Antropólogos e Historiadores afirmam que tanto o vinho como a cerveja surgiram de forma acidental. Para ser exato, a fermentação de frutas (vinho) ou grãos (cerveja) acontece naturalmente. A “descoberta” foi perceber que esta reação poderia ser controlada e que os resultados obtidos eram deliciosos.

Não estaríamos errando se considerássemos o vinho como uma bebida “artesanal”, até bem pouco tempo atrás. Muitos bons produtores ainda seguem tradições centenárias em suas cantinas. Modernas tecnologias, ali, ainda não são totalmente encampadas, exceto no que diz respeito à salubridade de processos e produtos.

Mas não há como negar: o vinho moderno é um produto que envolve tecnologias de ponta. A fermentação, origem de tudo, passou a ser feita em ambiente totalmente controlado. Robôs emulam a tradicional “pisa a pé” dos tintos portugueses. Processos pós-produção, como micro-oxigenação, filtração, etc…, estão, cada vez, mais sofisticados. Ganha o consumidor.

Olhando para o meio-ambiente, há uma eterna preocupação com insumos que são de origem vegetal e que devem ser preservados. O mais típico são as rolhas de cortiça. Um Sobreiro, árvore de onde se extrai a cortiça, leva 10 anos para poder ter sua capa cortada e transformada em tampas para o vinho.

Se olharmos para os custos, vinhateiros da Austrália e Nova Zelândia pagam muito caro por este produto o que os obrigou a adotarem e desenvolverem as discutidas cápsulas metálicas, entre outras formas de fechamento de uma garrafa que não utilizam a cortiça.

Madeira de Carvalho é outra grande preocupação. O longo ciclo de desenvolvimento desta árvore, conjugado com as “condições normais” para fabricação de barricas e as poucas florestas desta madeira ainda existentes, provocam novas e ousadas soluções.

Há muito se fala e se critica algumas técnicas de envelhecimento, em madeira, que utilizam os subprodutos da produção de carvalho para barris: aduelas, cavacos e até mesmo serragem. Da mesma forma que os produtos de cortiça, a madeira de carvalho é muito cara para alguns países produtores.

A imagem que ilustra este texto é de uma vinícola que já está utilizando uma tecnologia proprietária, “Flexcube”, desenvolvida por um grande fabricante de barricas.

A solução é muito engenhosa. Segundo o fabricante, permite total controle da quantidade de oxigênio que permeia o polímero externo que dá formato ao cubo, como sobre a quantidade e tipo de carvalho que será mergulhado no ‘cubo’. Como benefício adicional, obtém-se uma importante otimização do espaço disponível.

Outro ganho se reflete na preservação do meio ambiente ao se minimizar o uso de árvores para este novo processo.

O mix de aduelas de carvalho, “Barrel Oak“, que disponibilizam para os produtores é fantástico, incluindo diferentes tostas e origens.

Eis alguns exemplos:

Mix de tostas de origem francesa;

Mix de tostas de origem americana;

Mix Lafayette (França + EUA);

Aduelas de florestas do Cáucaso (Rússia ou Eslovênia);

E até mesmo misturas que procuram se aproximar de regiões vinícolas bem específicas, como o Rhône.

Agora só falta provar um vinho destes. Em breve…

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: O dia dos namorados está chegando e nada melhor que convidar aquela companhia especial para degustar um bom vinho.

Quinta de Bons-Ventos Rosé

Elaborado na região de Lisboa pela Casa Santos Lima com as castas Castelão (Periquita), Camarate e Cabernet Sauvignon.

Frutado e delicioso no paladar. Seu moderado teor alcoólico (9,5%) é o ideal para as amenas temperaturas do outono.

Harmoniza com peixes, frutos do mar, comida japonesa, paella.


Dica da minha amiga Regina Perillo para os leitores de BH:

CURSO DE VINHO PODE TORNAR A COMEMORAÇÃO E O PRESENTE DO DIA DOS NAMORADOS AINDA MAIS ESPECIAIS

Que tal presentear o seu amor com um curso de iniciação ao mundo dos vinhos? Para ficar melhor ainda, o ideal é que os dois façam juntos o curso. O dia dos namorados será uma ótima oportunidade para colocar em prática as aulas, fazendo a escolha mais acertada para o presente ou comemoração.

Para junho, a Escola de Vinhos Casa Rio Verde está com inscrições abertas para duas edições: sábado, 1º de julho, das 9h às 19h, e dias 3, 4 e 5 de junho, das 19 às 22h. Os cursos têm 9 horas de duração, abrangendo, entre outros tópicos, informações sobre os tipos de uvas, países produtores, serviço do vinho e harmonização vinho x comida. Na parte prática, são degustados 12 rótulos de diferentes estilos.

As aulas acontecem na Sala Adolfo Lona, na loja de Lourdes, uma das cinco da importadora em Belo Horizonte.

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SERVIÇO – CURSO DE INICIAÇÃO AO MUNDO DO VINHO – JUNHO

Datas:1º de junho (9h às 19h)

3, 4 e 5 de junho (19h às 22h)

Local: Casa Rio Verde – Praça Marília de Dirceu, 104 – Lourdes – BH

Valor do investimento: R$ 299 por pessoa (capacidade 18 pessoas) – sócios do VinhoClube da Casa Rio Verde pagam R$209,30.

Inscrições/informações: https://www.casarioverde.com.br/vinhos/cursos

Telefone: 31-3116-2300