Categoria: O mundo dos vinhos (Page 70 of 82)

Espumantes Brut Nature ou Zero Dosage

Já está na hora de pensar na compra dos espumantes para as festas de fim de ano. Quanto mais cedo decidirmos, melhor, evitando atrasos na entrega e aborrecimentos de última hora, além de conseguir bons preços sejam diretamente nas lojas especializadas ou nos sites de comércio eletrônico.

Um dos modismos vigentes neste segmento é a predileção pelos espumantes rotulados como Brut Nature ou Zero Dosage, mais secos que os Brut tradicionais.

O que vem a ser, exatamente, estes novos termos?

A produção de vinhos espumantes é um pouco mais elaborada que a dos vinhos tranquilos. Há a necessidade de promover uma segunda fermentação, na garrafa (método tradicional), para que surjam as famosas bolhas (perlage) que fazem a alegria de todos.

Quando estamos falando de vinhos, fermentar significa converter o açúcar natural do mosto obtido das uvas, em álcool. Para a produção específica dos espumantes, haverá uma segunda fermentação, que é induzida através da adição de um pouco mais de leveduras e de uma solução do próprio vinho e uma determinada quantidade de açúcar. Esta mistura é chamada de Licor de Tiragem.

Ao final desta segunda fermentação, é feita a remoção dos resíduos e acrescentada uma nova solução, o Licor de Expedição, para corrigir ou adoçar o espumante.

A chave para compreender as diferenças entre os tipos de espumantes está na quantidade de açúcar que sobra ao final de todo este processo.

Teoricamente, os espumantes Nature ou Zero Dosage, não deveriam ter nenhum açúcar residual e nem receberem o Licor de Expedição. Normas adotadas pela maioria dos países produtores admitem até 3g/l de açúcar final.

Apresentamos, a seguir, uma escala com os principais tipos de espumantes:

Brut Nature – de 0 a 3 g/l de açúcar residual (ou Zero Dosage ou Pas Dosé)

Extra Brut – até 6 g/l

Brut – até 12 g/l

Extra Dry – de 12 a 17 g/l

Dry – de 17 a 32 g/l

Demi-Sec – de 32 a 50 g/l

Doux (doce) – acima de 50 g/l

Para efeitos comparativos, uma colher de açúcar tem entre 20 e 30 gramas.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: um espumante “Zero”.

Adolfo Lona Brut Nature

Adolfo Lona, especialista na produção de espumantes sem licor de expedição, nos traz esse vinho de aromas refinados, com toques de pão torrado e mel. Este Nature nacional destaca-se pela complexidade, leveza e harmonia.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Domaine, Château e um comentário importante

Recebi na semana passada este comentário:

“Belo artigo. Uma correção importante, o Romanée Conti não é um Clos, ele só tem dois lados com muros, um Clos precisa ser inteiramente fechado. Os monges faziam os clos, para parcelas que sofriam com a exposição ao vento: Clos de Lambrays, Clos de La Roche, Clos de Vougeot etc… Também mostram somente a história dos Cistercienses por questões de interesses da Côté d’or, porque nas Haute Côtes de Nuits, antes deles, em 1050, os monges de Saint Denis já dominavam tudo isso, abraço”.

O autor deste texto, Jean Claude Cara é um franco-brasileiro consultor em vinhos e chef de cozinha que abriu mão do seu bistrot no Brasil para se dedicar à sua paixão “in loco”! Amante das velhas safras e da tradicional cozinha francesa, Jean-Claude está sempre pronto a nos ensinar as delícias do mundo mágico do paladar, seja entre panelas ou entre videiras!

Com este esclarecimento, aprendemos mais alguns fatos importantes e reconheço que fui traído pela foto dos muros do Romanée-Conti. Para deixar tudo certinho, uma foto do Clos de Vougeot.

Não deixem de prestigiar o site de Jean Claude e, quem sabe, um dia visitar a Borgonha com ele.

http://www.brasilbourgogne.fr

O tema desta semana é uma sequência ao que foi escrito na coluna anterior. Vamos mostrar a diferença entre a palavra Domaine, utilizada na Borgonha para identificar alguns de seus vinhos, e o vocábulo Château, empregado em Bordeaux, com o mesmo propósito.

Como de hábito, esta não é uma regra ampla, geral e irrestrita. Existem vinhos famosos em ambas regiões que não usam nenhum destes termos em seus rótulos, sendo a reciproca verdadeira: existem Châteax e Domaines fora das regiões que os consagraram.

Começamos pela Borgonha, onde Domaine identifica uma propriedade vinícola, quase sempre de gestão familiar. Isto remonta ao século XVIII, onde o poder da Igreja era enorme, e dona dos melhores vinhedos. Após a revolução francesa (1789), e a aplicação das Leis Napoleônicas, estes vinhedos foram retalhados e distribuídos entre famílias burguesas. Muitas vezes eram tão pequenos (1ha) que não havia alternativa a não ser vender suas uvas para que outra pessoa produzisse um vinho. Surge a figura do Negociant, que nada mais é que um produtor de vinhos que, quase sempre, não tem ou não cuida de vinhedos.

Há uma relação direta com os Crus: os Domaines, originalmente, eram pequenos vinhedos, aproveitando as múltiplas características de diferentes terroir. Com o passar dos anos, através de compras e fusões, as pequenas parcelas foram se somando e grandes propriedades se tornaram mais comuns naquela região. Hoje, basicamente, se o rótulo se apresenta como um Domaine, significa que o vinho é elaborado em vinícola própria, ao contrário dos vinhos dos negociantes. Neste caso, pode aparecer uma indicação como “Mis en bouteille par…”.

Em Bordeaux, o uso do vocábulo Château (castelo) tem um significado bem mais amplo: é a propriedade que produz uvas e vinhos, mesmo que não haja nenhum “castelo” nela. Começou a ser usada no século XIX e hoje é uma marca protegida por lei.

Uma das explicações aceitas pelos produtores, decorre da famosa classificação de 1855, que era diretamente relacionada com a qualidade e o preço dos vinhos. Existiria, então, uma hierarquia dos vinhos, aqueles dos vinhedos comuns e os produzidos a partir dos “Crus bordaleses”, que passaram a ser chamados de “Vins du Château”.

Teria sido o Château Margaux o primeiro produtor a usar este título em seu rótulo.

Château é uma denominação tão importante no mundo dos vinhos que foi copiada por produtores de todos os cantos. Há questões jurídicas envolvidas, mas é fácil encontrar châteaux não franceses. O mais conhecido deles, o norte americano ‘Chateau Montelena’, foi o ganhador do Julgamento de Paris. O resto é história.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: um Château da região do Languedoc.

Rendez-Vous

Produzido pela tradicional vinícola de propriedade familiar, Château Viranel, que há quase cinco séculos passa de geração para geração a excelência e qualidade na produção de vinhos, possui uma coloração vermelho ruby, aromas de frutas vermelhas, cereja e algumas notas de especiarias. No paladar exibe frescor mineral e muita fruta vermelha. É agradável, saboroso, prazeroso…

Harmonizaç ão: Aves, Carne de porco, Massas, Queijos. Muito versátil.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

“Cru” e “Clos”

Dois termos, de origem francesa, que são importantes para quem aprecia e estuda vinhos. Mas o significado pode ser elusivo se não conhecermos um pouco da história que envolve as origens da nossa bebida predileta.

Para complicar as coisas, os dicionários e tradutores on line acabam se enrolando e apresentado um falso resultado ainda que ligado ao mundo da enologia.

O “Cru” que nos interessa é o particípio passado do verbo “croitre”, corretamente traduzido como “crescer”, para o nosso idioma. Cru pode ser traduzido como crescido.

A conexão com os vinhos começa com a fundação da Ordem Cisterciense, por volta de 1098. Coube a esta ordem religiosa cultivar os primeiros vinhedos plantados na Borgonha. Trabalhavam incessantemente de sol a sol, seguindo o lema ‘Ora et labora’. Além de cuidar de suas vinhas, com todo o zelo possível, passaram a estuda-las minuciosamente, descobrindo que algumas parcelas produziam frutos de melhor qualidade, safra após safra, para a elaboração do vinho.

Estas parcelas de terra acabaram, por extensão, sendo chamadas de ‘cru’, numa alusão ao que crescia ali. Com o tempo, começaram a mapear estes vinhedos segundo a qualidade de sua produção, dividindo-os em Grand Cru e Premier Cru. Os mais importantes acabaram sendo murados, surgindo o conceito de “clos” ou “fechado” em bom português. Um dos mais famosos é o Romanèe-Conti (foto).

O conceito de ‘Cru’ expandiu da Borgonha para diversas regiões, chegando na famosa Bordeaux, quando uma importante modificação foi introduzida, por lá:

Somente os vinhedos eram classificados. Isto mudaria a partir de 1855 quando foram definidas as cinco categorias bordalesas, Premier Cru até Cinquième Cru, classificando os Châteaux (produtores) e não somente os vinhedos.

Esta classificação, embora perdure até hoje, foi muito política na época. Napoleão III queria fazer bonito na Exposição Universal de Paris, daquele ano. Exigiu que os vinhos expostos fossem classificados. Os negociantes produziram a famosa lista de 58 produtores, distribuídos em 5 classes (crus) de acordo com sua reputação e preço de venda, o que era diretamente relacionado com a qualidade, naquele período.

Nem todas as regiões bordalesas foram contempladas, apenas o Medoc e um produtor de Graves. Os vinhos brancos receberam uma classificação mais simplificada, abrangendo somente os famosos vinhos doces de Sauternes e Barsac.

Muito se discute se esta classificação ainda corresponde à realidade.

Provavelmente, não, com algumas exceções honrosas. Outras regiões, como Saint Emilion, criaram suas classificações análogas.

Em todas elas, o termo Cru, permanece.

Saúde e bons vinhos!


Vinho da Semana:
um bordalês de boa qualidade.

Château Malblat

Cor rubi escuro e brilhante. Aromas de frutas vermelhas, baunilha e especiarias como canela. Em boca se apresenta amplo, macio, equilibrado, elegante e final persistente.

Harmonização: Pernil de Cordeiro, Vitela frita com cogumelos, Perdiz, Rins cozidos, Pato ao molho pardo, Parmesão, Paleta assada e Pato assado na manteiga com louro.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

EVENTOS

A Casa Rio Verde/VinhoSite recebe nos dias 31/julho e 01/agosto (segunda e terças-feiras) a visita do enólogo Adolfo Lona, da Vinhos e Espumantes Adolfo Lona, para lançamento de um novo espumante com a assinatura de Lona: o Orus Nature Silvia 1972, uma homenagem à sua esposa Silvia.

Este lançamento é cercado de grande expectativa. Trata-se de uma edição especial da linha Orus Pas Dosé, um Nature Rosé Clair produzido com as uvas tintas Merlot e Pinot Noir e maturado por 30 meses pelo método Tradicional em cave climatizada.

DEGUSTAÇÃO ADOLFO LONA

Data – 31/julho e 1º/agosto (segunda e terça-feira) – 19h30

Local: loja Casa Rio Verde – Marília de Dirceu – 104 – Lourdes – Belo Horizonte.

Espumantes que serão degustados:

• Adolfo Lona Charmat Brut

• Adolfo Lona Charmat Brut Rosé

• Adolfo Lona Brut Tradicional

• Adolfo Lona Nature Tradicional

• Adolfo Lona Demi Sec Aromático

• Adolfo Lona Orus Dona Silvia 1972

Investimento – R$ 60 para não sócios e R$ 42 para sócios do VinhoClube.

Convites nas lojas da Rio Verde ou pelo https://www.vinhosite.com.br/vinhos/cursos

Vinhos e seus Benefícios a Saúde I

Muito se discute sobre o poder de alguns compostos do vinho, entre eles o Resveratrol, de contribuírem significativamente para melhorar a saúde dos apreciadores desta bebida.

A famosa dieta Mediterrânea, seja na versão italiana, francesa ou espanhola, é usada como testemunho da saúde de ferro e longevidade daqueles que consomem, regularmente, a sua taça de vinho acompanhando as equilibradas refeições.

A autora neozelandesa, Jen Miller, publicou uma extensa lista com informações sobre este tema no seu blog:

https://www.jenreviews.com/wine/

Vamos apresentar um resumo, traduzido e adaptado, dos benefícios citados.

1 – O consumo regular de vinho tinto aumentaria o tempo de vida

Isto se baseia no efeito do antioxidante Resveratrol, que combate os radicais livres protegendo as nossas células e órgãos.

Um estudo feito pela Escola de Medicina da Universidade de Harvard, concluiu que a Sirtuína, uma proteína encontrada nos mamíferos, seria a chave para a longevidade. O Resveratrol funciona como um estimulante para esta proteína.

Mas há controvérsias…

2 – Vinho protege o coração

Doenças cardiovasculares são uma das maiores preocupações da nossa vida. Apesar de toneladas de informações sobre este problema de saúde, muitas pessoas não se preocupam e acabam sofrendo as consequências que ninguém deseja.

Um estudo endossado pela famosa Clínica Mayo confirma a tese que o consumo de polifenóis diminui consideravelmente os riscos de problemas cardiovasculares. O vinho tinto é particularmente rico em flavonoides, sendo o Resveratrol o mais importante, que são ótimos antioxidantes, diminuindo o Colesterol ruim (LDL) e aumentando o HDL ou bom Colesterol.

O consumo regular de 1 a 2 taças de vinho é a chave para diminuir risco de problemas cardíacos.

3 – Diabetes tipo 2 e o vinho

Tipo 2 é conhecida como Diabetes Mellitus, e a recomendação para os que são acometidos desta desordem metabólica é evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Entretanto, pesquisas recentes perceberam que o consumo regular e controlado, de vinho, ajudaria na diminuição dos níveis de açúcar no sangue, em até 24 horas.

As recomendações são:

– Medir a glicemia antes, durante e depois da ingestão;

– Jamais consumir bebidas alcoólicas com o estômago vazio;

– Consumo muito moderado.

Estas diretrizes são da American Diabetes Association.

4 – Antioxidantes do vinho combatem o Câncer

Tintos tem uma coleção destes antioxidantes, cujos efeitos estão próximos de um ‘elixir da vida’: resveratrol; quercetina; catequina; ácido gálico.

Na dose correta são capazes de destruir alguns tipos de células cancerosas, proteger os tecidos sadios, além de melhorar as condições para os clássicos tratamentos de radioterapia e quimioterapia.

Como se isto não bastasse, os compostos encontrados no vinho tinto inibem a aromatase, reduzindo as chances do câncer de mama ou do cólon.

Para os homens, consumo de regular de tintos diminui o risco de câncer prostático.

5 – Preventivo do Mal de Alzheimer

Certamente o atual mal do século. Não há quem não tema “ser pego pelo alemão”…

A demência, que é uma degeneração crônica das funções cerebrais, surge gradualmente com a idade e é um dos caminhos conhecidos para o Alzheimer. O consumo regular de vinho pode diminuir as chances de se desenvolver esta doença.

Tudo está ligado a boa irrigação vascular do cérebro. O Resveratrol é conhecido por manter os vasos sanguíneos em bom funcionamento, garantindo um fluxo constante de oxigênio e glicose para a nossa cabeça.

Um bom efeito colateral é melhorar a nossa memória.

6 – Nada de depressão e ansiedade

Este é um interessante estudo desenvolvido por uma organização espanhola, a PREDIMED – Prevencion com Dieta Mediterrânea, que pesquisou um universo de 5500 voluntários.

Os resultados devem ser interpretados com muita atenção e cautela, pois existe um limite muito bem definido quando se fala em depressão.

Perceberam que as pessoas que consumiam até 7 taças de vinho, por semana, eram menos propensas a estados depressivos do que aquelas que não consumiam nenhuma bebida alcoólica.

Por outro lado, as pessoas que ultrapassam este limite estão mais sujeitas a ficar prostradas e deprimidas.

Todo o cuidado é pouco então.

Semana que vem, mais alguns tópicos sobre vinho e saúde.

Até lá!

Fontes:

Vinho da Semana: o melhor seria dizer vinhos da semana. O parceiro desta coluna, a Vinhosite/Vinhoclube, tem montado kits de vinhos para os mais variados gostos e bolsos.

Trio de Vinhos Bons e Baratos – $$

– Tinto Português Barão de Figueira Reserva 2013

– Tinto Espanhol Alcanta Roble 2015

– Vinho Tinto Espanhol Abadia Del Roble 2015

Imperdível.

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Eventos da Casa Rio Verde

Retificações Necessárias

Quem tem amigos não morre pagão. No ditado original troca-se amigos por padrinho, mas não muda o sentido: não se vive sozinho neste mundo (do vinho).

Eternos parceiros e amigos desta coluna, entre eles Mauricio Gouveia (*), de Mirandela, Portugal e Maria José Machado (**), de Mendoza, Argentina, foram muito elegantes em me avisar que eu teria sido, no mínimo, injusto com a limitada lista de vinhos Reserva.

Mauricio enviou um link para O Instituto dos Vinhos do Porto e Douro, onde está publicada a “Portaria nº 924/2004 de 26 de julho de 2004”. Reproduzo, a seguir, um parágrafo que nos interessa.

“l) «Reserva» – menção reservada para vinho de mesa com indicação geográfica e VQPRD, acondicionado em garrafa de vidro, associada ao ano de colheita, que apresente características organolépticas destacadas, um título alcoométrico volúmico adquirido superior, pelo menos, em 0,5% vol. ao limite mínimo legalmente fixado, devendo constar de uma conta corrente específica;”

(VQPRD significa ‘vinho de qualidade produzido em região determinada)

Interessante notar que esta denominação de Reserva vale, apenas, para os vinhos da região do Douro. Até o momento, as demais regiões produtoras de Portugal ainda carecem de uma regulamentação como esta.

Uma dica passada por María José me fez pesquisar e descobrir que, desde 2008, o Instituto Nacional de Vinicultura (INV) adota uma norma para as designações que devem constar os rótulos argentinos. Foi nitidamente calcada na regulamentação espanhola, que é muito boa.

Eis a classificação argentina:

Reserva’ solo podrá emplearse en etiquetas de vinos elaboradas a partir de uvas fijadas por el organismo o el corte de ellas, exigiéndose una relación de 135kg en 100 litros de vino. Además, establece una crianza durante un periodo de doce meses hasta que el vino esté enológicamente estable, y de seis meses para los blancos y rosados.

‘Gran Reserva’ la crianza debe ser de al menos dos años y de 140kg de uva cada 100 litros de vino, además de contemplar las indicaciones sobre las variedades permitidas.

Muito interessante e bem elaborada, garantindo que o consumidor final vai receber um produto de melhor qualidade. A inclusão de rendimentos mínimos e a qualificação das uvas que podem ser empregadas demonstra toda a preocupação em obter um vinho acima da média.

O Chile, outro grande produtor do Novo Mundo, ainda não tem uma legislação como esta. Entretanto, a “Ley 18.455, artículo 8° del decreto 464” que regula a produção de vinhos naquele país, afirma:

Reserva: Mención reservada para vinos que tienen una graduación alcohólica de al menos 0,5 grado superior al mínimo legal, constituyendo un producto de características organolépticas distintivas y propias, que podrá ser objeto de tratamientos con madera.

Reserva Especial: Mención reservada para vinos que tienen una graduación alcohólica de al menos 0,5 grado superior al mínimo legal, constituyendo un producto de características organolépticas distintivas y propias, que ha sido objeto de tratamientos con madera.

Gran Reserva: Mención reservada para vinos que tienen una graduación alcohólica de al menos 1 grado superior al mínimo legal, constituyendo un producto de características organolépticas distintivas y propias, que ha sido objeto de tratamientos con madera.”

Pode-se observar facilmente que esta norma está mais preocupada com o teor alcoólico do vinho. Os vinhos Reserva podem ter tratamento em madeira, sem que seja especificado o tipo, tamanho da barrica, etc. (pode não ter também…)

No Uruguai, não existe norma ou fiscalização que determine o que consta dos rótulos. Cada vinícola usa suas próprias regras. Pena.

Mais uma retificação, agora do Velho Mundo. Os vinhos da Áustria têm uma regulamentação para seus Reserva. Adotam, basicamente, as definições de qualidade dos vinhos alemães, dividindo-os em vinhos de mesa, vinhos de qualidade e vinhos de qualidade com predicados.

Para colocar a palavra Reserva no rótulo basta ser um ‘vinho de qualidade’ e apresentar um teor alcoólico superior a 13% em volume.

Se estendermos esta pesquisa, com certeza vamos encontrar outras explicações regionalizadas para o uso da denominação Reserva. Gostaria de chamar a atenção para o seguinte fato: ‘Reservado’ não apareceu em lugar nenhum.

Este colunista humildemente se curva ante a sabedoria dos amigos e agradece as preciosas informações enviadas.

Na próxima semana, mais alguns mitos, sugeridos por outro amigo e parceiro desta coluna.

Saúde e bons vinhos, Reserva!

Vinho da Semana: um reserva duriense para confirmar a regra.

Adega Vila Real Reserva Tinto 2013- $

Medalha de Ouro no Concurso Mundus Vins. Apresenta aroma de frutos vermelhos e pretos, notas de especiarias e alcaçuz. Um vinho envolvente, elegante, de taninos nobres e com final longo.

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(*) http://emporiogouveia.com.br/ e https://www.eurosavour.com/

(**) https://es-la.facebook.com/divinosrojos/ e [email protected]

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