Categoria: O mundo dos vinhos (Page 34 of 72)

Prosecco Rosé e outras novidades

Chega o fim de ano e o tema espumantes pula para o primeiro lugar na lista de desejos e compras prioritárias, mesmo em tempos de pandemia. Seja para consumo ou presentear, as borbulhas numa taça são a perfeita representação dos nossos melhores sonhos e esperanças. Uma marca poderosa que exprime, verdadeiramente, aquele “tudo de bom para vocês”.

O nosso país é rico na produção de espumantes, já reconhecidos internacionalmente e muito apreciados nacionalmente. Champagne, por aqui, sempre foi mais um símbolo de status, principalmente por seu custo proibitivo. As boas Cavas nunca chegaram a ser sucesso ficando em um nicho quase exclusivo. Já o italianíssimo Prosecco caiu no gosto dos brasileiros, se tornando um dos espumantes mais populares e vendidos no comércio, onipresente em qualquer mercadinho.

Depois de uma dura batalha para obter a reserva da denominação Prosecco e da delimitação das áreas de produção, além da recuperação do nome original da casta, Glera, os produtores partiram para a inovação criando um corte com Pinot Nero (10% a 15%), obtendo um novo Prosecco com uma elegante cor rosada. Elaborado apenas nos estilos Brut Nature e Extra Dry.

Após muitas discussões, as autoridades italianas regulamentaram e permitiram a produção e exportação desta novidade em maio de 2020. O mercado foi rapidamente invadido por estes coloridos espumantes que já estão sendo imitados por nossos produtores e de outros países.

Uma boa pedida para os nosso quente verão. Muito refrescante e frutado é uma ótima alternativa para tornar nossas comemorações, presenciais ou virtuais, muito mais rosadas.

Há mais novidades neste segmento do mundo dos vinhos.

Enquanto o novo Prosecco Rosé é elaborado em duas opções, apenas, no resto do mundo as vinícolas estão ampliando as opções de estilos e de castas utilizadas. Isso acaba por confundir o consumidor que já estava habituado aos Brut e Demi-sec, de sempre.

Listamos e explicamos algumas dessas novas possibilidades:

Extra Brut – a taxa de açúcar residual é ainda menor que no Brut: de 0 a 6 gramas por litro. Muito seco;

Brut Nature – não recebe nenhuma adição de açúcar na sua elaboração, técnica empregada para estimular a segunda fermentação. A expressão Zero Dosage é similar, embora alguns críticos lembrem que sempre haverá açúcar residual, ou seja, nunca será zero;

Sur Lie – amadureceu sobre as borras de fermentação. Esta técnica permite que o vinho ganhe mais corpo e complexidade. Pode ser definido como um “espumante raiz”. Alguns produtores o engarrafam com estas borras e o consumidor decide quando vai consumir. Para apreciadores.

Safrado, Vintage ou Millesimé – vinificações muito especiais com safra declarada. A maioria dos espumantes não são safrados. Quando um produtor declara o ano da colheita pressupõe um produto de alta qualidade.

Blanc de Blancs e Blanc de Noirs – embora sejam classificações mais antigas, informando que o espumante foi elaborado só com uvas brancas ou só com uvas tintas, parece que se tornou um trend bem atual, principalmente o Blanc de Noirs. Castas como Tempranillo, Merlot, e Cabernet Franc, têm sido utilizadas na produção de vinhos brancos, espumantes e tranquilos, com enorme sucesso.

Saúde e bons espumantes!

Gelo no vinho pode?

Pode!

Obviamente, é uma exceção, uma correção momentânea e pontual. Mesmo assim, se algum enófilo purista estiver por perto, vai torcer o nariz e criticar.

Problemas no momento do serviço do vinho podem acontecer com qualquer um. Se a taça que lhe serviram parece mais quente do que o seu paladar pede, não hesite e coloque uma pedrinha de gelo na taça. Gire o vinho por 20 ou 30 segundos. Remova o cubo com uma colher e torne a provar. Se for necessário, repita. Use uma pedra retirada diretamente do congelador evitando as que já estão num balde.

O gelo vai alterar as principais características do vinho, seja ele branco, tinto, rosado, espumante ou generoso. Fica subentendido que não devemos fazer este procedimento com grandes vinhos, principalmente os que ficaram guardados por longos anos.

Regras existem para serem quebradas e tanto os produtores de vinhos como os criadores de acessórios para os enófilos estão sempre atentos, nos oferecendo boas alternativas para enfrentar o vinho que ficou muito quente num dia de verão.

Uma das tendências atuais é produzir vinhos para serem degustados com uma ou duas pedras de gelo nas taças. Espumantes e rosados se destacam neste segmento. A tradicionalíssima casa Moët & Chandon elabora o Ice Impérial, um champagne para ser bebido da forma mais informal possível.

Em 2015 escrevemos uma matéria sobre este produto: Vinhos “On the rocks”

Vinhos brancos, como os das castas Riesling e Sauvignon Blanc, aceitam um gelinho sem maiores problemas e até podem se beneficiar um pouco: não há nada pior que um branco muito aromático ser degustado quente…

Para os tintos, siga o conselho dado no início deste texto: gelo por pouco tempo, o suficiente para chegar na temperatura que seja do seu agrado.

Uma das opções, a seguir, podem simplificar a nossa vida.

Os que apreciam um bom Scotch estão familiarizados com o gelo metálico, um cubo de aço inox, mantido no congelador, que substitui o gelo tradicional, com a vantagem de não diluir nada. Vale para o vinho também.

Uma alternativa são “gelos” plásticos. Um recipiente inerte, muitas vezes com formatos inesperados, recheado com um líquido. Etileno glicol é o mais comum. Uma vez congelados podem manter sua bebida gelada por mais tempo, sem alterar suas características.

Outros caminhos que não envolvam cubos de gelo podem ser seguidos, tudo vai depender da ocasião e da vontade do anfitrião ou Sommelier, de dedicar algum tempo de preparação.

Um dos segredinhos é gelar as taças. Deixe-as na geladeira por algumas horas antes de usá-las. Podem ser embrulhadas em papel filme, evitando odores desagradáveis.

Uma variante deste truque é mergulhar a taça em um balde com água “estupidamente” gelada. Deixe em contato por alguns segundos, escorra rapidamente e use. Girar com uma pedra de gelo também funciona. Espere a taça ficar suada e descarte a pedrinha, passando para a próxima taça.

A turma dos cervejeiros, para quem baixas temperaturas são mandatórias, dispõem de um arsenal de recursos para deixar suas latinhas ou long necks no ponto, num piscar de olhos.

Quase todos eles podem ser adaptados para gelar, rapidamente, uma garrafa de vinho. O banho em uma salmoura gelada é um deles. O nosso preferido é envolver a garrafa num pano umedecido e colocar tudo num freezer por 10 a 15 minutos. Não se esqueçam de proteger os rótulos, seja com filme plástico ou com um saco tipo Zip Lock.

Mais um mito cai por terra.

Saúde e bons vinhos!

Créditos: Foto de Vincent Rivaud no Pexels

A classificação “Vin Méthode Nature”

Quando a geração do milênio menciona “vinho” quase sempre estão se referindo aos vinhos “naturais”, sejam eles orgânicos, biodinâmicos, veganos e mais algumas denominações.

Há uma certa desordem neste crescente e importante segmento. Alguns destes nomes se misturam não havendo definições bem claras sobre o que é um e o que é o outro. Uma das críticas que fazemos é quanto ao emprego do termo “natural”, sugerindo que os demais vinhos seriam, ao pé da letra, “artificiais”.

Uma organização francesa, Le Syndicat de défense des vins naturels, fundado em 2019, tem por objetivo proteger este tipo de vinho e seus produtores perante as instituições públicas e outras organizações do setor. Introduziu a classificação, “Vin méthode Nature” e seu selo, para ser usado nos rótulos. Pretende, também, estimular o diálogo entre uma comunidade de produtores, consumidores e profissionais do vinho.

As regras de inclusão são as seguintes:

1 – O vinho deve ser elaborado com 100% de uvas, de qualquer origem, desde que cultivadas em sistema de agricultura biológica e certificada;

2 – Colheita manual;

3 – Fermentação por leveduras indígenas;

4 – Vedado o uso de qualquer aditivo;

5 – Não é permitida nenhuma modificação no padrão das uvas;

6 – Não devem ser empregadas técnicas brutais ou traumatizantes, como osmose reversa, filtragens, termo vinificação etc.;

7 – Controle rigoroso no uso de Sulfitos – há um limite de 30mg/l, o que implica numa classificação própria.

Além destas regras de produção, há um extenso capítulo sobre a rotulagem e apresentação de fichas técnicas, solicitando extrema clareza no que for declarado.

Dois selos estão disponíveis, conforme a ilustração que abre esta matéria: vinhos sem Sulfitos e vinhos com 30mg/l máximo.

Produtores de qualquer país podem se associar e pedir a classificação de seus produtos. A adesão tem sido ótima, conforme o mapa a seguir:

Os produtores das Américas, Austrália e Nova Zelândia ainda não adotaram esta classificação. A maioria são produtores europeus e alguns na Ásia. As cores mostram quem é produtor de uvas, vinhateiros, negociants e quais as regiões francesas que dão origem a estes vinhos. Mais informações neste link, em francês:

Vin méthode Nature

Gostaríamos de ressaltar que esta é mais uma classificação. Ela se soma a muitas outras que já existem, não substituindo nenhuma delas. Por exemplo, podemos ter um Grand Cru Classé de Bordeaux com um destes selos, sem problemas.

Outro ponto que deve ser notado e respeitado é o emprego da palavra “nature” em vez de “naturel”. Significa natureza, em tradução direta. Vin méthode Nature pode ser traduzido como vinho do método da natureza. Nada mais correto pois traz a nítida sensação que os produtores buscam as formas mais primitivas e originais de cultivo e produção, com os devidos corolários de vidas mais simples, menos estressantes e ricas de conhecimento.

Há um longo caminho a ser percorrido. Nem pensem em comparar, de forma direta, estes vinhos com os clássicos que estamos habituados – seria o mesmo que a tradicional comparação de bananas com laranjas.

Vinhos ditos “Nature” são uma categoria “per se”. Dentro dela existirão bons e maus vinhos. Não há como fugir disso. Para os consumidores antenados com esta modalidade é mais uma garantia de que estão consumindo um vinho de qualidade.

Parodiando o Jogo do Bicho, no rótulo deveria constar o seguinte jargão:

“Vale o que está escrito”!

Saúde e bons vinhos!

Gin, Vinho e Saquê têm um ponto em comum

Imagem por Freepik

Gin é uma infusão obtida a partir de um destilado de cereais com uma série de especiarias e aromáticos botânicos. O Zimbro é obrigatório. A partir desse ponto, cada produtor tem a sua receita que pode incluir pimentas, cascas de árvores ou de frutas cítricas, coentro em sementes e muitos outros.

Virou a bebida do momento entre a nova geração. Há quem o consuma puro, mas o grande charme do Gin é ser a base para uma série de coquetéis, alguns lendários, como o Dry Martini e o Negroni.

A razão do sucesso destes drinks é um parceiro do Gin que muitos mixologistas consideram como ideal: um vinho!

Surpreendente?

Mas não é uma vinificação qualquer: fermenta-se um vinho base com o qual será feita uma infusão com ervas aromáticas, raízes, flores e outros temperos e fortificado, posteriormente.

Vinhos assim preparados eram usados como medicamento na antiguidade. Um dos mais populares usava wermut (absinto em alemão) em sua fórmula, indicado para tratar distúrbios estomacais.

Vem daí a bebida que hoje chamamos de Vermute, o parceiro perfeito para os coquetéis feitos com Gin.

Dois estilos de Vermutes se destacam: o branco e seco, de origem francesa e o tinto e mais adocicado de origem italiana. Quem nunca ouviu falar nas marcas Noilly Prat, Martini & Rossi, Punt e Mess, Lillet e Carpano?

Os vermutes deixaram de ser medicamentos lá pelo século XVIII, mas só vão encontrar seu lugar definitivo nas prateleiras dos bares no começo do século XIX, quando surgem as primeiras misturas de vermute com pouco de sumo cítrico e gotas de um ingrediente amargo, popularmente conhecido como “bitters”.

O tradicional Martini (gin + vermute branco seco) foi misturado pela 1ª vez em 1880. O Negroni (gin, vermute tinto e Campari) foi criado no Café Cassoni, em Florença em 1919 a pedido do Conde Camillo Negroni.

Hoje existem diversas versões deste vinho tão especial, quebrando a regra do branco seco e tinto adocicado. Existem versões rosadas e até mesmo uma chamada “Golden”. Nenhuma ficou tão popular quantos os originais.

Além de França e Itália, podemos citar Espanha e Portugal como grandes produtores. É um aperitivo muito popular.

As principais uvas na produção do vinho base, que terá um baixo teor alcoólico, são Clairette blanche, Piquepoul, Bianchetta Trevigiana, Catarratto e Trebbiano. As ervas e especiarias mais comum são canela, cravo, cardamomo, manjerona, camomila e junípero. Cada produtor tem sua receita. O absinto foi proibido durante muitos anos e ninguém o usa mais nos vermutes.

Depois de pronto o vinho ele pode ser amadurecido em madeira por um período antes de receber as ervas e especiarias. O teor de álcool é elevado com a adição de aguardente neutra de uvas até atingir os 16% a 18% em volume.

Recentemente um novo player entrou neste restrito mercado com uma novidade, não tão nova assim se formos olhar a história. Um produtor do Japão lançou um Vermute obtido a partir de um Saquê, que é um vinho de arroz, tecnicamente.

Chama-se Oka Kura Bermutto

Esta versão oriental do vermute é obtida a partir de um Saquê Junmai que é fortificado com um Sochu (destilado de arroz) e infusionado com uma série de ervas e especiarias tipicamente japonesas como yuzu, kabosu, sanshō e yomogi.

Embora seja um produto único e atual, a ideia de fazer infusões alcoólicas é muito antiga nas culturas orientais. Há registros de consumo de vinhos aromatizados desde a dinastia chinesa Shang (1250AC – 1000AC). A contrapartida ocidental só vai registrar algo semelhante na Grécia, em 400AC.

O Oka Kura é um vermute seco com uma coloração palha escuro. No paladar há uma marcante presença cítrica que lembra toranja.

O grande charme deste diferente vermute é poderemos saborear um Dry Martini de cor escura ou um Negroni de cor clara e muitas outras misturas. O limite estará na imaginação de cada Bartender.

Gin, Vinho e Saquê: Vermute é o ponto em comum ou não?

Saúde e bons drinques!

Dicas para ser um bom degustador

Saber degustar um vinho corretamente é muito importante para o grupo de especialistas, críticos e jornalistas que estão sempre escrevendo sobre este apaixonante tema. Duas atividades dependem desta habilidade de degustar e analisar um vinho: o Sommelier ou Escanção e os Enólogos.

Curiosamente enquanto um Sommelier vai em busca das qualidades de um vinho, para indicá-lo aos seus clientes, um Enólogo está mais preocupado em encontrar os defeitos, para corrigi-los na próxima vinificação.

Já os meros mortais e pobres Enófilos tentamos nos valer destas respeitadas opiniões e, com base nelas, achar aquele vinho que vai nos satisfazer.

Algumas vezes não funciona assim. São muitas variáveis envolvidas e controlar todas elas nem sempre é prático no momento que vamos compartilhar e analisar uma boa garrafa com amigos e confrades, como numa degustação mais técnica

Uma das mais importantes variáveis é definida, em inglês, pela palavra “mood” ou estado de espírito, um conjunto de aspectos que vão desde o ambiente onde será feita a degustação, o humor de cada convidado e até mesmo o objetivo do encontro.

Imaginem, por exemplo, a logística necessária e o “mood” de cada juiz do concurso da Decanter, mencionado na matéria anterior a esta.

Numa rápida pincelada, foi realizada num conjunto de prédios no centro de Londres, com os julgadores espalhados por 3 andares. Não era uma degustação qualquer. Cada juiz tinha tarefas bem definidas e objetivos a serem cumpridos para que, ao final, um ranking fosse estabelecido e publicado.

Detalhe que pode passar despercebido: a degustação era às cegas o que significa taças numeradas, garrafas ocultas dentro de embalagens opacas, inúmeras fichas de degustação a serem classificadas e pessoal treinado para distribuir, recolher, lavar, servir e que mais fosse necessário, seguindo rígidos protocolos sanitários – estavam no meio de uma pandemia…

Avaliem o “stress” desta turma!

Nada disto é necessário numa degustação em que se busca alguma satisfação, exceto os controles sanitários, ainda estamos “pandêmicos”.

Mas uma boa iluminação, toalhas ou jogos americanos de cor branca, boa ventilação e temperatura adequada são básicos. A temperatura de serviço dos vinhos a serem degustados também merece alguma atenção: nada de “estupidamente gelados” e nem “temperatura ambiente” num dia de 40º à sombra.

Se optarem por fazer degustação técnica preenchendo fichas, não se esqueçam de distribuir todo o material necessário.

Muitas vezes não nos damos conta, mas cheiros estranhos vindos da cozinha ou de banheiros, de cômodos recém-pintados e coisas semelhantes interferem diretamente na análise olfativa. Até mesmo aquela loção pós barba ou o perfume do grupo feminino devem ser evitados.

No capítulo dos cheiros estranhos, é bastante comum encontrarmos aromas nada agradáveis logo ao sacar a rolha. Vinhos que estão adegados há algum tempo ou que receberam uma dose maior de SO2 apresentam esta característica. Deixe-os de lado por um tempo, agite um pouco a taça ou coloque num decantador para servir mais tarde.

Se o cheiro ruim não passar podemos ter problemas de contaminação da rolha ou mesmo na elaboração por interferência de leveduras não desejáveis. Geralmente se descarta este tipo de vinho, não sendo usado nem para cozinhar. Se quiser ousar, tente experimentá-lo depois de 24 ou 48 horas e só então decida o que fazer.

Usem este mesmo tipo de procedimento se o vinho estiver sem nenhum aroma logo ao ser servido: um pouco de agitação na taça e tempo. Neste caso, diz-se que o vinho esta “fechado”. Ao surgirem os esperados aromas é o sinal que ele “abriu”.

Taças são outro ponto importante. Vale à pena investir em um bom material. Não precisa ser o melhor do mercado. Cristal ou meio cristal é aceitável. Bordas finas, transparência perfeita sem ondulações e uma haste firme que não cause apreensão em que vai segurá-la.

Há uma discussão sobre como proceder ao trocar de vinho: lava-se a taça com um pouco de água ou com um pouco do novo vinho?

Está técnica se chama avinhar a taça: nada melhor para lavar um vinho do que outro vinho. A turma profissional simplesmente descarta o que está na taça e o próximo vinho é servido em seguida. Só avinham, com um novo vinho, se estiverem mudando de branco para tinto por exemplo.

Uma última recomendação: tudo foi feito como manda este ou outro figurino e os vinhos não corresponderam. É frustrante pagar algum dinheiro por um rótulo super premiado e na hora “H” é um fiasco.

Isso é mais comum do que se imagina. Há uma daquelas leis não escritas que afirma “eu vou detestar o vinho que você vai gostar”. Vinhos perfeitos não existem. Releiam o início desta matéria: Enólogos buscam defeitos quando degustam um vinho…

Cada enófilo tem o seu estilo de vinho que vai lhe marcar. Muitas vezes não se dá conta disto até passar por uma situação como a descrita. Neste momento cai a ficha e percebemos que preferimos um Syrah ao Cabernet ou vinho italiano em vez de um francês.

Esta é a graça de uma degustação. Experimentem, aprendam e se divirtam.

Saúde e bons vinhos.

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