
Não é preciso muita coisa para nos tornarmos bons enófilos. Para começar, não somos Sommeliers, como alguns preferem se colocar. Há uma enorme diferença entre estes adjetivos: um é o que convencionou chamar de profissional. Nós, meros mortais, somos amadores.
Enquanto os profissionais são quase que obrigados a seguir regras estritas, os Enófilos desfrutam de um enorme grau de liberdade, o que torna nossa vida muito mais divertida: podemos errar, sem sentimento de culpa!
Como tudo na vida, também temos limites. Alguns são muito elásticos, outros são mais restritos.
Uma das delícias de sermos Enófilos competentes é receber bem os amigos. Mas, algumas das tais regrinhas rígidas devem ser seguidas.
A mais importante é estarmos sempre preparados para servir vinhos que agradem a todos. Esteja nossa adega cheia de bons vinhos, ou não, é preciso nos certificamos se temos, em estoque, alguns vinhos que podem funcionar como coringas.
Alguns exemplos:
– Um espumante Brut.
Embora seja um senso comum só abrir uma garrafa destas numa grande data, a verdade é que não há nada melhor do que começar uma reunião, por mais informal que seja, com uma taça de espumante.
Este gesto não prepara só as papilas gustativas para o que vem a seguir, vai ditar o clima do encontro. Todos os convivas vão se sentir especiais ao serem recebidos assim.
– Um vinho branco fresco, aromático e saboroso.
Este é um tipo de vinho que agrada a gregos e troianos. Não tem como errar, principalmente em dias mais quentes. O difícil é escolher entre Alvarinho, Pinot Grigio, Vermentino ou Sauvignon Blanc.
– Um tinto de corpo médio, macio e aromático.
São muitas opções, destacando-se alguns tintos italianos como o Chianti e o Montepulciano d’Abruzzo. Outras opções seriam os vinhos da casta Mourvèdre ou Monastrell, Cabernet Franc e Malbec.
Muito versáteis em termos de harmonização, acompanham os nossos salgados de festa, massas e pratos mais robustos.
– Um vinho de sobremesa.
Nesta categoria não faltam opções. Começam nos tradicionais fortificados, Porto, Madeira e Jerez etc., passam pelos colheita tardia, tão populares na América do Sul e chegam nos nossos deliciosos e refrescantes espumantes da casta Moscatel.
O grande senão é que nunca nos lembramos sequer de oferecê-los. São perfeitos para acompanhar todo tipo de sobremesas e tranquilizar o nosso palato.
Mais uma sugestão: não precisam ser vinhos caros e de alta gama. Uma das outras liberdades que temos, como bons Enófilos, é poder transitar na faixa média de preços. Tem muita coisa boa, e barata, para ser descoberta.
Saúde e bons vinhos.
Dica da Karina – Cave Nacional

A Vinícola Suzin, pioneira no plantio de uvas na região de São Joaquim iniciou suas atividades em 2001, fundada pelo patriarca da família Zelindo Melci Suzin e por seus filhos Everson e Jeferson Suzin. As variedades cultivadas são Cabernet Sauvignon, Merlot, Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Montepulciano, Petit Verdot, Cabernet Franc, Malbec e Rebo. A pequena produção permite tratamento diferenciados nas vinhas, como desfolha, condução dos ramos, seleção de cachos, raleio de bagas, tratos culturais específicos e colheita manual, o que permite entregar produtos de qualidade e excelência.
O Suzin Montepulciano 2021 possui tonalidade vermelha com reflexos púrpuras, profundo e límpido. Apresenta aroma de frutas vermelhas como cereja e framboesa, toque de pimenta rosa e chocolate amargo. Paladar com taninos marcantes e acidez agradável e grande persistência.
Possui potencial de guarda de 15 anos. Harmoniza bem com carnes marcantes como cordeiro, frescal serrano, carne suína e picanha grelhada. Acompanha bem queijos pecorino, grana padano e gouda.
A Cave Nacional envia para todo o Brasil.
CRÉDITOS: Imagem de abertura por BoszyArtis no Adobe Stock


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