
Vinho Verde e o “life style” carioca é uma destas combinações que, no imaginário de muitos, é perfeita.
Mais uma vez fomos brindados com um excelente evento dedicado a esta importante região vinícola portuguesa. Os elegantes salões do Consulado de Portugal, em Botafogo, acrescentaram um belo toque a esta degustação.
Nesta edição, estavam presentes vinte produtores, muitos em busca de representação comercial no Brasil, além de nomes já consagrados em nosso mercado.
“Verde” é apenas um apelido, não se referindo à cor do vinho ou mesmo a uma das muitas lendas que existem, que afirma ser a vinificação feita a partir de uvas não maduras. Não é verdadeiro.
Esta Denominação de Origem (D.O.), estabelecida em 1908, que ocupa a região noroeste de Portugal, é uma das mais antigas áreas de produção do mundo.
O mapa, a seguir, mostra as diferentes sub-regiões e suas principais castas. As divisões são regidas por diferentes rios: Minho, Lima, Cávado, Ave, Souza e Tâmega, além do Douro. A região dos Vinhos Verdes praticamente envolve a famosa região dos Vinhos do Porto.

Cada sub-região tem características próprias, que traduzem, cada uma à sua maneira, os diferentes “terroirs”, as castas mais típicas e até mesmo o estilo do vinho, que pode passar do tradicional, levemente frisante e baixo teor alcoólico, até sofisticadas elaborações que podem incluir outras castas portuguesas.
Além dos vinhos, tintos, brancos e rosados, tranquilos ou espumantes, a D.O. inclui aguardentes bagaceiras e vínicas.
Nestes últimos 40 anos, muita coisa mudou com relação aos “Verdes”. As formas de cultivo foram aperfeiçoadas e o mesmo podendo ser dito com relação aos processos de vinificação. Existe, atualmente, uma distinta linha que separa aquele estilo mais tradicional, muitas vezes até rústico, de outro que busca se equivaler aos mais famosos vinhos do mundo, principalmente com as castas brancas, notadamente a Alvarinho e a Loureiro.
Como era impossível degustar todos os vinhos oferecidos, fizemos uma criteriosa seleção entre produtores que não conhecíamos e outros, clássicos.
O que provamos nos surpreendeu, principalmente entre os vinhos tintos. Estão atingindo um grau de sofisticação inesperada. Muito diferente dos simples tintos, da casta Vinhão, que manchavam a malga como sinal de qualidade.
Nossa escolha recaiu sobre: Quinta do Tamariz; Quinta da Aveleda; Quinta da Raza; Encosta do Grandinho, Vinhos Norte e Casa de Vila Pouca. Representavam as sub-regiões de Cávado, Souza, Ave e Basto.
Apresentamos, a seguir, alguns de nossos destaques:
– O completo “flight” da Tamariz, onde passeamos por “Pét-Nats”, Espumantes, Brancos, Rosados e Tintos;

– O interessante varietal de Avesso, da Quinta da Raza, representados pela Mostoflor e o corte de Loureiro e Alvarinho, elaborado pela Aveleda, trazido pela Interfood;

– Dois vinhos notáveis da Casa de Vila Pouca. Um corte de Alvarinho e Fernão Pires, desenvolvido para o paladar do brasileiro e um sofisticado tinto, com a casta Vinhão, que passa por madeira.

Relação de Expositores:
Quinta do Louridal – https://www.alvarinhopoema.com/
Quinta Pirâmides – Darumi – https://darumi.pt/quinta-das-piramides/
Quinta D’Amares – https://www.quintadamares.pt/
Quinta da Raza – https://quintadaraza.pt/
Quinta Casa das Hortas – https://www.casadashortas.pt/
Quinta da Aveleda – https://www.aveleda.com/pt/enoturismo/quinta-da-aveleda#
Encosta do Grandinho – https://www.facebook.com/p/Encosta-do-Grandinho-100076500511899/
Caves Campelo – https://www.facebook.com/campelowines/?locale=pt_BR
Casa Santos Lima – https://www.casasantoslima.com/
Casa de Vila Pouca – https://www.cvpwines.pt/#
Provam – https://www.facebook.com/ProvamAlvarinhoComAlma/?locale=pt_BR
Adega Ponte de Lima – https://www.adegapontelima.com/
Adega de Monção – https://adegademoncao.pt/
A&D Wines – https://andwines.pt/
3 Rostos – https://www.3rostos.pt/home
Vinhos Norte – http://eng.vinhosnorte.com/
Vercoope – https://vercoope.pt/
Vale Mercê – https://www.facebook.com/valemerce.pt/
Quinta São Gião – https://quintasaogiao.pt/
Quinta do Tamariz – https://www.facebook.com/quintadotamariz
Saúde e bons vinhos!
Dica da Karina – Cave Nacional

Uma das mais tradicionais casas de vinhos finas nacionais, a Pizzato, há muitos anos trabalha com perfeição um vinho branco de uma uva pouco explorada no Brasil, a Semillon.
Feito através de processo de leve maceração com fermentação em barris de carvalho e em tanques de aço inoxidável em baixas temperaturas. Por 12 meses, 40% do vinho matura em barris mistos de carvalho francês e acácia.
Este vinho safra 2023 possui cor amarelo palha com toques dourados. Em boca, frutas de caroço, melão, camomila, mel, frutas secas, traços de especiarias e baunilha. Um vinho fresco, seco, longo. Perfeito para harmonização com carnes brancas, pescados, mariscos, queijos curados suaves, saladas e vegetais temperados.
A Cave Nacional envia para todo o Brasil.
CRÉDITOS: Mapa obtido no site da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes