Cada enófilo tem sua técnica para escolher um vinho. Seja numa loja especializada, num supermercado ou mesmo na carta de vinhos dos bons restaurantes.
Os métodos são muitos, abrangendo desde um bonito nome no rótulo, até os famosos pontos, atribuídos por algum crítico renomado. Passam, ainda, pela forma e peso da garrafa, cor, selos de premiação em concursos, tipo de fechamento e outros detalhes mais cosméticos.
Os mais experientes partem para as análises técnicas, casta, safra, região produtora, vinícola e Enólogo. Examinam minuciosamente o conteúdo de rótulo e contrarrótulo, e conversam animadamente com vendedores e Sommeliers. Na era dos smartphones, uma consulta nas principais redes de informações sobre vinhos é fundamental. Só então decidem.
Ufa! Chega a ser cansativo.
Quem está certo e quem está errado?
Não existe um consenso aqui: ninguém está certo ou errado.
Todos vamos cometer algum engano num determinado momento. Minimizar a possibilidade de errar é o ponto deste texto.
Muitos compradores preferem buscar inspiração para sua compra passeando pelas prateleiras de uma loja ou mercado. Nem sempre os resultados compensam. O melhor é sair de casa com uma ideia preconcebida. Visite algumas lojas on-line, se informe sobre o preço final (some o frete) e depois viste as lojas físicas.
Uma dica que vale ouro, nos dias de hoje, é não dar muita importância aos vinhos que recebem aqueles selinhos mostrando sua mais recente premiação. Há tantos concursos e julgamentos que qualquer vinho é capaz de receber um prêmio. Basta se inscrever no evento certo.
Numa recente avaliação realizada por uma grande revista especializada, das 10 mil amostras enviadas, 7 mil foram premiadas. São vinhos ótimos, ninguém duvida disto. Mas alguns pequenos e bons produtores simplesmente não têm o tempo e nem os recursos para participar destas avaliações. Muitas vezes seus vinhos são bem superiores aos “medalhados”. Pensem nisto.
Fugir do óbvio é outra técnica que exige um pouco de desprendimento por parte do comprador, com um efeito colateral muito desejável: amplia-se o nosso leque de conhecimentos.
Se Malbec é a sua casta favorita, deixe-a de lado e experimente outros vinhos da Argentina: Cabernet Franc, Tempranillo e Cabernet Sauvignon.
Viciou em Carménère? O Chile tem outras opções fantásticas, Syrah e Carrignan, um dos segredos mais bem guardados daquele país.
Este truquezinho pode ser aplicado para qualquer casta, origem, produtor, etc…
Só toma vinhos tintos?
Está na hora de experimentar, incondicionalmente, os brancos e rosados.
Claro, tem a turma do Espumante nem pensar ou “isto é bebida feminina”.
Sem deixar de lado o fato que as damas apreciam uma borbulha, é bom você abrir os olhos: elas têm sempre razão!
Para arrematar este punhado de ideias, vamos falar um pouco sobre o preço.
Sempre é saudável reservar um determinado valor para gastar na compra dos nossos vinhos. Isto vai deixar de fora toda aquela gama de vinhos caríssimos que, por esta razão, ficaram fora de propósito.
Não arrisquem comprá-los, principalmente no nosso país. Será quase impossível decidir quando e com quem vamos degustá-los. Se demorar muito, vamos provar um vinagre, e muito caro.
Por outro lado, dar uma afrouxada eventual no orçamento pode trazer resultados muito bons. Se o seu limite é 100 reais, experimente gastar mais 20% ou 30% numa próxima garrafa.
Depois conta o resultado aqui para a gente. Os comentários e o contato por e-mail estão sempre disponíveis.
Saúde e bons vinhos!
Vinho da Semana: uma ótima compra, é claro.
Mi Terruño Tempranillo 2015
Este vinho argentino apresenta cor rubi e brilhante. Aromas de frutas frescas como cereja e framboesa. Na boca é equilibrado, frutado e com longo final.
Harmonização: Fondue de Queijo, Berinjela grelhada, Queijo Minas Curado, Risoto com Carne e Embutidos, Iscas de Filé, Provolone, Atum com pimentão e Pizza com Embutidos.
Compre aqui: www.vinhosite.com.br
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