Uma das primeiras lições sobre vinhos nos explica que existem taças, bem diferentes, para vinhos brancos e para vinhos tintos.

As taças para tintos são maiores e mais bojudas, permitindo um melhor contato com o ar, o que libera rapidamente aromas, além de permitir uma boa percepção das tonalidades. Para os brancos, as taças são mais esbeltas e menores. Estes vinhos não são tão dependentes da interação com o ar para mostrar seu potencial.

A ilustração, acima, passa uma boa ideia sobre esta diferença de tamanho. São taças de um mesmo fabricante, a Zalto. A maior é denominada “taça tipo Bordeaux”. Esta é a que encontramos, habitualmente, nos restaurantes, nos mercados e em nossas casas.

Cada fabricante tem seu próprio design, havendo ligeiras variações de formato e tamanho das hastes. A grande dúvida, que originou este texto, é que apesar desta simplicidade de propósitos, existem outros formatos de taças para tintos e para brancos. A mais famosa delas é a “taça tipo Bourgogne”.

Reparem que é bem mais bojuda que a anterior, permitindo um contato ainda maior com o ar.

Bordéus e Borgonha são as regiões francesas mais famosas na elaboração de tintos. São vinhos bem diferentes.

O corte bordalês é mais encorpado, com coloração mais densa e taninos marcantes. Na Borgonha são elaborados os não menos famosos Pinot Noir, vinhos de uma coloração muito pálida, pouco tânicos, mas com aromas e sabores únicos.

Teoricamente, cada um destes vinhos precisa ser tratado, na taça, de uma forma singular. Foi pensando nisto que, em 1958, um fabricante começou a desenvolver formatos específicos para cada tipo de casta vinificada. São diversas variações que envolvem volumetria, tamanho da boca, altura da haste e até pequenos detalhes como o formato da borda.

Será que um simples mortal, degustador de bons vinhos, será capaz de perceber estas “vantagens” de apreciar cada vinho em uma taça dedicada?

A taça Bordeaux, padrão, é usada para diversos outros vinhos: Brunello di Montalcino, Chianti, Riojanos (Tempranillo), Merlot, Syrah e Cabernet Franc, são alguns deles. A taça para Pinot é mais exclusiva, mas pode ser usada para qualquer vinho.

Para os vinhos brancos também existem taças para as castas mais tradicionais como Chardonnay e Riesling. E o que falar sobre espumantes? Pelo menos três formatos continuam disputando preferências até hoje: a coupe, a flute e a tulipa.

Para sair deste verdadeiro imbróglio, o melhor caminho é experimentar. E sejam mente aberta nesta hora.

Aqui vai uma boa sugestão para começar: pegue uma garrafa do seu vinho predileto e deguste-o em diferentes taças. Pode usar as de vinho branco, as de espumante e até mesmo o velho e manjado “copo americano”.

Encontrando diferenças significativas, já sabem como proceder. Se não mudou nada, que fique como está.

Se for o caso, contem para a gente.

Saúde e bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Vivi Rose 2023 – Cave Nacional

Hoje apresentamos o Vivi Rosé, mais um vinho exclusivamente vinificado para a Cave Nacional. Feito tem parceria com André Larentis, enólogo da Vinhos Larentis, é a terceira edição, lançada em 2023. De coloração salmão límpido e brilhante. Apresenta intensas notas de frutas vermelhas silvestres, e finas notas florais com um toque mineral. No paladar possui bom volume, equilibrado, aveludado e refrescante.

Para comprar este vinho, clique no nome ou na foto. A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS:

Imagem de abertura por macrovector no Freepik.

Taças – obtidas no site da Zalto