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Não Era bem assim!

Mais um mito do mundo do vinho é detonado. Desta vez o assunto é muito importante e era tratado, por todos os especialistas, como a razão pela qual somos capazes de distinguir, na nossa língua, os diferentes sabores.

Esta coluna abordou este assunto neste texto, “Como se degusta um vinho”, lá em 2014. A nossa abordagem deixou de estar correta, de acordo com algumas recentes descobertas e outras mais antigas, que por razões desconhecidas permaneceram ocultas por longo tempo.

Os primeiros mapas da língua surgiram em decorrência da tradução do artigo alemão, “Zur Psychophysik des Geschmackssinnes” (Psicofísica do sentido do paladar), escrito em 1901 por D.P Hanig, feita por um cientista da Universidade de Havard, Edward Boring. (1) (4)

O texto traduzido sugeria que existiria um cinturão de sabores circundando a nossa língua e que sua parte central não teria capacidade de distinguir nenhum sabor específico.

Hoje se sabe que esta não era a melhor interpretação do estudo alemão. Em 1974, a pesquisadora da Universidade de Pittsburgh, Virginia Collings, apresentou novas evidências demonstrando que embora houvessem áreas mais sensíveis, estas diferenças eram negligenciáveis. Indicou, ainda, que em toda a boca era possível distinguir diferentes sabores. (2)

A mais recente novidade é a descoberta de células com proteínas receptoras específicas, presentes em todos os mamíferos, capazes de distinguir entre os sabores conhecidos: doce, salgado, azedo, amargo e umami. Uma destas proteínas seria responsável pela identificação de alimentos bons ou estragados. (3)

Se imaginarmos que um sexto sabor, a gordura, está prestes a ser incluída nesta seleta lista e que se sabe muito mais sobre outros sentidos humanos do que sobre o paladar, muita coisa nova vem por aí.

O universo do vinho ainda é muito calcado no empirismo e nas tradições passadas de geração para geração. Tudo tende a mudar quando a ciência se interessa por este tema.

Saúde e bons vinhos!

Fontes consultadas:

1 – https://www.wikiwand.com/en/Tongue_map

2 – http://www.yalescientific.org/2012/11/on-the-road-to-sweetness-a-clear-cut-destination/

3 – https://www.nature.com/articles/nature05401

4 – https://winifera.com/the-end-of-a-myth-97db14cf5ea6

Dica da Semana: Em lugar de indicar um vinho, vamos sugerir dois grandes eventos que acontecerão no Rio de Janeiro, no mês de agosto.

Rio Wine and Food Festival

A 6ª edição do Rio Wine and Food Festival, será realizada na capital carioca entre os dias 3 a 12 de agosto, em diversos pontos da cidade.

Considerado o maior da América Latina, o evento deste ano traz produtores de mais de 12 países, como Argentina, Brasil, Chile, França, Portugal, Uruguai e até Israel, Eslovênia e Macedônia, que trarão vinhos para transformar a relação do visitante com a bebida e a boa culinária em um programa imperdível. Além disso, o evento conta com palestras, cursos e degustações.

Entre os convidados, grandes nomes como o chileno Francisco Baettig, Diretor Técnico das vinícolas Viña Errazuriz, Viña Seña e Viñedo Chadwick, que teve dois vinhos com nota máxima pela avaliação de críticos internacionais e foi um dos finalistas do prêmio Winemaker of the year pela Wine Enthusiast.

E ainda, Marcelo Copello, Dânio Braga, Homero Sodré, Flávio Zilio e outros.

SERVIÇO

Data: 03 a 12 de agosto de 2018 (pré-abertura 28 de julho)

Local: Rio de Janeiro (vários espaços da cidade)

Programação completa: www.riowineandfoodfestival.com.br

Inscrições e compra de ingressos: www.ingressocerto.com (*)

Informações para público: [email protected]

Informações para imprensa: [email protected]

Facebook: www.facebook.com/riowineandfoodfestival   Instagram: @riowineandfoodfestival #RWFF2018

(*) esta empresa não tem uma boa reputação de acordo com os critérios deste colunista. Vide matéria: Não Poderia Ser Pior!.
Infelizmente não haverá pontos de venda ou alternativas de compra para os ingressos deste evento…


ViniBraExpo 2018

A 2ª edição deste evento acontecerá nos dias 04 e 05 de agosto, com a participação de mais de 50 vinícolas de todas as regiões do país, nos Jardins do Office – Shopping Città, Barra da Tijuca, RJ.

Durante o evento, os enófilos terão a oportunidade de conhecer centenas de rótulos e descobrir verdadeiras pérolas. Os destaques serão revelados tanto de regiões mais tradicionais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, quanto de novos e surpreendentes polos de produção de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco e Bahia.

O evento está dividido em 4 setores: Área de Degustação, Área de Masterclasses, área de Convívio Gourmet e Espaço Cultural. Dentro da programação prevista, haverá uma exposição sobre o vinho brasileiro, escolha dos Top10 ViniBraExpo, eleição, pelos visitantes, do “Vinho do Público”, 2º Prêmio Brasil Sommelier, além de shows de jazz e oficinas de experiências sensoriais.

Parte da arrecadação será revertida para o Instituto Pró Criança Cardíaca.

A programação completa está neste site: http://vinibraexpo.com/

Serviço:

Datas: 04 (sábado) e 05 (domingo) de agosto

Endereço: Jardins do Office, Shopping Città, Avenida das Américas, 700 – Barra da Tijuca

Área de Degustação Livre (Vinhos e Gastronomia Artesanal)

Horário de Funcionamento ao Público: 14:00h às 22:00h

Valor Promocional: R$ 75,00 (pré-venda)

Valor Regular: R$ 95,00

Vendas: www.ingressorapido.com.br – Haverá venda de ingressos no local.

Masterclasses (Provas dirigidas por especialistas – cada palestra inclui a degustação dirigida de cinco vinhos de exceção)

Sábado, 04/08/2018:

12h00: Top-Espumantes do Brasil

14h00: Brancos Fora da Curva

16h00: Grandes Vinhos de Dupla-Poda

18h00: Máxima Expressão das Castas

20h00: Super Merlots Safra 2012 D.O. Vale dos Vinhedos

Domingo, 05/08/2018:

12h00: Os Melhores Chardonnays do Brasil

14h00: Painel: Vinhos Naturais

16h00: Um Novo Brasil

18h00: Castas e Vinhos Raros

20h00: 2005: Uma Safra Histórica

Valor Promocional: R$ 95,00 (pré-venda)

Valor Regular: R$ 120,00

Vendas: www.ingressorapido.com.br – Haverá venda de ingressos no local, caso ainda haja vagas.


O que buscamos em um vinho?

O que buscamos em um vinho?

Esta questão tem múltiplas respostas, dependendo da individualidade de cada um. Alguns preferem um visual bonito, o que inclui desde a forma da garrafa, um rótulo estiloso e uma coloração que combine com o ambiente.

Muitos escolhem pelo valor da garrafa, numa clara demonstração do seu status na sociedade, mesmo que para os olhos atentos de enófilos tarimbados isto pareça nada mais que um exagero.

Um considerável grupo se preocupa com as harmonizações, selecionando o melhor vinho que combine com uma refeição. Este é um motivo tão enraizado que pode ser qualificado como mito. Combinar alimentos e bebidas pode ser um prazer a mais ou uma preocupação desnecessária. Nem sempre é  ‘obrigatório’.

Também existe a turma da ‘uva só’, aqueles que só bebem Chardonnay ou Cabernet e acham que os cortes são vinhos menores. Ou então preferem os vinhos ‘docinhos’…

Um enófilo dedicado e observador não pode ficar limitado a esta ou aquela experiência, afinal, existe um universo de opções lá fora. Poderíamos, facilmente, passar o resto de nossos dias provando vinhos diferentes e não esgotaríamos todas as possibilidades.

Para enfrentarmos esta avalanche de opções, precisamos ter muita autoconfiança e saber exatamente onde estamos pisando. Parece difícil, mas não é. Uma aproximação sistemática pode ajudar muito a compreendermos o que nos atrai num vinho.

Três pontos, muito conhecidos, são os pontos de partida para adquirirmos este conhecimento, muito pessoal, que poderá nos levar a outros patamares: Aromas, Sabores e Retrogosto. Se preferirem uma linguagem mais cotidiana: Início, Meio e Fim.

Girando e Cheirando

Esta é uma regra (quase) sem exceções: todo enófilo que se preze, após o exame da coloração do vinho que está na sua taça, vai aproximar o nariz e, muitas vezes, vai introduzi-lo na taça. Em seguida gira a taça, com mais ou menos vigor. Ato contínuo, retoma a busca por aromas.

Rito, esnobismo ou modismo?

O melhor adjetivo seria ‘necessidade’. Este exame olfativo pode revelar muito sobre as nossas preferências. Respondam, para si mesmos, algumas destas questões:

– O principal aroma é bem claro ou está muito misturado e não distinguível?

– É agradável ou estranho?

– Tende para um lado frutado ou floral ou ainda para algo tostado como caramelo, tabaco ou frutas secas?

– Estes aromas lhe induzem a provar o vinho?

– Qual a sensação que espera nesta prova: salivação, adstringência, outras?

Degustando

Chega a hora de provar um primeiro e pequeno gole. Deixe o vinho passear pela boca e, se possível e sem fazer nada estranho, aspire um pouco de ar neste momento. Respondam:

– É possível perceber pequenas mudanças de sabores à medida que o vinho passeia pela boca?

– Este vinho faz salivar (acidez) ou transmite sensações adstringentes (taninos)?

– Alguma sensação de calor na boca no momento que aspirou um pouco de ar (teor alcoólico)?

– Consegue distinguir entre uma bebida leve ou encorpada?

– Se um alimento for consumido, neste momento, há alguma modificação expressiva nos sabores (do vinho ou do alimento)?

Final de Boca

O último ato é engolir o vinho. Novas sensações vão surgir. Respondam:

– Por quanto tempo algum sabor permanece no seu palato?

– Alguma alteração sensível de sabor neste momento?

– Pode classificar este vinho como aveludado, áspero, adocicado ou saboroso?

– Para os brancos: ficou uma sensação de boca fresca e úmida, pronta para mastigar alguma coisa?

– Para os tintos: ficou alguma sensação levemente picante e a boca seca em busca de um petisco com mais gordura?

Esta coleção de respostas vai definir as preferências de cada um. Para bater o martelo, é a hora de tentar alguma harmonização. Novas respostas:

– Combina ou contrasta?

– Fica tudo com o mesmo sabor ou há nítidas influências de um e de outro?

– Há sabores novos e inesperados, resultando numa deliciosa experiência?

As ferramentas estão descritas. Saber usá-las não é difícil. Tudo o que falta é paciência e força de vontade.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: uma casta argentina que anda fazendo sucesso.

Mi Terruño Bonarda 2015

Apresenta cor vermelho intenso, exibe no nariz mescla de frutas vermelhas ameixas maduras e cereja com especiarias fi­nas. Na boca apresenta forte personalidade com taninos redondos.

Harmonização: massas e queijos leves, ideal para acompanhar paella e tortilhas espanholas.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


Degustação Bodegas Volver em Belo Horizonte

A Casa Rio Verde tem a satisfação de convidá-lo (a) para o evento de degustação dos vinhos da Bodegas Volver. Será em uma tarde-noite, no dia 18.07.18, com degustação dos seguintes rótulos:

– Tarima Sparkling

– Espeto Verdejo Branco

– Tarima Blanco

– Paso a Paso Verdejo

– Espeto Rosé Bobal 2016

– Tarima Rosado

– Espeto Tinto VT Castilla 2016

– Madame Bobalu

– Paso a Paso Cosecha

– Paso a Paso Syrah

– Paso a Paso Syrah Tempranillo

– Paso a Paso Tempranillo (com barricas)

– Tarima Hill

– Tarima Monastrell

– Volver Single Vineyard

– Volver 4 meses

– Wrongo Dongo

Data: 18/07/18

Horário: das 15h às 21h

Investimento: R$ 30,00 para não sócios e R$ 21,00 para sócios.

Local: Casa Rio Verde Lourdes, Rua Marília de Dirceu 104

Vendas: Site https://www.casarioverde.com.br/degustacao-bodegas-volver/p

Resultados da International Wine Challenge (IWC) 2018

Avaliações de vinhos sempre são importantes. Existem em várias modalidades: as dos críticos renomados; as grandes degustações anuais promovidas pelas revistas especializadas e os concursos. Cada uma tem um propósito e são dirigidas para diferentes tipos de enófilos.

Os concursos são os mais importantes tanto para os produtores como para os consumidores. Dois motivos se destacam: 1 – só participa do concurso quem se inscrever e enviar suas amostras de acordo com as regras do evento; 2 – os vinhos que já ganharam fama preferem ficar de fora, mantendo uma certa aura sobre sua qualidade, para sempre. (Já imaginaram perder para um vinho desconhecido?)

O International Wine Challenge (*) é reconhecido como a mais rigorosa análise de vinhos do mundo. Esta é a sua 34ª edição e o número de inscritos sempre surpreende o gabaritado corpo de jurados. As provas são realizadas em duas etapas, onde serão definidos os ganhadores das cinco categorias: Troféu, Ouro, Prata, Bronze e Recomendação.

Há vinhos de lugares tão improváveis como o Azerbaijão, que obteve uma medalha de prata com um corte branco das uvas Chardonnay, Muscat e Traminer.

Vale a pena destacar que são vinhos ‘palatáveis’, nada de raridades extraordinárias e safras ocultas e misteriosas. Pelo contrário, para um produtor que quer abrir portas para um mercado, seja nacional ou internacional, a chancela garantida pelo IWC é fundamental, mesmo que seja a mais simples, o selo azul da Recomendação.

Um dos resultados mais aguardados desta competição é o Great Value Awards, em bom português, os melhores ‘custo x benefício’. Para fazer parte desta listagem, os produtores têm que enfrentar uma série de exigências adicionais, que envolvem, obviamente, preço e disponibilidade no mercado, neste caso, na Inglaterra. Há vários vinhos de produção exclusiva para supermercados.

Apresentamos, a seguir, a relação de vinhos brasileiros que se classificaram em 2018: (NV significa Non Vintage ou Não Safrado)

Medalha de Prata

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Medalha de Bronze

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Recomendação

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Ainda não ganhamos nenhuma medalha de ouro, como os nossos vizinhos Chile e Argentina. Mas vamos chegar lá. Destaque para os nossos bons espumantes.

Fica o recado para os leitores que se sentem intimidados com os resultados destes concursos, achando que são vinhos de sonho e que nunca poderão provar um. Não é bem assim.

Com poucas exceções, compre no supermercado ao lado de sua residência.

Saúde e bons vinhos!

(*) Para saber mais resultados acesse: https://www.internationalwinechallenge.com/canopy/search.php (em inglês)

Vinho da semana: querem sentir o gostinho de um medalha de ouro? Esta indicação levou este prêmio na safra de 2014, que ainda não chegou por aqui. Mas a de 2013 é uma pechincha.

Torreón de Paredes Reserva Merlot 2013

Apresenta aromas de amora, tabaco e notas de especiarias. Esse tinto chileno envelheceu durante 10 meses em barricas de carvalho francês. No palato exibe taninos maduros, redondos, de suave textura e uma deliciosa fruta.

Harmonização: frios e embutidos, queijo Canastra curado, massas ao ragu de funghi ou bolonhesa, peru ou faisão assados, bisteca, língua, filé ao alho, cordeiro ou javali assados.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

E se a Copa fosse disputada com Vinhos?

Seleções de rótulos e Sommeliers no lugar dos técnicos. As partidas seriam disputadas em belas mesas com representantes das diversas culturas enogastronômicas. Esta seria uma bela Copa.

Uma das expressões mais antigas do nosso popular esporte, “Futebol é uma caixinha de surpresas”, pode ser facilmente adaptada para: Cada garrafa é uma caixinha de surpresas…

Deixando a imaginação correr solta, podemos traçar um paralelo entre as seleções que disputam e as que não se classificaram, com o mundo do vinho, criando uma competição imaginária onde povoam craques, cartolas e pernas de pau, entre outros jargões para lá de manjados.

Para começo de conversa, alguns favoritos ficaram de fora: a fortíssima Itália, com seu reconhecido time onde despontam Barolo, Chianti, Brunello e muitos outros. Daqui da América do Sul, um dos grandes deste esporte vínico, o Chile, nos deixou sem os seus reconhecidos Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon e o polivalente Carménère. Outra seleção, que embora não seja uma candidata ao título máximo do esporte bretão, sempre é franca favorita no escrete de vinhos, com jogadores de alto nível: EUA. Nesta edição, não contaremos com estrelas do porte de Zinfandel, Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir.

Mas há uma turma de peso que está, pelo menos, disputando esta primeira fase.

França: uma das grandes. Múltiplos craques que nunca desapontam: Bordeaux, Pinot Noir, Chardonnay, Champanhe, GSM, etc…

Espanha e Portugal: duas seleções de peso que representam toda a gama de castas autóctones da Península Ibérica. Os dois times estão na ponta dos cascos e têm surpreendido o resto do mundo nos mais variados concursos de vinho. Destaques para Tempranillo, Mencia, Garnacha e Jerez, pela Espanha; Touriga Nacional, Castelão, Alvarinho e Porto, defendendo Portugal.

Alemanha: um time fortíssimo prematuramente eliminado. Nesta copa não teremos Riesling, Gewürztraminer, Sylvaner…

Uruguai e Argentina: dois dos melhores representantes sul-americanos. De um lado Tannat, do outro Malbec. Mas não ficam só nisto. Impossível ignorar os Cabernet Franc e Torrontés argentinos e os Sauvignon Gris e Sauvignon Blanc uruguaios. Olho neles, podem facilmente chegar ao título máximo.

Brasil: está muito bem representado pelos excelentes espumantes que produz. Na linha defensiva temos bons Merlot, Tannat e até umas castas portuguesas.

Austrália: a terra dos Shiraz é outro time interessante. Parece que não vai passar da fase inicial. Pena. Para sorte dos apreciadores, esta relevante casta pode aparecer em outras seleções.

Sérvia e Croácia: ótimos vinhos de ambos países, com potencial para enfrentar qualquer das seleções favoritas. A Sérvia já deixou a competição, mas a Croácia entra em campo com Grasevina, Plavac Mali, Frankovka, entre outros. Pode aprontar.

México: uma surpresa. Um time que volta a surpreender no cenário dos vinhos depois de muitos anos de esquecimento. Sua seleção é formada com as uvas clássicas europeias, nada de muita inovação, mas um time sólido. Vale a pena descobrir mais.

Para terminar, algumas seleções que estão mais para a lanterna do que outra coisa, embora produzam bons vinhos.

Suíça: a casta Chasselas é a mais conhecida. Elaboram vinhos com quase todas as grandes castas europeias. Pequenas produções apenas.

Inglaterra: embora seja um dos maiores consumidores da nossa bebida favorita, sua produção está mais para time de várzea. Alguns espumantes e vinhos brancos apenas razoáveis. São, reconhecidamente, os Cartolas do vinho.

Bélgica: pouca tradição neste ramo, mas apresenta alguns brancos de responsabilidade. Destaques para Chardonnay e Chenin.

Japão: É a terra do Sake, considerados por muitos como um vinho de arroz. Por influência dos Jesuítas, vinificam desde o século XVI. Nada significativo internacionalmente. A casta Koshu é a mais importante localmente. Cabernet Sauvignon e Merlot são outras cepas de referência por lá, com alguns resultados surpreendentes.

A próxima fase está praticamente definida. Duas disputas serão emocionantes: Tannat contra Touriga Nacional; Malbec contra Bordeaux.

Não importa o resultado, ganhamos sempre. Abra um bom rótulo de cada e comemore a vitória ou a derrota do seu time preferido.

É assim que se joga esta Copa.

Alguém arrisca um palpite para a final?

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: uma tripla homenagem. Vinho italiano, uva originária da Croácia, que é famosa nos Estado Unidos.

Primitivo di Manduria DOC Mottura 2015

Cor é vermelho intenso tendendo a violeta. Sua fragrância é jovem, quente e intensa. Já o seu gosto é rico em sabores, aveludado e harmonioso.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Tudo Começa no Vinhedo!

Esta é a máxima dos produtores de vinho. Agrônomos, Enólogos, produtores amadores, negociantes e quem mais trabalhar neste segmente estão sempre com esta ideia na cabeça. De nada adianta ter uma moderníssima e tecnológica vinícola se a matéria-prima não for de excelente qualidade.

O trabalho de campo é intenso, começando pela escolha do terreno, a combinação com o microclima, e a correta orientação. Mais tarde é preciso decidir sobre sistemas de condução, irrigação, tratamentos, culturas que possam ser feitas em paralelo, proteção contra intempéries, poda…

Mas todos concordam que o pronto crucial neste enorme universo é decidir a hora da colheita. Garanto que é uma boa encruzilhada, daquelas que nos fazem recordar o grande poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade:

“E agora José”?

Mais trabalho pela frente e muita gente envolvida.

A rotina básica é coletar amostras, testá-las no campo, ensaiar em laboratório, e provas subjetivas o que envolve um grande conhecimento prático decorrente de vários anos de erros e acertos.

Uma escolha fundamental é decidir de quais parreiras serão retiradas as amostras. Uma regra básica sugere 50 videiras por hectare. A seleção destas plantas pode significar sucesso ou fracasso.

Na busca pelo ponto ideal de maturação, os bagos serão pesados e passarão por diversos ensaios físicos e químicos para determinar os prováveis valores de importantes parâmetros como teor alcoólico, acidez, antocianinas, compostos fenólicos (índice de Folin-Ciocalteu) e flavonoides, que vão indicar a possível coloração final do vinho. Até as borras e bagaços serão avaliados nesta etapa.

O conhecimento empírico dos Agrônomos e Enólogos, é fundamental, resultado de toda a sua experiência. Observam detalhes como a coloração das películas, a facilidade de desprendimento do bago e a sensação tátil e gustativa do mosto.

Muitas vezes a data da colheita (safra), que vai se refletir nos rótulos de vinhos famosos, é decidida desta forma subjetiva. A experiência é arma mais poderosa que a tecnologia.

E você achou que era fácil!

Saúde e bons vinhos.

Vinho da Semana: um belo ‘caldo’ italiano.

Cantina Tollo Biologico Montepulciano D’Abruzzo D.O.P 2016

Apresenta cor rubi intensa com reflexos violetas. Revela aroma de frutas
vermelhas frescas e toque de alcaçuz. No paladar é bem estruturado e macio,
com taninos suaves.

Harmonização: Assados, Salsichas, Queijos meia cura e cremoso, rosbife, massa ao funghi,
terrinas e patês de fígados de frango.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


NOVA DATA – VINHO NA VILA BELO HORIZONTE (*)

O Vinho na Vila, evento itinerante que irá acontecer no bar Benfeitoria, na rua Sapucaí, foi remarcado: a nova data é o fim de semana de 17 a 19 de agosto.

A boa notícia é que a festa ganhou dia extra – a sexta-feira, dia 17/8 –, mais uma oportunidade para provar cerca de 200 rótulos nacionais e de pequenos produtores, com duas horas livres de degustação.

Divulgado por:
Mayra Lopes | Doizum Comunicações
[email protected]
+55.31.9.9795.0364 | +55.31.3889.0364
Rua Antônio de Albuquerque, 377, sl. 8, Savassi, BH, MG
www.doizum.com | facebook.com/DoizumCom

(*) parece que estes eventos estão fadados a terem problemas de organização…

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