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O Rótulo Vende o Vinho?

Enólogos e Agrônomos são os profissionais mais respeitados quando se trata da produção de um vinho ou, se preferirem, do cultivo de uvas para vinificação.

Por melhores que sejam, vinhos não se vendem sozinhos. Para que esta mágica aconteça, outros profissionais são envolvidos na busca que engloba desde o melhor design da garrafa, passa pela escolha da rolha ou de um sistema de fechamento ideal, até o projeto gráfico do rótulo, que vai formar a primeira impressão para o comprador.

Cada país tem uma legislação própria sobre o que deve constar no rótulo ou contrarrótulo. Pesquisas recentes já estão mostrando que o consumidor final está mais atento e preocupado com estas informações a ponto de influir na decisão final dos produtores.

Qualquer enófilo conhece os principais dizeres que sempre devem estar nos rótulos: safra, castas, teor alcoólico, país ou região produtora, além do nome e a indicação da vinícola.

Com isto e um pouco de conhecimento básico, já somos capazes de selecionar os vinhos que nos interessam.

Um passo mais elaborado seria procurar por alguma indicação sobre os processos utilizados, tipicamente se passou por madeira ou não, ou ainda algum detalhe um pouco mais técnico, como o tipo de maceração e fermentação, o que quase sempre só consta da ficha técnica. Talvez isto esteja mudando, para melhor.

Os profissionais de marketing envolvidos nesta área estão descobrindo novos caminhos para aumentar o volume de vendas de um determinado vinho. Pesquisas realizadas por consagradas universidades, em vários países produtores, mostram que outras informações estão se tornando necessárias, e que a linguagem ou a forma como as descrições das propriedades do produto são apresentados, podem mudar significativamente a decisão entre comprar ou não um vinho.

O novo rótulo que se desenha no horizonte poderá conter avisos sobre a presença de alérgenos, informações nutricionais, dados sobre os tipos de microrganismos que foram utilizados e uma descrição dos ingredientes mais detalhada que ‘mosto de uvas europeias’.

Este último item tem raízes curiosas. Os vinhos do Novo Mundo, principalmente por sua tendência de se apresentarem como varietais, sempre especificaram a uva ou uvas com as quais foram vinificados. Já no Velho Mundo, a região é mais enfatizada do que a casta, como se todos soubessem que, naquele lugar, só se produz vinho com castas predeterminadas e conhecidas por todos.

Um bom exemplo é o Chianti, ícone entre os vinhos italianos. Sangiovese é sua principal uva, mas pode conter Canaiolo, Colorino e até as brancas Malvásia e Trebbiano. Não consta dos rótulos, mas o consumidor deveria saber…

A descoberta mais curiosa nesta área de marketing é sobre a linguagem utilizada nas descrições que constam nos rótulos. Um recente estudo da Universidade de Adelaide na Austrália, demonstrou que o comprador é fortemente influenciado por emoções. Assim, uma redação com enfoque emocional, sobre as qualidades do vinho, pode ser decisiva.

“Sabores madeirados com um toque de baunilha”, começa a ter outro sentido. Vinho, afinal, é emoção pura.

Saúde e grandes emoções, então!

Vinho da Semana: um trio para não deixar ninguém indiferente

Trio de Vinhos Leves e Macios – $$

Leves, redondos, jovens e frutados. O espanhol Abadia de Roble Tempranillo 2015, o chileno Orquestra Cabernet Sauvignon 2015 e o português Cancellus, típico corte da região do Douro, são vinhos agradáveis e fáceis de beber. Perfeitos para o dia-a-dia.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

 

Vinho Verde no Rio e o Decanter World Wine Awards

Nos dias 26 e 27 de maio aconteceu, no Iate Clube do Rio de Janeiro, o Vinho Verde Wine Fest, organizado pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, que decidiu internacionalizar este evento.

Vinhos Verdes sempre foram apreciados por aqui. Na sua versão mais tradicional, tem baixo teor alcoólico, são muito refrescantes e ótimos companheiros para comidas leves e frutos do mar. Com estas características, são perfeitos para serem degustados no nosso clima, principalmente nos meses do verão, em toda a nossa extensa costa.

Participaram os seguintes produtores:

O Vinho Verde é um produto único, elaborado com castas quase exclusivas, em região demarcada no Minho. Existem brancos, tintos, rosés e espumantes, obtidos a partir das variedades brancas Loureiro, Alvarinho, Arinto e Trajadura, além de Vinhão e Espadeiro para os tintos e rosados.

Alguns produtores arriscam cortes com outras castas tradicionais de Portugal obtendo excelentes resultados.

São vinhos fáceis de serem encontrados em nosso país e de ótima relação custo x benefício, um verdadeiro ‘achado’. Em volume de exportação, ficam em segundo lugar, logo atrás dos afamados Vinhos do Porto.

Destacamos os seguintes produtores após a nossa degustação:

– Quinta de Lourosa

– Quinta da Lixa

– Quinta das Arcas

– Soalheiro

Um destaque especial para os vinhos da Adega Cooperativa Ponte da Barca, velha conhecida, que ainda produz o tradicional Calamares, seguindo a receita mais tradicional dos Vinhos Verdes. Embora o estilo possa parecer ultrapassado, ainda enfrenta, com orgulho, os seus concorrentes mais modernos, mostrando toda a versatilidade deste vinho único.

Decanter World Wine Awards

A revista inglesa Decanter, uma das mais importantes neste segmento, realiza anualmente uma gigantesca degustação, com vinhos de todo o mundo, para escolher os melhores.

Um resultado tão aguardado quanto os famosos 100 melhores de sua concorrente direta, a publicação norte americana Wine Spectator.

Neste ano foram testados 17.200 produtos que receberam prêmios divididos nas seguintes categorias:

– Platina, melhor do evento;

– Platina, melhor da categoria;

– Medalhas de Ouro, Prata e Bronze;

– Comendas diversas.

Seria impossível mostrar todos os resultados na nossa coluna. Lá no final está o link para quem quiser passar algumas horas se entretendo.

As surpresas de 2017 estão nas premiações Platina, algumas surpreendentes, que mostram o real objetivo e o alcance deste concurso.

Apresentamos um resumo a seguir:

– Melhor tinto varietal

Uma dobradinha uruguaia: Pisano Cisplatino Tannat 2015 e Bodegas Garzon Single Vineyard Tannat 2015.

Isto confirma uma tendência que já havíamos percebido. O Uruguai é a nova sensação da América do Sul. Malbecs e Carménères que se cuidem.

– Melhor branco do evento na categoria custo x benefício

Um vinho produzido na Inglaterra, o Winbirri’s Bacchus 2015.

Bacchus é uma casta que se adaptou bem aos solos ingleses. Tem ótima acidez e pode ser uma interessante alternativa aos vinhos produzidos com a universal Sauvignon Blanc.

– Melhor branco seco e aromático

Este prêmio foi para a República Checa. O vinho do produtor Sonberk, obtido a partir da casta Pálava, um provável cruzamento entre Gewürztraminer e Müller Thurgau, só existe por lá.

As notas de degustação mostram um vinho redondo e cremoso no paladar, com notas de pêssego e pera intercalados com um herbáceo ligeiramente amargo e amêndoas.

– Melhor Icewine

Nesta categoria, um vinho chinês levou o prêmio máximo.

O Yajianggu Winery Vidal Icewine recebeu 98 pontos dos jurados e foi descrito como untuoso, com notas de manga, abacaxi e lichia, com um surpreendente final licoroso. ‘Vidal’ é a casta.

Link para todos os resultados: http://awards.decanter.com/DWWA/2017

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: um ótimo vinho verde.

Este Vinho Verde Alvarinho Reserva 2015 – $$

Seco com aroma de frutos tropicais e notas minerais. Paladar envolvente, fresco e persistente.

Harmonização: Lagostim, Sardinhas grelhadas com batatas cozidas, Queijo Serra da Estrela, Pescada frita, Cavalinha, Bacalhoada, Risotos com Frutos do Mar

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

EVENTOS – Tiradentes Vinho & Jazz

A Casa Rio Verde/VinhoSite estará presente no iradentes Vinho & Jazz Festival, de 2 a 4 de junho, com um estande no romântico Largo das Forras, principal praça da cidade. Serão oferecidos para degustação seis vinhos do portfólio da importadora mineira: Adega de Borba Galitos (Portugal), Alcanta Roble e Madame Bobalu (Espanha), Casanova Antaño Reserva Merlot e Torreón de Paredes Reserva Cabernet Sauvignon (Chile), Finca El Origen Malbec (Argentina).

A degustação dos vinhos funciona no sistema de cartelas, à venda no local por R$35 (Premium), R$50 (Super Premium) e R$65 ( Gold) , com direito a cinco taças.

Ambiente ideal para a perfeita harmonização entre vinho e jazz, Tiradentes é uma das cidades mais charmosas do Brasil e palco de vários festivais ligados à cultura e à gastronomia.

Como estragar um bom evento – Vinho na Vila

Eventos de degustação de vinhos são sempre importantes e bem-vindos. Quando anunciaram o Vinho na Vila, 4ª edição, no Rio de Janeiro, fiquei animado. A proposta deles é apresentar vinhos brasileiros, preferencialmente os produzidos por pequenas vinícolas ou ‘boutiques’ e, até mesmo, os interessantes ‘vinhos de garagem’.

Uma olhada no site mostrou que as edições anteriores, em S. Paulo, haviam sido um sucesso. A do Rio de Janeiro tinha tudo para dar certo.

Não deu!

Uma série de pequenos enganos, nenhum deles diretamente ligados aos vinhos, contribuiu para diminuir sensivelmente o brilho da festa. Houve acertos, claro, não foi um desperdício total para quem pagou o ingresso.

Os Erros

A primeira escolha errada foi a empresa encarregada de vender os ingressos pela Internet, (Ingresso Certo), totalmente incompetente e despreparada para tal atividade. É, na verdade, uma empresa de venda de fichas cadastrais dos clientes, opa! Ato falho!

Melhor seria dizer, dos otários que preencheram a extensa ficha, na esperança de um processo ágil, o que não era o caso.

Havia um pequeno lote de ingressos promocionais, uma técnica de marketing conhecida em todo o mundo, comumente chamada de Early Bird, concedendo um polpudo desconto para os madrugadores. Soube por fonte segura que o lote inicial se esgotou rapidamente, mas as vendas continuaram.

Solução? Cancelaram as vendas com uma esfarrapada desculpa de ‘problemas de segurança’…

Reclamei com os organizadores. Foi quando soube que havia pontos de venda espalhados pelos quatro cantos do Rio de Janeiro, embora nenhuma linha sobre isto no site. Comentei este fato num e-mail e recebi como resposta que ‘estava na página do Facebook e divulgado em outras mídias’.

É nesta hora que fico abismado com a falta de percepção da turma encarregada de organizar e divulgar estes eventos.

Aqui vão alguns conselhos e outras observações:

1 – Ninguém é obrigado a informar dados pessoais além dos básicos para estabelecer uma relação de compra e venda. Ficha cadastral completa para comprar um bilhete de valor baixo é piada;

2 – Números de telefone, fixo ou celular, são pessoais e a privacidade de cada um deve ser respeitada. Se estou fazendo uma compra pela internet e usando e-mail como meio de comunicação, não sou obrigado a fornecer um número de celular para receber, por SMS, o ingresso. Isto é opcional.

Com a venda dos cadastros, pela tal empresa incompetente, nossas caixas de mensagens estão repletas de ‘ofertas’ e a linha fixa recebe, por dia, mais de uma dezena de chamadas do tipo “Você ganhou”! ou “Eu sou o Moacir Franco…”.

3 – Redes sociais também não são obrigatórias para ninguém. Eu, particularmente, as acho muito chatas e invasivas. Talvez se tivesse 1/3 da idade que tenho hoje, pensasse diferente. Definitivamente não entendo as razões para divulgar só por redes sociais, ainda mais se a organização monta um site e responde por e-mail.

Assim como muitos outros eventos de entretenimento desta cidade que são sustentados pelos que estão na ‘melhor idade’, os sobre vinhos não fogem à regra: a grande maioria dos apreciadores de vinho não são exatamente adolescentes.

Erro de avaliação crasso!

4 – A escolha do lugar foi outra bobeada: era muito pequeno para o número de visitantes. Embora bem localizado e de fácil acesso, não era capaz de comportar um fluxo, declarado pelos organizadores, de 1500 pessoas por dia. No horário de pico ficou inviável circular no salão dos expositores.

Eis alguns comentários pinçados nos sites dos promotores:

_ “Evento muito mal organizado. A proposta era boa, conhecer melhor as vinícolas nacionais. Eu já tinha visitado algumas vinícolas na serra gaúcha e logo me animei…”

_ “Proposta interessante de conhecer melhor as vinícolas nacionais. Mas os organizadores só visaram lucro na escolha do mínimo espaço, menos de 200 m2 para as vinícolas…”

_ “Evento totalmente mal dimensionado, organizado por amadores. Destruíram uma ideia legal pela falta de profissionalismo. Venderam mais ingressos do que deveriam…”

Há centenas deles, infelizmente.

Parabéns, entretanto, para a elegância de mostrar os comentários, sejam eles bons ou ruins.

5 – Embora fosse uma ideia interessante, o Passaporte acabou sendo um entrave e não uma lembrança (e controle) do que foi provado.

Um simpático caderninho, de tamanho confortável, onde era carimbado, pelos produtores, quais vinhos haviam sido degustados.

Alguém sugeriu que era uma forma de evitar que se provasse um mesmo vinho várias vezes, o que não chega a ser ruim, mas acredito que seria mais uma lembrança do que foi consumido. Nenhum produtor se negou a uma segunda prova quando solicitada de forma educada.

O erro estava na hora da carimbada, acreditem. Todas as mesas serviam espumantes ou brancos o que significava balde de gelo e superfície de serviço molhada. Resumindo, não havia um local seco para apoiar o passaporte para a devida marcação e nem as mãos do expositor estariam secas para manusear papel e carimbo.

O meu caderno ficou lamentável…

6 – Não havia um balde de descarte e nem água para limpar o paladar ou mesmo a taça, só comprando num dos pontos de venda de alimentação. Acho que os organizadores não imaginaram que só temos duas mãos: segurar a taça, o passaporte e mais a garrafinha de água.

Aguardo uma explicação.

Os Acertos

1 – Os vinhos. A seleção de vinícolas foi surpreendente, embora houvessem os oportunistas de sempre, sobejamente conhecidos e fáceis de ‘passar ao largo’.

A diversidade de espumantes foi o ponto alto. Pude experimentar rótulos totalmente desconhecidos, alguns de ótima qualidade. Difícil comprá-los por aqui. Para compensar, uma das características desta feira era vender todos os produtos ‘in loco’.

2 – A praça de alimentação era bem variada e de boa qualidade. Food Trucks diversos no pátio externo e algumas boas opções na varandinha anexa ao salão principal faziam a cabeça dos mais gulosos.

3 – A taça promocional era para ser levada, nada de devolver, um detalhe que valoriza qualquer degustação e certamente algo que vai ajudar a lembrar do evento por muitos anos.

Os meus destaques

Muito difícil escolher os melhores espumantes. Os bambas do pedaço estavam por lá: Rio Sol, Pericó, Perrini, Dal Pizzol, Máximo Boschi, entre outros.

Selecionei duas vinícolas gaúchas, a Torcello de Bento Gonçalves com um extraordinário Brut Rosé e a Velho Amâncio (o nome é pouco sugestivo), de Itaara, com seus altamente minerais espumantes, Vivelam, que caíram no meu gosto.

Entre os tintos, fico com os bons Tannat das vinícolas Batalha, de Candiota, o da já citada Torcello e o Monte Paschoal Reserva da vinícola Basso sediada em Farroupilha.

Um vinho, em especial, foi adquirido e aguarda uma boa oportunidade para ser degustado, o Merlot da Torcello.

Saúde, bons vinhos e eventos!

Vinho da Semana: mais um lançamento do Vinhosite/Casa Rio Verde.

Vinho da Galo – $

O “Vinho do Galo” é uma referência ao símbolo do clube Atlético Mineiro. Elaborado com a uva Merlot – a que melhor se adaptou ao solo e clima brasileiros – pela Lidio Carraro, a vinícola brasileira mais premiada no mundo.

A Casa Rio Verde/VinhoSite e o Atlético realizam evento de lançamento do vinho oficial do Clube, nesta sexta-feira, 26 de maio, das 17:30h às 20h, na loja do Galo no bairro de Lourdes (Rua Bernardo Guimarães – 2380), com degustação para os convidados e clientes da loja.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Links:

– Vinho na Vila – www.vinhonavila.com.br

– Batalha Vinhos – www.vinhosbatalha.com.br

– Velho Amâncio – www.velhoamancio.com.br

– Torcello – www.torcello.com.br

– Monte Paschoal – http://www.montepaschoal.com.br

Descorchados 2017

Guias sobre vinhos são a ferramenta básica de qualquer enófilo interessado em apurar seus conhecimentos e comprar bons vinhos sem estourar o orçamento.

O Descorchados, elaborado há 19 anos pelo jornalista chileno Patricio Tapia, é a bíblia dos vinhos produzidos no cone sul.

Ao contrário das edições em outros países, a brasileira abrange as vinícolas da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, compondo um pesado livro com mais de 1000 páginas.

Repleto de boas informações e escrito de forma simples e direta, peca na apresentação dos vinhos considerados como os melhores. Os principais prêmios são divididos entre vários produtores e um mesmo vinho pode receber mais de uma indicação, o que acaba sendo confuso.

O guia é dividido por países e dentro de cada um há indicações para:

– Melhor tinto e melhor branco;

– Vinhos revelação;

– Marca revelação;

– Vinícola revelação;

– Os melhores em cada cepa ou estilo;

– Os eleitos por vale;

– Super preço – uma interessante categoria onde há boas indicações de grandes vinhos com preços pequenos.

As pequenas vinícolas, muitas vezes artesanais e mais conhecidas como “de garagem” receberam um capítulo só para elas, denominado ‘Pequenas Aventuras’.

Brasil

Só foram degustados e avaliados os nossos espumantes. Como nem os critérios de seleção e nem as razões desta limitação estão declaradas, nos parece que há um viés muito comercial nesta avaliação brasileira.

Já produzimos ótimos vinhos tranquilos, tintos e brancos, que mereciam ser destacados num guia como este. Quem sabe na próxima edição?

O Melhor Espumante nacional é o Cave Geisse Terroir Nature 2011.

Merecidíssimo!

A vinícola de chileno Mario Geisse é destaque no cenário brasileiro há muitos anos.

Argentina

São 114 páginas listando os vinhos premiados por Tapia. Uma grande maratona, que mostra a força deste país produtor. Confirma uma de nossas teses quando afirmamos que o potencial vínico do país vizinho pode colocá-lo, em pouco tempo, na lista dos 10 melhores do mundo. Basta não atrapalhar…

O vinho tinto eleito como o melhor é um Malbec:

Gen del Alma Seminare Malbec 2015

Elaborado em Gaultallary, Vale do Uco, pelo casal Gerardo Michelini e a Enológa Andrea Mufatto, ambos com muita tradição no ramo de produção vinícola.

Recebeu 99 pontos do Guia Descorchados. Só foram produzidas 1000 garrafas.

O melhor branco coube ao consagrado Chardonnay White Bones safra 2013, da Catena Zapata, 96 pontos.

Chile

Com um pouco menos de rótulos premiados, os chilenos continuam a manter a tradição de grandes vinhos.

O melhor tinto é um Cabernet Sauvignon, o que pode ser uma surpresa para os leitores que associam o Chile à casta Carménère:

Gandolini Las Tres Marias Vineyards Cab. Sauvignon 2011

Elaborado na região de Maipo, recebeu 98 pontos do guia, superando clássicos como o Almaviva e o Don Melchor.

Esta é uma vinícola muito pequena, com vinhedos próprios e 100% dedicada a seu único produto.

Um Sauvignon Blanc, o Cono Sur 20 Barrels El Centinela Estate 2016, foi eleito o melhor do Chile, recebendo 97 pontos. Vem da região de Casablanca.

Uruguai

Os vinhos uruguaios têm chamado a atenção por suas características inovadoras e, sobretudo, pela capacidade de seus produtores de traduzirem, com perfeição, os diversos terroirs onde estão plantadas suas uvas. Domaram uma das castas de vinificação mais complexa, a Tannat, e trabalham com várias uvas brancas, como a Albariño, com total maestria.

Já há quem os comparem com a região do Jura, França, famosa por seus Vin Jaune.

O melhor tinto quase não é uma surpresa, o conhecido Amat Tannat 2011, elaborado pelas Bodegas Carrau, uma família que já produziu grandes vinhos em nosso país. Recebeu 95 pontos.

O melhor branco é o Single Vineyard Albariño 2016, da Bodegas Garzon, casta que tem se destacado naquele país com ótimos resultados: 94 pontos.

Para saber todos os resultados só comprando o Guia, o que consideramos como um bom investimento. Olhando para estes resultados pode-se perceber a grande variedade de castas e os bons vinhos da América do Sul, que completam perfeitamente as tradições gastronômicas de todos.

Há muito o que saborear nestas páginas.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: pontuado com 92 pontos na safra 2014.

Siegel Single Vineyard Cabernet Sauvignon 2012 – $$

Intensas notas de frutas vermelhas maduras e chocolate. Paladar redondo com final persistente. Harmonização: Carnes bovinas e suínas assadas ou grelhadas. Bolo de carne com batata (Hachis).

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Bodegas Volver

A Espanha tem excelentes vinhos, alguns icônicos, como o Vega Sicilia Unico ou o não menos cobiçado Dominio Pingus além dos famosos Jerez.

Duas denominações, Rioja e Jerez, dominam este cenário e se confundem como sinônimos de “vinhos espanhóis”, o que não deveria ser verdade. Existem outras D.O. que acabaram ficando em segundo plano, embora tenham qualidade e diversidade que as permitem disputar, ombro a ombro, com os rótulos mais conhecidos internacionalmente.

A proposta da jovem Bodega Volver é justamente esta: resgatar Denominações de Origem (D.O.) meio esquecidas e trazê-las, assim como suas castas autóctones, algumas plantadas em sistemas pouco usados hoje em dia como o Globet ou Vaso, para um lugar de destaque no mundo do vinho.

Fundada em 2004 por Jorge Ordoñez e Rafael Cañizares, tem por filosofia retornar aos cultivos e elaborações tradicionais, com foco na produção de vinhos nas seguintes Denominações de Origem: La Mancha, Alicante e Jumilla

Seus vinhos têm qualidade reconhecida internacionalmente e sempre obtém pontuações expressivas nas avaliações das principais publicações especializadas e de reconhecidos grandes críticos.

Desde a primeira vinificação que seus produtos chamaram a atenção. A busca por vinhedos antigos, baixa produtividade e uma cuidadosa produção, literalmente artesanal, a cargo do Enólogo Rafael Cañizares, mostrou ser o caminho a ser seguido. Acima de tudo, respeitam o consumidor com preços totalmente acessíveis e qualidade indiscutível.

Alguns de seus rótulos já se destacam no cenário internacional, obtendo excelentes pontuações na opinião do respeitado Guia Peñin, da Wine Spectator e da Wine Advocate, de Robert Parker:

– VOLVER TEMPRANILLO SINGLE VINEYARD 2014 – Guia Peñin: 93 /Robert Parker: 92

– PASO A PASO TEMPRANILLO 2014 – Guia Peñin 2017: 87 pontos/Robert Parker: 87

– TARIMA BLANCO 2015 – Guia Peñin 2017: 90 pontos

– TARIMA ROSADO 2015 – Robert Parker: 89 pontos

– TRIGA 2015 – Guia Peñin 2017: 95 pontos

– MADAME BOBALU 2015 – Guia Peñin: 88 pontos

– PASO A PASO BRANCO 2015 – Guia Peñin: 88 pontos

– VENTA MORALES 2014 – Robert Parker: 87 pontos

– WRONGO DONGO 2014 – Guia Peñin: 90, Wine Expectator: 88 e Robert Parker: 87

Rótulos divertidos como o Madame Bobalú, um varietal da casta Bobal e o Wrongo Dongo elaborado com 100% Monastrell (os rótulos podem mudar a cada safra) são uma ótima estratégia de marketing, com forte apelo visual.

Para divulgar a os vinhos desta vinícola exclusiva, a Casa Rio Verde/VinhoSite programou uma série de ações, que incluem desconto de 15% nos rótulos da Volver, e degustações dirigidas com minicursos sobre as regiões de La Mancha, Alicante e Jumila:

Degustação e MiniCursos Bodega Volver

Datas – 18 e 25 de maio

Local – Praça Marília de Dirceu, 104 – Belo Horizonte

Programação:

– Degustação de seis vinhos: Tarima Blanco; Tarima Rosé; Wrongo Dongo; Paso a Paso Tempranillo; Volver Tempranillo; Espumante Tarima

– Minicurso sobre o vinhos das Regiões de La Mancha, Alicante e Jumilla.

Custo: R$50,00 (sócios do VinhoClube têm 30% de desconto)

Instrutor: Renato Vinhal

Inscrições: http://www.vinhosite.com.br/vinhos/cursos

Imperdível!

Saúde e bons vinhos.

Vinho da Semana: A Bodega Venta Morales faz parte das Bodegas Volver, com excelentes vinhos e ótima relação custo-benefício.

Venta Morales Tempranillo 2015

Cor vermelho rubi com reflexos violáceos. Nariz com grande intensidade aromática, destacando-se frutas vermelhas e negras, toques láticos, florais e sutis especiarias. Paladar muito frutado, boa estrutura e taninos marcantes. Acidez muito equilibrada, final longo persistente e agradável.

Harmonização: carne de porco assada, Paella Valenciana, pastel de carne, patos ou coelho em conjugação com tomate, Risoto ao Funghi Porcini, Rosbife e Pizza calabresa.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

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