São mais de 200 Km de extensão, entre Lyon e Avignon, com vinhedos em todas as margens deste rio que começa na Suíça, onde ajuda a formar o Lago Genebra, até desaguar no Mediterrâneo.

Ao todo somam 56.000 hectares plantados, divididos em duas grandes regiões, norte e sul, cada uma com diferentes tipos de solos, microclimas e uvas.

Região Norte

Terra da casta Syrah. É provável que tenha se originado nesta região ou, pelo menos, muito perto dela. Alguns dos mais famosos e caros vinhos do Rhône são elaborados aqui, como os Hermitage e os Côte-Rôtie.

As castas brancas são a Viognier, a Roussane e a Marsanne que podem fazer parte de um corte com a Syrah, dependendo da denominação de origem.

Denominações de origem controlada (AOC):

  • Côte-Rôtie – tintos à base de Syrah com até 20% de Viognier;
  • Condrieu e Château-Grillet – brancos com Viognier;
  • Saint-Joseph – tintos com Syrah podendo usar até 10% de Marsanne e/ou Roussanne. Brancos com estas duas castas;
  • Crozes-Hermitage e Hermitage – similar à anterior mudando para 15% a quantidade das uvas brancas no corte tinto. Mesmas castas nos brancos;
  • Cornas – 100% Syrah;
  • Saint-Péray – vinhos espumantes e tranquilos à base de Marsanne e Roussanne.

Região Sul

Com um clima mais mediterrâneo, há uma enorme variedade de castas plantadas. Algumas denominações permitem até 19 tipos de uvas em seus cortes. As mais comuns são as tintas Syrah, Grenache, Mourvedre, Cinsault e Carignan, e as brancas Ugni, Picpoul e Roussane. Quem brilha são os cortes GSM (Grenache, Syrah, Mourvedre).

O grande destaque é um vinho icônico na França e no Mundo: o Chateauneuf-du-Pape. Na sua elaboração podem ser usadas diversas castas, entre tintas e brancas.

Denominações de origem controlada (AOC):

  • Côtes du Vivarais
  • Châteauneuf-du-Pape
  • Grignan-Les Adhemar
  • Vacqueyras
  • Rasteau
  • Cairanne
  • Gigondas
  • Vinsobres
  • Lirac
  • Beaumes de Venise
  • Muscat de Beaumes de Venise
  • Tavel – produzem um excepcional rosé

A denominação Côtes du Rhône:

Certamente são os vinhos mais populares de todo o vale. A denominação é abrangente, sem uma localização específica. A regra de produção é simples e objetiva: mínimo de 11% de teor alcoólico e 21 castas permitidas.

O maior volume de produção está na região sul. Este vinho é ideal para o dia a dia, são fáceis de beber e harmonizam com uma grande variedade de pratos. Os cortes mais comuns são elaborados com Grenache ou com Syrah. Para os brancos usam Roussanne, Marsanne e Ugni blanc. Existe, ainda, uma rara versão rosada.

Dentro desta classificação, vamos encontrar os “Côtes-du-Rhône Villages” e os “Côtes du Rhône Villages, com indicação da região no rótulo”. São vinificações mais elaboradas e com um maior teor alcoólico, o que os fazem perfeitos para serem guardados. Somente 21 comunas podem usar o nome indicativo no rótulo.

Outras regiões

Já um pouco distante do rio, a cerca de 50 Km da cidade de Valence, quase nos Alpes, vamos encontrar o distrito de Die, onde são elaborados vinhos espumantes: o Clairette de Die, pelo método ancestral e o Crémant de Die, pelo método tradicional. São os vinhedos mais altos da França.

Recentemente a legislação francesa permitiu a vinificação de vinhos tranquilos neste distrito.

Produtores famosos:

Norte: Chapoutier; Guigal; Jaboulet e Jean-Louis Chave

Sul: Chateau de Beaucastel; Clos de Papes; Domaine du Clos Saint Jean; Domaine du Pegau

Saúde e bons vinhos!

Mapa obtido no site Vins Web