Este animado Wine Bar carioca repetiu o sucesso do ano anterior (leia aqui), trazendo dez produtores, um deles chileno.

O tópico Vinhos Naturais está entre os 10 mais comentados nas conversas entre enófilos, de qualquer geração, seja nas redes sociais ou nos encontros de diferentes confrarias.

Não vamos entrar na discussão se são iguais, melhores ou piores que outros vinhos. Certamente são diferentes.

Há muito o que descobrir e muito mais, ainda, elogiar o enorme esforço que estes pequenos e abnegados produtores estão fazendo em busca de um vinho que se aproxime daqueles produzidos antes da industrialização, seja no cultivo das uvas, nos métodos de vinificação e até na forma de envelhecimento: não usam conservantes. A maioria deles são elaborados tendo em vista um consumo mais imediato. Devem ser degustados ainda jovens.

Vinificados em pequenos lotes, usam castas que nem sempre aparecem no leque de produtos das grandes vinícolas, inclusive castas híbridas, trilhando um caminho desconhecido e repleto de armadilhas. Mas é desta forma que aprendem os segredos para produzir um vinho que prefiro denominar como “raiz”.

O primeiro destaque vai para os diversos ‘Pét-Nat’ ou pétillant naturel, espumantes produzidos com uma única fermentação, já dentro da garrafa onde serão comercializados. Este é o processo conhecido como método ancestral.

Na foto acima, a mesa da Cantina Mincarone. Reparem nas garrafas fechadas com chapinha, são os Pét-Nat. Estes eram muito refrescantes e saborosos.

Os vinhos tranquilos, normalmente, são de corpo leve a médio, pouca opacidade e teores alcoólicos na casa dos 12% ou menos. São vinhos de muita personalidade e com registros olfativos e gustativos bem peculiares.

Vanessa Medin, Vinhateira e Sommelière, nos deu uma super aula sobre seus métodos de produção. Não deixou pergunta sem resposta. Obrigado!

Além do bom Pét-Nat, seus vinhos tranquilos se destacam facilmente. Vejam o cuidado de sua cantina em Bento Gonçalves.

Uma casta híbrida que quase todos os expositores estão trabalhando é a Lorena, criada pela Embrapa Uva e Vinho em 2001, a partir do cruzamento de Malvasia branca e Seyval. Os espumantes e vinhos apresentados foram muito apreciados pelo público feminino.

Como a oferta, em cada mesa, era enorme, não foi possível avaliar todos os produtores. Dentre os que provamos, destaco mais estes:

Flávio Penzo

Eduardo Zenker e Gabriela Schafer (Arte da Vinha), localizado em Garibaldi e a Vinícola Weingärtner de Pelotas RS, que elabora um interessante Riesling, uma uva incomum nas nossas terras.

Eis a relação de todos os expositores:

Marina Santos (Vinha Unna): https://www.vinhaunna.com.br/

Eduardo Zenker e Gabriela Schafer (Arte da Vinha): http://www.eduardozenker.com.br/arte-da-vinha/

Flavio Penzo (Penzo): https://www.instagram.com/flavioluizpenzo/

Eduardo Mendonça Vinhos Artesanais

Marimônio Weingartner: http://vinicolaweingartner.blogspot.com/

Vanessa Medin: https://www.facebook.com/Vanessa-Kohlrausch-Medin-1767599306667996/

Acir Boroto (Famiglia Boroto): https://www.instagram.com/famiglia.boroto/

Ana Mincarone (Cantina Mincarone):  https://www.instagram.com/cantina_mincarone/?hl=pt-br

Sara e Vivian (Casa Viccas): https://casaviccas.com.br/

Ignácio Pino – Chile

Mais algumas fotos:

Saúde e bons vinhos!