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O vinho de corte como conhecemos hoje decorre de diversos fatores típicos do Velho Mundo. Observando as principais áreas produtoras da França, inegavelmente o berço do vinho moderno, percebe-se que a divisão das terras (vinhedos) é quase uma colcha de retalhos. Não existem gigantescas propriedades como as que são comuns nas Américas, por exemplo.
O famoso Chateau Petrus tem 11 hectares de vinhedos, enquanto um Clos de Los Site, na Argentina, tem gigantescos 850 hectares. Para complicar um pouco, vinhedos são bens de família e estão sujeitos a serem repartidos por herança. Quando isto acontece, o que era pequeno fica minúsculo. Há casos conhecidos em que cada herdeiro foi contemplado com uma fileira de parreiras…
Produzir um vinho a partir destes vinhedos de pequeno porte quase nunca é possível. A alternativa é vender as uvas para um produtor mais estruturado. Mesmo aqueles agricultores que conseguem montar uma pequena cantina e produzem seu próprio vinho, preferem vendê-lo no atacado: o volume é pequeno, não sendo interessante do ponto de vista comercial engarrafar, distribuir e vender.
Outro fator que reforça estas explicações são os Negociants ou Mercadores do Vinho. Empresários que dispõem de alguma estrutura, inclusive uma vinícola, mas que preferem comprar uvas e vinhos no atacado. A partir do que foi adquirido, elaboram suas misturas e as vendem com rótulo próprio. Alguns dos grandes vinhos da França são produzidos assim: Bouchard Père et Fils; Faiveley; Maison Louis Jadot; Joseph Drouhin; Vincent Girardin; Georges Duboeuf; Guigal; Jean-Luc Colombo; Mirabeau; Jaboulet, etc..
Existem diversos tipos de corte e, dependendo da legislação específica do país produtor, um vinho classificado como varietal pode ser um corte, por exemplo: um Cabernet da Califórnia basta ter 90% do volume com esta casta para ser vendido como varietal.
Os cortes mais comuns envolvem duas ou mais castas diferentes, que podem ser vinificadas em separado ou ao mesmo tempo. O conhecido corte Bordalês é o melhor exemplo: em qualquer lugar do mundo significa um vinho elaborado com Cabernet Sauvignon e Merlot, pelo menos, podendo haver mais outras castas como Cabernet Franc, Petit Verdot, Malbec e Carménère. Mas só estas! Se na composição desta mistura entrar uma quantidade de Syrah ou Tannat ou qualquer outra casta, deixa de ser “Bordalês”.
Atualmente estão na moda os vinhos de parcelas ou vinhedos únicos, o que nos leva a uma outra definição de corte: vinhos produzidos com uma única uva, mas de diferentes terroirs. Um bom exemplo são os Catena DV, abreviatura de “Doble Viñedo”. Outra variedade de corte envolve vinhos de diferentes safras. Dois representantes típicos desta modalidade são os vinhos do Porto e os Champanhes.
Apresentamos a seguir outros cortes clássicos:
Super Toscanos e Super Piemonteses, são cortes produzidos a partir das clássicas Sangiovese (Toscana) e Nebbiolo (Piemonte) com as mais tradicionais uvas francesas como a Cabernet, Merlot, etc. Durante muito tempo foram classificados como “vinhos de mesa”, mas hoje são o orgulho da Itália.
Amarone, Ripasso, Valpolicella e Reciotto, tradicionais cortes das uvas Corvina, Rondinella e Molinara. O Amarone disputa com o Barolo, o Brunello e o Barbaresco o título de melhor vinho.
Existem infinitas possibilidades, alguns países como Portugal, sempre produziram vinhos de corte: seus vinhedos nunca foram de uma única espécie. Por outro lado, os produtores do novo mundo é que praticamente inventaram o vinho de uma única casta. Mas logo perceberam que a grande arte está no corte: só aqui o enólogo é capaz de mostrar todo o seu potencial.
Cava – típico da Espanha, vinificado com uvas locais como Macabeu, Parellada e Xarel-lo.
Albariño ou Alvarinho
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Moscato ou Muscat (*)
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Antão Vaz
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Pinot Blanc
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Assyrtiko
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Pinot Gris ou Pinot Grigio
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Chardonnay
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Riesling
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Chenin Blanc
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Sauvignon Blanc
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Fiano
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Semillon
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Furmint
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Sylvaner
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Greco di Tufo
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Torrontés
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Grüner Veltliner
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Verdejo
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Malvasia
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Viognier
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(*) mais de 200 variedades
Muitas vezes vamos encontrar vinhos brancos que recebem a denominação das regiões onde são produzidos.
As mesmas castas usadas para produzir vinhos tintos podem produzir vinhos rosados. Os mais apreciados são:
Cabernet Franc Rosé
Grenache Rosé (Garnacha)
Pinot Noir Rosé
Syrah Rose
Sangiovese Rose
Loire Rosé
Bandol Rosé
Rose D’Anjou
Aglianico
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Mourvédre
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Barbera
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Nebbiolo
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Cabernet Franc
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Nero d’Avola
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Cabernet Sauvignon
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Petit Syrah
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Carménère
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Petit Verdot
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Dolcetto
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Pinot Noir
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Gamay
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Pinotage
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Grenache ou Garnacha
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Sangiovese
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Cannonau
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Syrah ou Shiraz
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Malbec
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Tannat
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Mencia
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Tempranillo
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Merlot
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Touriga Nacional
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Montepulciano d’Abruzzo
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Zinfandel ou Primitivo
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Guatambu Luar Do Pampa Chardonnay
Coloração esverdeada palha com tons platinados.
Aromas de chá verde, notas frutadas, como abacaxi e melão maduros, sobre um final de flores brancas.
Ao paladar, apresenta-se macio, untuoso, frutado e elegante, com acidez pronunciada, que nos brinda um vinho com intensa fruta, como melão e pera, aliado a um grande frescor.
Perfeito para acompanhar frutos do mar, saladas, bruschettas, queijos de pasta branda e frangos.