Este é um tema que divide opiniões. As discussões recaem, quase sempre, nos seguintes pontos: quais vinhos, como e por quanto tempo.
Para tomar uma decisão acertada é preciso saber um pouco sobre a origem desta forma de armazenar vinhos e seus mais escondidos mistérios.
Historicamente, há duas razões importantes, que remontam há quase 200 anos atrás. A primeira delas é que, do ponto de vista da nossa saúde, era mais seguro beber vinho do que água. Acreditem.
As condições sanitárias das grandes cidades de então eram inexistentes ou precárias. O simples fato de uma bebida ser fermentada era uma garantia que não haveria germes ou bactérias nocivas. O mesmo não podia ser afirmado em relação ao líquido ‘incolor, insípido e inodoro’…
Ter algumas garrafas de vinho bem armazenadas podia ser a diferença entre estar vivo ou morto.
A segunda razão é mais técnica: a produção de vinhos, naquela época, era muito primitiva. Resultava num produto de difícil consumo, muito duro, tânico e alcoólico, exigindo um bom par de anos de descanso e amadurecimento, nas adegas de quem o comprou, para se tornar palatável.
Esta etapa ainda é realizada, não mais pelo comprador, mas pelos vinificadores: uma vez engarrafado, o vinho fica armazenado por um longo período antes de ser comercializado (foto).
Outro cenário a ser considerado é olhar o vinho como um negócio, desta vez pensando nas duas pontas, a do produtor e a do comprador. Na economia global de hoje é quase impensável se produzir um vinho para ser guardado por 10 ou mais anos. Ninguém ganha, todos perdem, inclusive o vinho.
Vinhos modernos, cada vez mais, estão sendo produzidos para consumo imediato. São vendidos prontos para beber. Apenas ajuste a temperatura, saque a rolha e bons goles. Nada mais simples.
“Exceptio probat regulam in casibus non exceptis” é um princípio legal da Roma republicana, usado por Cícero na defesa de Lucius Cornelius Balbus. Traduzindo do Latim para o nosso idioma, resulta num ditado bastante conhecido: “a exceção que confirma a regra”…
Faço esta citação para lembrar que existem situações em que somos obrigados a manter bem guardadas as nossas preciosas garrafas, seja por conta de uma compra maior, recebidas de presentes e até mesmo aqueles rótulos especialíssimos que compramos para celebrar alguma data inesquecível (que acaba não acontecendo…).
Se não forem muitas garrafas e o espaço e orçamento doméstico permitirem, comprem uma adega. Mantenham o termostato a 18ºC e não guardem por uma eternidade: 5 anos está de bom tamanho.
A segunda opção são os racks ou prateleiras em um armário muito bem localizado: longe de luz solar, ventilado e fresco, porões são ótimos para isto (para quem mora em casas).
Vinhos do chamado Velho Mundo se prestam para ficarem ‘esquecidos’: Barolo e Bordeaux são bons exemplos, mas não únicos.
Vinhos do Novo Mundo, bebam assim que puderem.
Saúde e bons vinhos
Vinho da Semana: A revista Bom Vivant, edição 179 de 2018, classificou dois vinhos da Vinícola Santa Augusta, o já recomendado Sarau Sauvignon Blanc, com 92 pontos (excelente) e a este outro, a seguir, com 90 pontos.
Moscato Sarau
Visual amarelo palha, límpido e brilhante, com reflexo esverdeado. Aroma intenso, franco e elegante, muito frutado onde se destacam as frutas, abacaxi, mamão papaia, banana, pêssego e aroma floral com uma nota flor de laranjeira. Na boca é fresco, muito frutado, persistente e harmônico.
Harmoniza com peixes em geral, camarão, crustáceos, culinária japonesa e oriental, carnes brancas, comidas leves.
Compre aqui:
Vina Brasilis – Rômulo – romulo@vinabrasilis.com.br – (21) 99515-1071 – https://www.facebook.com/pg/VinaBrasilis/shop/?rid=133172546824172&rt=6
Supermercado Farinha Pura (Rio) – http://www.farinhapura.com.br/
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