Mais um bom evento no Cru Wine Bar, o que deixa os Cariocas amantes do bom vinho muito felizes.
Este encontro reuniu a nata dos nossos produtores artesanais, os nossos “Garagistes”. São produções muito pequenas, quase todos com uma única filosofia – vinhos naturais, orgânicos e biodinâmicos. Aproveitar o que a natureza oferece é o mote por trás deste ótimo grupo.
Oito vinhateiros e um “estranho no ninho” que produz cervejas, sidras e um Campari se desdobraram para explicar como produzem seus néctares, que estavam à venda, rara oportunidade em face de limitadas quantidades disponíveis.
Participantes:
Vanessa Kohlbraush Medin (vanessakmedin@gmail.com);
Lizete Vicari(lizetevicari@gmail.com);
Flavio Luiz Penzo (54 99608-0095);
Casa Ágora – Helio Marchioro (vinhoscasaagora@gmail.com);
Faccin Vinhos – Bruno (faccinvinhos@yahoo.com) – https://www.faccinvinhos.com/;
COOPEG Produtos Orgânicos (www.coopeg.com.br);
Vinha Unna – Marina Santos (ninaenologa@gmail.com);
Cantina Mincarone – Caio (cantina.mincarone@gmail.com);
Gregory Chastang (goingwildproject@gmail.com) – Sidra, cervejas com frutas da Floresta, etc… (foto a seguir)
Para deixar o sábado com cara de perfeição, o ingresso incluía um almoço com opções de pratos harmonizados com os vinhos servidos. Era escolher o que mais lhe agradava, aguardar ser chamado, encher a taça e partir para o abraço.
Melhor impossível!
Impossível, também, será comentar 100% dos vinhos provados. Todos estavam muito bons. Obviamente alguns nos interessaram mais que outros, entre espumantes, brancos e tintos. Muitos deles recém-terminados e apenas engarrafados para o evento, outra oportunidade única de provar vinhos muito novos.
Estes vinhateiros mostraram um grande esmero na apresentação de seus produtos: nomes originais (ampliem as fotos), rótulos atraentes e bem desenhados.
Começamos com os espumantes.
O maior lote era o da COOPEG, produzidos em Garibaldi, terra dos espumantes. Todos corretos e interessantes.
Além destes dois outros chamaram a nossa atenção, ambos elaborados pelos Método Ancestral, resultando em deliciosos “Pet-Nat” (pétillant-naturel) – Faccin e Mincarone. Notamos que ambos tinham o mesmo registro de aromas e sabores. Descobrimos que os produtores estão na mesma região e os vinhedos são praticamente os mesmos. Apenas uma cerca divide as uvas de cada um. Qualquer deles é compra segura.
Seguimos com os brancos e rosados.
Várias e deliciosas opções, com as tradicionais castas Chardonnay e Sauvignon Blanc. O nosso destaque vai para os vinhos de Marina Santos, Lunações e Terroir Ancestral (Vinha Unna) e de Vanessa K. Medin, Guardião da Intuição e Voo Livre.
Um detalhe interessante e inerente a estes vinhos (naturais) é que são macerados com as cascas e não filtrados. A aparência tende a uma cor mais alaranjada e turva.
Dois produtores trabalham com uvas não viníferas, Luiz Penzo e Casa Ágora. Um destes vinhos é o Laranjal:
Elaborado com a casta Niágara Rosada, é extremamente frutado e com um final de boca interminável. Interessante, mas como foi provado no meio da degustação, nos deu muito trabalho para limpar o paladar e poder prosseguir sem ter este vinho na memória.
A utilização das uvas híbridas, americanas ou não viníferas tem se tornado uma tendência no mundo inteiro.
Os tintos.
Cabernet Franc, Tannat, Merlot, Pinot Noir, Motepulciano e Gamay são as castas utilizadas por este grupo, seja em cortes ou varietais. Luiz Penzo trabalha, também, com uvas híbridas e barricas de madeiras brasileiras, como a Umburana, muito comum na elaboração da nossa cachaça.
Os resultados são todos bons, com alguns inevitáveis destaques:
– O corte de Pinoy e Gamay, Transmutação, de Vanessa K. Medin;
– O Cabernet Franc, As Bancantes em Êxtase, de Marina Santos (Vinha Unna)
– O Pinot Noir e o Merlot da Dominio Vicari (Lizete Vicari), os melhores vinhos deste evento para o meu paladar.
Algumas amostras ainda estavam muito jovens para uma correta apreciação, mas já deixaram uma ótima impressão. O uso de madeira ficou dividido, alguns a usam outros preferem se manter distantes deste caminho.
Pequenas joias que valem o investimento. O preço médio, nesta degustação, rondava os 100 reais.
Todos os produtores fazem venda direta. O Cru Wine Bar mantém alguns em estoque, seja para consumo ou venda.
Saúde e bons vinhos!
Vinho da Semana: o nosso parceiro, Rômulo, da Vina Brasilis, está com uma boa oferta para este Barbera DOC em caixa fechada com 6 unidades.
COLLI PIACENTINI BARBERA DOC
Apresenta cor vermelho rubi, intenso. Amplo olfato, frutado, com cerejas e frutas do bosque. Paladar característico, elegante e harmonioso com corpo cheio.
Harmonização: Excelente com salame, macarrão e pratos à base de carne.
Compre aqui:
– Vina Brasilis – Rômulo – romulo@vinabrasilis.com.br – (21) 96756-6123 / (21) 99515-1071 https://www.facebook.com/pg/VinaBrasilis/shop/?rid=133172546824172&rt=6
Tuty,
Interessante a degustação desses “novos”vinhos. Pena que os preços – ótimos para o Brasil – sejam , se comparados aos portugueses, ainda tão caros.
Estou em uma nova fase de conhecimento e prova dos vinhos portugueses : pautando-me pelo preço mais barato.
Assim, em uma primeira leva, comprei 3 brancos, com preço máximo de 7 euros. Um grande destaque para o Vila Real Grande Reserva – um Douro, corte de Viosinho, Malvasia Fina e Fernão Pires, de 2017. Por 6,70 euros – algo em torno dos 30 reais, o vinho é excelente, prazeiroso, para ninguém botar defeito.
Os outros dois, menos bons, mas ainda assim de se beber com gosto.
Logo depois fomos a um mercado e havia uma série de vinhos em promoção. Algumas promoções de peso, com descontos de 25% até 60% de seus preços originais. Adquiri oito garrafas, em sua maioria esmagadora de vinícolas totalmente desconhecidas para mim.
De todas só abrimos uma – Vouguinha – que foi a mais barata de delas. Um tinto de 2016 , aqui da Bairrada, região vinícola mais próxima de Aveiro, que custou 2,75 euros (originalmente era 5,50 euros). Um corte de Baga, Touriga Nacional e Merlot que só a Cris bebeu.
No primeiro dia, achou o vinho intomável, ruim mesmo.
Guardou-o e foi experimentar 24 horas depois, quando para sua surpresa o vinho tinha evoluído a ponto dela mudar totalmente de opinião , tanto que ao voltarmos ao mercado ela foi em busca de mais garrafas.
Debalde, pois já tinham ido todas embora.
Um diversão (barata).
Abraços lusitanos
TZ
Tezy
Maravilha.
Em breve estaremos provando, juntos, algumas destas descobertas.
Abraço
Tuty