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Vinho deve respirar ou não?

Imagem de Christine Sponchia por Pixabay

Mais que um mito, um cânone entre os apreciadores do vinho: deixe o vinho respirar antes de degustá-lo.

Pode-se obter essa arejada de algumas formas, por exemplo, decantando, usando um aerador ou simplesmente retirando a rolha e deixando a garrafa aberta por um curto período.

Nem sempre queremos fazer isto e talvez nem sempre é cabível deixar um vinho respirar. Em sã consciência, ninguém vai comprar um vinho, simples, num supermercado e submetê-lo a estes requintes. Há um limite para tudo, até para isto.

Um grupo de especialistas, britânicos, principalmente, resolveu ampliar e esclarecer estas regras. Responderam a esta pergunta:

Quais vinhos devem ser decantados?

Segundo esta nova geração de Sommeliers e Mestres do vinho, entre outros, a vinificação moderna já leva em conta que os vinhos, quando chegarem ao mercado, estarão prontos para consumo. Mesmo aqueles que ficarem adegados não apresentarão sedimentos que justifiquem uma decantação ou filtragem posterior.

Somente vinhos muito antigos precisarão passar por algum processo para remover resíduos, mas isto deverá ser feito de modo rápido e o vinho consumido num espaço de tempo não superior a duas horas.

Nossas considerações:

Primeiro um pouco de história para compreendermos a necessidade de abrir um vinho um pouco antes de servi-lo.

As vinificações tradicionais utilizavam o sulfito como preservativo, permitindo uma vida útil maior para os vinhos, inclusive para os que seriam colocados em prateleiras de mercado.

Ao serem desarrolhados, era comum perceber um estranho aroma de “ovo podre” decorrente do uso deste produto. Uma vez aberto e arejado, o vinho estaria em condições de ser degustado sem interferências indesejáveis.

Se por alguma razão a dosagem do sulfito fosse acima do normal, só mesmo uma decantação limparia aquele desagradável odor.

Vem deste fato a ideia de deixar o vinho respirar.

Louis Pasteur também tem um papel importante neste tema. Por encomenda de Napoleão III, publicou um estudo onde concluía que o contato do vinho com uma quantidade controlada de ar poderia beneficiar aromas e sabores, “envelhecendo” a bebida. Esta é a teoria que está por trás de rolhas de cortiça que permitem a passagem de ar, válida, inclusive, para as famosas barricas de carvalho.

Resumindo, o contato com ar pode ser benéfico, mas tudo dependerá do tipo de vinho, do tempo e da área de contato. O gargalo de uma garrafa não é a condição mais adequada.

Vinhos muito tânicos vão se beneficiar muito com uma boa aeração, enquanto vinhos mais frutados e suaves tendem a perder um pouco de suas características mais marcantes, caso se prolongue este procedimento.

O ideal é experimentar e cada um encontrar o seu ponto ideal.

Nas nossas degustações, depois de várias experiências, adotamos o aerador como acessório padrão para servir vinhos tintos. Para os brancos apenas abrimos e servimos.

Esta foi a metodologia de testes adotada:

Aberta a garrafa, servia-se uma rodada;

Em seguida, uma parte era vertida num decantador, para ser degustada após 20 minutos de aeração, no mínimo;

O restante era servido através de um aerador. Mais de um tipo foi testado.

Para o nosso paladar e para os tipos de vinhos degustados a 3ª opção sempre apresentou os melhores resultados. Em 2º lugar ficou o vinho decantado.

Saúde e bons vinhos!

O que é Pétillant Naturel ou Pét-Nat?

Pét-Nat brasileiros no Cru Natural Wine bar

No idioma francês, Pétillant significa efervescente, gasoso, espumante. Junte tudo isto e chame, simplesmente, de avô do Champagne.

Produzido através de um método conhecido como Ancestral, ou uma só fermentação. Parte dela ocorre na garrafa. Os espumantes atuais usam o método tradicional, que prevê duas fermentações, separadas.

Sua descoberta foi acidental. Segundo alguns historiadores do vinho, lá pelos anos 1500, um monge da Abadia Beneditina de Saint Hilaire, França, notou que bolhas estavam se formando no vinho que fora engarrafado no inverno.

Naquela época, a fermentação ainda não era totalmente compreendida e as técnicas de controle eram muito rudimentares. Para os vinhateiros, assim que o vinho parava de fermentar, no clima frio, era a hora de engarrafar.

O que o monge beneditino descobriu, sem saber do que se tratava, foi que com a chegada da primavera e temperaturas mais elevadas, o açúcar residual estimularia a retomada daquela fermentação.

Nascia o Pét-Nat.

Um ponto é muito importante para que se entenda a fundamental diferença para os demais espumantes: esta fermentação na garrafa acontece naturalmente, não é induzida, como no Champagne, por exemplo.

Numa explicação bem simples, o vinho seria engarrafado antes de toda a fermentação ser concluída.

Este processo acabou sendo superado por outras técnicas e ficou esquecido por várias décadas. Somente nos anos 90, novamente, por acaso, o produtor de Vouvray, Christian Chaussard, um dos Papas do vinho natural, notou que o açúcar residual em alguns dos seus vinhos haviam estimulado um novo ciclo fermentativo.

Renascia o Pét-Nat, sob a égide dos vinhos elaborados com pouca interferência ou manipulação.

Foi um longo caminho até 2011, quando pode-se afirmar que estes leves e deliciosos espumantes ganharam popularidade. Se tornaram uma espécie de cartão de visitas dos produtores deste segmento. Estão sendo elaborados em todos os países produtores, cada um com sua personalidade.

São simples, pouco alcoólicos e com regras de produção nada complicadas.

Some-se a isto tudo a sintonia e o respeito com as produções mais artesanais que encantam as gerações do milênio e posteriores. Estes simpáticos vinhos espumantes, com rótulos irreverentes e chapinha de garrafa, voltaram para ficar.

Já tiveram a oportunidade de provar?

Não sabem o que estão perdendo!

Saúde e ótimos Pét-Nat.

Uma casta, um vinho – Malbec

Fonte: https://glossary.wein-plus.eu/cot

Dia 17/04/2020 foi o Dia Mundial do Malbec. Esta comemoração foi criada em 2011, na Argentina, atualmente a maior produtora desta casta, para celebrar, sobretudo, a indústria vinícola daquele país. Nesta data, no ano de 1853, foi proposta a criação de uma escola de agricultura, na província de Mendoza.

Em 1852, a Malbec, foi trazida da França pelas mãos do agrônomo Michel Aimé Pouget, com a intenção de melhorar a qualidade das uvas para a vinificação. Levaria muito tempo até que esta especial variedade se desenvolvesse plenamente no novo terroir e que os processos de vinificação se ajustassem para extrair tudo que esta casta pode proporcionar, levando o vinho argentino a outro patamar.

Na França seu nome mais comum é Cot e a principal região produtora é Cahors. São conhecidos cerca de 130 outros nomes para esta uva. Malbec é um deles, que acabou se tornando a denominação mais difundida mundialmente.

Existem algumas lendas sobre isto. Uma das mais comuns é associar Malbec com a expressão francesa “mal bec” que poderia ser traduzida como “boca amarga” ou “gosto ruim”, numa alusão a má qualidade dos vinhos produzidos com ela.

Outra explicação, mais razoável, seria a deturpação do sobrenome de um viticultor húngaro, Malbeck, radicado em Bordeaux, que cultivava esta espécie de uva naquela região. Seria usada como tintureira, melhorando a cor dos vinhos bordaleses.

Análises de DNA demonstraram que a Malbec descende de forma espontânea da uva Prunelard, uma casta muito antiga da região de Tarn e da casta Magdaleine Noire da região de Charentes, que vem ser a mãe da Merlot.

Malbec e Merlot seriam meias-irmãs.

Na Argentina vamos encontrar vinhedos desta uva em todo o país: Patagônia, Mendoza, San Juan, Salta. Cada local vai elaborar vinhos com personalidade própria.

Isso demonstra a versatilidade e a adaptabilidade desta casta.

Alguns estilos se destacam. São bem diferentes entre si, cada um com um público consumidor específico.

O primeiro são os vinhos jovens, frescos e frutados, com no máximo 1 ano de guarda.

Em seguida aparecem os Malbec’s que passaram, rapidamente, por madeira. São mais encorpados e com as características notas secundárias. Devem serem consumidos 1 ou 2 anos depois de engarrafados.

Os próximos estilos são os Reserva e os Gran Reserva, que estagiam de 12 a 24 meses em barricas de carvalho. São mais sérios, taninos bem marcados, muito encorpados, notas de tabaco e frutas maduras. Vinhos para serem guardados.

Durante muito tempo este estilo, com mais madeira, foi o padrão argentino, dando origem ao apelido de “suco de carvalho”.

Atualmente os vinhos desta casta passam por nova revolução, abandonando o excesso de madeira. Buscam valorizar fruta, acidez, taninos mais suaves e apenas notas sutis de carvalho. Modernas técnicas de vinificação estão sendo adotados pela nova geração de Enólogos argentinos, com destaque para os “ovos” de concreto.

Atualmente, o Malbec Argentino tem obtido enorme sucesso no resto do mundo, recebendo ótimas notas de críticos e prêmios nos mais importantes concursos.

Também é possível encontrar vinificações em branco, rosado e como espumante.

Além do nosso vizinho, França, Chile, EUA, Itália, Espanha, Austrália, África do Sul e o Brasil cultivam e vinificam a Malbec.

Não temos dúvidas que o vinho mais representativo desta casta é um Argentino. Escolher qual, entre milhares, é como resolver um quebra-cabeças de mais de 2.000 peças…

Dois nomes são famosos neste universo: Catena Zapata e o Enólogo Paul Hobbs.

Estão muito ligados entre si.

Nicolas Catena foi quem trouxe Hobbs para Mendoza. Este encontra uma espécie de uva desconhecida para ele. Resolveu vinificá-la, ao seu estilo. Foi o começo desta história.

A escolha desta semana vai para este vinho:

Cobo’s Marchiori Estate Malbec

A Vina Cobos é uma sociedade do norte-americano Paul Hobbs e o casal, argentino, Luis Barraud e Andrea Marchiori. Produzem alguns dos melhores vinhos daquele país, com destaque para este Malbec top de linha.

Elaborado a partir dos frutos de videiras com mais de 80 anos de idade, estagia em barricas de carvalho francês por 18 meses. Engarrafado sem filtragem ou clarificação.

Apresenta coloração vermelha intensa com tons violetas. No olfato mostra notas de rosas e violetas, frutas vermelhas maduras, figo, pimenta branca e cravo da índia. Na boca é elegante, com taninos macios e sedosos e um final longo e intenso.

Não está numa faixa de preço palatável, em nossas bandas. Mas vale cada centavo.

Saúde e bons vinhos!

Fonte consultada: Wine Grapes: A Complete Guide to 1,368 Vine Varieties, Including Their Origins and Flavours, por Jancis Robinson, Julia Harding, Jose Vouillamoz.

Existiriam vinhos medicinais?

Imagem: https://idd.org.br

Puxando pela minha memória, este produto é a mais antiga recordação de algo que poderia ser chamado de vinho medicinal, que eu provei.

Tinha vinho na sua formulação: Fosfato de cálcio monobásico; Peptona; Extrato de quina mineira; Extrato de genciana; Tintura de casca de laranja amarga; Vinho virgem e Vinho tipo Porto.

Era um remédio. Não era ruim. Aconselhavam, para os adultos, 2 a 3 cálices por dia, antes das refeições.

Harmonizar?

Nem pensar.

A história nos mostra que as tentativas de usar vinhos como um medicamento são bem antigas. Pesquisas arqueológicas já identificaram que uma mistura de ervas e resinas de árvores eram adicionadas ao mosto de uva fermentado, com a finalidade de tratar diversas doenças. Isto no Egito, há uns 5.000 anos.

Uma outra utilização, pouco conhecida, da nossa bebida favorita é como antisséptico, por conta do teor alcoólico presente. Não existia tratamento da água. Para garantir alguma potabilidade, faziam uma mistura de vinho e água.

O poder de desinfecção do vinho também foi muito utilizado nos exércitos Gregos e Romanos. Era comum lavarem as feridas de batalha com vinho, assegurando uma cura mais rápida.

Hipócrates, o pai da medicina, era um defensor do vinho como um medicamento. Pensavam, como ele, alguns reis da Babilônia, médicos Persas e Chineses, religiosos católicos e citações sobre o poder desta bebida podem ser encontradas até no Talmud:

“Onde falta vinho, as drogas são necessárias”.

Apesar do longo histórico do uso medicinal do vinho, onde podem ser incluídos temas bem atuais como o badalado Paradoxo Francês, a dieta mediterrânea ou a bem recente descoberta, espanhola, atestando que o vinho seria um bom aliado na desinfecção bucal, por conta dos polifenóis, nunca existiu consenso sobre estas propriedades curativas.

Pelo contrário, assim que aparece uma novidade nesta área, surge uma enxurrada de desmentidos.

Mesmo com tudo isto, alguns produtores nunca desistiram de oferecer, em seus portfólios, um tipo de vinho composto que descende de alguma fórmula farmacêutica, com fins curativos.

Vinhos quinados são os mais comuns. Bastante populares em Portugal, inspirou versões brasileiras. O tradicional produtor Ramos Pinto é um dos nomes mais conhecidos: sua versão mistura vinho do Porto com quinino.

O slogan é bem original: “conhecido por suas virtudes salutares”.

Itália e Espanha, com seus vermutes, também entram nesta lista.

Talvez seja a infusão de ervas e vinho mais próximas das antigas fórmulas dos boticários.

Simplesmente deliciosos e com propriedades curativas, até hoje.

No Piemonte, um Barolo Chinato, que já não leva mais quinino apesar do nome, é um aperitivo de alto nível, com preços perto do proibitivo.

E não pense, você, que é qualquer um que fabrica uma joia destas. Eis alguns nomes: Pio Cesare, Giacomo Conterno, Bartolo Mascarello…

Um derivado do vinho tem fama de ser poderoso regulador da saúde humana: os destilados, como o Conhaque, o Armanhaque ou, simplesmente, um Brandy.

Pode parecer inverossímil, mas alguns médicos ainda receitam uma dose de brandy para baixar a pressão sanguínea e estimular o coração. Já foi reconhecido como uma boa medicação para a Peste Negra (1347 a 1351), a mais devastadora pandemia, com um total estimado de 200 milhões de óbitos.

A ciência moderna confirma que esta bebida é rica em antioxidantes e polifenóis, atuando diretamente no aumento da imunidade e na redução de inflamações. A presença do ácido Elágico, um polifenol, e de outros fito nutrientes, têm sido aceita como grande aliada no combate ao câncer.

Além do vinho, existem outras bebidas, alcoólicas ou não, às quais se atribuem propriedades medicinais.

Apenas a título informativo, vamos listar as mais conhecidas:

– Licor Chartreuse;

– Absinto;

– Amer Picon (um aperitivo tipicamente francês);

– Angostura Bitters;

– Gin e Tônica;

– Hot Toddy (whisky, mel, limão, gengibre, noz moscada, cravo e canela);

– O coquetel Dark and Stormy (rum escuro e cerveja de gengibre); (*)

– Coca Cola (foi criada por um farmacêutico em 1885)

Já tomou seu “remédio” hoje?

Saúde e bons vinhos!

(*) O popular Moscow Mule é uma variante deste drink: usa Vodka em lugar do Rum.

Colaborou Pedro Arthur Sant’Anna, sugerindo a pauta.

O Mundo do Vinho não será mais o mesmo…

Os produtores de bebidas alcoólicas, vinícolas inclusive, já enfrentaram várias mudanças de paradigmas: Lei Seca, guerras, filoxera, epidemias diversas. Cada uma afetou o modo como seus negócios eram conduzidos. Quem se adaptou, sobreviveu.

Com relação ao mundo do vinho, uma das mais recentes mudanças se deu por conta do famoso Julgamento de Paris, uma degustação comparativa entre vinhos do novo e velho mundo, realizada em maio de 1976.

Lá se vão 44 anos e os vinhos nunca mais foram os mesmos. Novos sabores, aromas, rótulos, métodos de plantio e de vinificação, onde a madeira se tornaria uma protagonista.

Mudou também a forma como se comercializavam os vinhos e, sobretudo, o entendimento dos consumidores sobre essa preciosa bebida.

Neste momento, no início do ano de 2020, já estamos vislumbrando um novo paradigma para os produtores de uva e vinho, com um cenário de mudanças significativas.

Dois retratos bem distintos são possíveis hoje, um do hemisfério norte e outro do hemisfério sul.

Acima do Equador, o principal aspecto é o súbito encerramento das atividades de Enoturismo. A colheita já foi concluída e a vinificação ocorre com mão de obra reduzida. Os produtores rezam para que nada falhe, pois conseguir reparos, peças de reposição e técnicos especializados será uma tarefa quase impossível.

Rotinas como engarrafar, manejar vinhos em barricas ou fazer a remuage dos espumantes podem ficar em segundo plano.

Muitos já pensam em ceder parte de seus estoques, principalmente de vinhos menos importantes, para serem destilados e transformados em antissépticos.

Não é um cenário apocalíptico, mas alguns produtores talvez encerrem suas atividades e as grandes vinícolas podem absorver as pequenas.

Do lado de baixo do Equador a situação é, inegavelmente, mais dramática: a colheita ainda não terminou…

Além de todas as limitações listadas acima, os produtores terão que decidir sobre o que, e como, colher, isto se conseguirem a mão de obra necessária, sempre nômade e mais escassa a cada ano, sem falar nas restrições de locomoção impostas por cada país.

Fenômenos climáticos como geadas, neve, chuvas torrenciais podem agravar a situação.

O grande ponto em comum, com os dois hemisférios, está na forma como os vinhos serão comercializados daqui para a frente: o e-commerce será a bola da vez.

Vendas on line já existem e não são novidade. O sucesso dos clubes de vinho talvez sejam a melhor prova disto.

O que sofrerá uma grande alteração será o modelo tripartite adotado atualmente: produtor, distribuidor e vendedor. Em alguns países é obrigatório, o que reflete no preço de venda ao consumidor.

Isto tende a acabar.

As vinícolas que se adequarem para a venda direta ao consumidor final podem obter bons resultados se adotarem padrões operacionais já consagrados. Mas não é um investimento de retorno rápido.

A segunda opção seria através de “Market Places”, como Amazon, Ali Baba, Americanas, entre muitos outros, mas com reflexos na sua margem de lucro.

Parece que as lojas físicas estão a caminho da extinção. Precisam ser repensadas. Para sobreviverem, terão que agregar algum outro valor a este tipo de comércio: wine bar; delivery rápido; cursos e forte presença on-line.

Ninguém duvida, também, que vencida a pandemia, passaremos por um outro difícil período, desta vez das “vacas magras”.

Os tipos de vinhos que serão comercializados deverão refletir este período.

O que podemos esperar?

Esqueçam vinhos caros e de longa guarda, não é o momento de investir neles e, certamente, não é este o tipo de produto que vai ajudar as vinícolas a sobreviver.

Imagino que a próxima geração de vinhos será do tipo jovem, fácil de beber, com ótima relação custo x benefício. Talvez mudem as embalagens, aposentando as garrafas de 750ml. Um novo padrão poderá ser adotado, com benefícios para todos.

Dentro deste mesmo raciocínio, rolhas de cortiça passarão a ser a exceção e não a regra.

Há muito o que pensar e avaliar.

Até lá, saúde e bons vinhos!

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