A ilustração acima mostra a migração das uvas gregas, para a Itália, há cerca de 2.500 anos atrás. “Greco” ou “vinho grego” tem sido a expressão usada para designar algumas varietais que tem esta origem em comum. Estudos modernos de ampelografia não foram capazes de estabelecer, com exatidão, a origem desta uva. O mais provável é que ela seja um clone da casta originalmente trazida pelos ocupantes: a Greco Bianco, cultivada na região da Campanha, tem o mesmo DNA da Aspirino, grega. Admite-se, hoje, que esta denominação é um “guarda-chuva” que abriga uma série de uvas, inclusive algumas tintas. Curiosamente, muitas delas não são mais cultivadas no seu país de origem.
Quase devastada ao final da Segunda Guerra, conseguiu sobreviver graças aos esforços de dedicadas famílias de vinhateiros que optaram por permanecer no campo, não se deixando seduzir pela vida nos grandes centros e por empregos no setor industrial de um país sendo reconstruído. Destaca-se, novamente, Mastroberardino.
O solo vulcânico é muito propício para uvas brancas. Os produtores preferem colhe-las bem mais tarde e, na vinificação, privilegiam a acidez deixando o teor alcoólico em torno de 12,5%, o que é considerado baixo. O produto final pode ser consumido em 3 ou 4 anos após a produção. São vinhos muito elegantes e refinados, de sabor delicado, remetendo a peras, marmelo e maçã desidratada. Raramente são colocados em madeira. Sua coloração é naturalmente mais escura, sendo descrita como um dourado acinzentado.
Outra denominação importante é a DOC Greco di Bianco, na Calábria, produzindo um vinho de sobremesa pelo método de passificação.
Harmonização: Frutos do mar, carne branca e aperitivos
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