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Confraria do Padreco no Zot

Esta turma sabe aproveitar as boas coisas da vida, amigos de longa data, boa comida e boa bebida. A confraria do Padreco é muito ativa. Para este encontro escolheram o sempre bom Zot (R. Bolivar, 21, Copacabana) tendo como tema genérico “vinhos franceses”, assim mesmo, sem muitas frescuras, mas de forma subentendida, “muito bons vinhos franceses”.

O grupo é eclético e nisto reside toda a graça: há quem não goste de vinhos! Para eles, cervejas, Whisky e até mesmo uma boa pinga. O quadro etílico se completava com um espumante e um Porto.

A noite prometia.

Novamente fui convidado para ajudar a organizar os trabalhos, tarefa que exigiu muita atenção dada à qualidade dos vinhos. Minha contribuição não era francesa e nem mesmo um corte Bordalês elaborado em outro país. Apostei num vinho brasileiro e bem diferente, o bom Inominable Lote V, um elegante e original corte da Vinícola Villagio Grando, em Santa Catarina.

Este vinho é produzido com vinificações feitas (safras) em 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009. As castas utilizadas foram: Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Pinot Noir, Petit Verdot e Marselan. Depois de cortado, passou por um estágio de seis meses em carvalho francês novo durante 180 dias.

Iniciamos os trabalhos por ele. A ideia era criar, não só uma referência, mas também contrastar com o que fosse consumido depois.

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Um vinho desconhecido que agradou a todos que o degustaram. Logo queriam saber mais e onde adquirir. Em face do que estava à disposição para ser consumido em seguida foi uma ótima recepção para o produto nacional.

O vinho mais antigo era um Côtes du Rhône de 2003, Domaine de LA Grangette Saint-Joseph.

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Decidimos abri-lo e decantá-lo, reservando para mais tarde.

O leque de opções era bem variado. Nova garrafas chegavam a todo momento. Optamos por uma degustação tipo horizontal, passando do vinho mais novo ao mais velho, sem nos importarmos muito com as regiões produtoras. Bordeaux dominava claramente. Prevaleceria a máxima “Vinhos Franceses”.

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O grupo, originalmente estimado em 8 ou 9 confrades, rapidamente já havia crescido para 14 pessoas. Outros rumos tiveram que ser tomados.

Como estavam preocupados com o que aconteceria com a turma após um bom número de garrafas, decidiram começar pelas duas melhores e deixar as demais abertas e ao alcance de quem preferisse uma ou outra.

Escolhi estes dois vinhos como os mais significativos até aquele momento:

Um Grand Cru de St. Emilion, o Chateau Le Chatelet, safra 2005 e um Grand Cru Classe, o Chateau La Lagune 2006.

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Ambos corretíssimos, perfeitos para os amantes dos aromas e sabores dos vinhos mais famosos do mundo: couro molhado, tabaco, taninos impressionantemente quietos mas presentes, enfim, vinhos que precisam de paladar apurado para serem apreciados.

Seguiram, sem uma ordem exata já que era difícil manter as garrafas fechadas, os seguintes vinhos:

Um Pinot da Borgonha de François Labet, 2013, que estava no nível dos melhores;

Chateau Margerots 2012, outro bom bordalês, ainda jovem;

La Croix D’Austeran, 2015, muito jovem, mas quem estava preocupado com isto…

Um Malbec de Cahors, Ch. Chevaliers de Lagrezette, 2004, bem diferente dos argentinos que estamos habituados, boa surpresa.

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O vinho no decantador aguardava sua vez quando chegou outro Cotês du Rhône, o Les Combes de Saint-Sauveur, 2015. Partimos para uma degustação comparativa.

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12 anos de diferença separavam estas garrafas da mesma região. Vale a pena lembrar que, na opinião de Robert Parker, o Vale do rio Rhône produz alguns dos melhores vinhos da França e por consequência, do mundo.

A denominação Côtes du Rhône (encostas do Rhône) abrange uma longa extensão indo desde Vienne, no norte, até Avignon no sul (200Km). As castas mais utilizadas são Grenache, Syrah, Cinsault, Carignane, Counoise e Mourvèdre.

Como todo jovem, o de safra mais recente não era páreo para o excelente 2003. Sem dúvida uma deliciosa oportunidade de confrontar diferentes gerações de vinhos.

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Para acompanhar foram servidas diversas tábuas de frios, pães diversos e alguns pratos do cardápio do dia. As demais garrafas foram consumidas (espumante, Whisky, etc) e a festa, já num grupo reduzido, acabou no típico programa boêmio de antigamente, “pizza no Caravelle”, que fica ali do lado.

Isto é Confraria!

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: temos que nos curvar, eventualmente, aos franceses.

VinhoChâteau Labadie Cru Borgeois 2009

50% Merlot, 42% Cabernet Sauvignon, 4% Petit Verdot e 4% Cabernet Franc

Aromas de frutas vermelhas maduras, como cerejas e framboesas, notas de alcaçuz e especiarias, além de toques defumados e de chocolate.

No palato apresenta corpo médio, com taninos sedosos e boa acidez. Seu final de boca é elegante, destacando-se por notas defumados e toques de cerejas e figos.

Harmonização: Carnes vermelhas com molhos intensos, preparações à base de carnes de cordeiro, caça, massas recheadas com ragu de carne e queijos maduros.

Vertical do Esporão Reserva DOC

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Para quem não lembra, uma degustação vertical é a prova de um mesmo vinho em diferentes safras. O conjunto da foto contemplava quatro safras deste vinho português alentejano: 2002, 2003, 2004 e 2005.

Recebi esta caixa de presente há alguns anos e guardei-a para uma ocasião especial. Talvez se residisse em uma cidade de clima mais ameno que o Rio de Janeiro eu a tivesse “esquecido” por mais tempo no fundo da minha adega. Impus aos meus vinhos de guarda um conservador limite de 10 ou 12 anos. O vinho mais velho desta degustação já estava com 14 anos…

Para organizar este evento, contei com a luxuosa ajuda do amigo Ronald Sharp. Prontamente escolhemos o local, o sempre bom ZOT Gastrobar, comandado por outro amigo, Márcio Martins. A relação de convidados não poderia ser muito extensa caso contrário não haveria vinho para todos. Além dos já citados, compareceram: Fábio, Mario, Mario Henrique e Roberto.

Para ser uma vertical, de verdade, elaboramos uma ficha de degustação simplificada que me auxiliaria na hora de escrever sobre a prova.

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A Herdade do Esporão, localizada em Reguengos de Monsaraz, é uma das mais antigas propriedades desta região, estabelecida no ano de 1267.

Estas safras do Esporão Reserva, um dos vinhos emblemáticos de Portugal, foram vinificadas pelo Enólogo David Raverstock a partir das castas Trincadeira, Aragonês e Cabernet Sauvignon, com fermentação em temperatura controlada, seguido de envelhecimento em barricas de carvalho americano durante 1 ano. Após engarrafadas, permaneceram em repouso por mais um ano antes de serem colocadas no mercado.

A garrafa adota o formato da Borgonha numa homenagem ao grande vinho Romanée-Conti. Os rótulos são pequenas obras de arte especialmente desenhados por diferentes artistas portugueses.

A Prova

Para abrir os trabalhos foi servido um espumante branco da Don Guerino. A ideia era limpar o paladar para enfrentar esta mini maratona. A ordem do serviço seria do mais novo (2005), ainda assim um vinho de 11 anos de idade, ao mais velho (2002).

Para acompanhar foi servida, inicialmente, uma tábua de queijos nacionais artesanais. Em seguida uma rodada de um queijo Minas trazido pelo Roberto, e para finalizar uma tábua dos famosos embutidos elaborados pelo Chef do Zot, todos eles deliciosos. Cesta de pães e água completavam o quadro.

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Todos os vinhos estavam perfeitos e alguns deles causaram boas surpresas.

O 2005, mostrava uma bela coloração rubi e ótima limpidez. No olfato os aromas típicos dos vinhos envelhecidos como couro, tabaco e outros conhecidos com terciários. Boa acidez. No paladar era muito equilibrado apresentando marcantes notas de especiarias.

Por ter sido o 1º a ser degustado, serviu de base para a comparação dos demais.

Aberto o 2004, novas surpresas apareceram.

Segundo a maioria era um vinho superior ao anterior. Apresentava uma coloração tendendo ao Granada, um pouco mais opaco que o 2005 mas ainda límpido (sem depósitos em suspensão). No olfato tinha aromas mais pronunciados e apresentava algumas notas cítricas além dos aromas terciários. Após alguma aeração, era possível notar a presença de frutas negras. Muito equilibrado no paladar, taninos suaves e agradáveis.

O próximo vinho, safra 2003, foi considerado por quase todos como o melhor da noite. Bonita coloração Rubi bem fechada, com reflexos verde-esmeralda. Na prova olfativa quase não eram percebidas as notas de couro e tabaco que seriam esperadas num vinho como este. O que se destacava eram frutas maduras e sutis notas cítricas como casca de laranja ou de bergamota.

A opinião geral é que parecia ser um vinho mais jovem que o 2005. Surpreendente. Na prova gustativa mostrou toda a sua força, maciez e equilibrio, boa acidez que emoldurava os sabores frutados.

Como a sequência mostrava uma evolução positiva, cada vinho aberto era superior aos demais, a expectativa em relação ao último vinho da noite era grande.

Sua coloração já tendia para o alaranjado e percebia-se facilmente alguns depósitos em suspensão, o que veio confirmar que fora acertada a decisão de realizar este evento. Se aguardasse mais tempo este vinho não ganharia mais nada e poderia se deteriorar.

No olfato mostrou que ainda estava vivo, com claras notas de ameixa preta, sublinhado por algum tabaco. Havia uma leve predominância de aroma alcoólico. Na boca apresentou uma ótima acidez o que provocou uma divertida tentativa de harmonizá-lo com um pouco de salmão defumado que foi servido na tábua de frios. Funcionou muito bem! Surpreendente para um vinho com 14 anos de elaborado. Certamente não foi o melhor da noite, mas deixou todos muito satisfeitos.

O Resultado

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(a partir da esquerda: Fábio, Ronald, Márcio, Roberto, Mario e Mario Henrique)

Uma última pergunta deveria ser respondida pelos degustadores: Qual o melhor vinho desta vertical?

1º – safra 2003 com 6 votos

2º – safra 2004 com 4 votos

3º – safra 2002 com 3 votos

4º – safra 2005 com 5 votos

Assim como os vinhos, um resultado muito equilibrado.

Bons Vinhos, saúde!

Vinho da Semana: para ninguém ficar com água na boca.

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Esporão Reserva 2012

O corte nesta safra é composto por Alicante Bouschet, Aragonês, Cabernet Sauvignon e Trincadeira. O aroma evoca uma mescla de fruta em compota e coisas balsâmicas: caramelo, favas de baunilha, alcaçuz com tempero de pimenta seca sutil. Tem taninos firmes, mas maduros. Sabor frutado com evocações de café torrado. Boa acidez e bom equilíbrio alcoólico.

 

Encontro de Vinhos 2016 – Rio de Janeiro

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Este é um evento muito interessante que se repete anualmente em várias cidades: Rio, São Paulo, São Roque,  Campinas, Curitiba e Belo Horizonte.

Estivemos presentes na feira do Rio, realizada no dia 3 de março, num dos salões do hotel Windsor Guanabara, no centro da cidade.

A mecânica deste evento é bem simples: compre o ingresso, receba a taça e experimente e compre vinhos, queijos e alguns acessórios. Tudo a preços muito camaradas. Na edição deste ano estiveram presentes os seguintes expositores:

 

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Um dos pontos altos é a escolha dos “Top 5”, divididos em 3 categorias: tintos; brancos e espumantes. Vamos conhecê-los:

Categoria tintos

Torcello Tannat 2014 – produzido no Vale dos Vinhedos e representado pela Cave Nacional, um e-commerce com bons preços (http://cavenacional.com.br/)

Salamanca do Jarau 2012 – bom Cabernet Sauvignon produzido por Vinhedo Routhier & Darricarrère, em Rosário do Sul. (http://cavenacional.com.br/)

Luiz Argenta Cuvée – um corte de Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot. Um dos nossos favoritos. (http://www.luizargenta.com.br/site/)

Dal Pizzol Enoteca 2011 – corte de Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. (http://cavenacional.com.br/)

Quinta do Seival Castas Portuguesas – eterno best buy elaborado pela Miolo, um dos melhores vinhos nacionais. (http://www.miolo.com.br/controller.php)

Categoria Brancos

Miolo Cuvée Giuseppe Chardonnay – excelente vinho, um dos melhores que degustamos neste encontro.

Casa Venturini Chardonnay – esta casta começa a dar certo em vinhos tranquilos. (http://www.casaventurini.com.br/)

L. A. Jovem Sauvignon Blanc – embalado em uma bonita garrafa, este vinho da Luiz Argenta é uma grata surpresa.

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Gomila Branco – um interessante vinho da Eslovênia, elaborado com as castas Sauvignon Blanc e Pinot Grigio. Representado no Brasil pela Douro Vinhos (http://www.dourovinhos.com.br)

Casa Venturini Sauvignon Blanc – a disputa entre os Sauvignon Blanc foi intensa neste Encontro, vários produtos mereceiam estar nesta lista. Este ficou com o 5º lugar.

Categoria Espumantes

Miolo Millesime 2011

Maximo Boschi Tradizionale (http://www.maximoboschi.com.br/)

Cave Pericó Brut Rosé (http://www.vinicolaperico.com.br/content/pt/home/)

Luiz Argenta Brut

Cave Pericó Champenoise Brut

Qualquer um deles poderia estar no 1º lugar. Tarefa difícil de eleger o melhor.

Saiba mais no site do Encontro de Vinhos:  http://www.encontrodevinhos.com.br/

Na próxima semana vamos apresentar os nossos destaques.

Bons vinhos, saúde!

Vinho da Semana: apesar de não estar nos Top 5, nos agradou muito.

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Villa Francioni Sauvignon Blanc – $$

Aromas de maçã verde, pêssego e abacaxi, com notas de flores brancas, mescladas com um toque de noz Moscada e um leve cítrico de limão siciliano.

Sua acidez combina muito bem com frutos do mar, Sashimi, ou mesmo culinária Tailandesa.

Semana dos Vinhos do Tejo 2016

A Grande Prova Anual dos Vinhos do Tejo (2016) acontece neste mês de fevereiro nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Participamos do evento no Rio, ocorrido no dia 23/02, num dos salões do elegante Iate Clube, na Av. Pasteur. Organização impecável a cargo da Wine Senses – Caravana dos vinhos do Tejo, Comissão Vitivinícola da Região do Tejo e Wines of Portugal.

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Mais de 100 rótulos, entre espumantes, brancos, rosés e tintos estavam à disposição do público convidado, além de uma Master Class, sempre um atrativo à parte. Pena que os lugares se esgotaram rapidamente, mesmo antes da divulgação do convite oficial (que nem a mencionou), tudo por conta das redes sociais (Facebook) onde a simples menção da aula fez os convites se acabarem num clique do mouse, com 1 ano de antecedência. Uma lástima…

Quinze vinícolas participaram desta edição:

Adega Cooperativa do Cartaxo – fundada em 1954, produz cerca de 7 milhões de litros por ano;

Agro Batoreu – vinícola familiar, operando desde 1860, produz 200.000 litros de vinhos tintos e 50.000 litros de vinhos brancos por ano;

Casa Cadaval – fundada em 1648, sempre produziu vinhos a granel. Somente a partir de 1994 passou a engarrafar seus produtos;

Casal da Coelheira – uma das mais premiadas de Portugal, alia tradição e modernidade;

Companhia das Lezírias – fundada em 1836, está localizada dentro de uma floresta e mantém um extremo cuidado com meio ambiente e diversidade;

Encostas do Sobral – empresa recente (1999), explora um ótimo terroir obtendo vinhos que foram muito premiados em concursos internacionais;

Enoport – formado por diversas adegas tradicionais é hoje um dos maiores grupos produtores do país, com reconhecimento internacional;

Fiuza & Brigth – nascida em 1985 é uma parceria entre a família Fiuza e o enólogo australiano Peter Bright;

Quinta da Alorna – estabelecida em 1723 por D. Pedro Almeida, vice-rei da Índia e Marquês da Alorna. Exporta para 28 países;

Quinta da Badula – empresa familiar que busca caminhos bem tradicionais na elaboração de seus vinhos como o “pisa a pé”, mas em tanques de inox;

Quinta do Casal Branco – desde 1775, sempre uma pioneira em inovação. Foi a 1ª vinícola da região a usar vapor como forma de energia (1817);

Quinta Casal do Conde – uma das maiores produtoras da região com processos sempre atualizados; Quinta do Casal Monteiro – desde 1928 transformando amor e arte em grandes vinhos;

Quinta da Lapa – estabelecida em 1733, são 300 anos de tradição. Uma das Quintas mais bonitas desta região;

Pinhal da Torre – utiliza métodos biodinâmicos e apenas castas portuguesas. Vinhos muito elegantes.

As principais castas desta região, antigamente denominada Ribatejo, são as tintas Touriga Nacional; Trincadeira; Castelão; Aragonez; Cabernet Sauvignon e Syrah. Entre as brancas destacam-se: Fernão Pires; Arinto; Alvarinho; Chardonnay e Sauvignon Blanc.

O terreno está divido em 3 regiões distintas, cada um produzindo vinhos de características marcantes:

Campo – corresponde a solos mais férteis junto a ambas as margens do Tejo. Clima moderado e úmido;

Bairro – situado na margem direita do Tejo, imediatamente depois da “Campo”. Os solos podem ser argilo-calcáreos ou xistosos;

Charneca – situa-se na margem esquerda do Tejo, imediatamente após o “Campo”. Solos arenosos e secos.

A qualidade dos vinhos provados nos encantou, mas era impossível experimentar todos.

Eis os nossos destaques: Enoport Quinta de S. João Batista Seleção Especial – 100% Touriga Nacional;

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Quinta do Badula Branco – Fernão Pires e Moscatel Graúdo;

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Casa Cadaval – ótimo espumante Tuisca, 100% Pinot Noir;

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Bons vinhos e Saúde!

Vinho da Semana: outro ótimo branco provado na degustação.     

Vinho

Casal da Coelheira Branco 

Interessante corte de 80% Fernão Pires e 20% Chardonnay.

Boa intensidade aromática, com fruta tropical expressiva, mas sem esconder os aromas mais quentes do Chardonnay.

Na boca sente-se a fruta e uma boa acidez, dando frescura e vivacidade, num estilo muito aromático e persistente.

Harmoniza com peixes e mariscos.

Festivais do Vinho em 2016

Mesmo em tempo de vacas macérrimas, sonhar não custa nada. O tema vínico de hoje é uma pedida antiga de alguns leitores que, como eu, sonham em viajar o mundo em rotas de enoturismo.
Selecionamos alguns roteiros com os melhores festivais do vinho, sem esgotar o assunto. São festas bem conhecidas. Em qualquer delas, diversão garantida.

FEVEREIRO/MARÇO – Festa da Uva, Caxias do Sul
Tradicionalíssimo evento brasileiro, cheio de atrações. Celebra a pujança e o êxito do imigrante italiano naquela região: sem eles não existiria o vinho brasileiro.
Neste ano o evento acontece entre os dias 18/02 e 06/03.
Bom programa!

MARÇO – Festa da Vindímia em Mendoza
Tendo como ponto central o espetacular evento que ocorre no Teatro Grego (sábado 5 de março), esta festa começa realmente no mês de fevereiro onde se pode participar de uma colheita ou do início de uma vinificação.
O enoturismo na Argentina é muito bem desenvolvido e a maioria das vinícolas têm orgulho em receber visitantes e fazê-los se sentir em casa.
Degustações em todos os lugares, difícil não passar da conta…
A celebração principal é um espetáculo gigantesco que acontece num teatro ao ar livre especialmente projetado para isto: são 22 mil lugares.
Imperdível!
Reservem com muita antecedência, a cidade fica lotada.

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MARÇO/ABRIL – Festas da Vindímia no Chile
São divididas pelos diversos vales produtores. Quase todas as vinícolas participam de eventos que incluem atividades populares, demonstrações gastronômicas e grandes degustações de vinho.
O portal turístico oficial do Chile apresentou a seguinte programação:

Festa da Vindima do Vale de Colchagua (7-9 de março)
A festa se realiza na Praça de Armas de Santa Cruz, o epicentro de todas as atividades vitivinícolas que se realizam durante o ano no Vale de Colchagua.

Festa da Vindima do Vale de Curicó (27-30 de março)
É a mais antiga festa do Chile com estas características que se celebra na cidade de Curicó, localizada a 190 km ao sul de Santiago.
Um dos pontos altos desse encontro é a pesagem da rainha da festa, colocando-a num lado da balança, e do outro lado garrafas de vinho. Além disto há uma fonte em que a água é substituída por vinho.

Festa do Vinho em Pirque (4-6 de abril)
A pequena cidade de Pirque (a 45 minutos do centro de Santiago) faz parte do Vale de Maipo, de onde provêm os mais clássicos Cabernet Sauvignon do Chile. Participam vinícolas como Cousiño Macul, Concha e Toro, Haras de Pirque e Pérez Cruz, entre outras.

Festa da Vindima Casablanca (12-13 de abril)
Casablanca fica localizada a 40 km a oeste de Santiago. Este ano participarão mais de 10 vinícolas e, no evento, poderão ser degustados seus Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Syrah e outras variedades de tintos. Cada vinícola terá um ponto de degustação e venda de seus vinhos, além de um balcão exclusivo para os espumantes do Vale.
(Existe uma divergência entre as datas sugeridas no portal de turismo e os sites de algumas operadoras de enoturismo. Confirmem antes de decidir viajar)

ABRIL – Adegas Abertas na cidade de AHR, Alemanha
Evento de um único dia. Neste ano será no sábado 16/04. 15 produtores abrirão suas portas para receber os visitantes.
Cursos, degustações, entre outras atividades, estarão disponíveis para os que apreciam os famosos Spätburgunder (Pinot Noir) da região.

JUNHO – Festival do Vinho de Bordeaux
São 4 (quatro) dias de festas entre os dias 23/06 e 26/06. O evento mais interessante é a feira a céu aberto. São 2 Km ao longo do rio Gironde, uma verdadeira rota do vinho, com diversos expositores.

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JUNHO – Batalha do Vinho – Haro, Espanha
Este evento é para quem gosta de se lambuzar de vinho. Vale tudo para encharcar quem está ao alcance de garrafas, jarros, galões e até pistolas de água carregadas com vinho.
Festa tradicionalíssima que é conhecida nos quatro cantos do planeta.
Celebra-se no dia 29/06.

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JULHO – Festa do Vinho Californiano em Santa Bárbara
Comemora seu 13º ano entre os dias 13/07 e 16/07. Em 2014, esta festa ganhou um prêmio da revista Trip Advisor. São mais de 70 vinícolas apresentando seus produtos na orla da praia, num cenário de tirar o fôlego. Os ingressos para os jantares oficiais, cursos e degustações dirigidas, são disputadíssimos.
Aliás, os EUA são pródigos neste tipo de festivais. Há para todos os gostos, inclusive alguns no inverno.

Boa viagem e ótimos vinhos!


 

Vinho da Semana: a dica foi rebatizada! Para celebrar isto, uma boa escolha.

Armador Sauvignon Blanc 2014 – $ – COMPRE AQUI
Notas herbáceas e cítricas dominam os aromas.
Em boca é fresco e mineral, com concentração dos sabores cítricos.
Harmoniza com saladas verdes, peixes leves e crustáceos grelhados, e queijos de cabra.

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