Muitos leitores, gentilmente, classificaram estas primeiras colunas como um cursinho. Esta é a de número 16 e, daqui a pouco, vamos ser obrigados a emitir um diploma para cada um. Num curso de verdade, as aulas seriam complementadas com degustações de acordo com o tema, coisa que a tecnologia atual do Boletim ainda não permite. A dica da semana, de certa forma, supre esta deficiência, mas nem sempre está relacionada com o assunto discutido.
Hoje vai ser diferente. Não importa o vinho que vamos indicar lá no final. O conteúdo da coluna vai servir.
Começamos pelo acessório mais importante: 
O Saca-Rolhas
Há de todo tipo, tamanho e preço. Entre os enófilos, já virou símbolo de status. Há verdadeiras joias à venda. Os bons saca-rolhas devem ser pequenos, leves e eficientes no que se propõem fazer. Parece óbvio não? As aparências enganam. Muitos tipos simplesmente destroem a rolha ou não oferecem um apoio ou braço de alavanca que minimize o esforço necessário.
Em nossa opinião, o campeão é o tipo usado pela maioria dos garçons e maitres. Preferencialmente um conhecido como duplo estágio ou Sommelier. É completo, incluindo uma pequena lâmina que vai ajudar no corte da cápsula ou lacre. Seu único defeito é ser algo comum, nada importante.
Para aqueles que desejam algo mais sofisticado, o céu é o limite. Vejam as imagens a seguir.

Pela ordem, o Screwpull, que abre uma garrafa com dois movimentos, o modelo a pilha e o de ar comprimido.

Este aqui do lado é um outro acessório importante, o abridor de lâminas paralelas, usado quando a rolha está em mau estado ou quebrou durante a primeira tentativa de extração. Exige algum treinamento para sua utilização correta, mas não é nenhum bicho de sete cabeças. 
Decantadores, aeradores e outros complementos 
Este é outro departamento em que há de tudo. Se valer um conselho, optem pelos mais baratos. A seguir alguns exemplos:
Quatro estilos de decantadores bem diferentes, mas que cumprem sua função. São frágeis, por isto mesmo recomendamos os mais simples. Quebrando, o prejuízo é menor.
Os aeradores estão na moda. São pequenos aparelhos que realizam, dinamicamente, o mesmo trabalho dos decantadores. Práticos e baratos. Abaixo alguns exemplos:
Pela ordem temos o Soirée, o Vinturi e o Wine Finer, muito anunciado por aqui.
Para aquela ocasião que uma garrafa não foi consumida integralmente, existe uma tampa à vácuo. A marca mais conhecida é Vacuvin. Este é um investimento que se paga rapidamente. Uma garrafa selada desta forma dura 4 a 5 dias.
Outros complementos úteis são um termômetro para vinhos e um corta pingos, em geral um disco metálico que é enrolado e introduzido no gargalo. Brinde muito comum em eventos de degustação.
Tá tudo aí?
 
Então vamos à dica da semana:
Dolcetto Monferrato Villa Jolanda 2008
Produtor: Santero / Piemonte – Itália
Uva: Dolcetto
Graduação Alcoólica: 12%
Um Dolcetto macio e cheio de fruta elaborado com competência por Santero. Combina boa acidez e fruta madura em um conjunto bastante equilibrado, ideal para acompanhar massas, pizzas e carnes.