Vinho natural é o tópico do momento, em todo o mundo. Embora ainda não haja uma definição exata ou legislação específica, podemos entender esta denominação como um segmento que abrange os vinhos biológicos, biodinâmicos, orgânicos e, quase sempre, de produção artesanal.
O Cru Natural Wine Bar, no Rio de Janeiro, é um simpático local dedicado a oferecer estes vinhos, promovendo periodicamente interessantes degustações orientadas para que os clientes se familiarizem, cada vez mais, com estes produtos.
Não é complicado participar de um evento como este. O primeiro passo é fazer uma reserva, as vagas são limitadas em função do espaço e do limite de tempo. A taça é “comprada” na hora (R$ 40,00 neste caso), e tudo que resta fazer é seguir para o local reservado e aguardar ser servido.
Nesta ocasião, foram servidos cinco vinhos, trazidos pela WINES4U, importadora especializada neste segmento. Eis a filosofia de seu proprietário, Andrew Crawford:
– Vinhos artesanais de pequenas produções lotes, comprados diretamente de pequenos e apaixonados produtores;
– Vinhos que (ainda) não são famosos, mas de qualidade igual ou até superior à de vinhos famosos;
– Vinhos produzidos da maneira mais natural e orgânica possível na vinha e durante a vinificação;
– Vinhos à frente de uma revolução em qualidade e sustentabilidade!
“A vida é muito curta para beber vinhos comuns, não vamos desperdiçar um único dia”!
A seguir, um resumo na ordem de serviço.
1 – Lambrusco Grasparossa di Castelvetro “Monovitigno” DOP, NS – Fattoria Moretto
Muitos enófilos não dão o devido valor a este tipo de vinho. Frisante, aromático, refrescante e muito gastronômico neste caso.
Apresenta coloração vermelha profunda, quase preta. Vinho completamente seco, jorrando fruta preta de cereja combinada com sabores intensos. Os incrédulos deveriam prová-lo, preferencialmente acompanhado de uma boa lentilhada.
2 – Unlitro – Costa Toscana IGT, 2016 – Ampeleia
O nome já diz tudo, 1 litro de vinho nesta simpática garrafa. Um corte bem atípico para a Toscana, com as castas Grenache, Carignan e Alicante Bouschet. Corpo médio, 13% de teor alcoólico e pura diversão. Um vinho para todos os dias, sem compromissos.
3 – Natalino Del Prete Torre Nova Negroamaro 2015
Este talvez tenha sido o vinho mais difícil do lote, principalmente para os apreciadores desta casta típica da Apúlia. Apresenta uma acidez muito elevada para um tinto, tornando-o pungente. Predominam aromas e sabores de frutas ácidas/azedas, como a brasileiríssima Pitanga. Não chega a incomodar, mas é um daqueles vinhos do tipo “ame-o ou deixe-o”. Deve ser degustado durante uma refeição, com alimentos ricos em texturas e sabores.
4 – Montecucco Rosso DOC, 2014 – CampiNuovi
Corte elaborado com 60% Sangiovese, 30% Cabernet Sauvignon e 10% Merlot. É um vinho de mesa simples que não vê madeira, mas oferece deliciosos sabores maduros de uma forma direta e muito desfrutável.
5 – Liscone Aglianico del Vulture DOC, 2012 – Cantine Madonna delle Grazie
O melhor vinho da noite. A casta Aglianico, em mãos competentes, nada fica devendo aos grandes ícones italianos. Envelhecido em tonéis de carvalho francês por até cinco anos, é mais estruturado e requer uma decantação de no mínimo uma hora antes de servir. Boa parceria com carnes cozidas lentamente.
Livia Mikhail, da WINES4U, se desdobrou no atendimento e nas explicações detalhadas de cada vinho servido. Não deixou pergunta sem resposta. Parabéns!
Saúde e bons vinhos!
Vinho da semana: 1 litro de vinho é uma pedida irresistível…
Unlitro – Costa Toscana IGT, 2016 – Ampeleia
(leia a descrição acima)
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