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Cozinhado com Vinho – 2

Vinho na gastronomia não vive só de tintos, brancos e rosés. Espumantes, vinhos fortificados, licorosos e os de sobremesa podem ser usados na elaboração de pratos bem específicos.

A regra básica é a mesma: deve-se cozinhar com um vinho que você consumiria sem nenhum problema.

O vinho Madeira é um dos que se destacam neste segmento, o Filé ao seu molho é um dos pratos clássicos dos restaurantes tradicionais. Faz sucesso até hoje sendo frequentemente reproduzido em casa. Invistam numa garrafa autêntica, evitando as imitações baratas. Vale a pena.

Molho de Champagne, para camarões, lagostas, peixes e aves de carne branca, é outra receita que faz bom uso de um vinho que só é lembrado no momento de grandes comemorações. Nada mais errado. Espumantes são formidáveis em qualquer ocasião.

Atribuem a Napoleão uma famosa declaração sobre este vinho, que seria merecido nas vitórias e necessário nas derrotas. Apesar de existir alguma controvérsia quanto ao autor desta máxima, ela demonstra toda a versatilidade das “estrelas engarrafadas”.

O molho de Champagne, que pode ser elaborado com um bom espumante brut, de qualquer origem, é preparado a partir de um Roux (manteiga ou azeite e farinha de trigo em partes iguais), ou com base em creme de leite fresco. Delicado e delicioso.

Chefes de Confeitaria também usam vinhos em seus doces, bolos, tortas e outras delícias. Um dos destaques é o Vinho do Porto.

Duas receitas, com este vinho, muito apreciadas, são a Calda para as Rabanadas natalinas e um Chantilly perfumado com ele (*).

Chefs contemporâneos, sempre em busca de outros caminhos que proporcionem sabores inusitados e que conquistem os paladares mais exigentes, começam a olhar, com carinho, para alguns subprodutos da vinificação, como ingredientes para preparações inéditas.

Alguns destes produtos são obtidos somente a partir de uma vinícola, como é o caso das borras de fermentação. Se utilizada numa marinada é um dos melhores amaciantes para carnes de caça.

Outra novidade é usar o mosto, ainda não fermentado. Um dos pequenos segredos da culinária grega que começa a ser desvendado por outras culturas. Fervido e reduzido, se torna um xarope quase doce que tanto pode ser utilizado em pratos salgados ou em doces.

Para finalizar, mesmo um vinho oxidado ou avinagrado, pode encontrar seu lugar na cozinha. Um dos melhores usos é numa marinada. A maior acidez do vinho oxidado amacia de forma mais rápida, diminuindo o tempo de espera. Mas não use o líquido para mais nada. Descarte, escorra a peça de carne e a seque com papel toalha antes de cozinhá-la.

Molho para salada ficam interessantes com os avinagrados. Dilua na proporção de 60/30 e acrescente outros sabores como ervas. Lembrem-se que haverá algum resíduo alcoólico e, portanto, não deve ser oferecido para todos, indiscriminadamente.

Para terminar, mais alguns conselhos, para usar bem este fabuloso ingrediente:

– Ao reduzir um vinho, numa fervura, acentuam-se suas características dominantes como o tanino ou a acidez. Cuidado com as quantidades que for usar na preparação final. Prove e ajuste;

– Evite marinadas longas com vinho. Embora cumpra bem o papel de amaciar a carne, tende a alterar o sabor, deixando-o mais rústico, se deixada de molho por muito tempo. Evite usar o líquido na cocção;

– Tenha sempre por perto um outro agente culinário como caldos (os de frango funcionam muito bem), passata de tomates ou creme de leite. Ajudam a equilibrar sabores, acrescentar cremosidade e corrigir pequenos excessos;

– Sobrou vinho? Coloque em formas de gelo e congele. Use quando precisar.

Saúde e bons vinhos.

(*) Calda de Vinho do Porto

500 g de açúcar

300 ml de água

Casca de uma laranja

1/2 cálice de vinho do Porto

Preparo:

Misture o açúcar e a água com a casca de laranja. Leve ao fogo e ferva por uns 3 minutos. Acrescente o vinho do Porto, e ferva até o ponto de fio fino. Espere esfriar e sirva sobre bolos, rabanadas, etc…

Chantilly ao Porto

Bata uma xícara de creme de leite (fresco, não serve de lata ou caixa) num recipiente gelado até que comece a firmar.

Acrescente, pouco a pouco, 3 ½ colheres de sopa de Porto e 2 ½ colheres de sopa de açúcar de confeiteiro, batendo até firmar.

Sirva com sorvetes, gelatinas, tortas e bolos. Salpique com pistaches ou nozes picadas.


Vinho da Semana:
um Porto para preparar uma das delícias acima.

Porto Ruby Maynard’s

Este Vinho do Porto Ruby é resultado de uma combinação de jovens Portos selecionados, que estagiou em pequenas pipas de carvalho. Mostra suaves notas de fruta fresca junto a rica textura.

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Novas turmas do bom curso de Iniciação ao Vinho.

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Cozinhado com Vinho – I

Vinho e gastronomia estão embricados, a tal ponto, que muitas vezes é difícil separá-los. Quase ninguém imagina degustar um bom vinho sem ter alguma coisa para harmonizar. Pão, queijo e azeite são os mais populares.

Esta noção é tão enraizada que esquecemos que o vinho é um dos maiores aliados dos grandes chefes de cozinha. Lançam mão deste recurso para acrescentar aromas e sabores a carnes, aves, massas, peixes e frutos do mar, que se tornam verdadeiras obras de arte. Quem nunca ‘entrou’ numa cozinha pode ficar surpreso com a quantidade de pratos clássicos que dependem da nossa bebida favorita e desconhece que algumas técnicas de cozimento usam intensamente o vinho.

Eis alguns destes pratos famosos: Coq au Vin; Beauf Bourguinone, Cioppino (uma caldeirada de frutos do mar) e os saborosos Risottos que caíram no gosto brasileiro. São pratos reconfortantes, tanto para quem os saboreia como para quem os prepara. “Galo ao vinho” era um dos favoritos do meu pai, com quem aprendi a gostar de vinhos e de comida. Sua receita era mágica. Dividia alegremente a garrafa de vinho na proporção de 1 taça para o cozinheiro e outra para o galo. Vocês podem imaginar o resultado…

A esta altura dos acontecimentos, os leitores já perceberam a Regra de Ouro para o vinho na cozinha:

– Utilize um vinho que você goste de degustar.

Principalmente, nada de usar os chamados vinhos de culinária. Da mesma forma, não gaste a sua melhor garrafa. O vinho é um transformador dos alimentos, cabendo ao álcool o principal papel. Ao contrário do que é crença popular, não é completamente evaporado, sobrando algum resíduo que realça os demais componentes de uma receita.

Há uma proporção ideal, um prato encharcado e com sabores alcoólicos marcantes não é nada agradável. Deve ser usado com parcimônia, exceto em preparações muito específicas.

Uma das maneiras mais simples de aproveitar uma sobra de vinho é usá-la para deglaçar (*) a panela onde foi selada uma carne, por exemplo. Ele é perfeito para soltar aqueles pedacinhos que ficam colados no fundo da panela e absorve bem as gorduras e temperos. O líquido obtido é a base para saborosos molhos.

A turma da minha geração vai lembrar, talvez com simpatia, dos assados feitos em casa: a carne ou ave tinha que ficar em ‘vinha d’alhos’, antes de ir para o forno. Esta preparação, vinho e temperos, era um maravilhoso amaciante de carnes. Cada residência tinha sua receita, guardada com certa formalidade por mães, avós e as famosas cozinheiras de forno e fogão. Bons tempos…

Em outras preparações o vinho pode passar a protagonista, como nos Fondues de Queijo. O ácido tartárico combina com o cálcio do leite evitando a coagulação e mantendo a deliciosa textura aveludada deste prato.

A próxima regra a ser observada para quem quer trilhar este caminho é buscar vinhos jovens, secos, com corpo médio a intenso e que não tenham passado por madeira: as notas de carvalho tendem a ficar amargas. As castas Merlot (tinto) e Pinot Grigio (branco) são as referências. Não precisam ser varietais, cortes são bem-vindos.

Vinhos são muito versáteis na culinária. Podem ser usados em sopas, cozidos, assados, como agente deglaçador, como líquido de cozimento para ovos e massas, substituindo água ou algum tipo de caldo.

Técnicas que utilizam vapor ganham novos sabores trocando-se a água por vinho. Peixes e frutos do mar ficam incríveis. Experimentem cozinhar uma massa longa no vinho tinto. Depois de escorrida, salpique alho dourado, pignoli tostado e parmesão.

Semana que vem tem mais. Até lá.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: perfeito para degustar ou cozinhar frutos do mar.

Vinho Branco seco Moscato SARAU

Visual é amarelo palha, límpido e brilhante, com reflexo esverdeado. No olfato, um aroma intenso, franco e elegante, muito frutado onde se destacam as frutas, abacaxi, mamão papaia, banana, pêssego e aroma floral com uma nota flor de laranjeira. Na boca é fresco, muito frutado, persistente e harmônico.

Harmoniza com peixes em geral, camarão, crustáceos, culinária japonesa e oriental, carnes brancas, comidas leves.

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Vina Brasilis – Rômulo – [email protected] – (21) 99515-1071

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Não deixem de prestigiar estes eventos:



Ainda há vagas para a minha aula sobre vinhos.

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Data: 26/10/2017 – 5ª feira

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Informações: (21) 3496-6894 / WhatsApp: (21) 98079-2888

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(*) “Deglaçar” vem da palavra francesa déglacer que significa dissolver em líquido. Depois que as carnes ou hortaliças forem douradas, junte ao recipiente (panela, frigideira ou assadeira), em fogo alto, água (ou vinho ou caldo ou cerveja ou suco). Com a colher de pau, mexa e raspe as bordas e base para soltar os resíduos, dissolvendo-os para que sejam incorporados ao Molho ou Fundo.


Harmonizando Vinhos, Pessoas e Ocasiões

Qualquer bom enófilo tem um prazer todo especial ao escolher os vinhos que serão servidos num evento, seja ele uma refeição, uma comemoração ou pelo simples prazer de sacar uma rolha.

Longe de ser uma ciência, a harmonização é uma arte que envolve múltiplos conhecimentos que abrangem desde sólidas noções de gastronomia, conhecimentos enológicos específicos e uma boa dose de cultura e sensibilidade por parte do anfitrião:

Não se abre uma boa garrafa de vinho para qualquer um, impunemente…

Para não cair em armadilhas e desperdiçar um bom caldo com pessoas ou ocasiões inadequadas, vamos apresentar algumas ideias para, literalmente, harmonizar tudo isto.

O primeiro fator a ser levado em conta é:

Quem vai degustar os vinhos escolhidos?

O segundo é a ocasião: quando?

Estes pontos devem ser olhados com especial atenção, afinal, não é qualquer pessoa que sabe apreciar uma daquelas garrafas míticas que ficaram guardadas, sob severa vigilância, para serem abertas em uma data especial.

Particularmente, acho que existem ocasiões certas para determinados vinhos.

Por exemplo: como o ano já está terminando, vamos olhar para o tradicional almoço de Natal ou o churrasco de ano novo. Não são os momentos para servir o que há de melhor de nossa adega. Grandes vinhos pedem, pelo menos, um momento de introspecção.

Já imaginaram abrir um bom Bordeaux para acompanhar os acepipes da mesa de Natal e ter que degustá-lo junto com a alegria das crianças ao descobrir o que ganharam de presente ou mesmo enfrentar um ruidoso Amigo Oculto?

Ou que tal ficar disputando, com um monte de animados cervejantes, qual a melhor combinação com a macia picanha: o robusto tinto que você diligentemente adegou por um longo tempo ou a Sk**l que trouxeram do supermercado?

Pode ter certeza, não vai rolar…

Por outro lado, há vinhos para estas ocasiões. Não precisa ser um Petrus, mas um bom vinho que possa surpreender nossos convidados e, quem sabe, desbravar este delicioso caminho para alguns não iniciados.

O truque é muito simples:

– Escolha tintos muito suaves, redondos e fáceis de beber.

A casta Merlot reina aqui, mas não está sozinha. Da Puglia, Itália, podemos buscar vinhos elaborados com a Negroamaro, sempre muito frutados. Nesta mesma região temos a Primitivo, outra boa opção, mas eu ficaria com sua versão norte-americana, a Zinfandel. Da África do Sul, a Pinotage é outra casta que tem seus encantos.

Prefira vinhos mais jovens, aromáticos, bem frutados, com uma bonita cor. Para os iniciantes isto é um indicativo de qualidade. Evite os vinhos amadurecidos. Aromas “terciários” só para os experts.

– Se a opção for um branco, o leque pode ser bem maior. Sauvignon Blanc do Novo Mundo, com seu viés frutado é sempre uma agradável surpresa. O Torrontés argentino, de boa qualidade, é outra escolha segura. Uma aposta diferente são alguns brancos regionais italianos como Verdicchio, Falanghina, Vermentino e o Pinot Grigio: surpreendentes!

– Não poderia deixar de mencionar os rosados. Ainda estão na moda e os produzidos na América do Sul encantam facilmente. As grandes estrelas são os da Provence, França, nem sempre com preços acessíveis, mas vale a pena procurar.

– Deixe os espumantes para brindar, preferindo sempre os de preço convidativo. Os produzidos no Brasil são o destaque neste setor.

Reserve o Champanhe para aquele momento a dois.

Este mesmo raciocínio vale para festas de casamento, aniversários ou outras comemorações que envolvam muitos convidados. Sirva um vinho de qualidade, adequado ao momento. Ninguém vai estar preocupado com rótulos caros e sim com um ambiente simpático e animado.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: eu serviria no meu Natal.

Beranu Vermentino di Sardegna DOC 2015

Cor amarelo palha com reflexos verdeais. Aromas marcantes e frutados. Em boca é intenso, com longa persistência.

Harmonização: Mariscos, Pasta à Carbonara, Peito de frango, Peixada, Queijo de Cabra, Risoto à milanesa, Salada de legumes, Salmão fresco.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


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Data: 26/10/2017 – 5ª feira

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Argentina Wine Awards 2017

Este é o concurso de vinhos mais importante para o consumidor brasileiro, não só pela seriedade com que é realizado, mas pelo fato dos vinhos premiados estarem, quase sempre, disponíveis em nosso mercado.

Os vinhos argentinos são os que mais aprecio, comparados com os outros vizinhos, Uruguai e Chile. Há uma razão, são vinhos produzidos por quem tem o hábito de consumi-los regularmente, e isto faz toda a diferença.

O produtor argentino soube se modernizar, deixando de lado a casta Criolla, entre outras, e abraçando a Malbec, que ressurge no cenário mundial por conta da curiosidade e habilidade de um dos mais renomados enólogos, o norte americano Paul Hobbs. Apoiado por Nicolas Catena, cria um novo vinho, hoje reconhecido e copiado, o Malbec Argentino.

Enologia e agronomia são ciências importantes naquele país que soube ir além de monocastas e, atualmente, brilha com uma impressionante variedade de opções de vinhos e terroirs. A mais recente novidade é reconhecer novas áreas de cultura, ou indicações geográficas, como La Consulta, Los Chacayes, Altamira e Tunuyán.

O AWA leva isto tudo em consideração e tem, como resultado, não um hipotético “melhor vinho”, mas diversos vinhos laureados nas categorias que contemplam: preço de venda ao consumidor, região produtora e tipo de vinho. Um resultado que demonstra a maturidade de produtores e associações que organizaram esta prova (Wines of Argentina e a Corporação Vitivinícola Argentina (COVIAR)), ao contrário do que acontece no nosso país que fazem um tremendo alarde com um falso resultado de “5º melhor vinho do mundo”, obtido num concurso sem nenhum peso e disputando com outros vinhos tão desconhecidos quanto os nossos. Melhor seria se diminuíssem este ufanismo todo e reconhecessem que foram, apenas, o quinto melhor vinho, daquele concurso. E só…

Um corpo de jurados internacionais, com representantes da China, EUA, Reino Unido e Argentina, escolheram os melhores do AWA de acordo com os critérios citados.

Troféus Regionais:

– Vales do Norte – Colomé Malbec 2015, Bodegas Colomé;

– Vales de San Juan e Rioja – Bodega Salentein, Pyros Special Blend 2013;

– Vales de Mendoza – Grand Medal Cabernet Franc 2014, Bodega Trapiche;

– Vales Patagônicos e região Atlântica – Grand Reserve of the End of the World 2013, Bodega del Fin del Mundo.

Troféus por categoria:

– Fabre Montmayou Reserva Malbec, 2016 – Bodegas Fabre S.A.

– Doña Paula 969, 2017 – Doña Paula

– Cocodrilo Corte, 2015 – Viña Cobos SA

– Riccitelli & Father, 2014 – Riccitelli Wines

– Finca Los Nobles Cabernet Bouchet, 2012 – Bodega Luigi Bosca /Familia Arizu

– Santiago Graffigna, 2014 – Bodegas Graffigna

– Alta Vista Premium Extra Brut – Alta Vista

– Agostino Familia White Blend, 2014 – Finca Agostino Hnos. S.A.

– Cadus Vistaflores Appellation Chardonnay, 2016 – Cadus Wines

– Gran Medalla Cabernet Franc, 2014 – Trapiche

– Santa Julia Reserva Malbec, 2016 – Bodega Santa Julia

– Tito Zuccardi Paraje Altamira, 2015 – Bodega Zuccardi Valle De Uco

– Santa Julia Reserva Malbec Cabernet Franc, 2016 – Bodega Santa Julia

– Rutini Apartado Gran Malbec, 2014 – La Rural Viñedos y Bodegas SA Ltda

– Grand Reserve Del Fin Del Mundo, 2013 – Bodega Del Fin Del Mundo

– Colomé Malbec, 2015 – Bodega Colomé

– Cafayate Gran Linaje Torrontés Cosecha Tardía, 2015 – Bodegas Etchart (Pernod Ricard Argentina S.R.L.).

Tintos, brancos, cortes, espumantes e vinhos de sobremesa. Fácil entender o tema escolhido para este ano:

‘Breaking new ground’ ou ‘Explorando novos territórios’.

A relação completa está neste link: Ganhadores AWA 2017

Saúde e Bons vinhos!


Para leitores do Rio e Niterói:

Nova turma para a minha aula sobre vinhos.

Uma grande oportunidade para nos encontramos e degustar vinhos especialmente selecionados.

 

 

 

Data: 26/10/2017 – 5ª feira

Horário: 19:00 às 22:00

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Investimento: R$ 150,00

Informações: (21) 3496-6894 / WhatsApp: (21) 98079-2888

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Vinho da Semana: para enfrentar a concorrência, um bom vinho da Serra Catarinense, elaborado pela Vinícola Santa Augusta.

Cabernet Sauvignon/ Merlot MAESTRIA

Elaborado a partir das uvas Cabernet Sauvignon (70%) e Merlot (30%), amadurecido em barricas novas de carvalho francês durante o período de 8 meses. Seu visual é vermelho rubi, com reflexos violáceos, límpido. No olfato, um aroma fino, frutado e franco com média intensidade, com notas de amora, ameixa seca e uma nota discreta de vegetal e de tostado. Na boca tem ótima acidez, os taninos não agressivos, harmônico e persistente.

Harmonização: carnes vermelhas, aves, caças, massas condimentadas com molhos de carne e queijos de sabor intenso.

Compre aqui:

Vina Brasilis – Rômulo – [email protected]    (21) 99515-1071

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Abaixo a Ditadura!

Ela também existe no mundo do vinho e está tão enraizada na nossa forma de comprar e degustar que nem a percebemos.

Bordeaux e suas duas grandes castas, Cabernet Sauvignon e Merlot, além do mais que copiado corte Bordalês é uma destas ditaduras. Somos tão bombardeados que quase é uma obrigação comprar vinhos com estas características e são, quase sempre, as primeiras opções ao se tentar harmonizar uma refeição, seja em casa ou num restaurante.

Produtores do Novo Mundo tentam fazer um desvio nesta história, enfatizando as maravilhas de algumas de suas uvas, ditas emblemáticas, que na verdade são uvas do Velho Mundo renascidas em algum canto. Exemplos não faltam: Malbec argentino, Carménère chileno, Zinfandel norte americano…

Portugal, Itália e Espanha são honrosas exceções que valorizam, acima de tudo, suas uvas típicas, muitas delas pouco conhecidas fora de suas regiões produtoras que, numa ‘democracia vínica’, poderiam competir em igualdade de condições com as nobres castas que dominam o cenário mundial.

Nomes pouco comuns por aqui podem fazer a alegria de muitos enófilos, até pelo prazer de encontrar uma garrafa elaborada a partir de castas como Bobal, Marsanne, Roussanne, Barbera. Não chegam por aqui facilmente por serem pouco conhecidas e difíceis de vender.

Um bom exemplo é o italiano Barbera, um dos mais fáceis de encontrar no nosso país. Não é apreciado corretamente e leva a injustificada fama de ser um vinho ‘de segunda’.

Nada mais errado.

Típica da região do Piemonte, onde é uma das castas mais plantadas e populares, dá origem a vinhos que podem ser elaborados de forma mais leve, para o consumo diário ou ser vinificado para ser amadurecido, se mostrando bem encorpado, frutado e com marcante acidez, o que sugere que seja consumido um pouco mais frio que habitualmente. Excelente harmonização com salmão defumado.

Outra casta que merece uma atenção é a espanhola Bobal, nativa da região de Valência. Foi utilizada, durante muitos anos, para acrescentar coloração e acidez aos cortes elaborados a partir da Cabernet Sauvignon e de outra uva espanhola, a Monastrel.

Atualmente a Bobal está em voo solo. É uma cultivar tão versátil que até ótimos espumantes são feitos a partir dela, além de jovens Rosés, o vinho da moda para o verão.

Seguindo nesta trilha há muitas outras opções que devem ser provadas. De Portugal temos excelentes escolhas como os tintos da uva Baga da região da Bairrada, ou os bons Carignan elaborados no Chile, Sardenha e Languedoc- Roussillon.

Há ditaduras também entre os brancos. Que tal trocar a dobradinha Chardonnay e Sauvignon Blanc pelos bons Sémillon sejam de Bordeaux ou da África do Sul, pelo Torrontés argentino, ou ainda, o Albarinho/Alvarinho da península Ibérica e do Uruguai?

Opções não faltam, então, mais uma vez, “Abaixo a Ditadura”!

Saúde e bons vinhos.

Vinho da Semana: um Bobal que foi muito apreciado numa reunião, recente, da Confraria da Lagoa.

Madame Bobalu 2015

Composto de 100% da casta Bobal. Com o seu caráter único e complexidade de ter desfrutado de longa insolação, nos surpreende com um caldo requintado de cor cereja, intensa. O paladar mostra grande variedade e nuances ligeiramente lenhosas combinada com aromas predominantes que lembram frutas escuras.

Harmonização: Fondue de queijo, Guacamole, Mascarpone, Massas ao molho branco, Mexilhões em molho apimentado com coentro, Moqueca, Omelete com queijo branco.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Aula sobre vinhos na Maison du Chef em outubro

Data: 26/10/2017 – 5ª feira

Horário: 19:00 às 22:00

End: Shopping Cidade Copacabana

Rua Siqueira Campos 143

Investimento: R$ 150,00

Instrutor: Tuty Pinheiro

Informações: (21) 3496-6894 / WhatsApp: (21) 98079-2888

E-mail: [email protected]

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