O simples ato de sacar a rolha de uma garrafa de vinho e servir uma taça não transforma ninguém num Enófilo e muito menos num Expert em vinhos.
Etapas têm que ser vencidas e alguns ritos devem ser cumpridos para que um apreciador passe a ter confiança em suas observações e comentários sobre a nossa bebida favorita e comece a ser respeitado por seus pares.
Este ponto, confiança, é considerado fundamental na formação de um bom degustador. Imaginem-se numa situação como ser o responsável pela escolha de um vinho na carta do restaurante.
Para ser aprovado neste teste é preciso alguma bagagem, estar aberto a diferentes experimentações e, curiosamente, estar disposto a quebrar algumas regras, o que transforma o título da nossa coluna de hoje num paradoxo.
Saber degustar um vinho é a próxima condição que deve ser compreendida e dominada. Um detalhezinho muito sutil vai fazer a diferença entre um ‘profissional’ ou um ‘amador’: Qual a quantidade correta ao servir uma taça?
– Cheia
– Metade
– Aproximadamente 1/3
Acertou quem marcou a terceira opção. A quantidade exata não deve ser precisa, mas aquela que permita inclinar a taça ligeiramente sobre uma superfície branca para apreciar a cor, agitar a taça para liberar aromas e sabores sem derramar nada e ainda apreciar as lágrimas.
Ao segurar a taça lembrem-se de fazê-lo pela haste, a menos que estejam tentando aquecer um pouco um vinho que está muito frio. Neste caso, segurem pelo bojo.
Apreciar um único vinho é muito fácil, o que nos leva a um outro personagem muito singular, o Enófilo de um só vinho. Sem dúvida que é uma posição muito segura. Lembra, um pouco, aquelas peças de vestuário de ‘tamanho único e unisex’ que, no final das contas, não ficava bem em ninguém.
No vinho é a mesma coisa. Um especialista jamais fica num produto só. A diversidade é o tempero da vida. Experimentar é a nossa grande diversão. Mas é preciso saber como degustar e registrar, nem que seja na sua memória, aromas e sabores, pelo menos. Anotar seria perfeito.
Mais uma regrinha: o primeiro gole é o mais importante. É neste encontro inicial que as qualidades e os defeitos vão estar mais fáceis de serem percebidos. Mandam as regras de etiqueta que seja um gole muito pequeno. O vinho deve ser levemente ‘passeado’ por toda a boca e um pouquinho de ar aspirado, ligeiramente, para provocar a evaporação do álcool e nos permitir perceber sua influência.
Mais duas regrinhas fundamentais:
Nunca comprem um vinho só olhando para o rótulo. Há quem aceite uma máxima: Quanto mais bonito o rótulo, pior o vinho.
Procurem comprar o vinho de forma holística: país, região, casta ou castas e produtor. Perguntem, leiam, informem-se e peçam ajuda quando necessário. Enófilos são solidários e adoram comentar suas descobertas. Querem a opinião de todos sobre os seus vinhos. Somos vaidosos…
Por último, as temidas harmonizações. Todo ‘expert’ deve dominar, pelo menos, as clássicas. Até aquela regrinha de combinar pela cor do vinho serve.
Mas se querem dar aquele passo a mais é preciso ser audaz: quebrem todas as regras e escolham vinhos de uvas que não são do ‘mainstream’. Experimentem, misturem e combinem, sem medo de errar.
Criem suas próprias regras e sejam felizes.
Saúde e bons vinhos!
Vinho da Semana: um vinho básico, que é quase um coringa.
Cabernet Sauvignon/Merlot SARAU
Elaborado a partir das uvas Cabernet Sauvignon (70%) e Merlot (30%), cuidadosamente selecionadas, provenientes de vinhedos próprios, cultivados em espaldeira, com uma produção de 1,5 kg por planta. Os vinhedos estão localizados a uma altitude de 1000 metros acima do nível do mar. Amadurece acontece em barricas de carvalho durante o período de 4 meses.
Harmoniza perfeitamente com cordeiro, carnes vermelhas, aves, caças, massas, risotos, queijos brancos e maturados.
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Vina Brasilis – Rômulo – romulo@vinabrasilis.com.br – (21) 99515-1071 – https://www.facebook.com/pg/VinaBrasilis/shop/?rid=133172546824172&rt=6
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