Que tal aproveitar esta simpática data para fazer algo bem diferente? E não importa quem seja o expert em vinhos, que deseja fazer bonito para a sua mais que especial companhia.
Esposas ou maridos, namorados e namoradas e até aquele ou aquela paquera que aceitou o convite para passarem a data juntos. O vinho tem que estar presente. O ambiente pode variar, passando do doméstico até um sofisticado restaurante.
O que estamos propondo é uma divertida inversão dos papéis: se é o cavalheiro quem sempre decidiu o que degustar, deixe a dama conduzir o processo e vice-versa. Obviamente que tudo será feito com alguma orientação.
O cenário ideal para iniciar a brincadeira é quando nos oferecem a carta de vinhos. Sutilmente, indique quem está do outro lado da mesa, fazendo, discretamente, sugestões sobre quais tipos de vinhos melhor se adequam ao que vão consumir. Para quem nunca abriu uma carta de vinhos, pode ser complicado fazer esta escolha, mas, não é difícil. Os vinhos estão agrupados por tipos: Espumantes, Brancos, Rosados, Tintos e de sobremesa. Dentro de cada subdivisão, estarão organizados pelos países produtores e por preços.
Uma boa carta sempre apresenta uma breve descrição do vinho, mencionando as castas e safras. Se você é quem mais conhece sobre vinhos, faça comentários como “uma boa opção é um Cabernet, ou um Malbec”.
Combinem um limite de preço para evitar surpresas no final. Se isto for um ponto muito sensível, selecione um ou dois vinhos, dentro do seu orçamento, e comente: “estou entre estas opções, que tal você escolher?”, e passe a carta.
Esta mesma ideia pode ser aproveitada se a opção for por uma comemoração em casa: disponha algumas das garrafas possíveis e peça que a outra parte faça a escolha.
A parte mais interessante começa quando o vinho chegar à mesa.
A nossa proposta é que seja feito o ritual completo: o Sommelier apresenta a garrafa e quem escolheu vai conferir o rótulo e a safra, fazendo um pequeno sinal de aprovação.
O passo seguinte é examinar a rolha.
Se quem está com você nunca passou por isto, cabe explicar que se deve procurar por defeitos na rolha, como manchas, mofo e se ela está íntegra. Quanto aos aromas, o que se procura são os cheiros ruins, que não deveriam estar ali. Um detalhezinho quase sempre despercebido pelos leigos: cheira-se o corpo da rolha e não o topo que ficou em contato como vinho…
A última parte deste rito é a prova.
Mais uma vez, o especialista pode e deve intervir, orientando sobre como proceder: sentir os primeiros aromas, agitar levemente a taça, sentir os aromas novamente e provar.
Após este primeiro gole, é momento para comentar sobre taninos, acidez, corpo e teor alcoólico. Quase sempre é a parte mais complexa e sujeita a opiniões engraçadas. Relaxem e aproveitem para trocar mais informações.
Se tudo estiver dentro do esperado, é a hora de servir, brindar e dar parabéns pela escolha feita.
Tem tudo para ser um grande encontro.
Saúde e bons vinhos.
CRÉDITOS
Imagem de Norbert Gaßner por Pixabay
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