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Os Melhores de 2017 – II

Começamos esta segunda relação de melhores com o resultado da Grande Prova de Vinhos do Brasil. A foto, acima, mostra a impressionante quantidade de amostras que foram inscritas neste concurso: 821 produtos, entre vinhos e sucos de uva, um recorde!

Um competente corpo de jurados escolheu os melhores em 33 categorias. Somente os vencedores são divulgados. Apresentamos, a seguir, cinco categorias que são representativas da produção brasileira.

Tinto Merlot (empate): Salton Desejo 2011 (Campanha Gaúcha, RS); Miolo Merlot Terroir 2012 (Vale dos Vinhedos, RS)

Branco Chardonnay: Casa Verrone Speciale Chardonnay 2015 (Divinolândia, SP)

Espumante Branco Brut Champenoise: Viapiana 575 dias (Flores da Cunha, RS)

Espumante Rosé Brut Champenoise: Cave Geisse Terroir Rosé Brut 2010 (Pinto Bandeira, RS)

Doces e Fortificados: Salton Intenso (Serra Gaúcha, RS)

A lista completa neste link: http://paladar.estadao.com.br/noticias/bebida,conheca-os-30-campeoes-da-grande-prova-vinhos-do-brasil,10000066827

Nos mesmos moldes, que talvez tenha inspirado o concurso brasileiro, o Decanter World Wine Awards examinou 17.200 amostras inscritas, numa mega degustação que envolveu 219 julgadores, entre os quais, 65 Masters of Wine e 20 Masters Sommeliers.

Os vencedores recebem medalhas de platina, ouro, prata e bronze ou apenas uma ‘recomendação’, o que já vale muito. O grande destaque vai para os vinhos que recebem o galardão de Melhores do Evento – Medalha de Platina. Nesta edição foram 34 premiados.

Destacamos, entre eles, alguns vinhos sul-americanos:

Amalaya Blanco de Corte Torrontés-Riesling (ARG)

Bodega Garzón Single Vineyard Tannat (URU)

Bodegas Fabre Fabre Montmayou Reservado Cabernet Franc (ARG)

Grupo Peñaflor Waxed Bat Reserve Cabernet Sauvignon-Malbec (ARG)

Valdivieso Single Vineyard Chardonnay (CHI)

27 vinhos brasileiros receberam prêmios, destaque para o Vista do Chá, um Syrah da vinícola Guaspari, Medalha de ouro.

A lista completa neste link: http://awards.decanter.com/DWWA/2017

Um dos sites que sempre consultamos, o VinePair, também publica sua relação de melhores, neste caso limitada a 50 vinhos. Por ser uma publicação eletrônica dedicada aos vinhos e outras bebidas alcoólicas, degustam uma enorme quantidade de garrafas durante o ano. Segundo eles, a escolha dos melhores é decidida em longos debates entre os editores residentes, autores convidados e alguns experts.

Os 10 melhores:

1. Elvio Cogno ‘Bricco Pernice’ Barolo 2012

2. Pierre Gonon Saint-Joseph 2015

3. Bérêche et Fils ‘Brut Réserve’ NV

4. Cain Vineyard and Winery ‘Cain Five’ 2012

5. Alkoomi ‘Black Label’ Riesling 2016

6. Villadoria Barolo Riserva 2010

7. Turley Wine Cellars ‘Bechtoldt Vineyard’ Cinsault 2016

8. Renato Ratti ‘Ochetti’ Nebbiolo d’Alba 2015

9. Badenhorst Family Vineyards ‘Secateurs’ Chenin Blanc 2016

10. Bodegas Ontañon Rioja Gran Reserva 2005

Interessante resultado, com vinhos muito em conta. Na relação acima, variou de US$ 14.00 a US$ 125.00.

A lista completa neste link: https://vinepair.com/articles/best-wines-2017/

Na próxima coluna, encerraremos esta série sobre os melhores, com mais alguns resultados curiosos.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: uma sugestão da Vinícola Santa Augusta, que poderia estar em qualquer destas listas.

Moscato Giallo Santa Augusta

Visual é amarelo palha e límpido. Aroma fino, frutado e franco de grande intensidade, com notas de mamão papaia, flor de laranjeira, mel, abacaxi e floral.

Frutado, com uma boa acidez, harmônico e persistente.

Harmoniza com peixes e frutos do mar, excelente com ostras gratinadas, massas de molhos leves, risotos e carnes brancas.

Compre aqui:

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Os Melhores de 2017 – I

Listas não faltam, há para todos os gostos. Algumas são famosas e importantes, outras são apenas curiosidades. A partir desta semana, vamos fazer um resumo do que já foi divulgado até a presente data, sem nenhuma pretensão de esgotar o assunto.

O resultado mais influente, atualmente, é o Top 100 da revista Wine Spectator. Com a dita aposentadoria de Robert Parker e a mudança editorial na Wine Advocate, a lista dos melhores da Spectator é aguardada com enorme expectativa por enófilos e comerciantes do mundo do vinho.

Eles vão soltando os 10 melhores aos poucos, até divulgarem todos os premiados. Vamos ao que interessa:

1 – Duckhorn Merlot, Napa Valley, Three Palms Vineyard, 2014

2 – K Syrah, Walla Walla Valley, Powerline Estate, 2014

3 – Château Coutet, Barsac, 2014

4 – Casanova di Neri Brunello di Montalcino, 2012

5 – Château de St.-Cosme, Gigondas, 2015

6 – Domaine Huët, Vouvray, Demi-Sec Le Mont, 2016

7 – Château Canon-La Gaffelière, St.-Emilion, 2014

8 – Meyer Cabernet Sauvignon, Napa Valley, 2014

9 – Pahlmeyer Chardonnay, Napa Valley, 2015

10 – Booker Oublié, Paso Robles, 2014

Bastante eclética, há um pouco de tudo. Destaque para o Syrah de Walla Walla, estado de Washington, EUA, uma pérola que venho mencionando há muito tempo. Surpresa total para um Merlot em 1º lugar. Depois do filme Sideways, esta grande uva foi bastante discriminada e marginalizada. Volta com força total.

A lista completa neste link: http://top100.winespectator.com/lists/

Outra publicação de respeito é a Wine Enthusiast, um magazine da geração on line. Sua relação dos 100 melhores difere da anterior em critérios de seleção e de julgamento. Tem um público alvo bem definido.

Os melhores:

1 – Gary Farrell 2015 Russian River Selection Chardonnay

2 – Produttori del Barbaresco 2011 Rabajà Riserva

3 – Alta Vista 2013 Single Vineyard Temis Malbec

4 – Trimbach 2013 Réserve Riesling (Alsace)

5 – Alvear NV Solera 1927 Pedro Ximénez

6 – Williams Selyem 2014 Coastlands Vineyard Pinot Noir (Sonoma Coast)

7 – Abbazia di Novacella 2015 Praepositus Kerner

8 – Château Vignelaure 2016 Rosé

9 – Taylor Fladgate NV 325 Anniversary

10 – Easton 2014 Old Vine Rinaldi Vineyard Zinfandel

Esta lista tem um forte apelo econômico, são vinhos acessíveis e muito interessantes. Uma nítida tendência aos produtos norte-americanos. Um dos seus critérios é a disponibilidade naquele país. Destaque para o Alta Vista da Argentina.

A lista completa neste link: http://www.winemag.com/toplists/enthusiast-100-2017/

O crítico James Suckling tem grande influência nos países orientais, o que não é pouco, se levarmos em conta que a China, hoje, é o maior mercado consumidor. Sua lista se baseia nos 16.000 vinhos que provou durante o ano, tarefa que contou com ajuda de alguns colaboradores. Passou um longo período na América do Sul, o que influenciou a sua lista. Eis os 10 melhores:

1 – Almaviva Puente Alto 2015

2 – Petrolo Valdarno di Sopra Galatrona 2015

3 – Seña Valle de Aconcagua 2015

4 – Vasse Felix Cabernet Sauvignon Margaret River Tom Cullity 2013

5 – Clos Apalta Valle de Colchagua 2014

6 – Catena Zapata Chardonnay Mendoza Adrianna Vineyard White Stones 2014

7 – F.X. Pichler Riesling Wachau Ried Kellerberg Smaragd 2016

8 – Littorai Pinot Noir Sonoma County Sonoma Valley Sonoma Coast The Haven Vineyard 2015

9 – Fattoria Le Pupille Maremma Toscana Saffredi 2015

10 – Château Ducru-Beaucaillou St.-Julien 2014

Muito pessoal, mas importante para os consumidores brasileiros. Faz justiça aos ícones chilenos e argentinos. O destaque fica para o 11º lugar, nada menos que o Vega Sicilia Unico 2006, um vinhaço.

A lista completa neste link: https://www.jamessuckling.com/wine-tasting-reports/top-100-wines-2017/

Na próxima coluna apresentaremos mais algumas listas, entre elas, uma brasileira.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: um espumante eleito “Melhor Vinho do Ano” pelo Guia Adega Vinhos do Brasil 2017/2018, principal referência de vinhos nacionais.

Adolfo Lona Orus “Silvia 1972” – $$$

Um Nature Rose Clair, elaborado com as uvas tintas Merlot e Pinot Noir.

Profundo e com notas de fruta vermelha mais madura, cheio de cremosidade, bom volume de boca, acidez vibrante e final cheio e persistente, com traços minerais, de ervas, de morangos e de frutos secos.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


ENÓLOGO PORTUGUÊS CARLOS LUCAS PROMOVE DEGUSTAÇÕES NA CASA RIO VERDE, EM BELO HORIZONTE

A importadora de vinhos Casa Rio Verde recebe Carlos Lucas, um dos mais respeitados enólogos de Portugal e mundialmente conhecido, particularmente pelo trabalho realizado na região do Dão.

O enólogo vem a Belo Horizonte especialmente para participar de degustações com sommeliers, formadores de opinião e clientes da Casa Rio Verde e do VinhoSite, e-commerce da importadora, dias 27 e 28 de novembro.

Na oportunidade, serão degustados os seguintes vinhos:

• Ribeiro Santo Encruzado Reserva Dão DOC safra 2015

• Flor de Maio Regional Alentejano Safra 2015

• Vinha do Reino Tinto Douro DOC Safra 2013

• Ribeiro Santo Tinto Dão DOC Safra 2014

• Tom de Baton Douro DOC Safra 2014

• Ribeiro Santo Touriga Nacional Reserva Dão DOC 2013-


SERVIÇO – DEGUSTAÇÃO COM O ENÓLOGO CARLOS LUCAS

• Dia 27 (segunda-feira) – 19h30 – apresentação a clientes

• Dia 28 (terça-feira) – 15h30 – apresentação a Sommeliers

• Dia 28 (terça-feira) – 19h30 – apresentação a formadores de opinião

LOCAL: Loja da Praça Marília de Dirceu – 104 – Bairro Lourdes – BH

INGRESSOS: R$60 – https://www.vinhosite.com.br/degustacao/p

Estereótipos

Para muitos, vinificar pode ser visto como uma arte, mas a parte mais difícil é vender o vinho. Tanto na elaboração quanto na comercialização, sofisticadas técnicas são utilizadas que vão desde como escolher o ponto de colheita ideal, passam pela minuciosa seleção de leveduras e encontram uma espécie de ponto final nas decisões sobre rótulos, garrafas e estilos de vinhos para este ou aquele mercado.

Note-se que estas técnicas não são exclusivas para a produção de vinhos. Cervejas e refrigerantes utilizam ideias similares há muito tempo.

Um dos dogmas que os vinhateiros se valem para decidir o que e como vinificar se apoia na ideia que homens e mulheres têm gostos (muito) diferentes ao escolher e degustar um vinho.

Dois estudos recentes (*) demonstraram que as diferenças são mínimas e muito sutis. As escolhas feitas pelos dois gêneros estão, muito mais, baseadas em fatores externos como preço, aparência e ocasião. O peso do tipo ou gosto do vinho é bem menor do que se imaginava. Pensar que mulheres preferem vinhos doces e que os homens escolhem tintos encorpados está se tornando um estereótipo ultrapassado.

Cada um destes estudos trilhou um caminho bem diferente. O Autor Jeffrey C. Bodington analisou, estatisticamente, os resultados de 23 diferentes concursos de vinhos, totalizando uma amostra de 900 vinhos provados.

Separou, por gênero, masculino ou feminino, as classificações originais baseadas nas notas de degustação de cada juiz e aplicou testes clássicos de correlação estatística entre os grupos obtidos. As médias e desvio padrão eram similares, demonstrando que esta diferença é inexistente ou muito difícil de ser comprovada. Em 90% dos resultados, as escolhas entre os julgadores homens ou mulheres, era a mesma.

Um segundo estudo, conduzido apenas na Califórnia, pesquisou quais as uvas preferidas por um sexo ou outro na hora de escolher um vinho. O quadro, a seguir, apresenta este resultado:

Um observador mais atento vai notar que há uma tendência aos tintos em relação aos brancos, não importando o gênero. Zinfandel branco, na verdade um rosado muito claro, é uma preferência feminina. Chardonnay, a grande uva branca para os norte-americanos, apresenta um bom equilíbrio entre os seus apreciadores de ambos sexos. Cabernet Sauvignon e Merlot reinam entre as tintas.

Há vários desdobramentos possíveis ao serem analisados estes resultados, desmontando a ideia preconcebida que que existem vinhos específicos para homens e mulheres.

Por outro lado, Alicie Feiring, autora e blogueira sobre vinhos, em um post de 2012 (**), chamou a atenção para uma importante diferença: Sommelières trabalham de forma bem diferente dos seus pares masculinos.

Estas seriam as principais diferenças:

– Mulheres tendem a reagir de forma emocional, inclusive com relação ao vinho;

– São mais conscientes com relação ao preço, evitando extorquir o cliente;

– As cartas de vinhos elaboradas por elas são muito pessoais;

Quem sabe se, numa destas pesquisas, não descobrem que são os homens quem mais apreciam os vinhos doces e os rosados?

Saúde e bons vinhos, para ele e para ela!

(*) – https://www.cambridge.org/core/journals/journal-of-wine-economics/article/wine-women-men-and-type-ii-error/E8D6A129DE0FEA84BAE16313180AF227

https://www.winebusiness.com/news/?go=getArticle&dataid=108156

(**) http://www.alicefeiring.com/blog/2012/07/are-some-of-the-most-interesting-wine-lists-in-nyc.html

Vinho da Semana: já pensando no final de ano, um excelente espumante da Vinícola Santa Augusta

Espumante Nature Rosé Santa Augusta

Elaborado com Cabernet Sauvignon (45%), Merlot (20%), Malbec (20%), Montepulciano (12,5) e Cabernet Franc (2,5%), seu visual é rosa salmão claro, seu perlage é fino, abundante e persistente. No olfato, um aroma fino e delicado com notas de frutas vermelhas como amora, morango e florais lembrando rosas. Na boca tem ótima acidez, é equilibrado, tem boa cremosidade, persistente e com retro-olfato agradável e frutado.

Compre aqui:

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Presenteando com Vinho

Uma das participantes da Aula sobre Vinhos que ministrei, recentemente, na Maison du Chef, colocou esta interessante questão: Como escolher um vinho para levar ou presentear?

Múltiplos aspectos devem ser considerados antes de fazer esta escolha, mas não é uma tarefa difícil ou impossível. Com um pouco de organização podemos simplificar e diminuir, consideravelmente, as opções.

Para fazer uma hipotética escolha perfeita, precisamos saber: qual o tipo de evento, o gosto do presenteado ou anfitrião, o que vai ser servido ou se o vinho que vamos levar vai ser consumido logo.

A questão chave é saber se a garrafa que vamos levar será um presente, para ser degustada quando e onde o anfitrião quiser, ou se será aberta para acompanhar algum prato específico. Cada situação pede um vinho que podem ser diametralmente opostos.

Atender ao gosto do presenteado é a situação mais simples: levem um tinto ou um branco que agrade ao nosso amigo.

Para harmonizar com algo que será servido podemos seguir desde a clássica regrinha de “carne vermelha com tintos…”, ou sermos um pouco mais sofisticados e harmonizar da seguinte forma:

– Vinhos leves para comidas leves;

– Vinhos encorpados com pratos mais pesados.

Há um complicador aqui: como identificar um ‘vinho encorpado’?

As boas lojas de vinho e os bons supermercados dispõe de profissionais capazes de fazer as indicações corretas. Se, por outro lado, desejamos fazer esta escolha pessoalmente ou numa compra on line, nada é melhor que termos provado o vinho alguma vez. Uma analogia que é muito útil para entendermos estas sutilezas de estilos é imaginar as diferenças com alimentos que aparecem rotulados como integrais ou light. Com o vinho é muito semelhante, funciona sempre.

Outras regrinhas que podem ser seguidas com facilidade:

– Acidez harmoniza com vinhos mais ácidos. Um Sauvignon Blanc seria a escolha correta para acompanhar uma salada com molho à base de vinagre ou limão e azeite;

– Sal e gordura são fatores que pesam muito na escolha do vinho certo. Podem amenizar as sensações tânicas, seja com uma massa com molho cremoso ou um corte de carne marmorizada.

Em linhas gerais, estas mesmas regrinhas podem ser usadas para uma reunião tipo Queijos e Vinhos: queijos suaves com vinho branco, queijos duros com tintos.

A escolha mais difícil será quando não obtivermos nenhuma destas respostas. Uma verdadeira compra às cegas.

Existem alguns vinhos que funcionam como um curinga do baralho. Agradam a quase todos os paladares e combinam com uma infinidade de pratos.

Da famosa região de Saint Emilion, em Bordeaux, vem o primeiro destes vinhos, um bom Merlot, seja ele varietal ou em um corte com Cabernet Franc. Um clássico.

St. Emilion é a maior e mais antiga região produtora de Bordeaux, remontando ao tempo dos Romanos. O seu vinho típico tem textura rica e aveludada, sobressaindo aromas e sabores de ameixas, alcaçuz, amoras, chocolate e cerejas maduras. Quando associado ao Cabernet Franc, surgem notas florais e de especiarias. O vinho ganha estrutura e um pouco mais de tanicidade.

Ao redor do mundo, todos os produtores de Merlot buscam este mesmo equilíbrio. No Brasil existem excelentes produtores que trabalham esta casta com maestria.

Quando pensamos em harmonizações, a versatilidade é enorme: carnes, grelhadas, assadas, cozidas ou na brasa; caça, aves, suínos, diversos tipos de cozidos e até pescados, dependendo da forma de preparo.

Pode ser servido para acompanhar queijos macios ou duros, sendo considerado um vinho perfeito para harmonizar.

Mas não reina sozinho. Não menos versátil, o Pinot Noir é outra boa escolha. Nem sempre é bem compreendido, principalmente por sua coloração mais clara. Mas não lhe faltam estrutura, aromas e sabores, quando bem vinificado. É a escolha dos especialistas.

Por último, os espumantes. Não tem como errar aqui. São os verdadeiros quebra-galhos e conseguem proezas como acompanhar uma feijoada, tipicamente brasileira, num verão escaldante.

Uma última recomendação: só levem um vinho gelado se tiverem certeza que será aberto naquele momento.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: bom e versátil.

Vega Sindoa Merlot 2014

Cor vermelho púrpura brilhante. Aromas intensos de frutas maduras como ameixa e toques de chocolate e grãos de café. Em boca é jovem, macio, tem média estrutura, boa acidez e um final de boca elegante e com boa persistência.

Harmonização: Carnes moída com vegetais, Paleta assada, Massa com funghi no tomilho, Pastelão/Carne, Peru assado, Porco, Presunto, Queijo Prato.


CASA RIO VERDE: 1º LUGAR NA SELEÇÃO DA “ENCONTRO GASTRÔ  2017”  COM O BRANCO PULPO ALBARIÑO 2015

O vinho Pulpo Albariño 2015, importado com exclusividade pela Casa Rio Verde, de Belo Horizonte, ganhou o 1º lugar em teste cego realizado pela Revista Encontro Gastrô 2017/2018, a principal referência em publicação gastronômica em Minas Gerais. No certame do ano passado, a importadora mineira também faturou o 1º lugar na seleção de Brancos, com o Offida Pecorino de Angelis 2014.

A proposta do concurso é mostrar vinhos até R$100 de excelente qualidade e custo/benefício. Em teste às cegas, foram avaliados vinhos de nove importadoras com atuação em Belo Horizonte. Participaram da avaliação os sommeliers: Denis Marconi, Renato Costa e Robson Santiago.

De importação exclusiva da Casa Rio Verde, o campeão Pulpo Albariño 2015 (R$99,90) leva a assinatura da vinícola espanhola Pagos del Rey. É descrito pelo júri, como “límpido e brilhante no olfato. Destacam-se as flores brancas e os aromas de pêssego e damasco. Na boca é fresco, frutado, volumoso e de final longo”.

O vinho premiado é encontrado nas cinco lojas físicas da Casa Rio Verde e também no VinhoSite (https://www.vinhosite.com.br/vinhos/pulpo%20albari%C3%B1o%202015), loja virtual da importadora.

Vinhos não filtrados: modismo?

Não faltam tendências no mundo do vinho. Se combinarmos os diferentes ‘terroirs’, a variedade de castas e as técnicas de vinificação, temos farto material para criar infinitos ‘trends’, palavrinha do momento que, na falta de termo mais adequado, tenta reunir debaixo de um só guarda-chuva tudo que pode acontecer no universo do vinho.

Muitas vezes são pequenos detalhes que passam desapercebidos pelos consumidores menos atentos. Um dos mais comuns é o tipo de recipiente utilizado para a fermentação, quase nunca declarado em rótulos ou contrarrótulos. A variedade é grande passando por diferentes materiais como aço, madeira, cerâmica, concreto e até materiais plásticos. Cada um exige uma técnica específica, obtendo-se vinhos bem distintos entre si.

Depois de fermentados, que é o principal processo na elaboração dos vinhos, o líquido obtido passa por uma série de outros procedimentos que, durante muito tempo, forma considerados como padrões, entre eles a clarificação e a filtragem.

Estas duas operações têm por objetivo remover uma série de impurezas, como os resíduos de fermentação, bactérias, entre outros, deixando a parte líquida limpa, estabilizada e com uma excelente aparência. Alguns produtos de origem animal, como clara de ovos ou uma espécie de gelatina obtida a partir da bexiga natatória de peixes, são usados na clarificação, o que chamou a atenção dos produtores que seguem a linha de vinhos naturais, orgânicos, biodinâmicos e veganos.

Embora existam agentes clarificadores de origem não animal e alguns sintéticos, o que também não respeita a cartilha de algumas destas linhas de produção, diversos vinificadores estão abandonando, pelo menos num primeiro momento, estas duas técnicas, deixando, apenas, que os vinhos decantem naturalmente seus sólidos em suspensão, o que exige um tempo bem maior de produção, impactando no preço final.

Apesar de não ser uma unanimidade, há uma corrente que acredita que estes vinhos são superiores aos clarificados e filtrados, e os consideram melhores para a saúde de todos.

O debate entre produtores é intenso. Sempre se acreditou que os processos mencionados fossem imperativos e muitos vinificadores se valiam disto para corrigir pequenos problemas ou falhas da fermentação e maceração.

Como a tecnologia de vinificação evoluiu muito e, atualmente, é quase ‘a prova de balas’, ficou mais simples controlar estes resíduos e o que seria removido pode, eventualmente, contribuir para melhorar a qualidade do vinho e deixa-lo com uma maior capacidade de envelhecimento, se armazenado nas condições ideais.

Por outro lado, isto só não garante que o vinho não clarificado e não filtrado seja melhor que outro que passou por estas etapas. Muito mais importante é a forma como cada produtor decide como vai vinificar, sua filosofia vínica, do que usar ou não determinados processos ou equipamentos.

A higiene da cantina é fundamental, diminuindo os riscos de contaminação por agentes estranhos que, eventualmente, seriam eliminados nas etapas de filtragem. Existem vinhos maravilhosos, obtidos com qualquer uma das técnicas, assim como vinhos sem nenhum caráter.

Para o consumidor final é interessante saber como foi tratado o caldo que está prestes a comprar. Um não filtrado pode trazer algumas interessantes características.

Mas o que vai garantir sua qualidade não são os processos, mas sua origem e quem o vinificou.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: com o verão se aproximando, é hora de pensar nos brancos.

Chardonnay Santa Augusta

Fermentado 50% em barricas de carvalho francês e 50% em tanques de inox com temperatura controlada. Seu visual é amarelo palha brilhante. No olfato, um aroma fino e complexo, destacando-se abacaxi, banana e nuances de tostados e baunilha, muito elegante. Na boca é frutado, harmônico e leve. Percebe-se as mesmas frutas encontradas no aroma, retrogosto elegante, estruturado e com acidez muito equilibrada.

Harmoniza com peixes em geral, camarão, crustáceos, culinária japonesa e oriental, carnes brancas, coelho e comidas leves.

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