Tão certo quanto as festas de natal, a mítica relação dos melhores vinhos, publicada no final de cada ano pela respeitada revista norte americana, Wine Spectator, é um dos eventos mais esperados no mundo da enofilia.
O melhor de 2019 foi um vinho francês, o bordalês Château Léoville Barton, St.-Julien. A França emplacou outros dois vinhos no topo da lista o Château de Beaucastel Châteauneuf-du-Pape na 6ª posição e outro Bordeaux, o Château Pichon Baron, Pauillac em 8º. Completam os Top 10 quatro vinhos dos EUA, um italiano, um australiano e um chileno, o excelente Almaviva.
Os tintos predominaram ocupando 8 posições. Um branco e um espumante completam a relação.
A listagem, completa, pode ser acessada neste site: https://top100.winespectator.com/lists/
Uma análise mais detalhada desta lista nos leva a interessantes conclusões.
O primeiro ponto a ser observado é uma grande regionalidade neste resultado por conta do que é ofertado no mercado norte-americano. Muitos destes vinhos nunca chegarão às nossas prateleiras. Nesta mesma linha, fica fácil perceber a influência cultural do paladar e do poder aquisitivo daquele país. Não é uma lista universal, embora seja um indicador bastante seguro do que está bom, mas nem sempre acessível.
O quadro, acima, é uma prova da influência cultural neste resultado: os vinhos ‘made in USA’ dominaram o cenário. França e Itália completam o pódio, com pequena diferença entre eles.
Com relação à tipicidade não há nenhuma surpresa. Vejam o gráfico a seguir:
Amplo domínio dos tintos, representando 72% do total. 21% são brancos, 5% espumantes e 1 rosado e 1 generoso.
Usando o Google como ferramenta de pesquisa e validando os resultados que incluíam somente comerciantes de vinhos, foi possível obter um quadro do que é vendido no nosso país.
Apresentamos, a seguir, um quadro com estes vinhos que, hipoteticamente, podem estar à venda no nosso mercado. Várias observações se fazem necessárias:
1 – Na maioria dos resultados pesquisados, as safras oferecidas são mais antigas do que a da listagem;
2 – Nos casos em que o produto correspondia exatamente ao da relação, o preço aproximado está indicado;
3 – Podem haver diferenças entre os resultados apresentados por conta de denominações imperfeitas;
4 – O preço em US$ é para o mercado americano, serve como comparação e referência dos impostos que incidem sobre o vinho importado, no Brasil.
Para os que sonham em degustar um destes vinhos, há opções palatáveis, entre elas um ótimo Cabernet chileno.
Na próxima coluna vamos fazer a mesma análise para outra relação de 100 melhores vinhos, desta vez da Wine Enthusiast.
Saúde e bons vinhos!
Fala Tuty,
Excelente análise.
Abraços
Márcio
Valeu Marcio.
Abraço