Chega o fim de ano e o tema espumantes pula para o primeiro lugar na lista de desejos e compras prioritárias, mesmo em tempos de pandemia. Seja para consumo ou presentear, as borbulhas numa taça são a perfeita representação dos nossos melhores sonhos e esperanças. Uma marca poderosa que exprime, verdadeiramente, aquele “tudo de bom para vocês”.
O nosso país é rico na produção de espumantes, já reconhecidos internacionalmente e muito apreciados nacionalmente. Champagne, por aqui, sempre foi mais um símbolo de status, principalmente por seu custo proibitivo. As boas Cavas nunca chegaram a ser sucesso ficando em um nicho quase exclusivo. Já o italianíssimo Prosecco caiu no gosto dos brasileiros, se tornando um dos espumantes mais populares e vendidos no comércio, onipresente em qualquer mercadinho.
Depois de uma dura batalha para obter a reserva da denominação Prosecco e da delimitação das áreas de produção, além da recuperação do nome original da casta, Glera, os produtores partiram para a inovação criando um corte com Pinot Nero (10% a 15%), obtendo um novo Prosecco com uma elegante cor rosada. Elaborado apenas nos estilos Brut Nature e Extra Dry.
Após muitas discussões, as autoridades italianas regulamentaram e permitiram a produção e exportação desta novidade em maio de 2020. O mercado foi rapidamente invadido por estes coloridos espumantes que já estão sendo imitados por nossos produtores e de outros países.
Uma boa pedida para os nosso quente verão. Muito refrescante e frutado é uma ótima alternativa para tornar nossas comemorações, presenciais ou virtuais, muito mais rosadas.
Há mais novidades neste segmento do mundo dos vinhos.
Enquanto o novo Prosecco Rosé é elaborado em duas opções, apenas, no resto do mundo as vinícolas estão ampliando as opções de estilos e de castas utilizadas. Isso acaba por confundir o consumidor que já estava habituado aos Brut e Demi-sec, de sempre.
Listamos e explicamos algumas dessas novas possibilidades:
Extra Brut – a taxa de açúcar residual é ainda menor que no Brut: de 0 a 6 gramas por litro. Muito seco;
Brut Nature – não recebe nenhuma adição de açúcar na sua elaboração, técnica empregada para estimular a segunda fermentação. A expressão Zero Dosage é similar, embora alguns críticos lembrem que sempre haverá açúcar residual, ou seja, nunca será zero;
Sur Lie – amadureceu sobre as borras de fermentação. Esta técnica permite que o vinho ganhe mais corpo e complexidade. Pode ser definido como um “espumante raiz”. Alguns produtores o engarrafam com estas borras e o consumidor decide quando vai consumir. Para apreciadores.
Safrado, Vintage ou Millesimé – vinificações muito especiais com safra declarada. A maioria dos espumantes não são safrados. Quando um produtor declara o ano da colheita pressupõe um produto de alta qualidade.
Blanc de Blancs e Blanc de Noirs – embora sejam classificações mais antigas, informando que o espumante foi elaborado só com uvas brancas ou só com uvas tintas, parece que se tornou um trend bem atual, principalmente o Blanc de Noirs. Castas como Tempranillo, Merlot, e Cabernet Franc, têm sido utilizadas na produção de vinhos brancos, espumantes e tranquilos, com enorme sucesso.
Saúde e bons espumantes!
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