Autor: Tuty (Page 4 of 150)

Fondue e vinho – queijo, carne e chocolate

O tradicionalíssimo Fondue de Queijo é considerado o prato nacional da Suíça. Uma cativante mistura de queijos, como Gruyère e Emmental, com vinho branco e alguns temperos, pacientemente derretidos numa panela chamada de “caquelon”, que fica repousada sobre um pequeno fogareiro, o “réchaud”, que a mantem aquecida.

Os comensais fazem uso de longos espetos, nos quais colocam pedaços de pão que serão são mergulhados no queijo fundido. Uma das boas coisas que o clima mais frio nos proporciona.

Literalmente, “fondue” significa derretido e se aplica perfeitamente ao queijo. Mas foi o uso do “coquelon” que expandiu o seu significado. Em diversas culturas vamos encontrar diferentes variações deste tipo de receita.

Um “fondue” de carne não derrete nada, apenas cozinha nacos de carne em óleo quente nesta curiosa panela.

O de chocolate seria um dos que mais se aproximam da receita tradicional: pedaços de frutas são mergulhados numa calda de chocolate derretido, na mesma panelinha.

Vinho é a bebida ideal para acompanhar qualquer destas formas de fondue. Nada de cervejas ou destilados, embora um deles, o Kirsch, seja usado no fondue de queijo.

Nesta receita, o vinho branco é quem vai unir os dois ou mais queijos que serão mesclados. Manda a regra da boa vizinhança, que este vinho seja um típico branco suíço, da pouco conhecida casta Chasselas: encorpado, seco e frutado.

Sauvignon Blanc, Riesling, Chardonnay e o exótico Gewurztraminer são ótimas alternativas.

Entre os tintos, prefiram os mais leves: Pinot Noir (velho mundo) ou Gamay.

Vinhos rosados e espumantes secos completam o quadro.

O fondue bourguignonne (carne) deve ser acompanhado por um tinto. Existe um bem diversificado leque de opções que transitam desde os mais leves, como os já citados, até vinhos encorpados como Tannat, Cabernet Sauvignon ou Syrah. O tipo de carne, o gosto pessoal e os molhos que acompanham são os fatores que vão definir a melhor escolha.

Vinhos mais gastronômicos como Merlot ou Cabernet Franc, com taninos macios e pouco “madeirados” são opções seguras.

Para o “Fondue au Chocolat” há uma escolha quase unânime: Vinho do Porto, Ruby ou Tawny. Esta é uma fórmula clássica, sempre deliciosa.

Vinho Madeira, Moscatel de Setubal, Jerez (doce) e o Banyuls são opções sempre bem apreciadas.

Para uma combinação mais exótica, um belo tinto, bem frutado e encorpado pode ser uma interessante escolha. Neste caso, o chocolate usado no fondue deve ser do tipo amargo ou meio amargo. Pensem em Malbec, Primitivo (Zinfandel) ou um Chianti.

Já lembraram onde esconderam aquela panelinha que ganharam de presente de casamento?

Está na hora de usá-la.

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Cave Nacional – Marcelão Corte 2

Em parceria com a Vinícola Cave Antiga, a Cave Nacional lança, nesta semana, o 2º corte do seu Marcelão. Um blend exclusivo com 80% Marselan safra 2023 com 6 meses de maturação em carvalho francês e 20% Tannat safra 2022 com 17 meses maturação em carvalho francês.

Coloração intensa e profunda. Aroma típico de frutas maduras, especiarias destacando notas de baunilha de intensidade média e toques de tostado pela passagem por carvalho francês. Excelente estrutura e taninos de média intensidade devido ao caráter do corte do Marselan com o Tannat, bem adaptado às condições de solo e clima da Serra Gaúcha.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Imagem de freepik

Vinho e Caldo Verde – tradição herdada

Considerada como uma das 7 maravilhas gastronômicas de Portugal (*), esta iguaria tem origens muito antigas e humildes.

Os primeiros registros desta receita tem raízes no Século XV ou um pouco antes. Os lavradores da região do Minho, norte de Portugal, a elaboravam com os produtos mais abundantes, buscando uma sopa que saciasse o apetite de toda uma população.

Três ingredientes apenas eram usados: batatas, couve-galega ou tronchuda, como é chamada no Brasil, cortada fininha e, para finalizar, rodelas de um embutido de carne de porco. O mais tradicional é o Salpicão. Pode-se optar pelo Paio ou pelo Chouriço.

Em Portugal, é servida numa malga, um pote cerâmico que ajuda a manter o caldo aquecido.

Para acompanhar, uma broa de milho, que lá é um pão rústico, bem diferente da nossa “broa” mineira. A harmonização correta seria um belo Vinho Verde Tinto, da casta Vinhão, igualmente servido numa malga, desta vez, de porcelana branca.

O que se espera desta curiosa forma de servir, é que a malga fique manchada com a cor do vinho, confirmando a sua origem e qualidade.

Em 2021, o Caldo Verde, harmonizado desta forma, foi eleito como uma das 20 melhores sopas do mundo.

Uma das tradições que estão ligadas a este prato são as comemorações de São João. Na Europa, em pleno verão, aqui, no Inverno. Um costume que herdamos e adaptamos.

Interessante!

É possível saborear este caldo nos quatro cantos do mundo. Obviamente, a receita original já passou por diversas leituras, releituras, desconstruções e fusões. Mas sempre vamos encontrar os elementos que remetem à sua origem campesina.

Para harmonizar com tantas variantes, o leque de opções de vinhos também ficou ampliado; tintos, brancos e rosados podem ser usados.

Os vinhos portugueses se destacam neste quesito. Procurem por tintos de corpo médio, pouco tânicos e com notas herbáceas: Dão e Bairrada, além do já citado.

No Novo Mundo, pensem em Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e Carménère.

Entre os brancos, a casta Alvarinho é uma bela opção, com suas notas cítricas. Brancos da região do Douro, tipicamente, Viosinho, Rabigato, Gouveio e outras, são uma excelente combinação.

A nossa parceira, Karina, da Cave Nacional, selecionou um rótulo especialmente para os leitores.

Saúde, bons vinhos!

(*) 7 Maravilhas da gastronomia Portuguesa: Alheira de Mirandela, Queijo da Serra, Caldo Verde, Arroz de Marisco, Sardinha Assada, Leitão da Bairrada e Pastel de Nata.

Dica da Karina – Cave Nacional

Pueblo Pampeiro – La Linha Cabernet Sauvignon 2021

Nascida em 2014, a Pueblo Pampeiro é uma pequena Vinícola artesanal localizada na Vila Pampeiro, no interior de Santana do Livramento – RS, na Campanha Gaúcha. É a materialização de um sonho de dois casais uruguaios -brasileiros, que têm em comum o Amor pelo Pampa: O Engenheiro Agrônomo Marcos Obrakat e a Administradora de empresas Cintia Lee; O Enólogo Javier González Michelena e a sua esposa, Bacharel em Comercio Exterior, Liliana Silva.

Essa mistura “Braguaia” deu origem ao nome da empresa Pueblo (Povo) Pampeiro (nome da localidade rural formada em torno de uma velha estação de trem). Essa identidade da fronteira que une está na identidade e nos rótulos, caso do La Linha, como carinhosamente chama-se a linha que une o Uruguai e o Brasil nesta fronteira.

O La Linha Cabernet Sauvignon safra 2021 é um vinho integralmente feito em tanques de aço inox, sem passagem por barricas de carvalho, o que preserva a característica de seu rico terroir em seu sabor e aromas. Um vinho com uma coloração rubi marcante, aromas que combinam frutas do mato e eucalipto e paladar macio, aveludado e redondo de final longo, frutado e com delicada acidez.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS:

– Foto de abertura obtida no site Taste Braga

– Foto da malga com Caldo Verde por Ezume Images obtida no Adobe Stock

– Foto da malga com vinho obtida na página do Facebook – Vinhos Verdes Oficial

Uso meramente ilustrativo.

Vinho e sopa de cebola – reconfortante

Sopa de cebola tem que ser no estilo francês, com uma bela torrada, ao alho, com queijo Gruyère derretido por cima. “Au gratin”, diriam eles.

Para quem prefere fazer em casa, existem várias receitas disponíveis. O grande segredo está na qualidade dos ingredientes que vão formar o caldo de carne. Depois, as cebolas devem caramelizadas o que demanda algum tempo na panela. Não é uma receita “vapt-vupt”. Para finalizar, gratinar no forno quente.

Existem algumas possibilidades de harmonização com vinhos brancos, tintos ou espumantes brut. A regra geral é buscar por vinhos de corpo médio, com boa acidez e paladar pouco frutado, com notas terrosas, contrabalançando a sutil doçura das cebolas e a gordura do queijo.

Há uma certa tendência para os brancos, mas dois tintos se destacam:

Pinot Noir – no estilo francês, da Borgonha. Os vinificados no Novo Mundo são mais encorpados e podem se sobrepor à delicada paleta de sabores desta sopa.

A acidez natural de um bom (e caro) Pinot, combinada com os delicados sabores de frutas vermelhas faz uma belo contraponto ao perfil adocicado do prato. As notas terrosas equilibram o caráter mais rústico dos temperos aromáticos: cebola, alho e ervas.

Beaujolais Village – obtido com a mesma casta que seu jovem irmão mais famoso, este vinho tem uma ótima estrutura de aromas e sabores, perfeitos para equilibrar com a “soupe a l’oignon”. Sua marcante acidez não terá problemas para controlar o saboroso queijo gratinado.

Tradicionalmente os vinhos brancos são os mais consumidos nesta harmonização, apesar do contraste quente e frio, que pode incomodar.

Assim como nos tintos, nada de vinhos leves e frescos, ao contrário, precisam ter corpo e sabores mais marcantes, com passagem por madeira. Eis algumas opções:

Chardonnay – esta grande uva, de origem borgonhesa, é vinificada em diversos estilos. Nem todos são indicados para esta harmonização. Prefiram os Chardonnay que foram barricados e passaram por conversão malolática, como no estilo californiano ou os caros Meursault.

Viognier – a uva branca da região do rio Ródano é bem versátil. Seu caráter muito aromático e sabores que remetem a uma verdadeira salada de frutas, harmoniza, por contraste, com os temperos e o queijo presentes nesta sopa. Consegue, ainda, equilibrar, de forma muito agradável, o perfil adocicado da caramelização da cebola.

Espumante branco Brut – este é o coringa de sempre. A ótima acidez deste tipo de vinho é perfeita para combinar com todos os aromas e sabores da sopa. Prefiram os elaborados com Chardonnay e/ou Pinot Noir.

Uma outra possibilidade, que tem feito muito sucesso na moderna gastronomia são o vinhos elaborados com a Sauvignon Blanc.

Existem diversos estilos de vinhos com esta casta. Os que melhor vão harmonizar são os mais maduros e com passagem por barrica de carvalho.

Adquirem características bem definidas, apresentando, no palato, notas cítricas, herbais e uma certa picância, criando um equilíbrio ideal, segundo alguns renomados gastrônomos.

Vejam a dica da nossa parceira, a Karina da Cave Nacional, que selecionou um ótimo Sauvignon Blanc para esta semana.

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Casa Verrone – Sauvignon Blanc 2017

A Casa Verrone nasceu de um sonho e admiração por vinhos do proprietário Marcio Verrone. Em Itobi, São Paulo, no ano de 2009 foram plantadas as primeiras videiras pelo método da dupla poda.

O Casa Verrone Sauvignon Blanc 2017 é um vinho com mais de 7 anos de evolução, a sua antiga coloração branco clara deu lugar a um dourado intenso, as frutas frescas com nuances de pera, abacaxi e maçã verde deram lugar à um toque de pêssego em calda mantendo um intrigante toque cítrico no nariz. Em boca, mantem o corpo equilibrado, boa persistência, a acidez baixa mas presente, sem amargor de boca e retrogosto de frutas em compotas. Esse dulçor da compota harmoniza perfeitamente com carnes brancas, peixes gordurosos e, claro, uma deliciosa sopa de cebolas.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Foto de abertura por chandlervid85 no Freepik

Qual o significado de “Reserva”, no rótulo?

Quase um senso comum, os produtores de vinho têm no seu leque de opções pelo menos três tipos de vinhos: um de “entrada”, geralmente jovem e pronto para beber, um segundo com elaboração mais cuidada e algum amadurecimento em madeira, e um topo de linha, geralmente denominado “Reserva”, um vinho bem mais sofisticado e caro que os anteriores.

Nas grandes regiões produtoras como Espanha, Itália ou Portugal, existem rígidas normas para que um vinho possa ostentar esta palavrinha no seu rótulo.

Curiosamente, não são iguais. Cada país adota um conjunto de regras.

As mais famosas são as espanholas, consideradas como muito rígidas. Serviram de base para muitas outros países produtores.

São três estágios, o Crianza, o Reserva e o Gran Reserva. Cada um deve cumprir um período mínimo de envelhecimento:

Crianza – 2 anos de amadurecimento total, sendo 6 meses, pelo menos, em madeira e o resto na garrafa;

Reserva – 1 ano em barricas de carvalho e 2 de repouso após o engarrafamento, totalizando três anos;

Gran Reserva – mínimo de 4 anos divididos em 2 anos na barrica e 2 na garrafa.

Outro país que leva muito a sério a definição de “Riserva” é a Itália. Cada região produtora pode ter seus critérios mínimos. Alguns exemplos:

Brunello di Montalcino Riserva – são 6 anos de amadurecimento antes de serem comercializados, sendo obrigatório 2 anos em barricas de carvalho e 4 meses em garrafa. Só elaboram em safra muito boas;

Barolo, Riserva – 5 anos de amadurecimento, com 1 ano e meio em carvalho. Igualmente, só em safras especiais;

Chianti Classico Riserva – 2 anos em carvalho e 3 meses na garrafa.

Em Portugal, a legislação acrescenta mais uma etapa além do amadurecimento prolongado: o vinho deve passar por um painel de degustadores. São eles quem vão decidir se pode ser rotulado como Reserva.

Para serem aceitos nesta prova, precisam ter um teor alcoólico maior que o mínimo previsto. Devem amadurecer cerca de 1 ano em madeira e algum tempo na garrafa. Reserva, neste país, é quase um sinônimo de “Vinho de Guarda”.

Países do Novo Mundo tendem a ser mais liberais com os “Reserva”. Alguns nunca regularam o termo e os poucos que têm alguma norma, preferem fazer vista grossa.

Na Argentina não existe uma lei, mas um “entendimento”. Devem ser elaborados com as uvas permitidas, observando um rendimento de 135Kg de matéria prima por 100l de vinho e amadurecimento por 1 ano em madeira.

O Chile também adota um “entendimento”, inspirado na norma portuguesa. Os Reserva devem ter um teor alcoólico ligeiramente mais alto e passar um período, não especificado, por barricas de madeira e estagiar na garrafa, antes de serem vendidos.

No Brasil a legislação ainda engatinha. Há uma instrução normativa do Ministério da Agricultura indicando que o vinho deve ter 11% de teor alcoólico, podendo ser “chapitalizado” (*) em até 1%. Amadurecimento de 12 meses para tintos e 6 meses para brancos. O uso de madeira é facultativo.

No Uruguai não existe nenhuma lei ou norma. O uso do termo Reserva fica a critério do produtor. É aceito que são vinhos de melhor qualidade.

Além deste, EUA, Austrália e Nova Zelândia não regulam o uso desta denominação, ficando a critério dos produtores.

Por último, vamos voltar ao Velho Mundo, para comentar sobre as regras francesas. Não existe um consenso sobre o uso do termo “Réserve”. Tudo vai depender de cada região produtora. De certa forma, elas têm autonomia para regular isto.

Um fato a ser observado é que vinhos “Réserve” são raríssimos, demonstrando que os franceses, embora não regulados, são criteriosos quanto ao emprego deste adjetivo.

Por outro lado, alguns oportunistas decidiram criar a categoria “Reservado”, que nada mais é que um vinho de entrada em roupa de festa. A ideia era criar confusão e vender “gato por lebre”.

Como não poderia ser de outra forma, nossos “legisladores” oficializaram esta denominação, criando uma norma nacional para esta aberração.

Não se deixem enganar.

Saúde, bons vinhos!

(*) Chaptalização é a prática de acrescentar uma quantidade de açúcar ao mosto a ser fermentado, para aumentar o teor alcoólico. Esta técnica é proibida na maioria dos países produtores e vinho.

Dica da Karina – Cave Nacional

Seis Mãos – Rose 2024

Seis Mãos é uma micro vinícola, que valoriza as Seis Mãos que fazem o vinho acontecer, o viticultor, o enólogo e o tanoeiro. Possui pequena produção, com uso de madeira brasileira. Criados pela enóloga Caroline Gonzatti, que reuniu conhecimentos de diversas experiências acumuladas ao longo de 15 anos, cada vinho é pensado com carinho e técnica, na busca constante da máxima: “Nas mãos o trabalho, no vinho a verdade”.

O Seis Mãos Rosé safra 2024 é um corte secreto com maceração pré-fermentativa em madeira de castanheira, prensagem e fermentação em tanque. Posterior maturação em barrica de Cabreúva por 7 meses.

Um vinho de coloração rosa salmão profundo. No nariz, especiarias como cravo e pimenta do reino, evoluindo para notas florais e frutadas. Em boca, lembra Copa, cravo e fruta de polpa branca. Tem elevada mineralidade, salinidade, acidez equilibrada e taninos delicados, com grande volume e final de boca.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

Recebendo com Queijos, vinhos e outras coisinhas

Com a chegada das temperaturas mais amenas, é hora de tirar aqueles vinhos esquecidos no fundo da adega e desfrutá-los na boa companhia de amigos e com petiscos deliciosos.

Uma das maneiras mais conhecidas para organizar um encontro, nestes moldes, é a famosa fórmula do “Queijos e Vinhos”. Nunca sai de moda.

Neste cenário, muita coisa vem mudando, para melhor, como a excepcional evolução dos queijos nacionais, agora produzidos com leite não pasteurizado. E não ficamos só nisso, nossos vinhos, espumantes e tranquilos, estão com qualidade superior, principalmente os de pequenos produtores. A nossa panificação, finalmente, deixou de produzir só aqueles pães tradicionais, partindo para sofisticações só vistas em outros países.

Tudo o que precisamos para montar uma mesa que vai deixar os amigos salivando é um pouco de planejamento e algumas dicas que estão, a seguir.

1 – Os queijos

Três tipos são fundamentais: queijos duros ou meio duros, queijos macios ou cremosos e os queijos de “mofo azul”. Existem diversas variantes de cada um destes tipos, por exemplo, Parmesão (duro), Camembert (macio) e Gorgonzola (azul).

Outro fator a considerar é o tipo de leite usado na produção. Podemos escolher entre gado bovino, bufalino, ovino ou caprino.

Para começar, a mesa deve ter, no mínimo, um de cada tipo. Podem ser de diferentes origens.

2 – Os pães, torradas ou biscoitos

Não há melhor veículo para saborear um queijo do que um pão ou torrada crocante. Ter um forninho elétrico ou a moderna “air fryer” vai garantir este quesito. Escolham pães de fermentação natural, integrais ou brancos, já devidamente fatiados em pedaços adequados. As torradas podem ser compradas prontas ou feitas em casa. Biscoitos sem sal, assim como a manteiga, sempre em temperatura ambiente (ponto de pomada).

3 – Os vinhos

Um velho chavão afirma: “Regras existem para serem quebradas, caso contrário a vida seria muito chata”. Logo, para que isto seja possível, precisamos das tais regras. Aqui estão elas:

– Vinhos Espumantes, como os brasileiros, ou Prosecco, Cava, Pét-Nat e Champagne, são perfeitos para acompanhar queijos macios como Brie, Camembert, Chèvre, Serra da Estrela, Azeitão ou similares;

– Vinhos brancos como Riesling, Alvarinho e Pinot Grigio são ótimas harmonizações para queijos como Minas frescal, Mozzarella, ricota ou requeijão. Podem, também, substituir o espumante no item anterior;

– Vinhos tintos são perfeitos para os queijos mais fortes, por exemplo, Emmental, Gruyère, Port Salut, Tilsist, Gouda, Provolone e outros.

O ideal é escolher um vinho de corpo médio: Chianti, Merlot, Cabernet Franc, Tempranillo, Garnacha, Malbec Francês.

Caso predominem queijos mais maduros, a indicação seria: Cabernet Sauvignon, Syrah ou Tannat.

– Vinhos doces e/ou fortificados são o par perfeito para a família dos “queijos azuis”: Porto, Madeira, Jerez, Colheita Tardia e Espumante Moscatel.

– Vinhos “coringa” são aqueles para ter sempre à mão: Sauvignon Blanc e Espumante Brut. Vão bem com uma grande gama de queijos. Perfeitos na hora da dúvida sobre o que servir.

4 – O que não pode faltar

Para ser um bom anfitrião, não bastam ótimos queijos e vinhos. Há mais coisas que devem estar na mesa, seja para limpar o paladar ou mesmo para a alegria da turma que não gosta de laticínios. Eis uma boa listinha:

Azeite extravirgem, em potinhos; azeitonas sem caroço ou recheadas; charcutaria fatiada bem fina; alguma geleia, podendo ser de pimenta; frutas frescas como uvas ou figos; frutos secos como nozes, amêndoas e avelãs; patês e pastinhas diversas; cenoura e pepino cortados em palitos.

Uma jarra de água é sempre bem-vinda.

Saúde, bons vinhos e quebrem as regras!

Dica da Karina – Cave Nacional

Canto dos Liivres – CENAIR MAICÁ Cabernet Sauvignon 2018

Um casal apaixonada pelas artes e pela Serra Gaúcha, Jacqueline e Sadi Andrighetto lideram esta linda produção de vinhos no Vale dos Vinhedos. O nome Canto dos Liivres é uma homenagem ao falecido cantor, compositor e amigo do casal Cenair Maicá e ao seu poema em forma de música que dá nome à vinícola.

Cenair Maicá também é homenageado nesse belo Cabernet Sauvignon safra 2018, com produção de apenas 2.000 garrafas.

Um vinho com amadurecimento 12 meses em barricas de carvalho francês. Visual límpido, boa intensidade e profundidade de cor. No nariz, apresenta intensa expressão aromática, com destaque para notas de frutas vermelhas pequenas, maduras e maceradas bem como especiarias. Em boca, um ataque suave que se prolonga em perfeito equilíbrio de sabores e um final de excelente persistência. O contato com o carvalho reforça os taninos macios e perfuma o paladar com baunilha e café.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Imagem de vecstock no Freepik

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