Uma das boas mudanças ocorridas em função da pandemia foi o aumento de apreciadores de vinhos no nosso país. Ainda não existem muitos dados a respeito, excetuando o previsível crescimento das vendas e do consumo. Inevitavelmente aumentaram as dúvidas dos neófitos.
Degustar um vinho sempre foi um ato cercado de “pompa e circunstância”, o que ainda deixa muita gente com medo de se aventurar por essas estradas. Mas não precisa ser assim. Não há nada de misterioso ou oculto e as famosas “regrinhas não escritas” são apenas pequenas adaptações de coisas que fazemos rotineiramente. Existem alguns conselhos que sempre valem à pena lembrar.
O primeiro deles é: perguntem!
Não tenham medo de questionar alguém que seja mais experiente. Enófilos são ótimos companheiros e, alguns, adoram exibir os seus conhecimentos. Aproveitem e tirem suas dúvidas.
A segunda melhor coisa que vocês podem fazer é degustar diferentes vinhos. Busquem uma direção, por exemplo, vinhos de um determinado país ou região. Outras possibilidades envolvem se dedicar a determinadas castas e apreciar suas formas de vinificação nos diferentes “terroirs” (perguntem, perguntem e perguntem…). Anotem tudo que puderem.
Há um claro objetivo neste tipo de pesquisa: definir as suas preferências. E isso é muito importante pois vai balizar as suas compras daqui em diante. Este é um dos grandes prazeres para um Enófilo: pesquisar, comprar e degustar o vinho certo no momento adequado.
Neste ponto surge uma dúvida que é clássica: as safras e o que fazer com elas?
Já foram mais importantes, quando ainda não havia tanta tecnologia envolvida e a vinificação era mais artesanal.
Hoje em dia o resultado, ano a ano, tende a ser mais parelho e as diferenças muito sutis para serem observadas por paladares ainda inexperientes (há controvérsias…).
Um bom uso para as datas estampadas nos rótulos, que indicam o ano da colheita das uvas, é saber se estamos na frente de um vinho jovem ou um maduro.
Mais um conselho que não pode passar em branco é como montar um conjunto de acessórios para suas casas. Isso inclui desde o básico sacarrolhas, passa pelas taças e pode chegar até os nem sempre usados decantadores. Apresentamos uma listinha mínima:
– sacarrolhas do tipo Sommelier;
– taças de cristal do tipo “universal” que serão usadas para todo e qualquer vinho;
– tampões do tipo “vacu-vin” ou similares para garrafas que não foram totalmente consumidas;
– um decantador médio ou um aerador. Não são exatamente intercambiáveis, mas ambos cumprem a função básica de aerar o vinho.
Por último, o famoso “rito” de degustar um vinho que contempla os nosso cinco sentidos. Há alguns anos escrevi uma ótima matéria sobre o assunto, dividia em 2 partes. Basta seguir os links:
– O vinho e nossos sentidos – 1ª parte
– O vinho e nossos sentidos – 2ª parte
Saúde e bons vinhos!
Foto de abertura: Pessoas, criada por marymarkevich para Freepik
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