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Serra Gaúcha II

Após o delicioso almoço no Centro Tecnológico da Aurora, nova aventuras nos aguardavam. A próxima parada foi a Tanoaria Mesacaza, uma das poucas em operação no país, localizada em Monte Belo do Sul, outro distrito de Bento Gonçalves.

O Sr. Eugênio é marceneiro por formação e sua oficina é especializada em esquadrias. Convidado a fazer reparos num antigo tonel de carvalho, demonstrou habilidade, criatividade e um interesse em conhecer melhor esta arte. Levado pela Miolo para os principais centros como Itália e Califórnia, não só aprendeu a técnica de produzir as barricas como desenvolveu máquinas e ferramentas exclusivas para este ofício.
 
Assistimos uma demonstração do processo de montagem de um barril seguido da queima, principal operação que acaba por transmitir os aromas e sabores ao vinho. Muito interessante.
 
 
Para os ‘biriteiros’ de plantão há um produto de qualidade ímpar produzido com as sobras de carvalho americano, única madeira usada nesta tanoaria (as barricas francesas, já vêm montadas). As fotos falam por si:
 
 
Para encerrar o dia, nos deslocamos para o distrito de Faria Lemos onde fica a Dal Pizzol, ou melhor, a Vinícola Monte Lemos, que detêm as marcas ‘Do Lugar’ e ‘Dal Pizzol’.

Chegamos ao Parque Temático, um quase museu a céu aberto, sendo recebidos por um dos proprietários o Sr. Antônio Dal Pizzol. A proposta era percorrer o parque e seguir para o restaurante onde seria servido o jantar. Entretanto, ele sugeriu que visitássemos a vinícola primeiro: havia implementado algumas novidades desde a última visita da ABS, há algum tempo atrás.
 
Esta empresa é o que pode ser chamada de ‘Boutique’. Consegue produzir ótimos vinhos em um espaço mínimo. Observem a foto a seguir e tentem descobrir onde está a cantina:
 
 
Acreditem, está no subsolo desta casa de telhado vermelho.

O Sr. Antônio é uma figura muito simpática, falante e profundamente apaixonado pelo que faz. Uma história que começou em 1878 com a chegada dos primeiros representantes desta família aqui no Brasil.

Voltando ao parque, a visita ficou um pouco prejudicada pelo adiantado da hora. Não foi possível apreciar o vinhedo do mundo, uma área plantada com 164 variedades oriundas de 22 países. Na colheita de 2012 chegaram a produzir um vinho, o “Vinus Mundi 2012”, não comercial, com o intuito de divulgar esta curiosa coleção de uvas.
 
O projeto pretende chegar a 400 varietais.

Outro ponto interessante foi a visita à Enoteca. Originalmente nesta área ficava uma olaria da família. Foi desativada. Seu antigo forno foi preservado e adaptado para guardar todas as safras produzidas até hoje pela vinícola. Interessantíssimo! Fomos brindados com duas garrafas de mais de 20 anos que seriam abertas durante o jantar.

Na foto a seguir, o Sr. Antônio frente ao painel descritivo do vinhedo. Reparem que já estava escuro.
 
 
As ilustrações a seguir foram obtidas no site da empresa:
 
 
Vinhedo do Mundo
 
Enoteca
Restaurante
 
Para o jantar foi servida uma releitura da culinária local, tipicamente italiana. Simples mas deliciosa. Um dos pontos altos foram umas batatas assadas com um recheio criado pelo irmão do Sr. Antônio.
 
A harmonização ficou por conta dos vinhos da extensa linha que vai desde o bom espumante, produzido nas instalações da Família Geisse sob supervisão da Dal Pizzol, até os pouco convencionais (para o Brasil) Touriga Nacional e Ancellotta, os melhores para o meu paladar.
 
 
Ao final houve um sorteio de 5 garrafas e a degustação dos vinhos com 20 anos. Era o mesmo vinho, mas cada ‘ampola’ apresentou características um pouco diferentes. Ainda era possível apreciá-los, principalmente por aqueles de paladar mais treinado e apurado que encontram delícias em aromas terciários de couro, tabaco, terra molhada.

Acima de tudo mostrou que vinhos brasileiros produzidos com qualidade podem atingir idades provectas, desde que bem guardados. Mas não é aventura para se tentar em casa.

Chegamos de volta ao hotel após às 23:00. Cansados mas satisfeitos com o 1º dia do passeio. Na ilustração a seguir uma ideia de quão longe fomos.
 
 
Dica da Semana: um vinho desta vinícola
 
Dal Pizzol Ancellotta
Apresenta coloração intensa, vermelho rubi vivo, com aromas de frutas vermelhas maduras, como ameixa e mirtilo. De paladar generoso, persistente, amplo e com taninos macios, é um vinho com estrutura e corpo marcante. Possui paladar redondo, retrogosto agradável com taninos sedosos e civilizados.
Bom para acompanhar carnes vermelhas, caças, pratos com molhos bem condimentados e queijos tipo Camembert, Brie e Provolone.
 
 
 
Para adquirir o barrilete entre em contato pelo site:
http://www.tanoariamesacaza.com.br/

Uvas Autóctones da Itália

A partir desta semana faremos um novo passeio pela “Bota”, um país incrível do ponto de vista enológico com uma diversidade de uvas (e vinhos) difícil de equiparar. Observando o mapa a seguir, é possível identificarmos as diversas regiões em que se divide este cenário: cada uma tem, pelo menos, uma uva e um vinho, únicos.
Como não poderia deixar de ser, o italiano é um apaixonado por seus produtos e cada um vai puxar “a brasa para a sua sardinha”. Nunca vai haver um consenso sobre o que é melhor. O resto do mundo é quem vai escolher. Algumas vezes esta decisão é prejudicada, vinhos encantadores de minúscula produção não saem da comuna em que são produzidos.
São quase 2000 variedades nativas, algumas obscuras, outras bem conhecidas como a já mencionada Nebbiolo ou a Sangiovese. Mas já ouviram falar de Anglianico, Garganegra e Vernachia? Piemonte e Toscana são regiões que estão no vocabulário de qualquer enófilo iniciante, mas o que dizer sobre um vinho da região do Marche denominado “Verdicchio dei Castelli di Jesi”? Podemos assegurar que é um branco lendário (um passo à frente o leitor que conhece ou já provou).
Não se preocupem, não vamos fazer um aborrecido relato sobre todas estas uvas. Destacaremos algumas que, em nossa opinião, merecem ser mais divulgadas. Outras, mais que conhecidas, ainda não tiveram o devido destaque neste espaço e serão visitadas.
Para os leitores mais curiosos, vamos esclarecer algumas dúvidas que já devem estar surgindo ao mencionarmos aqueles estranhos nomes num parágrafo anterior: Anglianico é uma uva tinta das regiões da Basilicata e Campânia; Garganegra, outra tinta, da região do Veneto; Vernachia é uma varietal branca bastante difundida em todo o país. É associada a um excelente vinho da Toscana; Verdicchio é outra varietal branca. Mas ainda não é a hora de falarmos sobre elas o que acontecerá um pouco mais tarde.
Uma Emblemática Italiana?
Este tema está na moda. Até Portugal tenta emplacar a Touriga Nacional como seu eno-emblema. Na Itália este título seria dado para a Sangiovese, a uva mais plantada em seu território, com mais de 100.000 hectares e presente em 53 províncias. Pode produzir desde vinhos sublimes até intragáveis “água de lavar cachorro”. Tudo vai depender do binômio “onde e quem”.

Sangiovese deriva do latim “sanguis Jovis” que se traduz como “sangue de Júpiter”, Deus da mitologia romana. A versão mais aceita sobre sua origem está ligada à cidade de Santarcangelo di Romagna (Emília-Romana), onde um vinho produzido com esta cepa era armazenado em caves conhecidas como Grotte Tufacee, cavadas no Monte Júpiter (Mons Jovis).

Seu grande terroir é a Toscana destacando-se como a principal uva do celebrado Chianti. Mas não é o único vinho obtido com esta interessante uva: Carmignano, Vino Nobile di Montepulciano e Morellino di Scansano são algumas outras denominações. Um dos seus muitos clones produz o fabuloso Brunello di Montalcino (Sangiovese Grosso ou Brunello), para muitos o melhor vinho italiano superando o tradicional Barolo e o moderno Barbaresco.

Na próxima coluna trataremos destes vinhos.
Dica da Semana: um bom Chianti para começarmos a nos ambientar nesta jornada. Esta denominação andou muito desprestigiada e passou por grandes ajustes para recuperar o prestígio.

Confini Chianti Classico DOCG 2009
Produtor: Rocca dele Macie
País: Itália/Toscana
Uvas: 95% Sangiovese, 5% Merlot
Envelhecimento: 6 a 10 meses em barris de carvalho esloveno
Possui cor vermelho rubi vivo, é um vinho frutado, com leves aromas de especiarias, encorpado, com aromas persistentes. Harmoniza com massas, pizzas, carnes vermelhas, queijos duros

Atendendo aos pedidos

Vários leitores, por e-mail, expressaram suas dúvidas sobre a coluna da semana passada. Como o tema é interessante, preparamos esta nova página em cima dos questionamentos. A pergunta mais recorrente foi: 
As garrafas de vinho poderiam indicar a qualidade, a idade ou a origem? 
Com relação à qualidade ou à idade, a resposta é pura e simplesmente um não. Com relação à origem, em certos casos, é perfeitamente possível saber de onde vem o vinho. Vamos elaborar um pouco mais estes pontos. 
Não há como saber, pelo menos para o consumidor final, qual a qualidade do conteúdo, usando apenas a garrafa como indicador. Talvez nos brancos, em cascos claros, seja possível avaliar se o vinho está passado (cor âmbar), e nada mais. Este é o grande trunfo dos falsificadores, ninguém quer arriscar desarrolhar uma garrafa e prová-la antes de colocar num leilão de vinhos antigos… 
Mas há indicadores confiáveis que podem ser usados para qualificar um produto como melhor que outro. O mais visível é o rótulo: procurem por material mais encorpado e impressão nítida. Outro ponto a ser considerado é a chamada cápsula que envolve o gargalo protegendo a rolha: os melhores vinhos usam estanho ou lacre de cera, os vinhos comuns, plástico. A garrafa, hoje, funciona mais como um apelo mercadológico: pode haver novos formatos e rótulos em impressão direta sobre o vidro; o peso, muitas vezes, é usado para passar a sensação de que este é um produto superior – garrafas de mesmo formato com pesos bem diferentes. Dentro, o mesmo vinho… 
Falando em rótulos, nem sempre foram de papel: 

Seguindo certos parâmetros, poderíamos avaliar se uma garrafa é antiga ou nova, mas nada do que vamos aprender, a seguir, vai estar no nosso dia a dia de apreciador de um bom vinho. Observem a próxima foto: 

Está seria uma garrafa de Chateau Lafite, safra de 1789 da adega do Presidente Thomas Jefferson. Era uma fraude, embora a garrafa fosse antiga. Reparem no formato, não é uma bordalesa com pediria o Lafite, se aproximando do formato da Borgonha. 
Um outro exemplo de garrafa nitidamente antiga (ou pelo menos mal cuidada): 

Quanto ao conteúdo… 
O terceiro ponto: se uma garrafa pode indicar a origem do vinho, a resposta é um possível sim, dentro de certos limites. Os formatos descritos na semana passada têm origem precisamente neste fato – os produtores buscavam uma identidade visual para seus produtos. Com a chegada dos vinhos do novo mundo, esta lógica sofreu uma alteração: os novos produtores gostariam que a identidade visual dos seus vinhos remetesse aos vinhos franceses. 
Resumindo: o que se pode esperar de um vinho, numa garrafa Bordalesa, é que ele tenha sido elaborado com uma ou mais castas originárias de lá: Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot, Cabernet Franc, Malbec e Carmenére. O mesmo raciocínio vale para as varietais da Borgonha e do Vale do Ródano (Rhone). Já estamos escutando a nova dúvida: Há exceções? Sim, muitas! 
Não precisamos ir muito longe, Itália, Portugal e Espanha. Quais a garrafas para os vinhos de Touriga Nacional, ou do Tempranillo ou ainda das inúmeras castas italianas? O melhor a fazer, neste caso, é interpretar por aproximação. Por exemplo: vinhos portugueses em garrafa bordalesa são vinificados, com as castas locais, à moda de Bordeaux. 
Podemos ir mais longe: há garrafas italianas que são quase exclusivas. Dois exemplos abaixo: 

A primeira é o clássico Chianti e a segunda o formato usado para os vinhos produzidos na região de Alba, um meio-termo entre os formatos de Bordeaux e Bourgone. 
Algum dos leitores sabe a razão do corpo em palha da 1ª garrafa acima? 

Uma única linha sobre cores: alguns vinhos, principalmente tintos, devem ser protegidos da luz, logo, as garrafas escuras. 
Por que 750 mililitros? 
Esta foi outra dúvida que tem múltiplas respostas; não há consenso entre os pesquisadores. Começamos com um pouco de história. As primeiras garrafas variavam desde 600 ml até 800 ml. Quem mais se preocupava com isto, naquela época, era a Inglaterra: direito do consumidor é coisa séria até hoje. Eventualmente eles teriam padronizado um volume de 1/5 de galão, medida básica do sistema vigente de então. Os norte-americanos copiariam a ideia, adaptando-a para o seu galão (US gallon), o que dava aproximadamente 757 ml, mais tarde arredondada para 750 ml pelo Canadá e EUA, no início da adoção do sistema métrico por estes países (1979). Mas isto não explica a escolha por este tamanho. Eis algumas possibilidades: 
1 – como as primeiras garrafas eram sopradas individualmente, esta medida era equivalente à capacidade pulmonar média dos sopradores; 
2 – o peso de uma garrafa deste volume se aproxima de 1,5 Kg o que é conveniente para o transporte; 
Esta última é a mais curiosa; 
3 – 1/5 de galão era considerado como uma quantidade aceitável para um adulto consumir numa refeição! 
Os Grandes Tamanhos 
Esta foi uma pergunta intrigante: como servir as garrafas de grandes tamanhos? 
A resposta é meio sem graça: como se serve uma garrafa padrão! (mesmo que seja necessária a ajuda de outra pessoa) 
Mas vale a pena levantar outras dúvidas, por exemplo, quando devemos usar tamanhos maiores? 
Se vamos servir durante um evento apenas o mesmo vinho, tinto ou branco, vale a pena usar garrafas Magnum em lugar de várias garrafas normais. A Magnum dupla é mais complicada e servirá melhor para fazer uma performance. Os produtores gostam de exibi-las, é um chamariz! 
Mas se o assunto for espumante, surge um novo problema para ser resolvido: como gelar uma garrafa como a Melquisedec com seus 1,5 metro e 40Kg ou mais? Sinceramente, não é para os pobres mortais. Mas nos grandes restaurantes do mundo, isto não parece ser um grande problema! 

Para futuras referências, uma coleção de diversos formatos: 

Da esquerda para a direita: Bordeaux, Bourgogne, Flauta, Champagne, D’Alba, Marsala, Porto, Húngara, Bocksbeutel (Francônia). 

Dica da Semana: para deixar todo mundo sem entender nada! 

Chianti DOCG 2009 
Produtor: Piccini 
País: Itália 
Região: Toscana 
Fermentação tradicional com controle de temperatura e um longo período de maceração. Maturação: Não passa por madeira. 
Este eterno Best Buy, para a Wine Enthusiast, mostra um bouquet cheio de frutas maduras. No palato é rico e macio, com um toque fresco que o deixa perfeito para acompanhar comida. 
Combinações: Carnes, queijos, massas, risotos e aperitivos. 

(Cadê a garrafa típica?) 

Agradeço a colaboração dos leitores: Sérgio Pirilo, Felipe Carruncho, Augusto Escobar e Giancarlo Marreti, esperando que suas dúvidas tenham sido esclarecidas.

Aberta a temporada de enogastronomia!

Com a chegada das temperaturas mais amenas do outono e inverno, podemos passar a consumir mais vinhos e comidas ricas que combinem com tintos potentes que não seriam as escolhas na época do verão. Os estados da região sul são mais privilegiados com variações de temperaturas menos marcantes. Mas outros cantos deste país, sudeste, norte e nordeste, entre outros, são castigados por inclementes verões e, consumir vinho nestas temperaturas exige alguma engenharia térmica… 
Como aproveitar bem esta temporada? 
Uma das opções mais interessantes, do momento, são os Wine Bars, bastante populares nas grandes capitais. Podem ser descritos como um meio termo entre um restaurante e um bar. Alguns podem ser focados num único tipo de vinho, como as Champanherias, outros se especializam em oferecer um simpático cardápio de acepipes para harmonizar com a carta de vinhos, cheia de interessantes opções. 
Marcio Martins e sua esposa Andréa Svaiter, ele um enófilo, ela jornalista, resolveram fazer uma guinada em suas vidas entrando para o ramo da gastronomia. Aproveitando o espaço de uma antiga lavanderia na Rua Bolivar, em Copacabana, deram partida no projeto de um pequeno bistrô que atendesse a este segmento onde não havia opções como as de seus sonhos. Do nome até o cardápio, passando pela decoração, tudo foi pensado para atender, com categoria, o mais exigente cliente. Contrataram a consultoria dos experientes Chefs Ciça Roxo e Joca Mesquita, responsáveis pelo sucesso do bar de tapas Venga e puseram mãos à obra. 
Vamos conhecer o Zot (*), que apesar de ser homônimo de uma excelente cerveja Belga, tem se tornado uma referência nas harmonizações com vinho. (e cerveja) 

A casa é um charme só com uma decoração moderna, clean, bem iluminada. Simpáticos quadros negros nas laterais oferecem desde as sugestões do dia até criativas mensagens que ajudam na ambientação. O cardápio, pensado para oferecer pequenas porções, é o ponto alto proporcionando diversas experiências a um custo bem adequado ao bolso da maioria dos mortais. Entre opções quentes e frias, destacam-se as crocantes Bombas de Camarão, a saborosa Brandade de Bacalhau com Baroa, o espetacular Salame de Atum e a Degustação de Queijos de Cabra da Fazenda Genève. 

Para harmonizar uma enxuta carta de vinhos com interessantes opções: bons espumantes brasileiros, brancos, tintos e até um solitário rosé. Todos com preços justíssimos. Um fator importante que demonstra a preocupação de Márcio com a sua adega é a presença de vinícolas boutiques brasileiras como Máximo Boschi e Don Guerrino, este último, um dos indicados nesta coluna. 
Para os não enófilos, há uma boa carta de louras… 
Como opção, para os que não desejam consumir uma garrafa inteira, a casa oferece as garrafinhas de 187 ml de vinho com se fossem taças. A política de rolha é correta, o lugar é wine friendly, ou seja, sua garrafa é benvinda. (consulte antes, por favor). 

Não existe um Wine Bar em sua cidade? 
Nas principais capitais ou grandes cidades há sempre uma boa opção. Mas o que falar sobre cidades menores onde o vinho é um artigo raro e difícil de ser adquirido? 
Não desanimem! Está na hora de abrir aquelas garrafas que guardamos diligentemente à espera de uma boa oportunidade. Convide alguns amigos (nada mais triste do que beber um bom vinho sozinho), organize alguns acompanhamentos, queijos, frios, pães, patês e aproveitem a degustação. Sejam simples, sem preocupações com sofisticação. Uma excelente opção para os dias mais frios é uma boa sopa, como um Creme de Cebolas ou um prato de massa, na manteiga e sálvia. 
Saúde e Bon Apetit! 
Contem para a gente se houver um bom bar em sua cidade. 
Cantinho do José Paulo Gils, meu comparsa nesta coluna: 
Concurso Mundial de Bruxelas 2012 elege vencedores 
Nos dias 4, 5 e 6 de Maio, os jurados do Concurso Mundial de Bruxelas 2012, provaram 8.397 vinhos oriundos de 52 países. Para avaliá-los, a organização chamou sommeliers, compradores, importadores, jornalistas e críticos de vinhos. Ao todo foram 320 os jurados, provenientes de 40 países diferentes. 
Os melhores prêmios -Best Wine Trophy, são atribuídos aos vinhos que, dentro de cada categoria (foram seis), receberam a maior pontuação. A que será certamente mais importante, a de vinhos tintos, foi ganha pelo vinho do Alentejo Poliphonia Signature 2008, da Granacer (Reguengos). A Espanha foi o país que mais levou medalhas Grande Ouro – 21 – cabendo à França 15. Portugal e Itália ficaram com 10 cada. 
Eis os vencedores de cada categoria: 
Melhor Espumante: Joly-Champagne Cuvée Spéciale (Champagne – France) 
Melhor Vinho Branco: Hacienda Zorita Verdejo 2011 (Rueda – Spain) 
Melhor Vinho Rosé: Theopetra Estate Rosé 2011 (Meteora – Greece) 
Melhor Vinho Tinto: Poliphonia Signature 2008 (Vinho Regional/Alentejo – Portugal) 
Melhor Vinho de Sobremesa: Samos Nectar White 2008 (Samos – Greece) 

Dica da Semana: um bom tinto de Portugal, preferência nacional. 

Esteva Tinto 2009 
Pais: Portugal/Douro 
Produtor: Casa Ferreirinha 
Castas: Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca 
Atrativo e elegante, alia carácter e versatilidade numa escolha muito acessível, ideal para o dia a dia. Esteva integra a gama de vinhos da celebrada Casa Ferreirinha, a marca especialista com mais tradição de vinhos de qualidade no Douro e uma das suas maiores referências mundiais. Segundo o Wine Advocate, o newsletter de Robert Parker, mostra boa profundidade para sua faixa de preço. 

Fotos do texto obtidas no site Enoeventos. 

(*) Zot Gastro Bar Rua Bolívar, 21 – Copacabana Tel: (21)3489-4363 Horário Terça a quinta: 18-24h Sexta e sábado: 18-01h Domingo: 12-24h

Expovinis 2012

Vamos conhecer o mais importante evento sobre vinhos no Brasil, a EXPOVINIS cuja 15ª edição, ocorreu em São Paulo, nos dias 24, 25 e 26 de Abril de 2012.
A feira é um grande evento privado, organizado por uma empresa especializada, nos moldes de outras exibições semelhantes em todo o mundo. A mais importante de todas é a VinItaly, já na sua 47ª edição prevista para abril de 2013.
Neste tipo de exposição há espaço para produtores, fabricantes de equipamentos e acessórios, negociantes e assemelhados, de todos os países. É uma feira de negócios, uma grande vitrine onde vinhos das mais diversas origens podem ser comparados lado a lado. São ministrados cursos e oferecidas palestras e degustações.
Dividida em duas grandes áreas, Internacional e Nacional, a edição de 2012 bateu todos os recordes de público e expositores: nada menos que 40 vinícolas brasileiras se apresentaram.
O ponto alto é a escolha dos 10 melhores vinhos (Top Ten) por um grupo de jurados de alto nível: Luis Lopes, fundador e diretor da Revista de Vinhos (Portugal), Andrés Rosberg, presidente da Associação Argentina de Sommeliers, Jorge Carrara (revista Prazeres da Mesa e site Basilico), José Maria Santana (revista Gosto), Gustavo Andrade de Paulo (ABS-SP), José Luiz Alvim Borges (ABS-SP), Ricardo Farias (ABS-Rio), Mauro Zanus (Embrapa-RS), Marcio Oliveira (SBAV-MG), José Luiz Pagliari (SBAV-SP/Senac-SP), Roberto Gerosa (portal iG) e Celito Guerra (Embrapa).
As categorias analisadas foram: Tintos, Brancos e Espumantes Nacionais; Espumante Importado; Branco Novo Mundo; Branco Velho Mundo; Rosado (geral), Tinto Novo Mundo, Tinto Velho Mundo e Fortificados e Doces.
Resultados:
ROSÉ: Château de Pourcieux Côtes de Provence – 2011
Produtor: Château de Pourcieux – França – Provence
TINTO NOVO MUNDO: The Bernard Series Small Barrel S.m.v. – 2009
Produtor: Bellingham – África do Sul – Paarl
TINTO NACIONAL: Testardi Syrah – 2010
Produtor: Miolo Wine Group – Brasil – Vale do São Francisco
TINTO VELHO MUNDO: Casa de Santa Vitória Touriga Nacional – 2008
Produtor: Casa de Santa Vitória – Portugal – Alentejo
ESPUMANTE NACIONAL: Quinta Don Bonifácio Habitat Brut
Produtor: Quinta Don Bonifácio – Brasil – Serra Gaúcha
ESPUMANTE IMPORTADO: Lanson Brut Rosé
Produtor: Lanson – França – Champagne
BRANCO VELHO MUNDO: Trimbach Riesling Cuvée Frederic Émile – 2004
Produtor: Pierre Trimbach – França – Alsácia
BRANCO NOVO MUNDO: Undurraga T.H. Sauvignon Blanc – 2011
Produtor: Viña Undurraga – Chile – San Antonio
BRANCO NACIONAL: Sanjo Maestrale Integrus – 2010
Produtor: Sanjo – Brasil – São Joaquim (SC)
DOCES E FORTIFICADOS: Medium Rich Single Harvest – 1998
Produtor: Henriques & Henriques – Portugal – Madeira
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