
Considerada como uma das 7 maravilhas gastronômicas de Portugal (*), esta iguaria tem origens muito antigas e humildes.
Os primeiros registros desta receita tem raízes no Século XV ou um pouco antes. Os lavradores da região do Minho, norte de Portugal, a elaboravam com os produtos mais abundantes, buscando uma sopa que saciasse o apetite de toda uma população.
Três ingredientes apenas eram usados: batatas, couve-galega ou tronchuda, como é chamada no Brasil, cortada fininha e, para finalizar, rodelas de um embutido de carne de porco. O mais tradicional é o Salpicão. Pode-se optar pelo Paio ou pelo Chouriço.
Em Portugal, é servida numa malga, um pote cerâmico que ajuda a manter o caldo aquecido.

Para acompanhar, uma broa de milho, que lá é um pão rústico, bem diferente da nossa “broa” mineira. A harmonização correta seria um belo Vinho Verde Tinto, da casta Vinhão, igualmente servido numa malga, desta vez, de porcelana branca.
O que se espera desta curiosa forma de servir, é que a malga fique manchada com a cor do vinho, confirmando a sua origem e qualidade.

Em 2021, o Caldo Verde, harmonizado desta forma, foi eleito como uma das 20 melhores sopas do mundo.
Uma das tradições que estão ligadas a este prato são as comemorações de São João. Na Europa, em pleno verão, aqui, no Inverno. Um costume que herdamos e adaptamos.
Interessante!
É possível saborear este caldo nos quatro cantos do mundo. Obviamente, a receita original já passou por diversas leituras, releituras, desconstruções e fusões. Mas sempre vamos encontrar os elementos que remetem à sua origem campesina.
Para harmonizar com tantas variantes, o leque de opções de vinhos também ficou ampliado; tintos, brancos e rosados podem ser usados.
Os vinhos portugueses se destacam neste quesito. Procurem por tintos de corpo médio, pouco tânicos e com notas herbáceas: Dão e Bairrada, além do já citado.
No Novo Mundo, pensem em Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e Carménère.
Entre os brancos, a casta Alvarinho é uma bela opção, com suas notas cítricas. Brancos da região do Douro, tipicamente, Viosinho, Rabigato, Gouveio e outras, são uma excelente combinação.
A nossa parceira, Karina, da Cave Nacional, selecionou um rótulo especialmente para os leitores.
Saúde, bons vinhos!
(*) 7 Maravilhas da gastronomia Portuguesa: Alheira de Mirandela, Queijo da Serra, Caldo Verde, Arroz de Marisco, Sardinha Assada, Leitão da Bairrada e Pastel de Nata.
Dica da Karina – Cave Nacional
Pueblo Pampeiro – La Linha Cabernet Sauvignon 2021

Nascida em 2014, a Pueblo Pampeiro é uma pequena Vinícola artesanal localizada na Vila Pampeiro, no interior de Santana do Livramento – RS, na Campanha Gaúcha. É a materialização de um sonho de dois casais uruguaios -brasileiros, que têm em comum o Amor pelo Pampa: O Engenheiro Agrônomo Marcos Obrakat e a Administradora de empresas Cintia Lee; O Enólogo Javier González Michelena e a sua esposa, Bacharel em Comercio Exterior, Liliana Silva.
Essa mistura “Braguaia” deu origem ao nome da empresa Pueblo (Povo) Pampeiro (nome da localidade rural formada em torno de uma velha estação de trem). Essa identidade da fronteira que une está na identidade e nos rótulos, caso do La Linha, como carinhosamente chama-se a linha que une o Uruguai e o Brasil nesta fronteira.
O La Linha Cabernet Sauvignon safra 2021 é um vinho integralmente feito em tanques de aço inox, sem passagem por barricas de carvalho, o que preserva a característica de seu rico terroir em seu sabor e aromas. Um vinho com uma coloração rubi marcante, aromas que combinam frutas do mato e eucalipto e paladar macio, aveludado e redondo de final longo, frutado e com delicada acidez.
A Cave Nacional envia para todo o Brasil.
CRÉDITOS:
– Foto de abertura obtida no site Taste Braga
– Foto da malga com Caldo Verde por Ezume Images obtida no Adobe Stock
– Foto da malga com vinho obtida na página do Facebook – Vinhos Verdes Oficial
Uso meramente ilustrativo.
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