Existem várias respostas para esta pergunta, bem comum, aliás. A mais óbvia seria se inscrever num curso ou oficina sobre o tema. Há vantagens e desvantagens nesta sugestão: cursos são genéricos e abrangentes e os instrutores nem sempre podem se dedicar a um aluno somente.
Existem outros caminhos que podem ser seguidos. Um deles é muito interessante e consiste em associarmos os sabores aos quais estamos acostumados, por exemplo, café, cerveja, outras bebidas alcoólicas, com vinhos que nos transmitam sensações similares.
A mais popular bebida brasileira é um bom começo. Partindo de algumas formas básicas de preparar um cafezinho, podemos explorar diversas possibilidades. Para começar, responda esta questão básica:
Qual a sua xícara preferida?
Se for um belo e encorpado expresso, a nossa indicação são vinhos bem encorpados como um Cabernet Sauvignon ou um Malbec de primeira linha.
Vamos deixar claro uma coisa: não são sabores iguais, embora seja possível identificar notas de café num vinho que passou por madeira. O que vai tornar esta “semelhança” interessante é o peso da bebida na boca, no nosso jargão, o corpo.
Se a sua preferência for uma das mil variações do nosso café com leite, capuccino, flat White, latte etc., o caminho serão os brancos leves, como um Chardonnay que não foi barricado. Para os que preferem um “pingado”, basta seguir a trilha dos brancos que passaram por conversão malolática, deixando aquelas deliciosas sensações cremosas, como as de laticínios, em evidência.
Para os aficionados pelas cervejas e até mesmo a turma dos refrigerantes, o caminho é o dos frisantes e espumantes. Se quiser ficar dentro da vibe mais recente, não deixem de experimentar um Pet-Nat.
Para alguém da turma que aprecia coquetéis diversos, precisamos de mais informações: qual o estilo que mais lhe agrada.
Misturas mais secas e com notas cítricas, as chances de um Sauvignon Blanc cair no seu gosto é enorme. Ou, quem sabe, um Alvarinho ou um Loureiro, tradicionais vinhos verdes da terrinha, não sejam uma boa escolha?
Se o coquetel for mais adocicado, o ideal seria experimentar um rosado ou o tradicional Pinot Noir. Se for o caso, o Beaujolais Nouveau pode ser bem interessante, mas é um vinho de temporada.
Por último, se você não se encaixou em nenhuma destas categorias, ainda assim temos uma indicação: Pinot Grigio. Um vinho leve, com fama indevida de ser pouco aromático e saboroso, não compartilhada com sua contraparte francesa, o Pinot Gris. Com baixo teor alcoólico e corpo leve é uma ótima primeira experiência.
O que acontece se uma desta opções servir?
A primeira atitude é um conselho que sempre passamos neste blog: anote tudo – nome do vinho, a/as uvas, o produtor e a região. Com estes dados em mãos, na próxima vez que for a um mercado ou loja de vinhos, peça ajuda ao Sommelier para encontrar vinhos semelhantes.
Teste e continue testando e nunca se conforme com a sua “zona de conforto”. A grande diversão deste mundo dos vinhos é encontrar novos caminhos, sempre.
Saúde e bons vinhos!
CRÉDITOS: imagem de pch.vector no Freepik
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