Salton Virtude Chardonnay
Vinho com tonalidade amarelo claro. Possui aromas que lembram abacaxi , manteiga, maçã verde, melão e pronunciado aroma de mel, baunilha, coco, nozes e pão torrado, além de notas minerais. Seu sabor é equilibrado e estruturado, com acidez firme, deixando agradáveis sensações de frutas e especiarias na boca. Harmoniza com aves de caça, como perdiz, ema, avestruz, faisão e pato. Massas com molhos de base branca (béchamel) ou à base de ervas (pesto). Acompanha risotos e queijos como brie e camembert. Excelente opção para bacalhoada e cassoulet.
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Dica da Semana: uma ótima opção para este inclemente verão.
Não esgotamos o tema Sangiovese, pelo menos mais duas denominações se destacam neste extenso cenário: Carmignano e Morellino di Scansano.
A primeira, produzida nos arredores da cidade homônima é um interessante corte da Sangiovese e Cabernet Sauvignon (podem também entrar outras castas). Portanto, um precurssor dos afamados Super-Toscanos. Curiosamente são DOCG.
A segunda, outra DOCG, fica na região de Marema. Produz um vinho com base na popular Sangiovese, 85% no mínimo, cortada com qualquer outra casta “não aromática”, desde que obtida segundo uma extensa lista de exigências emitida pela autoridade da DOCG. Resumindo: qualquer outra uva plantada dentro dos limites da região. Há, sem dúvidas, ótimos vinhos nestas denominações, mas vamos deixá-los para outra oportunidade.
Verdicchio e Vernaccia
São duas castas, pouco divulgadas, que produzem vinhos brancos deliciosos num país que prima pelos tintos. A Verdicchio, ilustração a seguir, tem seu principal terroir na região do Marche (Itália Central), sendo conhecida desde o século XIV. Apesar de ser uma variedade temperamental. Dados do censo de 1980 mostravam uma área plantada de 65.000 hectares tornando-se a 15ª uva mais cultivada no mundo, superando a Chardonnay, Pinot Noir, Sauvignon Blanc e a própria Sangiovese. Surpreendente!
Seu nome significa “Verde”, provavelmente devida à coloração amarela esverdeada dos vinhos obtidos. São de alta acidez e com aromas e sabores que remetem aos frutos cítricos. Além do vinho tranquilo, são obtidos bons espumantes também e um vinho de sobremesa tipo “passito”. Existem diversas DOC para esta varietal. A mais importante é Verdicchio dei Castelli di Jesi, localizada na cidade de Jesi na província de Ancona.
O principal produtor é Bucci. Seu vinho é considerado como um dos vinhos brancos “premium” do país sendo o único a receber os “Tre Bicchiere” do Guia Gambero Rosso ano após ano. Infelizmente, sem importador para o Brasil até o momento.
Semana que vem vamos falar da uva Vernaccia e da bela cidade de San Gimigniano.
Dica da Semana: Uma boa alternativa é o vinho produzido por Garofoli.
Garofoli Anfora Verdicchio dei Castelli di Jesi DOC Classico
A vínicola Garofoli foi criada no final do século 19 no ano de 1871, por Antonio Garafoli. Essa vinícola familiar que já está na quinta geração. É uma vinícola tradicional, sempre respeitando os métodos de vinificação por gerações, porém segue constantemente as evoluções e técnicas de produção.
Degustação: Aromas de frutas brancas, leve floral e um toque de grama no final. Na boca tem um bom corpo, acidez correta e um final marcante.
Harmonização: perfeito com frutos do mar preparados de diversas maneiras, inclusive crus. Carnes brancas leves como coelho.
Unicamente as 4 uvas principais podem ser classificadas com a mais importante denominação, “Grand Cru”, dependo da área de plantio. Cerca de 50 vinhedos estão assim classificados e são conhecidos mais pelo nome de seus produtores do que pela região ou vila em que estão geograficamente localizados. Curiosamente, nem todos os produtores endossam este sistema vendendo seus vinhos livremente e independentes da burocracia vigente. Quase sempre estão entre os melhores…
Opinião dos Especialistas:
Wine Spectator: 94 pontos (2001) 96 pontos (1996)
Robert Parker: 94 pontos (2000) 95 pontos (1998)
Wine Enthusiast: 93 pontos (1998)
Gewüztraminer
A grafia logo acima é como deve ser escrito o nome desta varietal, com um trema sobre a letra “u”. Um nome de origem germânica, ou como já se pronunciaram alguns leitores, um palavrão de difícil pronúncia. Como pedir um vinho desta casta?
Separamos em três partes, ge-würz-traminer e pronunciamos assim:
Ge = “gue”
würz = “vúrz”
traminer = “tramíner”
Agora é só juntar tudo numa única palavra – “guevúrztramíner” e nunca mais usar a desculpa de não saber como pedir.
Neste simpático vídeo são apresentadas diversas expressões em alemão relativas ao vinho. Por volta do 1:06 minuto está a pronúncia original. Divirtam-se:
http://www.youtube.com/watch?v=c9yyzkx5g78
A Gewürz é única, não há outra parecida com ela e os vinhos obtidos não são para qualquer um: ficam na categoria do ame-o ou deixe-o. Traduzindo, poderíamos chamá-la de Traminer temperada ou Traminer perfumada. Esta família é uma das mais complexas do mundo do vinho, com um genoma de múltiplas ramificações. Teria sua origem ligada à vila de Tramin, na parte do Tirol que hoje pertence à Itália. A casta denominada Traminer teria características ampelográficas semelhantes à uva Savagnin Blanc (não confundir com Sauvignon Blanc) usada nos Vin Jaune da região francesa do Jura.
Em algum momento da história, ou a Traminer ou a Savagnin sofre uma mutação surgindo a Traminer Rose ou Savagnin Rose. A epidemia de filoxera desencadearia mais uma evolução, esta com características almiscaradas, dando origem à Gewürztraminer. Especula-se que a versão atual tenha surgido por meio de enxertia. Do Tirol a uva se espalhou pela região do Reno chegando à Alsácia através do Palatinado.
Interessante notar que as características dos vinhos produzidos nas diversas regiões onde está plantada, são muito diferentes entre si, principalmente Alemanha e Alsácia. Admite-se que existe, até hoje, uma confusão com todos os nomes pela qual é conhecida: Frankisch na Áustria, Gringet na Savoia, Heida na Suíça, Formentin na Hungria e Grumin na Bohemia. Apesar de serem sinônimos, podem não se referir ao mesmo tipo de uva. Os alsacianos reduziram o nome para Gewurz, sem o trema, em 1973, exceto para a região de Heiligenstein, deixando bem claro que sua uva não é mais da família “Traminer” e sim uma varietal única em seu território.
Diversos países plantaram esta varietal além de França e Alemanha: Austrália, Canadá, Itália, EUA, Chile, Argentina e até no Brasil, onde se produz alguns vinhos bem interessantes. Mas nada chega perto da qualidade dos alsacianos, um espetáculo à parte.
Para os vinicultores ele é uma “dama de difícil trato”. São necessários solo e clima compatíveis, o que explicaria a perfeita adaptação na Alsácia. Não gosta de solos calcários e tem uma forte tendência a pragas e doenças, principalmente por sua floração precoce. Embora necessite de verões quentes e secos, amadurece de forma irregular e tardia. Naturalmente muito doce, é pouco ácida o que dificulta enormemente a elaboração dos vinhos. Por esta razão, brilha intensamente nos “late harvest”.
Os vinhos são vigorosos, intensos e às vezes rudes, mas sempre maravilhosos. Lichia é a principal assinatura nos aromas e sabores que incluem, de forma bem clara, Rosa, Maracujá, e Manga. Exótico e Inconfundível!
ADOBE GEWURZTRAMINER
Produtor: Vinhedos Emiliana – produção orgânica certificada
Apresenta coloração amarelo pálido, limpo de transparente. Os aromas apresentam notas florais de jasmim e rosas, mesclando com notas suaves de ervas e frutas tropicais. Em boca, novamente aparecem notas florais e frutadas, deixando uma sensação doce, com uma delicada acidez. Saboroso, longo e persistente.
Harmonização: pratos temperados ou picantes, culinária oriental.