Nesta semana vamos tratar de coisas mais simples e menos técnicas e, nem por isto, mais compreendidas por todos.
 
Nas descrições aromáticas dos vinhos é sempre mencionado algum aroma “genérico”, como “cítrico”, ou “frutas vermelhas”. A coluna de vinhos a partir desta semana vai mostrar algumas possibilidades para ajudar a compreender estas colocações que, para alguns, são quase enigmáticas.
 
Serão apresentados alguns gráficos com uma relação de nomes das principais frutas ou produtos à base de frutas que compõem estas escalas aromáticas. Algumas delas simplesmente não se encontram à venda no Brasil, outras são as que usualmente temos em casa.
 
Além de informativos, estes gráficos servirão para ajudar a treinar o nosso olfato e paladar. Habituem-se a cheirar estas frutas, principalmente aquelas que não conhecemos: examinem a casca, o interior, o suco ou sumo e até mesmo as raspas. Cada um vai produzir um odor característico que devemos registrar em nossa memória. Vamos começar com os tintos.
 
Quando falamos de “Frutas Negras”, estas são as mais marcantes:
 
 
Alguns nomes chamam a atenção. “Mirtilo” é o conhecido “Blueberry”, em grande moda atualmente devido a algumas propriedades benéficas.
 
 
Amora “Marion” é um clone desta fruta silvestre muito comum nos EUA.
 
 
Outra curiosidade é a distinção feita entre Ameixa Preta e Ameixa Seca.
 
O termo Geleia, obviamente, se refere à compota feita com uma ou mais destas frutas.
 
No segundo gráfico estão as “Frutas Vermelhas”:
 
 
Novamente vamos encontrar nomes pouco comuns. O primeiro deles, “Oxicoco” talvez seja mais conhecido por aqui como “Cranberry”.
Outro nome pouco conhecido é “Ginja” que pertence à família da Cereja. A partir dela é produzido um famoso licor em Portugal, a Ginjinha, delicioso por sinal.
 
 
“Goji” é outra fruta estranha para os brasileiros. É originária das montanhas do Tibete e vem sendo vendida desidratada como uma espécie de suplemento alimentar, “Goji Berry”.
 
 
A “Pitaia”, ou Fruta-Dragão vem se tornando uma “habitué” das mesas brasileiras. As espécies mais comuns são as de casca vermelha, seguido pelas de casca amarela. São muito saborosas e doces.
 
 
Por último é feita uma distinção entre Cereja e Cereja Cristalizada. Talvez a melhor denominação fosse “em calda”, mas preferimos seguir o que está nos livros. “Frutas Cristalizadas”, assim como a “Geleia” do gráfico anterior, se refere ao conjunto destas frutas.
 
Na próxima semana vamos fazer o mesmo com os aromas dos Vinhos Brancos. Até lá, dever de casa: procurem e provem estas frutas.
 
Dica da Semana:  ainda aproveitando a estação “caliente”, espumantes são sempre bem vindos. Este é especial…
 
 DON GUERINO MOSCATEL
Castas: 50% Moscato Bianco e 50% Moscato Giallo
Produtor: Vinhos Finos Don Guerino, Alto Feliz – Serra Gaúcha
Apresenta coloração cítrica com reflexos esverdeados caracteriza-se por um intenso aroma floral e frutado. Equilibrado frescor e doçura, perlage fino e persistente. Harmoniza com sobremesas, ideal para ser consumido em momentos especiais.