da Califórnia em Davis, centro de referência sobre uvas e enologia.

O primeiro tece loas sobre os terrenos vulcânicos, valorizando muito os vinhos obtidos a partir destes vinhedos, enquanto o Prof. Matthews tenta desmistificar, de forma até rude, a demasiada importância que damos ao temido e incompreendido “Terroir”.

Interessantíssimo olhar para a origem da palavra: era empregada, pejorativamente, para descrever a qualidade dos aromas de esterco presentes no vinho!

Simplificando, indicava um vinho que fora elaborado em condições pouco higiênicas.

Atualmente, num conceito tipicamente “velho mundo”, seria o local e não a casta o fator mais preponderante no resultado final do vinho. Uma grande legião de autores, críticos e produtores, entre outros, não aceitam facilmente esta afirmação.

Alguns conceitos estabelecidos, como o que afirma serem os vinhos tintos de solos argilosos, mais escuros, encorpados e tânicos do que os de solos calcários, podem estar com os dias contados. Não existem bases científicas para sustentar esta colocação.

Segundo o Prof. Matthews, a única evidência concreta da relação entre o solo e a qualidade do bago que será vinificado está na capacidade dos diferentes tipos de solo, argila, calcário, areia, etc., em drenar ou reter água, seja de chuva ou de irrigação.

Provavelmente nenhum dos livros tem uma resposta definitiva. O mistério que cerca a influência do Terroir (solo, clima, cultura, relevo) ainda vai mexer com a imaginação de muitos, principalmente dos mais românticos.

Saúde e bons vinhos.

Vinho da Semana: um espanhol de solo vulcânico para os leitores tirarem suas dúvidas.

Vulcanus Alpha Tempranillo

Os vinhedos estão localizados a uma altitude média de 800 metros em um solo ocupado, em eras antigas por um vulcão, o que explica os diferenciais de aroma e sabor do vinho. Medalha de Ouro no Concurso Mundial de Bruxelas. Envelhecido por três meses em barricas de carvalho francês, possui taninos elegantes, com toque de especiarias e frutas negras.

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Vinho pode ser muito bom para a saúde

O consumo de bebidas alcoólicas tem sido, ao longo do tempo, objeto de acaloradas discussões onde argumentos, a favor e contra, são debatidos à exaustão.

Em diversos países tentaram proibir a produção e o consumo, sem sucesso, muitas vezes baseados unicamente em princípios religiosos, que não pretendemos discutir aqui. Tentam, até hoje, estimular o consumo consciente, através de peças publicitárias que sensibilizam a todos.

A reboque disto tudo, pesquisadores de diversos centros de estudo se dedicam a descobrir os reais efeitos dos fermentados e dos destilados em nosso organismo.

O vinho é um campeão destas descobertas.

Vamos apresentar, de forma bem sucinta, as mais novas razões para se ter, sempre à mão, uma taça da nossa bebida favorita.

– O Centro Médico da Universidade Loyola, EUA, divulgou, baseado em uma pesquisa feita com mais de 140 trabalhos acadêmicos, que o consumo moderado de vinhos tende a evitar doenças como a Demência e o Mal de Alzheimer.

O Prof. Edward J Neafsey afirma, entretanto, que não recomenda que aqueles que nunca consumiram vinho, o façam a partir de agora. Para obter este efeito é necessário que o consumo seja realmente moderado e regular.

– Um estudo comparativo entre apreciadores de cerveja, destilados e vinhos, feito pela Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, em San Diego, demonstrou que os enófilos têm o risco de contrair doenças hepáticas significativamente diminuído.

Novamente, a moderação é a chave para se obter o benefício. Consumo exagerado de qualquer uma destas bebidas vai levar a um colapso de fígado.

– Dois centros de estudos, diferentes, concluíram que existe uma correlação positiva entre o consumo de vinho e a prevenção do câncer de próstata e do câncer de mama.

Uma publicação da Escola de Medicina de Harvard chamada “Men’s Health Watch”, afirma que o consumo de 4 a 7 taças de vinho tinto, por semana, reduziriam o risco do câncer prostático. Ainda não sabem exatamente a razão, mas continuam pesquisando e, no momento, já se pode atribuir parte deste fenômeno à presença de flavonoides e do polifenol resveratrol.

O Centro Médico Cedars-Sinai, EUA, descobriu que, ao contrário do que era senso comum (o consumo de bebidas alcoólicas favoreceria a aparecimento do câncer de mama feminino), o consumo de vinho tinto teria um efeito diametralmente oposto.

Compostos químicos encontrados nas sementes da uva teriam a propriedade de reduzir a produção de estrogênio em mulheres antes da menopausa, ao mesmo tempo que induziria uma maior produção de testosterona, o que é perfeito para inibir algum tipo de câncer.

O consumo de 1 taça, por dia, seria suficiente. Consumir a uva, in natura, pode ter o mesmo efeito. Deixo para as leitoras a decisão de qual caminho seguir.

– Outros tipos de câncer também podem ser evitados com um consumo regular e moderado de vinho.

A universidade inglesa de Leicester afirma que o resveratrol encontrado no vinho tinto tem a capacidade de reduzir em 50% a chance de desenvolver tumores malignos no intestino.

O Dr. Chung Chao, Phd., publicou um interessante estudo concluindo que os antioxidantes do vinho tinto constituem um ótimo protetor do câncer de pulmão, inclusive para fumantes. Neste caso, ressalva que tomar vinho não substitui deixar de fumar.

Para confirmar este estudo, pesquisadores holandeses descobriram que o vinho branco também age como um protetor deste mesmo órgão.

– Aumento de Ômega 3 e até proteção contra queimaduras solares.

Pesquisas realizadas em diversos centros europeus, demonstraram que o consumo regular e moderado de vinho aumenta o nível de ácidos graxos, no sangue. O mesmo efeito obtido ao se consumir óleo de peixe…

A Universidade de Barcelona alerta que o consumo regular de vinho ajuda a diminuir os efeitos dos raios UV da luz solar. Não substitui, entretanto, a clássica lambuzada com um bom protetor solar.

– A Academia de Ciências da China realiza um extenso experimento, com ratos cobaia, pesquisando uma correlação entre o consumo de vinho tinto e a diminuição da resistência à Insulina, causa da temida diabetes tipo 2. Os resultados são promissores, embora ainda não possam ser aplicados ao ser humano. Mas são ótimas notícias.

– A escola de Medicina da Universidade de Washington estuda como diminuir o crescimento de vasos sanguíneos no globo ocular, que podem provocar uma retinopatia diabética ou degeneração macular por idade. A novidade é que o resveratrol, encontrado nos tintos, tem a propriedade de impedir este crescimento.

– Uma das mais interessantes confirmações de um fato sabidamente conhecido, que os apreciadores de vinho têm vida longa, agora é embasado pela Escola de Medicina de Harvard. Comprovadamente o resveratrol e o gene denominado SIRT1 seriam os fatores que nos levam à uma vida saudável e comprida.

– Outro estudo importante relaciona o consumo de até 7 taças de vinho, por semana, com o baixo risco de desenvolver quadros depressivos. Por outro lado, um consumo maior pode ter o efeito oposto e indesejável.

Então, olho na quantidade. Isto vale para homens e mulheres.

– Efeitos de um AVC podem ser devastadores, menos para enófilos moderados e que bebem vinho diariamente. Pesquisadores da famosa Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, EUA, acreditam que o nível de uma enzima, denominada heme oxygenase, que protege as células do cérebro contra danos provocados por um derrame, podem ser aumentados pelo resveratrol encontrado nos tintos.

Uma dúvida ainda persiste, segundo o Prof. Sylvain Doré, se o polifenol, citado, é capaz de fazer tudo sozinho ou precisa da ajuda do álcool para desempenhar a sua função.

Precisamos de mais desculpas?

Muita saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: um tinto clássico, de Bordeaux, com todos os benefícios mencionados nesta coluna.

Murets de Mez AOC Bordeaux Rouge

Maduro, cheio e frutado, com taninos redondos e sabores de groselha negra. Um tinto suculento e generoso.

Harmoniza com: Pernil de cordeiro, Pato ou Ganso, Vitela, inclusive os miúdos (fígado, rins), Rosbife, Filé alto e Queijo Gouda.

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Salgando sempre melhora

Volta e meia aparece alguma novidade no universo dos vinhos que vira um “meme” – palavrinha da moda – que antigamente se chamava um “burburinho”. A bola da vez seria uma pouco provável mistura de sal e vinho, a mais nova ideia mirabolante de Nathan Myhrvold, um antigo executivo da Microsoft, o mesmo que sugeriu acelerar a aeração e decantação de um vinho usando um liquidificador.

Myhrvold ficou famoso ao abandonar sua carreira no mundo da informática para se dedicar à gastronomia. Obviamente faz uma fusão das duas coisas. Sua série de livros de receitas, intitulados Cozinha Modernista, estão repletos de técnicas que transformam nossa cozinha em verdadeiros laboratórios.

Uma das suas últimas façanhas, noticiada por quase todas publicações especializadas, aconteceu num jantar comemorativo. Estava sentado ao lado de Gina Gallo, da renomada vinícola norte-americana E. & J. Gallo. Ao escutar o comentário desta convidada que desejava que o Cabernet servido fosse mais saboroso e menos frutado, nem titubeou e jogou uma pitada de sal na sua taça.

Teria descoberto, então, que o vinho realmente melhorara, sendo copiado por todos, em seguida.

Nunca saberemos se agiu de forma estudada, ou não, mas o sal sempre teve importância na nossa alimentação. Tão importante que dá nome, inclusive, ao pagamento de nosso trabalho: salário.

Na Roma antiga, os serviços prestados eram pagos pelo “salarium argentum”, ou simplesmente pagamento em sal. Era um produto tão caro que poderia ser facilmente trocado por dinheiro.

Até hoje, embora não tenha mais este valor monetizado e para desespero dos Cardiologistas, o sal é considerado o tempero da vida. Sua influência é tão grande que usamos, comumente, a expressão “sem sal” para adjetivar desde comidas sem sabores, até pessoas ou coisas desinteressantes.

O ato de Myhrvold foi quase lógico, não tendo nada de novo, a não ser o fato de aplicar o sal diretamente na taça. Explico.

Numa das visitas a Mendoza, em outubro de 2007, participamos de um formidável jantar harmonizado, no então Bistrô 743 MSN, do Chef Lucas Bustos. Nesta pantagruélica refeição foram servidos cerca de catorze porções de diferentes pratos, intercalados por oito vinhos. A cada par de pratos apresentados, o comportamento de cada vinho era totalmente diferente.

Foi a melhor aula sobre harmonização que se possa imaginar.

Logo no início, foi servido um ótimo Sauvignon Blanc que escoltou uma salada de rúcula, passando por uma granita de menta com pedaços de maçã, até chegar uns chips de queijo parmesão com pesto.

O próximo miniprato era uma torrada de alho porró, acompanhada de mousse de granola com raspas da casca do limão, limão e salsa. O vinho servido foi um Rosé, da região de Salta, totalmente sem graça. Ficou tão estranho que todos reclamaram. Pablo, que estava encarregado de nos servir, explicou que esta era a ideia do Chef, mostrar que nem sempre um prato simples pode ser acompanhado de um vinho nada sofisticado.

Serviu em seguida, uma bruschetta de presunto cru e tomate assado, bem salgada, sem trocar o vinho. Parecia mágica: o detestado Rosé ficou maravilhoso!

A explicação nos surpreendeu: se um vinho está sem graça, sirva um alimento mais puxado no sal.

Esta experiência aconteceu há quase dez anos atrás e, nenhum de nós, a esqueceu. Portanto, o ato de salgar o vinho não é tão estranho assim.

Imaginem se o prato servido naquele jantar comemorativo fosse tão salgado como o presunto cru que nos foi servido…

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: nem precisa salgar.

Goimajor Cannonau

Cannonau é a francesa Grenache ou a espanhola Garnacha. Este vinho tinto italiano apresenta cor vermelho rubi intensa, aroma muito agradável e sabor seco e frutado.

Harmoniza com carnes de ovinos.

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Devemos trocar de taça a cada vinho?

Existem diversas regras de etiqueta para as degustações de vinhos, que se aplicam desde o simples encontro para apreciar algumas garrafas de nossa adega, até os mais sérios e importantes concursos onde serão analisados e criticados alguns dos mais importantes rótulos do mercado.

As rotinas básicas de examinar cor, aroma e sabor, além da clássica agitada, já são do domínio de todos, mas qual é o comportamento adequado quando, após termos degustado um branco, nos oferecem um tinto?

Trocamos a taça, lavamos a taça ou misturamos o novo vinho com o resíduo do anterior?

As três opções são aceitas. Mas cada uma tem uma explicação ou razão diferente.

Trocar a taça é a menos comum. Imaginem-se numa feira de vinhos, com centenas de opções e quantidade igual ou maior de degustadores. Seria quase inviável oferecer uma taça nova a cada prova, mesmo que se utilizasse material descartável.

Numa escala menor e com grandes vinhos, isto seria possível, dando-se ao luxo, inclusive, de utilizar taças desenhadas para cada tipo de vinho servido.

Honestamente, coisa de enochato e esnobe. Não há necessidade de tanto preciosismo.

Nos grandes eventos abertos, pagos ou não, o convidado recebe uma taça que deverá ser utilizada para provar espumantes, brancos, rosés, tintos e doces/fortificados.

Duas técnicas podem ser empregadas para “lavar” a nossa única taça entre cada prova: com água ou com o novo vinho. Basta uma pequena quantidade, um giro da taça e descartar no recipiente adequado.

Alguns puristas, muito exigentes, afirmam que usar água é inadequado: sempre haverá um resíduo que pode diluir o próximo vinho, alterando suas qualidades organolépticas. Segundo este grupo, deve-se usar, unicamente, uma salpicada do novo vinho, o que não é negado por nenhum expositor.

Em certas condições, nem mesmo isto é necessário, por exemplo, quando estamos numa sequência de um mesmo produtor, experimentando a sua linha de tintos, desde o mais leve até o mais intenso.

Já se trocarmos do branco para o rosé ou para um tinto, a taça deve ser “lavada”. Este mesmo procedimento se torna imperativo se o vinho anterior estava com problemas.

A turma menos compromissada e descolada adota, sem muitas frescuras, o último método apresentado, seguindo uma antiga máxima:

“Nada melhor para lavar um vinho do que outro vinho”.

Tendo isto em mente, simplesmente escorrem, até o limite do possível, o primeiro vinho e pedem que lhe seja servida, na mesma taça, a próxima prova.

A contraprova de que este método funciona muito bem é muito simples e fácil de ser explicada: os fatores externos.

O ambiente onde a degustação está sendo oferecida, os aromas de perfumes e/ou produtos de limpeza, roupas e acessórios que, muitas vezes, ficaram guardados por muito tempo, entre outros, introduzem múltiplos aspectos, fora de nosso controle, que podem mascarar completamente uma tentativa de se fazer uma análise isenta em condições ideais que só ocorreriam num laboratório.

Por fim, se algum aroma ou sabor for estranho, nada nos impede de trocar a taça, ou lavá-la e recomeçar.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: seis vinhos para montar uma degustação e brincar com a taça. (*)

Sexteto Especial de Vinhos

Rosé Chileno Valdemoro Cabernet Sauvignon 2015;
Rosé Espanhol San Juan 2015;
Branco Português Real Forte Alentejo 2015;
Tinto Português Real Grei DOC 2015;
Tinto Português Portal da Vinha Red 2015;
Tinto Espanhol Montefrio La Mancha DO 2015

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(*) as ofertas do Vinho Site mudam semanalmente.

Uma Uva para 2017

Ano Novo, Uva Nova!

Clichês servem para isto mesmo, abrir um texto sem muita embromação. Mas será verdadeira esta afirmação?

Sempre que termina um ano, os mais importantes meios de comunicação, deste segmento, apresentam suas resenhas de melhores vinhos, novidades e outros acontecimentos importantes que ocorreram.

Nas primeiras edições do novo ano, aprecem uma série de “previsões”, muito calcadas no binômio cultura e economia de cada região produtora. Uma das maiores preocupações atuais é com relação à saída da Grã-Bretanha da Comunidade Europeia. Por ser um dos maiores mercados de vinho, todos os produtores que para lá exportam estão extremamente apreensivos, que o digam os franceses de Champagne…

Se tudo ocorrer como o esperado, vai sobrar vinho no mercado. A sobra do que seria absorvido pelo mercado inglês vai parar em outras prateleiras. Vem deste fato e ideia dos vinhos, com castas menos óbvias, aparecerem em lugares por onde nunca passaram.

Certamente o Brasil não será um destes destinos. Nosso poder aquisitivo anda muito baixo e nenhum importador, em sã consciência, vai trazer vinhos caros em 2017. A nossa tendência é manter a opção dos “bons e baratos”. Vamos continuar nas castas de sempre: Malbec; Cabernet Sauvignon; Tannat; Chardonnay; Sauvignon Blanc. Eventualmente alguma novidade.

Para a turma mais antenada, uma boa opção é ficar de olho nos brancos espanhóis elaborados com a casta Verdejo, da DO Rueda. Ótimos vinhos que vêm acompanhado de preços justos.

Dentre os espumantes, apesar dos nacionais serem ótimos, o Prosecco tem tudo para, novamente, ser a sensação deste ano. A Espanha, com suas Cavas, pode surpreender e se tornar a preferida de 2017.

Entre os tintos, há diversas boas opções para fugir do lugar comum. A primeira delas, e que parece ser uma tendência dominante, são os tintos leves, como os franceses Beaujolais e os do Vale do Loire, além dos conhecidos Pinot Noir, principalmente aqueles produzidos na região italiana do Alto Adige, com um custo bem mais palatável que os originais da Borgonha.

Uma das castas que está em alta é a Mourvèdre ou Monastrell, bastante conhecida por ser uma das varietais usadas no corte GSM. Infelizmente não é muito plantada na América do Sul. O Chile produz alguns raros e bons vinhos com ela.

Uma opção viável seriam os vinhos feitos com a Carignan ou Cariñena. Uma casta que está em alta, originando, no Chile, um clube de vinícolas dedicados a explorar toda sua potencialidade.

Ano novo, uva nova, que seria melhor expressada no plural: uvas!

Opções não faltam. Resta-nos encher as taças.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: este Verdejo espanhol vale à pena.

Paso a Paso Verdejo Branco – $$

Coloração ouro pálida. Aromas frutado com notas de pêssego e mel. Paladar seco e concentrado, com uma boa separação dos sabores cítricos e doces.

Harmonização: Bruschetas, Vieiras, Truta, Terrina de vegetais, Salmão fresco, Frango Xadrez, Fricassé de frango, Galeto assado

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