Quase uma unanimidade: quem lembra de um champagne, automaticamente, pensa num nome: Dom Pérignon!

Uma marca, da Casa Moët & Chandon, que homenageia o célebre Monge Beneditino da Abadia de Hautvillers, em Epérnay (século XVII).

O prédio que sediou esta Abadia e os vinhedos originalmente plantados pelos monges, pertencem, atualmente, à Casa Moët & Chandon (grupo LVMH).

Este champagne é considerado como o melhor vinho espumante do mundo, não só por críticos especializados, como pelos fiéis e apaixonados consumidores. Curiosamente, não se enquadra na categoria dos Grand Crus, tudo por um pequeno detalhe, mas muito importante nesta história: o vinhedo da Abadia.

Para se enquadrar na mais alta categoria entre os champagnes, é preciso que as uvas utilizadas venham de vinhedos também denominados como Gran Crus. Na elaboração do Dom Pérignon, usam frutos de alguns destes vinhedos mas uma parcela, vem do vinhedo original, classificado como Premier Cru.

Sempre um corte de Pinot Noir e Chardonnay, só é elaborado em safras consideradas como perfeitas.

Sua primeira produção remonta ao ano de 1921, vinificada para ser o principal rótulo desta tradicional Maison. Naquela época, era um “blend” dos melhores vinhos base, safrados e envelhecidos, que estivessem disponíveis. A primeira venda ao público foi em 1936, o que o torna o Champagne Premium mais antigo de todos.

A partir de 1940, tornou-se um “blend” dedicado a partir de vinhedos exclusivos. Sempre é safrado e não foi lançado em determinados anos.

Existem diversos mitos que circundam o Monge e a marca. O mais famoso lhe concede o título de “Pai do Champagne”. Num outro relato afirmam que ele seria cego ou lhe atribuem a frase “estou bebendo as estrelas”.

São lendas, bonitas e cativantes, que inspiram os consumidores.

Dom Pérignon não inventou esta deliciosa bebida, mas contribuiu, de forma decisiva, no aperfeiçoamento dos métodos de produção. Não era cego, e tinha boa saúde quando assumiu, muito jovem, a responsabilidade de produzir vinhos na Abadia.

Acreditava que o trabalho o aproximava de Deus, e seu objetivo era produzir o melhor vinho do mundo. A fama de suas vinificações chegou à Versalhes, onde Louis XIV reinava.

A famosa frase apareceu, pela primeira vez, num anúncio em 1880, bem posterior aos tempos do Monge.

Este produto sempre foi considerado como uma obra de arte e, três séculos depois, ainda mantém esta estupenda tradição.

O atual Chefe da Cave, Vincent Chaperon, tem à sua disposição oito vinhedos Gran Cru, além das uvas da Abdia. O segredo desta vinificação está no corte, na forma em que as duas castas são dosadas. Depois de fermentado, o vinho passa cerca de sete anos, em média, amadurecendo sobre as suas borras.

Uma bebida complexa e deliciosa, que é reinventada a cada safra.

Honestamente, não existe nada igual.

Preço médio no Brasil: R$ 2.500,00 (safra 2012)

Saúde e bons vinhos!