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Festivais do Vinho em 2016

Mesmo em tempo de vacas macérrimas, sonhar não custa nada. O tema vínico de hoje é uma pedida antiga de alguns leitores que, como eu, sonham em viajar o mundo em rotas de enoturismo.
Selecionamos alguns roteiros com os melhores festivais do vinho, sem esgotar o assunto. São festas bem conhecidas. Em qualquer delas, diversão garantida.

FEVEREIRO/MARÇO – Festa da Uva, Caxias do Sul
Tradicionalíssimo evento brasileiro, cheio de atrações. Celebra a pujança e o êxito do imigrante italiano naquela região: sem eles não existiria o vinho brasileiro.
Neste ano o evento acontece entre os dias 18/02 e 06/03.
Bom programa!

MARÇO – Festa da Vindímia em Mendoza
Tendo como ponto central o espetacular evento que ocorre no Teatro Grego (sábado 5 de março), esta festa começa realmente no mês de fevereiro onde se pode participar de uma colheita ou do início de uma vinificação.
O enoturismo na Argentina é muito bem desenvolvido e a maioria das vinícolas têm orgulho em receber visitantes e fazê-los se sentir em casa.
Degustações em todos os lugares, difícil não passar da conta…
A celebração principal é um espetáculo gigantesco que acontece num teatro ao ar livre especialmente projetado para isto: são 22 mil lugares.
Imperdível!
Reservem com muita antecedência, a cidade fica lotada.

fest 1

MARÇO/ABRIL – Festas da Vindímia no Chile
São divididas pelos diversos vales produtores. Quase todas as vinícolas participam de eventos que incluem atividades populares, demonstrações gastronômicas e grandes degustações de vinho.
O portal turístico oficial do Chile apresentou a seguinte programação:

Festa da Vindima do Vale de Colchagua (7-9 de março)
A festa se realiza na Praça de Armas de Santa Cruz, o epicentro de todas as atividades vitivinícolas que se realizam durante o ano no Vale de Colchagua.

Festa da Vindima do Vale de Curicó (27-30 de março)
É a mais antiga festa do Chile com estas características que se celebra na cidade de Curicó, localizada a 190 km ao sul de Santiago.
Um dos pontos altos desse encontro é a pesagem da rainha da festa, colocando-a num lado da balança, e do outro lado garrafas de vinho. Além disto há uma fonte em que a água é substituída por vinho.

Festa do Vinho em Pirque (4-6 de abril)
A pequena cidade de Pirque (a 45 minutos do centro de Santiago) faz parte do Vale de Maipo, de onde provêm os mais clássicos Cabernet Sauvignon do Chile. Participam vinícolas como Cousiño Macul, Concha e Toro, Haras de Pirque e Pérez Cruz, entre outras.

Festa da Vindima Casablanca (12-13 de abril)
Casablanca fica localizada a 40 km a oeste de Santiago. Este ano participarão mais de 10 vinícolas e, no evento, poderão ser degustados seus Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Syrah e outras variedades de tintos. Cada vinícola terá um ponto de degustação e venda de seus vinhos, além de um balcão exclusivo para os espumantes do Vale.
(Existe uma divergência entre as datas sugeridas no portal de turismo e os sites de algumas operadoras de enoturismo. Confirmem antes de decidir viajar)

ABRIL – Adegas Abertas na cidade de AHR, Alemanha
Evento de um único dia. Neste ano será no sábado 16/04. 15 produtores abrirão suas portas para receber os visitantes.
Cursos, degustações, entre outras atividades, estarão disponíveis para os que apreciam os famosos Spätburgunder (Pinot Noir) da região.

JUNHO – Festival do Vinho de Bordeaux
São 4 (quatro) dias de festas entre os dias 23/06 e 26/06. O evento mais interessante é a feira a céu aberto. São 2 Km ao longo do rio Gironde, uma verdadeira rota do vinho, com diversos expositores.

fest 2

JUNHO – Batalha do Vinho – Haro, Espanha
Este evento é para quem gosta de se lambuzar de vinho. Vale tudo para encharcar quem está ao alcance de garrafas, jarros, galões e até pistolas de água carregadas com vinho.
Festa tradicionalíssima que é conhecida nos quatro cantos do planeta.
Celebra-se no dia 29/06.

fest 3

JULHO – Festa do Vinho Californiano em Santa Bárbara
Comemora seu 13º ano entre os dias 13/07 e 16/07. Em 2014, esta festa ganhou um prêmio da revista Trip Advisor. São mais de 70 vinícolas apresentando seus produtos na orla da praia, num cenário de tirar o fôlego. Os ingressos para os jantares oficiais, cursos e degustações dirigidas, são disputadíssimos.
Aliás, os EUA são pródigos neste tipo de festivais. Há para todos os gostos, inclusive alguns no inverno.

Boa viagem e ótimos vinhos!


 

Vinho da Semana: a dica foi rebatizada! Para celebrar isto, uma boa escolha.

Armador Sauvignon Blanc 2014 – $ – COMPRE AQUI
Notas herbáceas e cítricas dominam os aromas.
Em boca é fresco e mineral, com concentração dos sabores cítricos.
Harmoniza com saladas verdes, peixes leves e crustáceos grelhados, e queijos de cabra.

O inacreditável preço do vinho no Brasil

Batemos muito nesta tecla, mas nem todos os nossos leitores entendem a importância deste fato. Viajantes, dependendo de seu destino e conhecimento deste mercado, muitas vezes são surpreendidos ao encomendar um vinho na carta de um bom restaurante ou mesmo numa loja especializada: são ridiculamente baratos se comparados aos nossos preços, vinho por vinho. Um amigo e companheiro de excelentes jornadas enológicas, MSB, fez a sugestão que acatei com entusiasmo: por que não fazer uma coluna comparando preços daqui e do exterior.
 
Vamos a ela!
 
Para entender tudo, aqui estão as regras deste jogo:- São 3 grupos de vinhos, cada um com um espumante um branco e um tinto;
 
– Cada grupo representa, hipoteticamente, uma faixa de preço e de qualidade dos vinhos;
– Procuramos por vinhos consagrados no nosso mercado.
– Taxa de conversão usada – 1 USD = R$ 4,00. Todos os preços estão em dólares.
– Os preços apresentados representam a média do que foi anunciado em lojas virtuais e sites de pesquisas.
– O cálculo da variação foi feito entre os preços do país de origem e do Brasil.
 
1 – Vinhos Básicos
 
– Prosecco Dedicato Extra Dry (ITA)
– Santa Rita 120 Sauvignon Blanc (CHI)
– Finca La Linda Malbec (ARG)

 

Tipo   Brasil   EUA   P. Origem   Variação
Esp.
 
11.25
 
14.85
 
5.39
 
209%
Bco.
 
10.40
 
5.00
 
4.20
 
248%
Tto.
 
16.25
 
9.00
 
8.12
 
200%
 

 

1 – Vinhos Médios
 
– Alma Negra Brut Nature (ARG)
– Louis Latour Chablis (FRA)
– Quinta do Crasto Vinhas Velhas (POR)

 

Tipo   Brasil   EUA   P. Origem   Variação
Esp.
 
32.15
 
17.00
 
16.00
 
200%
Bco.
 
41.00
 
24.00
 
19.06
 
215%
Tto.
 
70.00
 
34.00
 
30.00
 
233%

 

 
3 – Vinhos Top
 
– Champagne Veuve Clicquot (FRA)
– Cervaro Della Sala (ITA)
– Caymus Cabrnet Sauvignon 40th anniversary (USA)

 

Tipo   Brasil   EUA   P. Origem   Variação
Esp.
 
87.50
 
24.00
 
43.00
 
203%
Bco.
 
126.00
 
45.00
 
37.00
 
341%
Tto.
 
178.00
 
95.00
 
95.00
 
187%
Comentários finais
 
Está é uma pequena amostra deste universo.
 
Alguns vinhos pesquisados chegaram a ter sobre preços da ordem de 500%, o que consideramos uma distorção.
 
Não incluímos preços de frete, no Brasil.
 
Estas diferenças se devem principalmente a uma abusiva taxação e também à margens gananciosas de alguns importadores.
 
O resultado prático é uma retração deste mercado o que vai prejudicar comerciantes e consumidores.
 
Não pensem que os vinhos nacionais vão se beneficiar disto, acabaram ficando ainda mais caros que os importados, sem falar que não são comparáveis em qualidade (há exceções).
 
Uma pequena amostra: (vinhos de básicos a médios, padrão Brasil)
 
– Tinto – Dal Pizzol Merlot – USD 15.00
– Espumante – Cave Geisse Brut Nature – USD 20.00
– Branco – Salton Virtude Chardonnay – USD 22.50
 
Sem comentários… 

Vinho da Semana: para alegrar um pouco a vida.

 

Diamandes Perlita Chardonnay 2013 – COMPRE AQUI Oferece um delicioso sabor frutado com notas de pêssegos, peras brancas e manga. Bom nível de acidez e frescor. Harmonização: é um vinho bem equilibrado, muito agradável que pode ser servido como aperitivo ou como acompanhamento de entradas e pratos de peixe.

Vinhos brancos secos de Bordeaux

Menos famosos que seus irmãos tintos, os brancos bordaleses secos também têm fama e história. São vinificados nesta região há mais de 1000 anos. Somente a partir dos anos 70 foi que a produção dos tintos, em volume, superou a dos brancos.
 
 Duas castas, Sauvignon Blanc e Semillon, são as principais, podendo ser cortadas, nas 10 AOC’s estabelecidas, com outras uvas como Muscadelle, Colombard, Ugni Blanc, Sauvignon Gris, Merlot Blanc, Mauzac e Ondenc.
 
Atualmente os brancos respondem por 9% da área plantada produzindo anualmente cerca de 64 milhões de garrafas.
 
Dois estilos se destacam:
 
– vinhos frutados e refrescantes, com coloração esverdeada, aromas cítricos e florais e acidez equilibrada. São elaborados sob as denominações Bordeaux (genérico), Entre-Deux-Mers e Côtes de Bordeaux. Devem ser consumidos ainda jovens, e harmonizam muito bem com pratos leves;
 
– vinhos delicados, mais estruturados, com maior complexidade e potencial de guarda (8 anos ou mais). Típicos das denominações Graves e Pessac-Léognan. Perfeitos para acompanhar comida asiática e peixes defumados.
 
As AOC’s (denominação de Origem Controlada)
 
1 – Bordeaux
 
Cobre a região de Gironde, respondendo por 70% da produção. Os vinhos têm coloração amarelo-palha com reflexos dourados, apresentando aromas florais, cítricos e de pêssegos.
 
2 – Entre-Deux-Mers
 
Área localizada entre os rios Garonne e Dordogne, produz 17% dos brancos. Além dos aromas típicos, são encontradas notas de frutas tropicais.
 
3 – Graves
 
Localizada a sudoeste da cidade de Bordeaux, se estende por 50Km com seus solos de cascalho (graves). Seus vinhos são de coloração amarelo-ouro, apresentando aromas complexos como os cítricos, botões florais, maracujá, ervas, castanhas, nozes, amêndoas e buxo. Sua suavidade é notável além da elegância e frescor no paladar. Podem ser guardados por 10 anos.
 
Nesta região são produzidos alguns dos melhores brancos do país.
 
4 – Pessac-Légnan
 
Esta região na margem esquerda do rio Garonne é considerada como o berço da viticultura bordalesa. Apenas 2% do brancos são produzidos aqui.
 
Os vinhos são intensos e ricos, com toda a gama de aromas citados. No palato são mais encorpados. A legislação local exige que 25% do corte seja com Sauvignon Blanc e quase sempre passam por madeira.
 
5 – Côtes de Bordeaux, Côtes de Blaye, Côtes de Bourg, Graves de Vayres, Sainte-Foy-Bordeaux, Côtes de Bordeaux Saint-Macaire.
 
Estas denominações, juntas, respondem por 5% da produção dos brancos. Sua principal característica são os aromas cítricos e alguma complexidade.
 
Embora nos dias atuais não sejam tão lembrados pelos enófilos iniciantes, o apelo dos tintos é quase irresistível, são vinhos deliciosos que merecem uma prova. Certamente um deles vai para a relação de prediletos.
 
Dica da Semana: um Bordeaux branco para completar esta explicação.
 
 
La Croix Barton Blanc 2012
 
O nariz é muito aromático, floral, frutado, vivo e fresco.
Na boca se mostra vibrante e persistente.
 

Mineralidade, um atributo ambíguo

Esta palavra tem sido usada por muitos especialistas para descrever uma sensação percebida no olfato e paladar que nos faz lembrar ou associar com pedras, terra e minerais diversos.

Nenhuma explicação até hoje foi capaz de dar uma resposta convincente. A grande maioria dos enólogos e críticos internacionais acreditavam que tudo se resumia ao Terroir.

Mas como explicar, por exemplo, que um Sauvignon Blanc vinificado a partir de uvas plantadas em terreno arenoso, apresente características minerais que só poderiam surgir, em tese, se as parreiras estivem plantadas em áreas pedregosas? 

Fruto da nossa imaginação, talvez?

foto: http://www.fabricioportelli.com
Um conceito tão intrigante que acabou se tornando um sinônimo de qualidade: basta procurar nas descrições dos mais importantes vinhos, tintos ou brancos, de qualquer origem, que vamos encontrar em destaque uma frase contendo “mineral”.

Usam e abusam do termo para torná-lo popular, mas poucos sabem o real significado do adjetivo.

Diversos estudos estão em andamento na França, Nova Zelândia e Espanha, entre outros. Muita coisa nova foi descoberta e algumas teorias já foram derrubadas.

Uma constatação muito interessante, que tem implicação direta com a ideia de que este atributo é uma sensação criada pela memória do degustador, mostrou que diferentes culturas são capazes de ter a mesma percepção sobre um determinado vinho: o conceito de mineralidade não é regional.

A Dra. Wendy Parr, que participou de um estudo conjunto entre França e Nova Zelândia, acredita que o termo surge no momento em que não são percebidos os aromas e sabores mais convencionais num vinho: na falta de outros termos por que não usar “mineral”.

Na concepção dela, vinhos muito frutados nunca serão minerais.

Mais radicais ainda são as revelações da mais recente pesquisa (2015) sobre o tema, conduzida por uma empresa espanhola que analisa vinhos, a Excell Ibérica:

“Os resultados indicam que a composição química dos vinhos e a sua percepção como “minerais” não estão diretamente ligadas ao solo do vinhedo”.

Foram identificados cerca de 17 compostos químicos presentes no vinho, que seriam derivados do seu metabolismo, das bactérias e leveduras da fermentação e dos processos de vinificação e amadurecimento, aos quais se poderia atribuir esta percepção.

Isto se opõe diretamente a um estudo anterior (2013) que apresentava alguns Ésteres e Tióis como sendo a razão dos aromas e sabores em questão.

Matéria controversa até para experientes cientistas.

Cito, novamente, a Dra. Parr:

“Ainda não sabemos com segurança o que é mineralidade (no vinho). Um assunto que não será resolvido facilmente. Não é algo “preto no branco”. Apesar de extensos esforços, os estudos até agora demonstraram, apenas, que o conceito é real e compartilhado por diferentes culturas”.

 
Use com parcimônia…
 
Dica da Semana: um bom branco para descobrir se é mineral ou não.
 
 
Chocalan Inspira Reserva Sauvignon Blanc
 
Vinho fresco e equilibrado, com sabores cítricos e ligeiras notas de ervas.
Ideal como aperitivo ou com frutos do mar frescos e saladas.

Descomplicando

O mundo do vinho anda em franca expansão. Atualmente existe uma infinidade de estilos, uvas, produtores (todo dia surge um nome novo) o que torna o simples ato de comprar uma garrafa uma tarefa que já está exigindo um doutorado.
 
Não deveria ser assim.
 
Para simplificar esta complexa operação, vamos explicar uns poucos fatos sobre a nossa bebida predileta que vão ajudar na hora de fazer escolhas.
 
1 – Diminuindo o número de opções
 
Quem nunca visitou uma loja especializada em vinhos é capaz de se perder lá dentro. Há um pouco de tudo numa confusão visual (para quem não é do ramo) atordoante.
 
Os vinhos podem estar organizados por país produtor, dentro deste por região e finalmente, dependendo das normas locais, por variedade ou estilo.
 
Aqui vai o 1º conselho: simplicidade.
 
Se o leitor já tiver um paladar definido, procure por suas castas prediletas ou cortes elaborados a partir delas.
 
Se ainda não definiu o seu vinho de cabeceira, este é um bom momento para começar a apurar o seu gosto pessoal.
 
Comece pelas principais castas, algumas chamadas de “nobres”, o que não é por acaso: Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir entre as tintas e Chardonnay, Sauvignon Blanc e Riesling entre as brancas.
 
No nosso país podemos acrescentar a esta relação mais algumas castas que são famosas no continente: Malbec, Carménère, Syrah e Tannat, além das brancas Torrontés e Albarinho.
 
Com o tempo, expanda para castas mais regionais como as italianas Sangiovese e Nebbiolo, a espanhola Tempranillo ou as diversas uvas de Portugal (Touriga Nacional, Baga, etc.).
 
2 – Entendendo os rótulos
 
Dependendo das normas de produção de um país e de algumas tradições, os vinhos podem ser rotulados de várias formas, o que pode ser muito confuso:
 
– por casta (varietal);
– por região;
– por nome ou marca.
 
O primeiro tipo é o mais fácil e direto: Cabernet, Merlot, Zinfandel, etc. Não pode haver dúvida, mas é interessante pesquisar um pouco mais, ler o contrarrótulo, em busca de detalhes: nem sempre o conteúdo de uma garrafa deste tipo contem 100% da varietal declarada.
 
Os rótulos por região, muito comum nos vinhos franceses, podem complicar a vida de um comprador leigo.
 
Exemplos clássicos são os rótulos com a expressão Bourgogne: os tintos são Pinot Noir e os brancos, Chardonnay.
 
Vinhos com a indicação Bordeaux são cortes onde predominam Cabernet Sauvignon ou Merlot.
 
Outros países que adotam este tipo de rótulo são Itália (Chianti), Espanha (Rioja) e Portugal (Douro, Dão, etc.).
 
Os rótulos mais enigmáticos são dos vinhos que recebem apenas um nome ou marca, onde o produtor quer prestar uma homenagem ou contar a história de uma vinificação através de uma única palavra ou frase.
 
São, quase sempre, vinhos que de alguma forma fogem à regulamentação do país produtor.
Um exemplo conhecido são os chamados Supertoscanos, elegantes cortes da casta Sangiovese com uvas nobres como Cabernet ou Merlot. Como não poderiam ser vendidos como os vinhos tradicionais, receberam “marcas” que acabaram por se tornar icônicas: Tiganello, Ornelaia, Sassicaia, etc..
 
Outros países que adotam este estilo: Estados Unidos, Austrália, Chile, África do Sul e Argentina.
 
3 – Terminologia
 
Experimentem responder a este desafio: descreva o seu vinho predileto.
 
Parece fácil, mas não é.
 
Não existe uma “linguagem comum” no mundo do vinho. Excetuando-se alguns descritores mais conhecidos, o número de adjetivos que podem ser usados nesta resposta é bastante alto, outro fator que causa confusão, principalmente se o seu interlocutor for alguém encarregado de lhe oferecer um vinho, seja ele um Sommelier, o vendedor de uma loja ou o seu anfitrião numa reunião social.
 
Para sair deste dilema só aprendendo a usar corretamente alguns destes termos o que pode ser feito em cursos de degustação ou com leituras especializadas.
 
Mas muito cuidado na hora de usar: fácil ficar monocórdico e receber a temida pecha de “Enochato”…
 
4 – Safras
 
Saber quais as safras que foram as melhores é para os que realmente são especialistas e profissionais.
O enófilo do dia a dia, por outro lado, deve usar a indicação do ano de vinificação de outra forma, muito mais simples:
 
– saber se é um vinho jovem ou não e degustá-lo de acordo;
– entender que o seu vinho predileto hoje, não vai ser mais o mesmo na próxima safra.
 
Um conselho final com linguajar bem atual: desgourmetize!
Dica da Semana: um bom exemplo para entender rótulos varietais…
 
PALO ALTO RESERVA MERLOT 2012
(60% Merlot, 33% Shiraz, 5% Tempranillo e 2% Viognier)
 
Aroma fresco e complexo.
Notas de frutas vermelhas provenientes da Merlot, notas de especiarias da Tempranillo e notas de damasco da Viognier.
No paladar é suave, fresco e mineral. O carvalho aporta complexidade e doçura.
Harmonização: Bastante versátil, acompanha carnes brancas, risotos, massas e queijos maduros.
 
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