Sopa de cebola tem que ser no estilo francês, com uma bela torrada, ao alho, com queijo Gruyère derretido por cima. “Au gratin”, diriam eles.

Para quem prefere fazer em casa, existem várias receitas disponíveis. O grande segredo está na qualidade dos ingredientes que vão formar o caldo de carne. Depois, as cebolas devem caramelizadas o que demanda algum tempo na panela. Não é uma receita “vapt-vupt”. Para finalizar, gratinar no forno quente.

Existem algumas possibilidades de harmonização com vinhos brancos, tintos ou espumantes brut. A regra geral é buscar por vinhos de corpo médio, com boa acidez e paladar pouco frutado, com notas terrosas, contrabalançando a sutil doçura das cebolas e a gordura do queijo.

Há uma certa tendência para os brancos, mas dois tintos se destacam:

Pinot Noir – no estilo francês, da Borgonha. Os vinificados no Novo Mundo são mais encorpados e podem se sobrepor à delicada paleta de sabores desta sopa.

A acidez natural de um bom (e caro) Pinot, combinada com os delicados sabores de frutas vermelhas faz uma belo contraponto ao perfil adocicado do prato. As notas terrosas equilibram o caráter mais rústico dos temperos aromáticos: cebola, alho e ervas.

Beaujolais Village – obtido com a mesma casta que seu jovem irmão mais famoso, este vinho tem uma ótima estrutura de aromas e sabores, perfeitos para equilibrar com a “soupe a l’oignon”. Sua marcante acidez não terá problemas para controlar o saboroso queijo gratinado.

Tradicionalmente os vinhos brancos são os mais consumidos nesta harmonização, apesar do contraste quente e frio, que pode incomodar.

Assim como nos tintos, nada de vinhos leves e frescos, ao contrário, precisam ter corpo e sabores mais marcantes, com passagem por madeira. Eis algumas opções:

Chardonnay – esta grande uva, de origem borgonhesa, é vinificada em diversos estilos. Nem todos são indicados para esta harmonização. Prefiram os Chardonnay que foram barricados e passaram por conversão malolática, como no estilo californiano ou os caros Meursault.

Viognier – a uva branca da região do rio Ródano é bem versátil. Seu caráter muito aromático e sabores que remetem a uma verdadeira salada de frutas, harmoniza, por contraste, com os temperos e o queijo presentes nesta sopa. Consegue, ainda, equilibrar, de forma muito agradável, o perfil adocicado da caramelização da cebola.

Espumante branco Brut – este é o coringa de sempre. A ótima acidez deste tipo de vinho é perfeita para combinar com todos os aromas e sabores da sopa. Prefiram os elaborados com Chardonnay e/ou Pinot Noir.

Uma outra possibilidade, que tem feito muito sucesso na moderna gastronomia são o vinhos elaborados com a Sauvignon Blanc.

Existem diversos estilos de vinhos com esta casta. Os que melhor vão harmonizar são os mais maduros e com passagem por barrica de carvalho.

Adquirem características bem definidas, apresentando, no palato, notas cítricas, herbais e uma certa picância, criando um equilíbrio ideal, segundo alguns renomados gastrônomos.

Vejam a dica da nossa parceira, a Karina da Cave Nacional, que selecionou um ótimo Sauvignon Blanc para esta semana.

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Casa Verrone – Sauvignon Blanc 2017

A Casa Verrone nasceu de um sonho e admiração por vinhos do proprietário Marcio Verrone. Em Itobi, São Paulo, no ano de 2009 foram plantadas as primeiras videiras pelo método da dupla poda.

O Casa Verrone Sauvignon Blanc 2017 é um vinho com mais de 7 anos de evolução, a sua antiga coloração branco clara deu lugar a um dourado intenso, as frutas frescas com nuances de pera, abacaxi e maçã verde deram lugar à um toque de pêssego em calda mantendo um intrigante toque cítrico no nariz. Em boca, mantem o corpo equilibrado, boa persistência, a acidez baixa mas presente, sem amargor de boca e retrogosto de frutas em compotas. Esse dulçor da compota harmoniza perfeitamente com carnes brancas, peixes gordurosos e, claro, uma deliciosa sopa de cebolas.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Foto de abertura por chandlervid85 no Freepik