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“Avant-première” dos Vinhos de Colchagua

Tendo como cenário os elegantes salões do icônico Hotel Copacabana Palace, a Associação Viñas de Colchagua realizou no Rio de Janeiro o seu mais importante evento internacional, a ‘Avant-Première Viñas de Colchagua’.
 
O Vale de Colchagua é uma das mais conhecidas e importantes regiões produtoras do Chile. Localizada na sua região central (“Entre Cordilheiras”), é responsável por 60% da produção vinícola deste país.
 
 
Organizado pela CH2a Comunicação, sob a batuta de Alessandra Cassolato, o evento contou com a presença das vinícolas Bisquertt, Casa Silva, Lapostolle, Los Vascos, Luis Felipe Edwards, Montes, MontGras, Santa Cruz, Santa Helena, Siegel, Viña Ventisquero e Viu Manent, e a convidada Lurton.
 
 
Uma Master Class conduzida por Marcelo Copelo reuniu importantes formadores de opinião e profissionais do setor, que tiveram a oportunidade de degustar comparativamente 12 vinhos selecionados para expressar a diversidade e qualidade dos produtos elaborados no Vale de Colchagua. Foi possível avaliar o potencial de guarda e a evolução destes vinhos provando-se as safras desde 2006 até 2012. Cada produto foi comentado por um de seus enólogos. Um show à parte.
 
 
Na degustação aberta que seguiu à aula, foi possível experimentar os diversos rótulos de cada vinícola, muitos ainda por chegar ao mercado. Por esta razão, o evento foi denominado uma “Avant-première”. Além das mesas de cada produtor, havia uma ilha oferecendo somente tintos de alta gama elaborados com a emblemática Carménère.
 
 
Nossos destaques
 
 
Quase uma impossibilidade escolher o melhor entre os melhores. Mas alguns vinhos nos impressionaram por apresentarem características que fogem do habitual.
 
 
A mesa que mais chamou a nossa atenção foi a da Los Vascos, vinícola chilena de alma francesa, conduzida pelo renomado Chatêau Lafite da família Rothschild. Seus vinhos de terroir, que não passam por madeira, foram uma agradável surpresa: Chardonnay, Rosé e Cabernet Sauvignon. De corpo leve a médio e muito saborosos, pareciam dedicados ao clima da Cidade Maravilhosa.
 
 
Um produtor, ainda sem representante no nosso país, foi outra surpresa positiva: Viña Santa Cruz.
 
 
Não haviamos nos interessado, inicialmente, por puro desconhecimento, mas uma garrafa no estilo do Rhone chamou a nossa atenção e lá fomos provar mais algumas delícias: o excelente Tupu e os Chamán Malbec e Syrah, entre outros produtos, fizeram o nosso paladar descobrir novas e inesperadas experiências.
 
 
O Tupu, um vinho de edição limitada elaborado apenas em safras muito boas, é um corte de Carménère, Syrah, Cabernet Sauvignon e Malbec. Classificamos como uma fusão entre Bordeaux e Rhône à moda chilena. Delicioso!
 
 
 
O destaque individual entre todos os vinhos degustados foi o premiado Pangea, elaborado pela Viña Ventisquero, que será a nossa indicação da semana.
 
 
Dica da Semana: Um Syrah chileno fora de série.
 
 Ventisquero Pangea 2010
 
Elaborados com uvas selecionadas nos diversos solos da região de Apalta e uma fermentação especial.
 
Amadurecido por 18 meses em barricas de carvalho francês e 1 ano na garrafa. Grande corpo, concentrado, equlibrado e redondo.
 
Concentra toda a pureza e elegância desta casta.
 
Prêmios: Descorchados – 92 pts; Guia Mujer y Vino – 93 pts; Decanter World Wine Awards – Medalha de Prata.
 
 
 
 
Agradecemos a colaboração da amiga e blogueira Leila Bumachar pela cessão de fotos e outras informações. 
Não deixem de visitar seu excelente blog neste endereço:
 

Os 100 melhores vinhos de 2015 – Wine Spectator

No próximo mês de fevereiro (2016) completamos cinco anos da Coluna de Vinhos. Há leitores, fiéis, que nos acompanham desde então e alguns deles afirmam, em suas mensagens, que consideram tudo que já foi publicado como um curso sobre vinhos.
 
 
(Este “professor” agradece o elogio, mas sabe que nem sempre os assuntos são do interesse de todos.) 
 
Gostamos de publicar listas de melhores vinhos. Há vários ensinamentos nestas relações. Nas primeiras que mostramos, o interesse dos leitores certamente foi mais para o lado da curiosidade. Atualmente outros aspectos se tornam mais relevantes.
 
A lista da respeitada revista Wine Spectator é aguardada com muita expectativa por todos os aficionados. Ao contrário das avaliações de Robert Parker, calcadas no seu estilo próprio, esta publicação analisa aproximadamente 18.000 vinhos durante todo o ano. O trabalho de filtragem até os 100 melhores é digno de uma tarefa hercúlea.
 
O primeiro passo é produzido por dez editores regionais que submetem suas sugestões e análises, levando em conta um interessante conjunto de fatores:

 

qualidade, preço, disponibilidade no mercado e um fator apelidado de “X” que indicaria um grau de excitação sobre as possibilidades de um determinado candidato.
 
Esta primeira relação é reduzida sucessivamente em listas menores, um trabalho a cargo de três importantes editores seniores.
 
Para a o filtro final, que inclui a escolha dos 10 melhores, são reconvocados os editores regionais e forma-se um painel de degustadores. As discussões costumam ser acaloradas…
 
É nossa opinião que conhecer o ganhador absoluto é o fato menos importante. Reconhecer as tendências e o aglomerado de vinhos desta ou daquela região são os pontos que vão nos ajudar em escolhas futuras e montar uma boa adega.
 
Obviamente, os melhores vinhos desaparecem do mercado como num passe de mágica. Devido à situação econômica atual de nosso país é bem provável que alguns rótulos jamais cheguem às prateleiras das lojas nacionais.
 
Em 2014, os vinhos portugueses foram os mais reverenciados. Neste ano, no centro do palco, estão os americanos e italianos. Interessante mudança.
 
Conheçam os 10 mais:
 
1 – Peter Michael Cabernet Sauvignon Oakville Au Paradis, 2012, 96 pts (EUA)
 
2 – Quilceda Creek Cabernet Sauvignon Columbia Valley, 2012, 96 pts (EUA)
 
3 – Evening Land Pinot Noir Eola-Amity Hills Seven Springs Vineyard La Source, 2012, 98 pts (EUA)
 
4 – Il Poggione Brunello di Montalcino, 2010, 95 pts (ITA)
 
5 – Mount Eden Vineyards Chardonnay Santa Cruz Mountains, 2012, 95 pts (EUA)
 
6 – Bodegas Aalto Ribera del Duero, 2012, 94 pts (ESP)
 
7 – Escarpment Pinot Noir Martinborough Kupe Single Vineyard, 2013, 95 pts (NZA)
 
8 – Masi Amarone della Valpolicella Classico Serègo Alighieri Vaio Armaron, 2008, 95 pts (ITA)
 
9 – Clos Fourtet St.-Emilion, 2012, 94 pts (FRA)
 
10 – Klein Constantia Vin de Constance Constantia, 2009, 95 pts (RSA)
 
Nos Top 10 apenas 1 vinho de Bordeaux, 4 norte-americanos, 2 italianos, seguidos de Nova Zelândia, Espanha e África do Sul com um vinho de sobremesa.
 
Cinco vinhos portugueses se destacaram este ano: o Porto Taylor Fladgate 2009 em 16º, Blandy’s Bual Madeira 2002 e Quinta do Crastro Douro Superior 2012 (24º e 25º), Real Companhia Velha Douro Porca de Murça 2013 (39º) e Duorum Douro 2013 (84º).
 
O primeiro sul-americano, o chileno Viña Carmen Cabernet Sauvignon Maipo Valley Alto Gran Reserva 2012 está na 32ª posição
 
Logo abaixo aparece outro conterrâneo, Viña Montes Syrah Colchagua Valley Alpha 2012 (37º) e o Viña Polkura Syrah Marchigue (82º)
 
Os argentinos Piattelli Malbec Luján de Cuyo Premium Reserve 2013 (44º) e Luigi Bosca Malbec Luján de Cuyo Single Vineyard 2013 (81º) completam o grupo sul americano.
 
 
Dica da Semana: um vinho que está sempre nas listas de melhores e ainda tem um preço competitivo. A safra de 2013 ficou em 53º lugar com 91 pts.
 
Pétalos del Bierzo 2011
 
Produzido na região de Bierzo, na Espanha, com a uva Mencía, uma rara casta local.
 
É um tinto potente, concentrado e muito elegante, que já se tornou um enorme sucesso.
 
Outros prêmios:
 
Robert Parker 92 PTS / 2011
 
Wine Spectator 93 PTS / 2009
 
Robert Parker 90 PTS / 2009
 

Paladares fora da curva

Temos um companheiro de confraria que insiste em trazer, para as nossas reuniões, vinhos tintos classificados como “demi-sec”. Além disto, afirma com segurança que todos apreciam estes vinhos por conta desta característica. Na opinião dele todo tinto deveria ser assim, nada de vinho seco…


A resposta mais delicada do grupo a este quase insulto é que ele tem um paladar adamado e que não entende absolutamente nada sobre vinhos tintos.

Mas há mais coisas neste tópico do que se imagina.

Um pouco de legislação

Esta classificação (demi-sec), tipicamente brasileira quando se trata de vinhos tintos é quase nula nos grandes países produtores como Itália, França, Espanha e Portugal. Nestes, ela é aplicada principalmente para os brancos e espumantes, completando a escala que inclui os suaves, doces, amabiles e licorosos.

No Brasil houve uma adaptação das leis internacionais para incluir os nossos vinhos de garrafão, até hoje o ganha-pão de diversos produtores nacionais, criando um monstrengo que classifica, nesta opção, vinhos que apresentem desde 5,1 g/L de açúcar até exorbitantes 20 g/L, o que já seria perigoso para diabéticos.

Para os espumantes, esta mesma classificação abrange desde 20g/L até 60 g/L de açúcar residual.

Só o Brasil obriga que esta informação conste de rótulos ou contrarrótulos dos vinhos tintos importados, o que acaba por se tornar um fator de aumento dos custos.

Limiar da percepção

Doçura é uma sensação assim como o amargor. Cada pessoa terá um limite próprio o que explica as diferentes atitudes com relação a bebidas como limonada ou café: alguns preferem ao natural e outros só conseguem bebê-las se estiverem doces ou muito doces.

O açúcar seduz. Por esta razão, alguns dos vinhos mais famosos do mundo trazem este viés adocicado: Riesling, Ice Wine, Sauternes, Gewurztraminer e, até mesmo, o exuberante Amarone.

Nenhum destes vinhos recebe adição de açúcar na sua elaboração, o que muitas vezes é proibido por lei. Sua doçura decorre dos açúcares não convertidos em álcool durante a fermentação, uma decisão do enólogo que leva em consideração o ponto de maturação da uva colhida.

Açúcar, o trapaceiro

Infelizmente, vinhos adocicados classificados como “demi-sec” ou meio-doces têm péssima reputação em todo o mundo. A presença desta quase doçura indica que pode haver problemas no vinho.

Um bom exemplo para fixar esta ideia é responder a este teste:

Algum leitor degustaria uma colher de manteiga ou outra gordura sem nenhum problema?

Que tal se em lugar desta experiência, quase horrorosa, degustasse uma bela colherada de sorvete cremoso?

A diferença entre a primeira e a segunda prova é uma só: açúcar.

O nosso paladar foi completamente enganado por este inebriante pó branco!

Disto se aproveitam produtores inescrupulosos que, deliberadamente, deixam seus vinhos mais doces para esconder a péssima qualidade deles…

Tinto “demi-sec”?

Fuja ou eduque seu paladar! (há exceções)

Dica da Semana: já está na hora de investir em bons brancos.

Anakena Ona Special Reserve White Blend 2013

Este vinho combina a estrutura da Chardonnay, a elegância da Riesling e o caráter floral da Viognier. Equilibrado, fresco e elegante.
Aroma: intenso e complexo, com deliciosa combinação de notas florais e frutas tropicais, como damasco e toque mineral.
Paladar: Em boca corresponde ao nariz, refrescante e equilibrado, com acidez crocante e final persistente.
Harmonização: Ideal para acompanhar frutos do mar, risotos, saladas ou para servir como aperitivo.

O que fazer com a rolha e outras dúvidas

São situações bem diferentes: degustar um vinho em casa ou pedir um vinho num restaurante e ser atendido por um Sommelier.
 
Em casa há uma necessária informalidade, somos mestres e senhores de todos os acontecimentos e podemos rir de nossos erros sem problemas.
 
Num restaurante de qualidade, é mandatório seguir o rito formal tão apreciado pelos enófilos, sempre muito conservadores.
 
A primeira “obrigação” é acertar na escolha do vinho. Nem sempre as cartas são elaboradas corretamente o que dificulta a escolha. Some-se a isto o curioso hábito brasileiro de sugerir a escolha da bebida antes mesmo dos comensais decidirem o que vão comer!!!
 
Ultrapassada esta fase e encomendado o vinho que vai harmonizar corretamente com os pratos, o Sommelier nos apresenta a garrafa para que seja confirmada a escolha. 
 
Abre-se o vinho e a rolha entregue para quem o pediu.
 
O que fazer com ela?
 
Embora pouco conhecida, existe uma explicação lógica para este gesto: duas informações preciosas estão disponíveis na rolha, ambas por inspeção visual.
 
Procura-se, primeiro, por uma data e marca estampadas que devem corresponder às do rótulo (vinhos de qualidade). Isto garante que o vinho não foi fraudado.
 
A segunda informação é obtida observando a integridade da rolha e buscando por infiltrações e indícios de mofo. Se encontrados, significa que o vinho pode estar com sua qualidade comprometida. Neste caso, não o prove e peça ao Sommelier para fazê-lo.
 
Esta é a hora de recusar a garrafa, mas há casos em que todos estes defeitos foram encontrados e o vinho estava perfeito.
 
 
A grande maioria das pessoas apenas cheira a rolha e ainda por cima no local errado. Risível mas verdadeiro, este gesto, muito comum, tem uma origem que beira uma fábula e, como sempre, envolve um esnobe, anônimo, que talvez tenha sido o primeiro enochato da história.
 
Reza a lenda que quando apresentado com a rolha, a tal figura, sem ter a menor noção do que fazer com ela, simplesmente cheirou a ponta que estava em contato com o vinho e soltou alguma expressão de satisfação.
 
Foi o suficiente para ser criado um novo rito.
 
Não existe nenhuma regra que proíba alguém de cheirar a rolha, mas a posição correta de fazê-lo é na lateral e não no topo como se vê até em filmes.
 
Qual o aroma que não deve aparecer?
 
Mofo, azedo ou qualquer odor estranho.
 
Óbvio que este rito foi sendo modernizado ao longo dos anos. Hoje é aceito que se faça o que bem entender com a rolha: cheirar, quebrar, guardar, etc.
 
A próxima etapa, provar o vinho, é um teste tipo “saia-justa” para quem se aventurou a encomenda-lo. Tradicionalmente o Sommelier deveria prová-lo primeiro, mas há pessoas que se incomodam com isto, principalmente se for um rótulo caro, o que fez com que o hábito fosse caindo em desuso e a responsabilidade transferida para quem vai pagar a conta.
 
É servida uma pequena dose para ser avaliada. Como proceder?
 
O correto é observar os três aspectos básicos: cor, aroma e sabor.
 
Deve-se fazê-lo em duas etapas, antes e depois de aerar um pouco o vinho girando a taça. Tudo deve estar de acordo, inclusive a temperatura. Se houver qualquer ponto em desacordo este é o momento de solicitar as correções necessárias.
 
Se estiver tudo certo peça para que o vinho seja servido.
 
Assim como no caso da rolha, existe outro ponto que é discutível: observar as lágrimas nas laterais da taça.
 
Há quem dê uma grande importância a este detalhe, mas a maioria dos enófilos faz este gesto apenas de forma lúdica, sem ter ideia do que representa o mesmo. 
 
O que procurar nas formas viscosas que escorrem lentamente pela taça?
 
Honestamente, não é um ponto relevante. Indica, a grosso modo, a presença de glicerol, um dos muitos álcoois presentes.
 
Mas é uma imagem bonita, agradável, que simboliza o que está por vir: ótimos momentos que vão coroar uma escolha correta do local, do vinho e da companhia.
 
Nenhuma avaliação é melhor que a nossa satisfação.
 
Dica da Semana: um raro e ótimo varietal francês.
 
 
Le Paradou Grenache 2012
 
Um excelente vinho de bistrot, feito com 100% de Grenache de vinhas com mais de 75 anos, todas no Minervois.
Oferece uma expressão puríssima desta casta, com notas de cerejas pretas, húmus, alcaçuz num estilo direto e sedutor.
Com um perfil próximo de um Pinot Noir, possui leveza e macieza aveludada e poderá ser apreciado agora e por mais dois anos.
 
 

“O melhor vinho é aquele que mais nos agrada” (Miguel Brascó)

 

Para quem não o conhece, Miguel Brascó foi um dos mais famosos críticos de vinhos da Argentina. Suas citações, algumas muito cáusticas, fizeram história e são usadas até hoje (faleceu em 2014). A que está no título é uma das minhas preferidas.
 
“A los bebedores del buen vino argentino, les recomiendo
que se dejen guiar sólo por lo que les va gustando,
no por el blablá de los bobetas de la fashion” …
Pode parecer meio óbvia, mas esconde uma série de verdades sobre a mais nobre das bebidas. O principal ponto a ser discutido é como encontrar este mítico vinho que nos agrada.
 
A primeira dificuldade é que não gostamos das mesmas coisas, o que nos remete a outro velho ditado “o que seria do azul se todos gostassem do amarelo?”.
 
Outro clichê que pode ser usado aqui afirma: “a variedade é o tempero da vida”.
 
O que, afinal, nos faz gostar de um determinado vinho e detestar outros?
 
Este é um caminho muito sinuoso, repleto de alternativas, sobre o qual devemos refletir muito. Uma observação fácil de fazer é comparar um mesmo vinho em diferentes situações: quando foi degustado sozinho num momento de meditação, com outra ocasião em que foi consumido na companhia de amigos e boa comida.
 
Serão duas experiências diametralmente opostas. Como explicar?
 
Seria por contas das características técnicas do vinho: aromas, sabores, complexidade, teor alcoólico, acidez; ou simplesmente porque o momento era o certo: a comida, o lugar, a conversa, o estado de espírito, tudo convergindo para que o vinho ficasse perfeito?
 
Compreendido este efeito, ficará fácil prestar mais atenção aos vinhos da mesma vinícola ou do mesmo enólogo e até mesmo aos vinhos que são elaborados com as mesmas uvas e técnicas de amadurecimento ou não.
Começamos um lento processo de apurar o nosso paladar, mas não é tarefa fácil.
 
O importante deixará de ser somente o lado técnico e passaremos a dar mais valor ao entorno do ato de abrir uma garrafa, a todas as variáveis que não estão ligadas ao vinho em si, mas ao ato de desfrutá-lo.
 
Com a prática vamos finalmente descobrir o que nos seduz nos vinhos, independente de quem o produz, de qual região ou das castas utilizadas. Cada garrafa terá sua própria forma de ser degustada, nos permitindo escolher, com segurança, qual o melhor vinho para determinada ocasião.
 
Esta é a razão da certeza de Brascó: “ O melhor vinho é aquele que mais nos agrada”
 
Dica da Semana: será este um vinho que nos agrada?
 
Masi Tupungato Malbec 2012
 
 
Um tinto denso, cheio de fruta e especiarias, com um envolvente toque de chocolate no final de boca e um sotaque tipicamente europeu.
É elaborado com a uva Malbec plantada no Vale de Uco, em vinhedos de altitude entre 950 e 1050m.
Um bom achado argentino, com delicioso apelo gastronômico e excelente relação qualidade/preço.
 
 
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