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Ritos de Passagem

Ritos de passagem são eventos que marcam a mudança de status de nossa vida dentro de uma comunidade. Os mais comuns estão ligados a nascimentos, mortes, casamentos e formaturas. Talvez o mais importante para cada um de nós é a passagem para a vida adulta.

No mundo do vinho não é diferente. O primeiro rito de passagem coincide com o primeiro gole da nossa ilustre bebida. Mas, para ser realmente um bom enófilo, é preciso passar por outros deliciosos ritos.

Eis alguns deles que consideramos imprescindíveis.

1 – Visitar uma vinícola

Para se tornar um verdadeiro apaixonado pelo vinho, este programa é um “must”.

Não é tão complicado como parece, há várias opções no nosso país e nos países vizinhos, Argentina, Chile e Uruguai. Se preferirem o Velho Mundo, Portugal é outra boa opção, principalmente pelo idioma.

Na nossa coluna já relatamos diversas viagens feitas com este intuito. Somos sempre bem recebidos e é ótima oportunidade de ampliar conhecimento e fazer novos amigos. Cada visita será diferente da outra e descobrir estas nuances que identificam este ou aquele produtor é a graça deste rito.

Se houver a chance, não deixem de desfrutar de uma refeição harmonizada no restaurante da vinícola visitada.

2 – Participar de um evento ou feira de vinhos

Este rito tem um caráter de afirmação: consigo provar e escolher vinhos com classe e dignidade. É uma experiência única, que vai testar os limites de cada um, bem diferente de uma Festa da Cerveja, onde o objetivo é outro.

Muito importante aprender mais sobre qualquer vinho que lhe seja particularmente agradável: pergunte a quem está lhe servindo a prova.

A temporada para este tipo de eventos começa agora, no fim do verão. Se acontecer algum em sua cidade, não deixem de comparecer.

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3 – Fazer um curso sobre degustação

A maioria das escolas de vinhos oferecem este tipo de curso como complemento ao curso básico. Enfatizam os aspectos clássicos: cor, aroma e sabor.

Envolvem técnicas de identificação para degustações às cegas e ajudam a desenvolver a nossa percepção, tornando o ato de degustar um vinho num prazer inigualável.

4 – Comprar e degustar um vinho caro ou icônico

Um rito cheio de simbologias e muito importante para um enófilo de 1ª linha. A partir deste ponto, é possível discutir, com conhecimento de causa, o que separa vinhos do dia a dia dos demais.

Um truque que ajuda a enfrentar o alto custo de uma garrafa destas é fazer a compra em consórcio: junte alguns amigos e dividam a despesa.

Considero este rito extremamente emocionante e faz parceria com o próximo.

5 – Envelhecer um vinho e comprovar sua evolução

Um dos ritos mais bacanas e desafiador que exigirá algum conhecimento e desapego por parte do enófilo: não é qualquer vinho que vai servir para cumprir esta fase da nossa experiência enológica.

Então, escolher a garrafa certa, guardá-la por alguns anos, sempre sob estrita vigilância e finalmente abri-la na data certa e comprovar que todas as suas expectativas estavam corretas, não tem preço.

A partir deste evento temos certeza que estamos prontos para os mais altos voos que existam nesta esfera. Nossos pares nos respeitam e admiram.

Uma boa sugestão é usar 3 garrafas para esta experiência. Abra uma logo e anote suas impressões. A segunda deve ser degustada com 3 ou 4 anos de guarda. Compare com a anotações da 1ª e decida por quanto tempo mais deve ficar adegada a 3ª e última.

Pode ficar melhor que um vinho icônico (este é o real objetivo deste rito…)

6 – Participar de uma degustação Vertical (mesmo vinho, safras diferentes)

Este é para poucos. Estas degustações são restritas e para serem bem realizadas custam muito caro. Ao mesmo tempo, não tem sentido fazer uma degustação deste tipo com vinhos comuns.

Nada impede, entretanto, que dentro do mesmo espírito do rito sobre o vinho caro, que se organize um grupo de amigos e invistam em safras consecutivas de um mesmo bom vinho, pelo menos 3 anos.

Em boas lojas de vinhos se encontram conjuntos de vinhos prontos para este tipo de degustação.

7 – Presentar uma garrafa para alguém especial

Este último rito da nossa lista de sugestões é um desafio que exige conhecimento e sensibilidade. Estaremos nos expondo ao máximo, não importa quem seja o objeto de nosso afeto. As repercussões podem ir longe e qualquer descuido pode ser um desastre.

Por outro lado, o acerto é extremamente prazeroso, nos deixando muito confiantes. Agora podemos, sem nenhum receio, introduzir novos amigos no vinho, impressionar o nosso mestre ou aquela pessoa especial. E para isto valem todos os recursos disponíveis: o visual da garrafa, rótulos bonitos, o conteúdo, é claro, a embalagem (caixas de madeira são sempre bem vistas), etc…

Alguém arriscaria uma dedicatória?

Vinho da Semana: um branco californiano que vai muito bem com o cardápio da Páscoa

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Le Cigare Blanc 2007 (Bonny Doon)$

Um branco intrigante segundo Robert Parker, que classificou com 86 pontos a safra de 2007.

Um vinho aromático e cativante, oferece uma grande gama de combinações com comida, de um carpaccio de peixe até queijos de pasta mole.

 

Os Vinhos da Luiz Argenta

No recente Encontro de Vinhos, a mesa da Vinícola Luiz Argenta se destacava com suas bonitas e diferentes garrafas o que nos fez experimentar todo o flight disponível, apresentado pela simpática Daiane Argenta.

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Fundada em 1999, esta vinícola boutique é a atual proprietária de um dos melhores terroirs do Brasil, um vinhedo que começou a ser plantado em 1929 pela Granja União, uma das pioneiras do vinho brasileiro. Localizada em Flores da Cunha, RS, está dentro da indicação geográfica (IGT) Altos Montes. Algumas parcelas estão plantadas a 885 metros sobre o nível do mar. Todas as uvas utilizadas são próprias.

Em 2009 foi inaugurado o moderno prédio que abriga a vinícola, com uma arquitetura diferenciada, considerada como uma das mais bonitas do mundo.

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Seus vinhos estão divididos nas seguintes linhas:

L A Jovem – são vinhos leves e frutados para consumo rápido;

L A – vinhos de média estrutura amadurecidos por 9 meses em barricas de carvalho francês;

Luiz Argenta – vinhos de grande potencial de guarda, bem estruturados e elaborados em safras especiais.

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Degustamos os seguintes vinhos:

Espumante Brut Rosé – pertence à linha L A Joven. Produzido pelo método Charmat, é um corte de Merlot, Shiraz e Pinot Noir.

Muito agradável, com bonita coloração rosa claro. Perfeito para dias quentes como este do encontro.

Sauvignon Blanc – linha L A Jovem. Com uma bonita garrafa de design italiano, este é um vinho ligeiro, com coloração amarela clara. Notas características de maracujá e banana, boa acidez.

Um vinho descompromissado para acompanhar refeições leves como os da culinária oriental.

Shiraz – linha L A Jovem. Produto muito interessante e que se destaca não só pela original garrafa (foto acima) como pela opção de produzir um varietal com esta casta.

Muito agradável e nos impressionou favoravelmente.

Cabernet Franc – linha L A. Outro vinho atípico para os padrões brasileiros. Sua elaboração é muito cuidadosa, bagas selecionadas, maceração com temperatura controlada, fermentação malolática e maturação por 6 meses em barricas de carvalho.

Boa estrutura, acidez correta e taninos muito suaves. Ainda pode evoluir.

Merlot – Linha L A – Um clássico da vinicultura nacional. A casta Merlot é uma das que melhor se adaptou às nossas condições de solo e clima. Elaborado com modernas técnicas e maturado por 1 ano em barricas de carvalho.

Excelente vinho, um dos melhores provados nesta degustação.

Cuveé – Linha Luiz Argenta – Um dos vinhos top desta vinícola. Corte que inclui Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot, maturado por 14 meses em carvalho e 2 anos em garrafa.

O melhor vinho provado neste Encontro 2016. Nível internacional, não deve nada aos melhores vinhos produzidos pelos nossos vizinhos.

Foi uma belíssima prova. Parabéns para a Luiz Argenta pelo bom gosto e ousadia.

Bons vinhos, saúde!

Vinho da Semana: não poderia ser outro.

LUIZ ARGENTA CUVÉE 2009

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Vermelho Granada intenso e brilhante.

Aromas intensos, harmônicos e de grande complexidade.

Lembram frutas vermelhas, amora, especiarias, chocolate e baunilha. Um vinho muito estruturado, com um excepcional volume de boca e grande corpo.

Taninos perfeitamente evoluídos e equilibrados.

Harmonização – Molhos vermelhos, encorpados e picantes, queijos maduros e carnes vermelhas de caça e carnes exóticas.

Encontro de Vinhos 2016 – Rio de Janeiro

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Este é um evento muito interessante que se repete anualmente em várias cidades: Rio, São Paulo, São Roque,  Campinas, Curitiba e Belo Horizonte.

Estivemos presentes na feira do Rio, realizada no dia 3 de março, num dos salões do hotel Windsor Guanabara, no centro da cidade.

A mecânica deste evento é bem simples: compre o ingresso, receba a taça e experimente e compre vinhos, queijos e alguns acessórios. Tudo a preços muito camaradas. Na edição deste ano estiveram presentes os seguintes expositores:

 

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Um dos pontos altos é a escolha dos “Top 5”, divididos em 3 categorias: tintos; brancos e espumantes. Vamos conhecê-los:

Categoria tintos

Torcello Tannat 2014 – produzido no Vale dos Vinhedos e representado pela Cave Nacional, um e-commerce com bons preços (http://cavenacional.com.br/)

Salamanca do Jarau 2012 – bom Cabernet Sauvignon produzido por Vinhedo Routhier & Darricarrère, em Rosário do Sul. (http://cavenacional.com.br/)

Luiz Argenta Cuvée – um corte de Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot. Um dos nossos favoritos. (http://www.luizargenta.com.br/site/)

Dal Pizzol Enoteca 2011 – corte de Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. (http://cavenacional.com.br/)

Quinta do Seival Castas Portuguesas – eterno best buy elaborado pela Miolo, um dos melhores vinhos nacionais. (http://www.miolo.com.br/controller.php)

Categoria Brancos

Miolo Cuvée Giuseppe Chardonnay – excelente vinho, um dos melhores que degustamos neste encontro.

Casa Venturini Chardonnay – esta casta começa a dar certo em vinhos tranquilos. (http://www.casaventurini.com.br/)

L. A. Jovem Sauvignon Blanc – embalado em uma bonita garrafa, este vinho da Luiz Argenta é uma grata surpresa.

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Gomila Branco – um interessante vinho da Eslovênia, elaborado com as castas Sauvignon Blanc e Pinot Grigio. Representado no Brasil pela Douro Vinhos (http://www.dourovinhos.com.br)

Casa Venturini Sauvignon Blanc – a disputa entre os Sauvignon Blanc foi intensa neste Encontro, vários produtos mereceiam estar nesta lista. Este ficou com o 5º lugar.

Categoria Espumantes

Miolo Millesime 2011

Maximo Boschi Tradizionale (http://www.maximoboschi.com.br/)

Cave Pericó Brut Rosé (http://www.vinicolaperico.com.br/content/pt/home/)

Luiz Argenta Brut

Cave Pericó Champenoise Brut

Qualquer um deles poderia estar no 1º lugar. Tarefa difícil de eleger o melhor.

Saiba mais no site do Encontro de Vinhos:  http://www.encontrodevinhos.com.br/

Na próxima semana vamos apresentar os nossos destaques.

Bons vinhos, saúde!

Vinho da Semana: apesar de não estar nos Top 5, nos agradou muito.

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Villa Francioni Sauvignon Blanc – $$

Aromas de maçã verde, pêssego e abacaxi, com notas de flores brancas, mescladas com um toque de noz Moscada e um leve cítrico de limão siciliano.

Sua acidez combina muito bem com frutos do mar, Sashimi, ou mesmo culinária Tailandesa.

Nebbiolo, a casta famosa do Piemonte

Nebbiolo ou Nebieul no dialeto piemontês, é uma das castas viníferas mais importantes da Itália, responsável por vinhos como o Barolo e o Barbaresco.

Como toda diva, é temperamental e muito difícil de cultivar e vinificar. Alguns autores a comparam, por estas características, com a não menos famosa Pinot Noir da Borgonha. Mas seus vinhos não têm muita coisa em comum.

Sua denominação deriva de “nebbia” que significa névoa, talvez pela fina camada branca que cobre sua casca, quando madura. Outra explicação aceita, nos remete para a vindímia, no Langhe, sempre enevoada no mês de outubro. Uma corrente de pesquisadores acredita, ainda, que o nebbiolo seja uma deturpação de “nobile” (nobre).

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Registros históricos mostram que ela já era cultivada e vinificada em 1266, curiosamente com um estilo bem diferente dos vinhos de hoje. Uma casta muito popular e tão importante, naquela região, que um estatuto redigido em 1431, previa uma pesada multa para quem cortasse ou danificasse uma parreira.

Portanto, é uma veterana que sobreviveu até mesmo a filoxera (1930), mas obrigou ao replante com enxertia em raízes de viníferas americanas.

Estudos de ampelografia mostram que esta é uma casta autóctone da Itália e que se desenvolveu no Piemonte. Análise do seu DNA revela traços de parentesco com diversas outras castas típicas do país e até mesmo a Viognier da região do Rhône, França. Por ser uma espécie muito temperamental e instável, não se adapta bem a qualquer tipo de solo, preferindo a região calcária próxima à cidade de Alba, na margem direita do rio Tanaro.

Seus clones se multiplicam facilmente. Os preferidos para a vinificação, entre mais de 40 tipos já identificados, são Lampia, Michet e Rosé Nebbiolo, este último em franco desuso.

Os principais vinhos obtidos a partir desta casta são: Barolo, Barbaresco, Roero, Gattinara, Ghemme e Nebbiolo d’Alba. Dependendo de cada região e das DOC e DOCG, pode haver outras uvas cortando a Nebbiolo, exceto para os dois primeiros que, obrigatoriamente, devem ser elaborados com 100% da casta.

Além do Piemonte, vamos encontrar está uva nas regiões vizinhas de Val d’Aosta (Donnas) e na Lombardia (Valtellina e Franciacorta). Na região do Veneto existe uma pequena parcela plantada para a produção de um vinho do tipo Recioto. Fora da Itália, vamos encontrá-la nos Estados Unidos, México, Argentina e Austrália.

Seus vinhos são tipicamente de coloração clara, muito tânicos e ácidos quando jovens, precisando de um longo tempo de amadurecimento para se tornarem palatáveis de acordo com as exigências do mundo moderno (paladar também evolui…). Pelo menos 10 anos de guarda. Alguns vinhos de 1ª linha devem ficar esquecidos por 30 anos para desenvolverem todo o seu potencial.

O resultado é espetacular, justificando o título de “Rei dos Vinhos” atribuído ao Barolo. Saiba mais neste link:

https://oboletimdovinho.com.br/2011/11/25/estamos-na-italia-terra-do-rei-dos-vinhos/

A marca registrada desta varietal é produzir vinhos com notas marcantes de alcatrão e rosas num bouquet que inclui frutas secas, ameixas, couro, alcaçuz, amoras e especiarias.

Em uma coluna anterior dissertamos sobre a outra uva do Piemonte, a Barbera, que tem uma área plantada muito superior à da Nebbiolo. Espero que as dúvidas apresentadas então, por alguns leitores, estejam resolvidas.

Bons vinhos, saúde!

Vinho da Semana: do Piemonte é claro

Vinho

 

Barolo Prunotto 2008 – $$$

Vermelho-rubi com reflexos granada.

Aroma complexo, com notas herbáceas e toque de violeta.

Na boca apresenta-se pleno e aveludado, com final longo.

Harmonização: Ideal para acompanhar pratos de carne muito estruturados e densos, como ossobuco, caças de pelo, ensopados e também queijos fortes.

Semana dos Vinhos do Tejo 2016

A Grande Prova Anual dos Vinhos do Tejo (2016) acontece neste mês de fevereiro nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Participamos do evento no Rio, ocorrido no dia 23/02, num dos salões do elegante Iate Clube, na Av. Pasteur. Organização impecável a cargo da Wine Senses – Caravana dos vinhos do Tejo, Comissão Vitivinícola da Região do Tejo e Wines of Portugal.

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Mais de 100 rótulos, entre espumantes, brancos, rosés e tintos estavam à disposição do público convidado, além de uma Master Class, sempre um atrativo à parte. Pena que os lugares se esgotaram rapidamente, mesmo antes da divulgação do convite oficial (que nem a mencionou), tudo por conta das redes sociais (Facebook) onde a simples menção da aula fez os convites se acabarem num clique do mouse, com 1 ano de antecedência. Uma lástima…

Quinze vinícolas participaram desta edição:

Adega Cooperativa do Cartaxo – fundada em 1954, produz cerca de 7 milhões de litros por ano;

Agro Batoreu – vinícola familiar, operando desde 1860, produz 200.000 litros de vinhos tintos e 50.000 litros de vinhos brancos por ano;

Casa Cadaval – fundada em 1648, sempre produziu vinhos a granel. Somente a partir de 1994 passou a engarrafar seus produtos;

Casal da Coelheira – uma das mais premiadas de Portugal, alia tradição e modernidade;

Companhia das Lezírias – fundada em 1836, está localizada dentro de uma floresta e mantém um extremo cuidado com meio ambiente e diversidade;

Encostas do Sobral – empresa recente (1999), explora um ótimo terroir obtendo vinhos que foram muito premiados em concursos internacionais;

Enoport – formado por diversas adegas tradicionais é hoje um dos maiores grupos produtores do país, com reconhecimento internacional;

Fiuza & Brigth – nascida em 1985 é uma parceria entre a família Fiuza e o enólogo australiano Peter Bright;

Quinta da Alorna – estabelecida em 1723 por D. Pedro Almeida, vice-rei da Índia e Marquês da Alorna. Exporta para 28 países;

Quinta da Badula – empresa familiar que busca caminhos bem tradicionais na elaboração de seus vinhos como o “pisa a pé”, mas em tanques de inox;

Quinta do Casal Branco – desde 1775, sempre uma pioneira em inovação. Foi a 1ª vinícola da região a usar vapor como forma de energia (1817);

Quinta Casal do Conde – uma das maiores produtoras da região com processos sempre atualizados; Quinta do Casal Monteiro – desde 1928 transformando amor e arte em grandes vinhos;

Quinta da Lapa – estabelecida em 1733, são 300 anos de tradição. Uma das Quintas mais bonitas desta região;

Pinhal da Torre – utiliza métodos biodinâmicos e apenas castas portuguesas. Vinhos muito elegantes.

As principais castas desta região, antigamente denominada Ribatejo, são as tintas Touriga Nacional; Trincadeira; Castelão; Aragonez; Cabernet Sauvignon e Syrah. Entre as brancas destacam-se: Fernão Pires; Arinto; Alvarinho; Chardonnay e Sauvignon Blanc.

O terreno está divido em 3 regiões distintas, cada um produzindo vinhos de características marcantes:

Campo – corresponde a solos mais férteis junto a ambas as margens do Tejo. Clima moderado e úmido;

Bairro – situado na margem direita do Tejo, imediatamente depois da “Campo”. Os solos podem ser argilo-calcáreos ou xistosos;

Charneca – situa-se na margem esquerda do Tejo, imediatamente após o “Campo”. Solos arenosos e secos.

A qualidade dos vinhos provados nos encantou, mas era impossível experimentar todos.

Eis os nossos destaques: Enoport Quinta de S. João Batista Seleção Especial – 100% Touriga Nacional;

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Quinta do Badula Branco – Fernão Pires e Moscatel Graúdo;

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Casa Cadaval – ótimo espumante Tuisca, 100% Pinot Noir;

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Bons vinhos e Saúde!

Vinho da Semana: outro ótimo branco provado na degustação.     

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Casal da Coelheira Branco 

Interessante corte de 80% Fernão Pires e 20% Chardonnay.

Boa intensidade aromática, com fruta tropical expressiva, mas sem esconder os aromas mais quentes do Chardonnay.

Na boca sente-se a fruta e uma boa acidez, dando frescura e vivacidade, num estilo muito aromático e persistente.

Harmoniza com peixes e mariscos.

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