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Algumas castas se tornaram famosas pela qualidade dos vinhos que se consegue obter a partir delas. Outras, menos conhecidas, coexistem nas mesmas regiões e condições climáticas e acabam ofuscadas pelo brilho de suas companheiras.

Há vários exemplos, Malbec e Bonarda na Argentina, Merlot e Carménère no Chile, neste caso a segunda se tornou a protagonista, Pinot Noir e Gamay na Borgonha, etc…

Um dos exemplos mais significativos vem da Itália, Nebbiolo, que produz os famosos Barolos e Barbarescos, e a Barbera, a partir da qual se elabora um vinho tinto muito peculiar.

A origem desta casta remonta ao século XIII. Documentos obtidos na Catedral de Casale Monferrato mostram um contrato de arrendamento de uma parcela de terra para que seja plantada a “de bonis vitibus barbexinis”, ou Barbera (1246-1277). Ampelógrafos modernos acreditam que ela seja uma descendente da uva Mourvedre, muito comum na França e Espanha. Hoje ocupa o 3º lugar em área de plantada na Itália atrás apenas da Sangiovese (Chianti) e Montepulciano.

Sua principal característica são os vinhos tintos com baixo teor de taninos e alta acidez, o que os tornam únicos. Podem, inclusive, ser degustados como um vinho branco, bem mais gelados que os tintos habituais.

Por se adaptar facilmente nos terrenos onde a Nebbiolo não frutifica bem, passou a ser encarada como uma “segunda uva” produzindo um vinho mais popular em contraste com o Barolo. Somente quando produtores de peso, como Vietti, perceberam que ali estava uma varietal que poderia ter brilho próprio foi que surgiram grandes vinhos, como o Barbera d’Asti, ou o Barbera d’Alba, duas das denominações mais conhecidas.

Seus vinhos têm as seguintes características:

Coloração rubi intensa com reflexos rosados, corpo Médio;

Aromas e sabores frutados destacando-se cerejas maduras e morangos secos;

Taninos suaves e boa acidez;

Harmonizações: massas, tipicamente talharim, carnes, queijos como gorgonzola, vegetais grelhados além de temperos como anis, pimenta branca, canela, noz moscada, etc…

Não são vinhos longevos, devendo ser consumidos entre 2 a 4 anos de sua elaboração.

Principais vinhos pontuados e suas safras:

1999 Quorum Barbera d’Asti – RP 95 pts;

2006 Giacomo Conterno Barbera d’Alba Cascina Francia – RP 93 pts;

2011 Vietti Barbera d’Alba Scarrone Vigna Vecchia – RP 93 pts; Saúde e Bons vinhos!

Vinho da semana: para experimentar e gostar. 

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Barbera d’Asti Superiore 2011 Elaborado por Valter Bera, um dos sete “homens de ouro” do vinho italiano para o Gambero Rosso, este Barbera d’Asti não passa por barricas de carvalho para manter seu caráter fresco e cheio de fruta.

Um vinho de grande apelo gastronômico, capaz de combinar com uma infinidade de pratos.

Temperatura de serviço: 16º a 18º