Categoria: Vinho Natural (Page 3 of 3)

II Encontro com Vinhateiros no Cru Natural Wine Bar

Este animado Wine Bar carioca repetiu o sucesso do ano anterior (leia aqui), trazendo dez produtores, um deles chileno.

O tópico Vinhos Naturais está entre os 10 mais comentados nas conversas entre enófilos, de qualquer geração, seja nas redes sociais ou nos encontros de diferentes confrarias.

Não vamos entrar na discussão se são iguais, melhores ou piores que outros vinhos. Certamente são diferentes.

Há muito o que descobrir e muito mais, ainda, elogiar o enorme esforço que estes pequenos e abnegados produtores estão fazendo em busca de um vinho que se aproxime daqueles produzidos antes da industrialização, seja no cultivo das uvas, nos métodos de vinificação e até na forma de envelhecimento: não usam conservantes. A maioria deles são elaborados tendo em vista um consumo mais imediato. Devem ser degustados ainda jovens.

Vinificados em pequenos lotes, usam castas que nem sempre aparecem no leque de produtos das grandes vinícolas, inclusive castas híbridas, trilhando um caminho desconhecido e repleto de armadilhas. Mas é desta forma que aprendem os segredos para produzir um vinho que prefiro denominar como “raiz”.

O primeiro destaque vai para os diversos ‘Pét-Nat’ ou pétillant naturel, espumantes produzidos com uma única fermentação, já dentro da garrafa onde serão comercializados. Este é o processo conhecido como método ancestral.

Na foto acima, a mesa da Cantina Mincarone. Reparem nas garrafas fechadas com chapinha, são os Pét-Nat. Estes eram muito refrescantes e saborosos.

Os vinhos tranquilos, normalmente, são de corpo leve a médio, pouca opacidade e teores alcoólicos na casa dos 12% ou menos. São vinhos de muita personalidade e com registros olfativos e gustativos bem peculiares.

Vanessa Medin, Vinhateira e Sommelière, nos deu uma super aula sobre seus métodos de produção. Não deixou pergunta sem resposta. Obrigado!

Além do bom Pét-Nat, seus vinhos tranquilos se destacam facilmente. Vejam o cuidado de sua cantina em Bento Gonçalves.

Uma casta híbrida que quase todos os expositores estão trabalhando é a Lorena, criada pela Embrapa Uva e Vinho em 2001, a partir do cruzamento de Malvasia branca e Seyval. Os espumantes e vinhos apresentados foram muito apreciados pelo público feminino.

Como a oferta, em cada mesa, era enorme, não foi possível avaliar todos os produtores. Dentre os que provamos, destaco mais estes:

Flávio Penzo

Eduardo Zenker e Gabriela Schafer (Arte da Vinha), localizado em Garibaldi e a Vinícola Weingärtner de Pelotas RS, que elabora um interessante Riesling, uma uva incomum nas nossas terras.

Eis a relação de todos os expositores:

Marina Santos (Vinha Unna): https://www.vinhaunna.com.br/

Eduardo Zenker e Gabriela Schafer (Arte da Vinha): http://www.eduardozenker.com.br/arte-da-vinha/

Flavio Penzo (Penzo): https://www.instagram.com/flavioluizpenzo/

Eduardo Mendonça Vinhos Artesanais

Marimônio Weingartner: http://vinicolaweingartner.blogspot.com/

Vanessa Medin: https://www.facebook.com/Vanessa-Kohlrausch-Medin-1767599306667996/

Acir Boroto (Famiglia Boroto): https://www.instagram.com/famiglia.boroto/

Ana Mincarone (Cantina Mincarone):  https://www.instagram.com/cantina_mincarone/?hl=pt-br

Sara e Vivian (Casa Viccas): https://casaviccas.com.br/

Ignácio Pino – Chile

Mais algumas fotos:

Saúde e bons vinhos!

Encontro de Vinhateiros no Cru Wine Bar

Mais um bom evento no Cru Wine Bar, o que deixa os Cariocas amantes do bom vinho muito felizes.

Este encontro reuniu a nata dos nossos produtores artesanais, os nossos “Garagistes”. São produções muito pequenas, quase todos com uma única filosofia – vinhos naturais, orgânicos e biodinâmicos. Aproveitar o que a natureza oferece é o mote por trás deste ótimo grupo.

Oito vinhateiros e um “estranho no ninho” que produz cervejas, sidras e um Campari se desdobraram para explicar como produzem seus néctares, que estavam à venda, rara oportunidade em face de limitadas quantidades disponíveis.

Participantes:

Vanessa Kohlbraush Medin (vanessakmedin@gmail.com);

Lizete Vicari(lizetevicari@gmail.com);

Flavio Luiz Penzo (54 99608-0095);

Casa Ágora – Helio Marchioro (vinhoscasaagora@gmail.com);

Faccin Vinhos – Bruno (faccinvinhos@yahoo.com) – https://www.faccinvinhos.com/;

COOPEG Produtos Orgânicos (www.coopeg.com.br);

Vinha Unna – Marina Santos (ninaenologa@gmail.com);

Cantina Mincarone – Caio (cantina.mincarone@gmail.com);

Gregory Chastang (goingwildproject@gmail.com) – Sidra, cervejas com frutas da Floresta, etc… (foto a seguir)

Para deixar o sábado com cara de perfeição, o ingresso incluía um almoço com opções de pratos harmonizados com os vinhos servidos. Era escolher o que mais lhe agradava, aguardar ser chamado, encher a taça e partir para o abraço.

Melhor impossível!

Impossível, também, será comentar 100% dos vinhos provados. Todos estavam muito bons. Obviamente alguns nos interessaram mais que outros, entre espumantes, brancos e tintos. Muitos deles recém-terminados e apenas engarrafados para o evento, outra oportunidade única de provar vinhos muito novos.

Estes vinhateiros mostraram um grande esmero na apresentação de seus produtos: nomes originais (ampliem as fotos), rótulos atraentes e bem desenhados.

Começamos com os espumantes.

O maior lote era o da COOPEG, produzidos em Garibaldi, terra dos espumantes. Todos corretos e interessantes.

Além destes dois outros chamaram a nossa atenção, ambos elaborados pelos Método Ancestral, resultando em deliciosos “Pet-Nat” (pétillant-naturel) – Faccin e Mincarone. Notamos que ambos tinham o mesmo registro de aromas e sabores. Descobrimos que os produtores estão na mesma região e os vinhedos são praticamente os mesmos. Apenas uma cerca divide as uvas de cada um. Qualquer deles é compra segura.

Seguimos com os brancos e rosados.

Várias e deliciosas opções, com as tradicionais castas Chardonnay e Sauvignon Blanc. O nosso destaque vai para os vinhos de Marina Santos, Lunações e Terroir Ancestral (Vinha Unna) e de Vanessa K. Medin, Guardião da Intuição e Voo Livre.

Um detalhe interessante e inerente a estes vinhos (naturais) é que são macerados com as cascas e não filtrados. A aparência tende a uma cor mais alaranjada e turva.

Dois produtores trabalham com uvas não viníferas, Luiz Penzo e Casa Ágora. Um destes vinhos é o Laranjal:

Elaborado com a casta Niágara Rosada, é extremamente frutado e com um final de boca interminável. Interessante, mas como foi provado no meio da degustação, nos deu muito trabalho para limpar o paladar e poder prosseguir sem ter este vinho na memória.

A utilização das uvas híbridas, americanas ou não viníferas tem se tornado uma tendência no mundo inteiro.

Os tintos.

Cabernet Franc, Tannat, Merlot, Pinot Noir, Motepulciano e Gamay são as castas utilizadas por este grupo, seja em cortes ou varietais. Luiz Penzo trabalha, também, com uvas híbridas e barricas de madeiras brasileiras, como a Umburana, muito comum na elaboração da nossa cachaça.

Os resultados são todos bons, com alguns inevitáveis destaques:

– O corte de Pinoy e Gamay, Transmutação, de Vanessa K. Medin;

– O Cabernet Franc, As Bancantes em Êxtase, de Marina Santos (Vinha Unna)

– O Pinot Noir e o Merlot da Dominio Vicari (Lizete Vicari), os melhores vinhos deste evento para o meu paladar.

Algumas amostras ainda estavam muito jovens para uma correta apreciação, mas já deixaram uma ótima impressão. O uso de madeira ficou dividido, alguns a usam outros preferem se manter distantes deste caminho.

Pequenas joias que valem o investimento. O preço médio, nesta degustação, rondava os 100 reais.

Todos os produtores fazem venda direta. O Cru Wine Bar mantém alguns em estoque, seja para consumo ou venda.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: o nosso parceiro, Rômulo, da Vina Brasilis, está com uma boa oferta para este Barbera DOC em caixa fechada com 6 unidades.

COLLI PIACENTINI BARBERA DOC

Apresenta cor vermelho rubi, intenso. Amplo olfato, frutado, com cerejas e frutas do bosque. Paladar característico, elegante e harmonioso com corpo cheio.

Harmonização: Excelente com salame, macarrão e pratos à base de carne.

Compre aqui:

– Vina Brasilis – Rômulo – romulo@vinabrasilis.com.br – (21) 96756-6123 / (21) 99515-1071 https://www.facebook.com/pg/VinaBrasilis/shop/?rid=133172546824172&rt=6

Vinhos Italianos Naturais no Cru Wine Bar

Vinho natural é o tópico do momento, em todo o mundo. Embora ainda não haja uma definição exata ou legislação específica, podemos entender esta denominação como um segmento que abrange os vinhos biológicos, biodinâmicos, orgânicos e, quase sempre, de produção artesanal.

O Cru Natural Wine Bar, no Rio de Janeiro, é um simpático local dedicado a oferecer estes vinhos, promovendo periodicamente interessantes degustações orientadas para que os clientes se familiarizem, cada vez mais, com estes produtos.

Não é complicado participar de um evento como este. O primeiro passo é fazer uma reserva, as vagas são limitadas em função do espaço e do limite de tempo. A taça é “comprada” na hora (R$ 40,00 neste caso), e tudo que resta fazer é seguir para o local reservado e aguardar ser servido.

Nesta ocasião, foram servidos cinco vinhos, trazidos pela WINES4U, importadora especializada neste segmento. Eis a filosofia de seu proprietário, Andrew Crawford:

– Vinhos artesanais de pequenas produções lotes, comprados diretamente de pequenos e apaixonados produtores;

– Vinhos que (ainda) não são famosos, mas de qualidade igual ou até superior à de vinhos famosos;

– Vinhos produzidos da maneira mais natural e orgânica possível na vinha e durante a vinificação;

– Vinhos à frente de uma revolução em qualidade e sustentabilidade!

“A vida é muito curta para beber vinhos comuns, não vamos desperdiçar um único dia”!

A seguir, um resumo na ordem de serviço.

1 – Lambrusco Grasparossa di Castelvetro “Monovitigno” DOP, NS – Fattoria Moretto

Muitos enófilos não dão o devido valor a este tipo de vinho. Frisante, aromático, refrescante e muito gastronômico neste caso.

Apresenta coloração vermelha profunda, quase preta. Vinho completamente seco, jorrando fruta preta de cereja combinada com sabores intensos. Os incrédulos deveriam prová-lo, preferencialmente acompanhado de uma boa lentilhada.

 

2 – Unlitro – Costa Toscana IGT, 2016 – Ampeleia

O nome já diz tudo, 1 litro de vinho nesta simpática garrafa. Um corte bem atípico para a Toscana, com as castas Grenache, Carignan e Alicante Bouschet. Corpo médio, 13% de teor alcoólico e pura diversão. Um vinho para todos os dias, sem compromissos.

 

3 – Natalino Del Prete Torre Nova Negroamaro 2015

Este talvez tenha sido o vinho mais difícil do lote, principalmente para os apreciadores desta casta típica da Apúlia. Apresenta uma acidez muito elevada para um tinto, tornando-o pungente. Predominam aromas e sabores de frutas ácidas/azedas, como a brasileiríssima Pitanga. Não chega a incomodar, mas é um daqueles vinhos do tipo “ame-o ou deixe-o”. Deve ser degustado durante uma refeição, com alimentos ricos em texturas e sabores.

 

4 – Montecucco Rosso DOC, 2014 – CampiNuovi

Corte elaborado com 60% Sangiovese, 30% Cabernet Sauvignon e 10% Merlot. É um vinho de mesa simples que não vê madeira, mas oferece deliciosos sabores maduros de uma forma direta e muito desfrutável.

 

5 – Liscone Aglianico del Vulture DOC, 2012 – Cantine Madonna delle Grazie

O melhor vinho da noite. A casta Aglianico, em mãos competentes, nada fica devendo aos grandes ícones italianos. Envelhecido em tonéis de carvalho francês por até cinco anos, é mais estruturado e requer uma decantação de no mínimo uma hora antes de servir. Boa parceria com carnes cozidas lentamente.

 

 

Livia Mikhail, da WINES4U, se desdobrou no atendimento e nas explicações detalhadas de cada vinho servido. Não deixou pergunta sem resposta. Parabéns!

Saúde e bons vinhos!

Vinho da semana: 1 litro de vinho é uma pedida irresistível…

Unlitro – Costa Toscana IGT, 2016 – Ampeleia

(leia a descrição acima)

Compre aqui: https://www.wines4u.com.br/pais/italia/toscana.html

Descubra, neste link, outros pontos de venda:

https://www.wines4u.com.br/pontos-de-venda

 

 

 

 

 

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