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Festivais do Vinho em 2016

Mesmo em tempo de vacas macérrimas, sonhar não custa nada. O tema vínico de hoje é uma pedida antiga de alguns leitores que, como eu, sonham em viajar o mundo em rotas de enoturismo.
Selecionamos alguns roteiros com os melhores festivais do vinho, sem esgotar o assunto. São festas bem conhecidas. Em qualquer delas, diversão garantida.

FEVEREIRO/MARÇO – Festa da Uva, Caxias do Sul
Tradicionalíssimo evento brasileiro, cheio de atrações. Celebra a pujança e o êxito do imigrante italiano naquela região: sem eles não existiria o vinho brasileiro.
Neste ano o evento acontece entre os dias 18/02 e 06/03.
Bom programa!

MARÇO – Festa da Vindímia em Mendoza
Tendo como ponto central o espetacular evento que ocorre no Teatro Grego (sábado 5 de março), esta festa começa realmente no mês de fevereiro onde se pode participar de uma colheita ou do início de uma vinificação.
O enoturismo na Argentina é muito bem desenvolvido e a maioria das vinícolas têm orgulho em receber visitantes e fazê-los se sentir em casa.
Degustações em todos os lugares, difícil não passar da conta…
A celebração principal é um espetáculo gigantesco que acontece num teatro ao ar livre especialmente projetado para isto: são 22 mil lugares.
Imperdível!
Reservem com muita antecedência, a cidade fica lotada.

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MARÇO/ABRIL – Festas da Vindímia no Chile
São divididas pelos diversos vales produtores. Quase todas as vinícolas participam de eventos que incluem atividades populares, demonstrações gastronômicas e grandes degustações de vinho.
O portal turístico oficial do Chile apresentou a seguinte programação:

Festa da Vindima do Vale de Colchagua (7-9 de março)
A festa se realiza na Praça de Armas de Santa Cruz, o epicentro de todas as atividades vitivinícolas que se realizam durante o ano no Vale de Colchagua.

Festa da Vindima do Vale de Curicó (27-30 de março)
É a mais antiga festa do Chile com estas características que se celebra na cidade de Curicó, localizada a 190 km ao sul de Santiago.
Um dos pontos altos desse encontro é a pesagem da rainha da festa, colocando-a num lado da balança, e do outro lado garrafas de vinho. Além disto há uma fonte em que a água é substituída por vinho.

Festa do Vinho em Pirque (4-6 de abril)
A pequena cidade de Pirque (a 45 minutos do centro de Santiago) faz parte do Vale de Maipo, de onde provêm os mais clássicos Cabernet Sauvignon do Chile. Participam vinícolas como Cousiño Macul, Concha e Toro, Haras de Pirque e Pérez Cruz, entre outras.

Festa da Vindima Casablanca (12-13 de abril)
Casablanca fica localizada a 40 km a oeste de Santiago. Este ano participarão mais de 10 vinícolas e, no evento, poderão ser degustados seus Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Syrah e outras variedades de tintos. Cada vinícola terá um ponto de degustação e venda de seus vinhos, além de um balcão exclusivo para os espumantes do Vale.
(Existe uma divergência entre as datas sugeridas no portal de turismo e os sites de algumas operadoras de enoturismo. Confirmem antes de decidir viajar)

ABRIL – Adegas Abertas na cidade de AHR, Alemanha
Evento de um único dia. Neste ano será no sábado 16/04. 15 produtores abrirão suas portas para receber os visitantes.
Cursos, degustações, entre outras atividades, estarão disponíveis para os que apreciam os famosos Spätburgunder (Pinot Noir) da região.

JUNHO – Festival do Vinho de Bordeaux
São 4 (quatro) dias de festas entre os dias 23/06 e 26/06. O evento mais interessante é a feira a céu aberto. São 2 Km ao longo do rio Gironde, uma verdadeira rota do vinho, com diversos expositores.

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JUNHO – Batalha do Vinho – Haro, Espanha
Este evento é para quem gosta de se lambuzar de vinho. Vale tudo para encharcar quem está ao alcance de garrafas, jarros, galões e até pistolas de água carregadas com vinho.
Festa tradicionalíssima que é conhecida nos quatro cantos do planeta.
Celebra-se no dia 29/06.

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JULHO – Festa do Vinho Californiano em Santa Bárbara
Comemora seu 13º ano entre os dias 13/07 e 16/07. Em 2014, esta festa ganhou um prêmio da revista Trip Advisor. São mais de 70 vinícolas apresentando seus produtos na orla da praia, num cenário de tirar o fôlego. Os ingressos para os jantares oficiais, cursos e degustações dirigidas, são disputadíssimos.
Aliás, os EUA são pródigos neste tipo de festivais. Há para todos os gostos, inclusive alguns no inverno.

Boa viagem e ótimos vinhos!


 

Vinho da Semana: a dica foi rebatizada! Para celebrar isto, uma boa escolha.

Armador Sauvignon Blanc 2014 – $ – COMPRE AQUI
Notas herbáceas e cítricas dominam os aromas.
Em boca é fresco e mineral, com concentração dos sabores cítricos.
Harmoniza com saladas verdes, peixes leves e crustáceos grelhados, e queijos de cabra.

Sobre as “Dicas da Semana”

Nesta última coluna de 2015 vamos tenta atender a uma das nossas leitoras mais assíduas. Eis o simpático email que nos enviou em novembro:
 
 
“Tuty,
 
Adoro suas colunas e sempre que possível mando email perguntando alguma coisa. Ontem me ocorreu uma coisa que pode ser uma sugestão pra vc pensar numa coluna. Uma seleção de todas as dicas da semana. Os top 20 ou os top 10, ou sei lá o quê… Algumas foram fáceis de encontrar, outras difíceis mesmo encontrando, pelo preço, mas acho que valeria a pena fazer uma seleção das melhores, embora sejam todas boas, sempre haverá as melhores. Por tipo de vinho, por cifrõeszinhos, por país produtor, por tipo de uva e por aí vai… acho que daria uma boa série de colunas ou estou enganada? É apenas uma sugestão, prometo não ficar aborrecida se vc não aceitá-la, ok? rs
 
Maria Lucia-Salvador”
 
 
A ideia é muito boa, mas existem alguns complicadores que impedem que as sugestões da Maria Lucia sejam atendidas completamente. Explico:
 
 
1 – Nunca recebemos um retorno específico sobre qualquer das mais de 240 dicas sugeridas desde 2011. Curioso, mas verdadeiro.
 
Houve reclamações como ‘cadê os vinhos caros ($$$)’ ou mesmo um comentário sobre a impossibilidade de comprar uma ou outra dica em algum remoto recanto brasileiro.
 
Até hoje nunca descobrimos se alguma indicação foi considerada boa ou ruim pelos leitores…
 
Isto posto, não temos como fazer uma relação de melhores (Top 10). O ideal seria que este ranking fosse feito com base na experiência dos leitores.
 
 
2 – Outro fator que se perdeu ao longo destes 4 anos foi a escala de preços. Nossa economia variou muito e o mercado de vinhos, mesmo em relação aos vinhos nacionais, é muito sensível à mudanças na taxa cambial e no regime fiscal. Manter a lista dos preços atualizada e corrigida ao longo deste tempo seria uma tarefa para um bom economista e não para um enófilo.
 
Portanto, a classificação por faixa de preços simplesmente não pode ser organizada.
 
 
3 – O último fator, que não ajuda em nada este tipo de trabalho, é que muitos dos vinhos indicados já não existem mais à venda. Safras são limitadas e muitas vezes o produtor de um determinado rótulo decide, por razões mercadológicas, não mais produzi-lo.
 
 
Mas ainda há muita informação útil e divertida. Vamos tentar atender ao máximo aos nossos leitores mais curiosos.
 
 
Dicas Duplicadas
 
 
Compilada a listagem, para nossa surpresa descobrimos que alguns vinhos foram indicados mais de uma vez. Eis a listinha:
 
 
Abril 2013 – Coyam Orgânico (CHI)
 
Junho 2013 – Coyam 2010
 
É o mesmo vinho, aliás excelente.
 
 
Março 2015 – Dal Pizzol Merlot (BRA)
 
Julho 2015 – Dal Pizzol Merlot
 
Novamente, repetimos o vinho. Este parece ser um favorito nosso.
 
 
Nesta segunda relação estão vinhos que foram indicados em safras diferentes. Sinal que são realmente boas opções:
 
 
Julho 2011 e outubro 2014 – Innominabile Lotes III e IV (BRA)
 
Agosto 2011 e abril 2014 – La Flor de Pulenta Cabernet Sauvignon (ARG)
 
Julho 2013 e novembro 2014 – Memoro Rosato (ITA)
 
Junho 2014 e novembro 2015 – Petalos del Bierzo (ESP)
 
Fevereiro 2011 e maio 2014 – Tilia Malbec Syrah (ARG) 1ª Dica da Semana
 
 
Múltiplas dicas e sem dicas
 
 
Em algumas colunas estávamos muito aborrecidos com as tentativas de criar reservas de mercado e outras taxações que resolvemos, como forma de protesto, não indicar nada: março e abril de 2012.
 
 
Em compensação, indicamos mais de 1 vinho em diversas colunas, eis algumas delas:
 
Dezembro 2011 – diversos espumantes e na coluna seguinte 9 vinhos entre tintos e brancos
 
 
Maio 2012 – apresentamos os 10 vinhos premiados na Expovinis 2012
 
Abril 2015 – 3 Malbec para celebrar o seu dia (17/04)
 
Maio 2015 – 3 vinhos premiados na Expovinis 2015
 
 
Na série em três partes, “Adoçando a Vida”, foram duas dicas por capítulo, uma para os pobres mortais e a outra, usando uma terminologia bem atual, para a turma do Lava-Jato, Zelotes, etc…
 
 
Para completar, indicamos destilados de vinho em outubro de 2011 e jogos e outros acessórios na série “Compreendendo o Vinho” de julho 2011.
 
 
Países mais indicados
 
 
Argentina – 49
 
Brasil – 29
 
Chile – 36
 
Itália – 32
 
Portugal – 21
 
 
O pais menos indicado foi a Hungria, com 1 dica apenas.
 
 
Poderíamos inferir a uva que apareceu mais vezes, mas vamos apontar apenas como uma possibilidade, a Malbec, em virtude do maior número de dicas argentinas.
 
 
Mas pode não ser verdade. Se somarmos as sugestões chilenas e francesas, entre outras, é possível que o cetro passe para a Cabernet Sauvignon, seja como varietal ou em cortes. No momento não temos como avaliar este quesito.
 
 
Safras mais indicadas
 
 
2008 – 24
 
2009 – 27
 
2010 – 28
 
 
Em noventa sugestões não havia indicação da safra. Entre eles estão vinhos que normalmente não são safrados, como Fortificados, Espumantes e edições especiais. Em outros casos, foi por falha nossa: simplesmente omitimos esta informação.
 
 
Para finalizar, neste link se encontra a relação completa com a dica desta semana, inclusive.
 
 
As colunas anteriores, organizadas cronologicamente, podem ser lidas no meu Blog, “O Boletim do Vinho”, neste endereço: www.colunadotuty.com.br
 
 
Feliz Natal e um ótimo 2016, ano de eleições municipais.
 
 
Por favor, não reelejam nenhum dos atuais Prefeitos e Vereadores de suas cidades e estados. Vamos castigar todos eles, assim como fazem conosco.
 
 
Vinho da Semana: um espumante para as festas de fim de ano.
 
Quinta Don Bonifácio Brut Habitat
 
 
Vinificado com as castas Uvas Chardonnay e Pinot Noir pelo método tradicional.
 
Apresenta coloração amarelo palha, perlage muito fina e delicada.
 
Aromas persistentes, lembrando pão torrado e frutas vermelhas frescas. No palato é amanteigado e muito equilibrado.
 
Eleito o melhor espumante da Expovinis 2012.
 

“Avant-première” dos Vinhos de Colchagua

Tendo como cenário os elegantes salões do icônico Hotel Copacabana Palace, a Associação Viñas de Colchagua realizou no Rio de Janeiro o seu mais importante evento internacional, a ‘Avant-Première Viñas de Colchagua’.
 
O Vale de Colchagua é uma das mais conhecidas e importantes regiões produtoras do Chile. Localizada na sua região central (“Entre Cordilheiras”), é responsável por 60% da produção vinícola deste país.
 
 
Organizado pela CH2a Comunicação, sob a batuta de Alessandra Cassolato, o evento contou com a presença das vinícolas Bisquertt, Casa Silva, Lapostolle, Los Vascos, Luis Felipe Edwards, Montes, MontGras, Santa Cruz, Santa Helena, Siegel, Viña Ventisquero e Viu Manent, e a convidada Lurton.
 
 
Uma Master Class conduzida por Marcelo Copelo reuniu importantes formadores de opinião e profissionais do setor, que tiveram a oportunidade de degustar comparativamente 12 vinhos selecionados para expressar a diversidade e qualidade dos produtos elaborados no Vale de Colchagua. Foi possível avaliar o potencial de guarda e a evolução destes vinhos provando-se as safras desde 2006 até 2012. Cada produto foi comentado por um de seus enólogos. Um show à parte.
 
 
Na degustação aberta que seguiu à aula, foi possível experimentar os diversos rótulos de cada vinícola, muitos ainda por chegar ao mercado. Por esta razão, o evento foi denominado uma “Avant-première”. Além das mesas de cada produtor, havia uma ilha oferecendo somente tintos de alta gama elaborados com a emblemática Carménère.
 
 
Nossos destaques
 
 
Quase uma impossibilidade escolher o melhor entre os melhores. Mas alguns vinhos nos impressionaram por apresentarem características que fogem do habitual.
 
 
A mesa que mais chamou a nossa atenção foi a da Los Vascos, vinícola chilena de alma francesa, conduzida pelo renomado Chatêau Lafite da família Rothschild. Seus vinhos de terroir, que não passam por madeira, foram uma agradável surpresa: Chardonnay, Rosé e Cabernet Sauvignon. De corpo leve a médio e muito saborosos, pareciam dedicados ao clima da Cidade Maravilhosa.
 
 
Um produtor, ainda sem representante no nosso país, foi outra surpresa positiva: Viña Santa Cruz.
 
 
Não haviamos nos interessado, inicialmente, por puro desconhecimento, mas uma garrafa no estilo do Rhone chamou a nossa atenção e lá fomos provar mais algumas delícias: o excelente Tupu e os Chamán Malbec e Syrah, entre outros produtos, fizeram o nosso paladar descobrir novas e inesperadas experiências.
 
 
O Tupu, um vinho de edição limitada elaborado apenas em safras muito boas, é um corte de Carménère, Syrah, Cabernet Sauvignon e Malbec. Classificamos como uma fusão entre Bordeaux e Rhône à moda chilena. Delicioso!
 
 
 
O destaque individual entre todos os vinhos degustados foi o premiado Pangea, elaborado pela Viña Ventisquero, que será a nossa indicação da semana.
 
 
Dica da Semana: Um Syrah chileno fora de série.
 
 Ventisquero Pangea 2010
 
Elaborados com uvas selecionadas nos diversos solos da região de Apalta e uma fermentação especial.
 
Amadurecido por 18 meses em barricas de carvalho francês e 1 ano na garrafa. Grande corpo, concentrado, equlibrado e redondo.
 
Concentra toda a pureza e elegância desta casta.
 
Prêmios: Descorchados – 92 pts; Guia Mujer y Vino – 93 pts; Decanter World Wine Awards – Medalha de Prata.
 
 
 
 
Agradecemos a colaboração da amiga e blogueira Leila Bumachar pela cessão de fotos e outras informações. 
Não deixem de visitar seu excelente blog neste endereço:
 

Os 100 melhores vinhos de 2015 – Wine Spectator

No próximo mês de fevereiro (2016) completamos cinco anos da Coluna de Vinhos. Há leitores, fiéis, que nos acompanham desde então e alguns deles afirmam, em suas mensagens, que consideram tudo que já foi publicado como um curso sobre vinhos.
 
 
(Este “professor” agradece o elogio, mas sabe que nem sempre os assuntos são do interesse de todos.) 
 
Gostamos de publicar listas de melhores vinhos. Há vários ensinamentos nestas relações. Nas primeiras que mostramos, o interesse dos leitores certamente foi mais para o lado da curiosidade. Atualmente outros aspectos se tornam mais relevantes.
 
A lista da respeitada revista Wine Spectator é aguardada com muita expectativa por todos os aficionados. Ao contrário das avaliações de Robert Parker, calcadas no seu estilo próprio, esta publicação analisa aproximadamente 18.000 vinhos durante todo o ano. O trabalho de filtragem até os 100 melhores é digno de uma tarefa hercúlea.
 
O primeiro passo é produzido por dez editores regionais que submetem suas sugestões e análises, levando em conta um interessante conjunto de fatores:

 

qualidade, preço, disponibilidade no mercado e um fator apelidado de “X” que indicaria um grau de excitação sobre as possibilidades de um determinado candidato.
 
Esta primeira relação é reduzida sucessivamente em listas menores, um trabalho a cargo de três importantes editores seniores.
 
Para a o filtro final, que inclui a escolha dos 10 melhores, são reconvocados os editores regionais e forma-se um painel de degustadores. As discussões costumam ser acaloradas…
 
É nossa opinião que conhecer o ganhador absoluto é o fato menos importante. Reconhecer as tendências e o aglomerado de vinhos desta ou daquela região são os pontos que vão nos ajudar em escolhas futuras e montar uma boa adega.
 
Obviamente, os melhores vinhos desaparecem do mercado como num passe de mágica. Devido à situação econômica atual de nosso país é bem provável que alguns rótulos jamais cheguem às prateleiras das lojas nacionais.
 
Em 2014, os vinhos portugueses foram os mais reverenciados. Neste ano, no centro do palco, estão os americanos e italianos. Interessante mudança.
 
Conheçam os 10 mais:
 
1 – Peter Michael Cabernet Sauvignon Oakville Au Paradis, 2012, 96 pts (EUA)
 
2 – Quilceda Creek Cabernet Sauvignon Columbia Valley, 2012, 96 pts (EUA)
 
3 – Evening Land Pinot Noir Eola-Amity Hills Seven Springs Vineyard La Source, 2012, 98 pts (EUA)
 
4 – Il Poggione Brunello di Montalcino, 2010, 95 pts (ITA)
 
5 – Mount Eden Vineyards Chardonnay Santa Cruz Mountains, 2012, 95 pts (EUA)
 
6 – Bodegas Aalto Ribera del Duero, 2012, 94 pts (ESP)
 
7 – Escarpment Pinot Noir Martinborough Kupe Single Vineyard, 2013, 95 pts (NZA)
 
8 – Masi Amarone della Valpolicella Classico Serègo Alighieri Vaio Armaron, 2008, 95 pts (ITA)
 
9 – Clos Fourtet St.-Emilion, 2012, 94 pts (FRA)
 
10 – Klein Constantia Vin de Constance Constantia, 2009, 95 pts (RSA)
 
Nos Top 10 apenas 1 vinho de Bordeaux, 4 norte-americanos, 2 italianos, seguidos de Nova Zelândia, Espanha e África do Sul com um vinho de sobremesa.
 
Cinco vinhos portugueses se destacaram este ano: o Porto Taylor Fladgate 2009 em 16º, Blandy’s Bual Madeira 2002 e Quinta do Crastro Douro Superior 2012 (24º e 25º), Real Companhia Velha Douro Porca de Murça 2013 (39º) e Duorum Douro 2013 (84º).
 
O primeiro sul-americano, o chileno Viña Carmen Cabernet Sauvignon Maipo Valley Alto Gran Reserva 2012 está na 32ª posição
 
Logo abaixo aparece outro conterrâneo, Viña Montes Syrah Colchagua Valley Alpha 2012 (37º) e o Viña Polkura Syrah Marchigue (82º)
 
Os argentinos Piattelli Malbec Luján de Cuyo Premium Reserve 2013 (44º) e Luigi Bosca Malbec Luján de Cuyo Single Vineyard 2013 (81º) completam o grupo sul americano.
 
 
Dica da Semana: um vinho que está sempre nas listas de melhores e ainda tem um preço competitivo. A safra de 2013 ficou em 53º lugar com 91 pts.
 
Pétalos del Bierzo 2011
 
Produzido na região de Bierzo, na Espanha, com a uva Mencía, uma rara casta local.
 
É um tinto potente, concentrado e muito elegante, que já se tornou um enorme sucesso.
 
Outros prêmios:
 
Robert Parker 92 PTS / 2011
 
Wine Spectator 93 PTS / 2009
 
Robert Parker 90 PTS / 2009
 

Descomplicando

O mundo do vinho anda em franca expansão. Atualmente existe uma infinidade de estilos, uvas, produtores (todo dia surge um nome novo) o que torna o simples ato de comprar uma garrafa uma tarefa que já está exigindo um doutorado.
 
Não deveria ser assim.
 
Para simplificar esta complexa operação, vamos explicar uns poucos fatos sobre a nossa bebida predileta que vão ajudar na hora de fazer escolhas.
 
1 – Diminuindo o número de opções
 
Quem nunca visitou uma loja especializada em vinhos é capaz de se perder lá dentro. Há um pouco de tudo numa confusão visual (para quem não é do ramo) atordoante.
 
Os vinhos podem estar organizados por país produtor, dentro deste por região e finalmente, dependendo das normas locais, por variedade ou estilo.
 
Aqui vai o 1º conselho: simplicidade.
 
Se o leitor já tiver um paladar definido, procure por suas castas prediletas ou cortes elaborados a partir delas.
 
Se ainda não definiu o seu vinho de cabeceira, este é um bom momento para começar a apurar o seu gosto pessoal.
 
Comece pelas principais castas, algumas chamadas de “nobres”, o que não é por acaso: Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir entre as tintas e Chardonnay, Sauvignon Blanc e Riesling entre as brancas.
 
No nosso país podemos acrescentar a esta relação mais algumas castas que são famosas no continente: Malbec, Carménère, Syrah e Tannat, além das brancas Torrontés e Albarinho.
 
Com o tempo, expanda para castas mais regionais como as italianas Sangiovese e Nebbiolo, a espanhola Tempranillo ou as diversas uvas de Portugal (Touriga Nacional, Baga, etc.).
 
2 – Entendendo os rótulos
 
Dependendo das normas de produção de um país e de algumas tradições, os vinhos podem ser rotulados de várias formas, o que pode ser muito confuso:
 
– por casta (varietal);
– por região;
– por nome ou marca.
 
O primeiro tipo é o mais fácil e direto: Cabernet, Merlot, Zinfandel, etc. Não pode haver dúvida, mas é interessante pesquisar um pouco mais, ler o contrarrótulo, em busca de detalhes: nem sempre o conteúdo de uma garrafa deste tipo contem 100% da varietal declarada.
 
Os rótulos por região, muito comum nos vinhos franceses, podem complicar a vida de um comprador leigo.
 
Exemplos clássicos são os rótulos com a expressão Bourgogne: os tintos são Pinot Noir e os brancos, Chardonnay.
 
Vinhos com a indicação Bordeaux são cortes onde predominam Cabernet Sauvignon ou Merlot.
 
Outros países que adotam este tipo de rótulo são Itália (Chianti), Espanha (Rioja) e Portugal (Douro, Dão, etc.).
 
Os rótulos mais enigmáticos são dos vinhos que recebem apenas um nome ou marca, onde o produtor quer prestar uma homenagem ou contar a história de uma vinificação através de uma única palavra ou frase.
 
São, quase sempre, vinhos que de alguma forma fogem à regulamentação do país produtor.
Um exemplo conhecido são os chamados Supertoscanos, elegantes cortes da casta Sangiovese com uvas nobres como Cabernet ou Merlot. Como não poderiam ser vendidos como os vinhos tradicionais, receberam “marcas” que acabaram por se tornar icônicas: Tiganello, Ornelaia, Sassicaia, etc..
 
Outros países que adotam este estilo: Estados Unidos, Austrália, Chile, África do Sul e Argentina.
 
3 – Terminologia
 
Experimentem responder a este desafio: descreva o seu vinho predileto.
 
Parece fácil, mas não é.
 
Não existe uma “linguagem comum” no mundo do vinho. Excetuando-se alguns descritores mais conhecidos, o número de adjetivos que podem ser usados nesta resposta é bastante alto, outro fator que causa confusão, principalmente se o seu interlocutor for alguém encarregado de lhe oferecer um vinho, seja ele um Sommelier, o vendedor de uma loja ou o seu anfitrião numa reunião social.
 
Para sair deste dilema só aprendendo a usar corretamente alguns destes termos o que pode ser feito em cursos de degustação ou com leituras especializadas.
 
Mas muito cuidado na hora de usar: fácil ficar monocórdico e receber a temida pecha de “Enochato”…
 
4 – Safras
 
Saber quais as safras que foram as melhores é para os que realmente são especialistas e profissionais.
O enófilo do dia a dia, por outro lado, deve usar a indicação do ano de vinificação de outra forma, muito mais simples:
 
– saber se é um vinho jovem ou não e degustá-lo de acordo;
– entender que o seu vinho predileto hoje, não vai ser mais o mesmo na próxima safra.
 
Um conselho final com linguajar bem atual: desgourmetize!
Dica da Semana: um bom exemplo para entender rótulos varietais…
 
PALO ALTO RESERVA MERLOT 2012
(60% Merlot, 33% Shiraz, 5% Tempranillo e 2% Viognier)
 
Aroma fresco e complexo.
Notas de frutas vermelhas provenientes da Merlot, notas de especiarias da Tempranillo e notas de damasco da Viognier.
No paladar é suave, fresco e mineral. O carvalho aporta complexidade e doçura.
Harmonização: Bastante versátil, acompanha carnes brancas, risotos, massas e queijos maduros.
 
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