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Comemorações de final de ano: que vinho levar?

Já estamos no final de 2024 e começam, as sempre aguardadas, comemorações que celebram “mais uma jornada realizada”. São momentos de alegria e confraternização, talvez embalados por uma troca de presentes, mas sempre com muita comida e bebida.

Como especialistas em vinhos, somos sempre instados a levar uma boa garrafa ou mesmo coordenar o que vai ser comprado e servido. Nem sempre é uma tarefa fácil. Novas variáveis entram em cena o que exige um pouco mais de planejamento e atenção.

Existem regras de algibeira que são quase infalíveis, por exemplo, aquela que nos recomenda a levar o vinho que estamos habituados a consumir ou um espumante, escolha clássica para este período.

Como diria Pedro Pedreira, um dos divertidos personagens da Escolinha do Prof. Raimundo, genial criação de Chico Anysio, “há controvérsias”.

Apesar de simples e abrangente, a regra mencionada não é uma panaceia universal, infelizmente. Outros fatores podem influir nesta escolha: o local; o tipo de comida que será oferecida; o clima e a lista de convidados.

Como pano de fundo, a nossa reputação de “expert” poderá ser colocada em dúvida se fizermos escolhas inadequadas.

Um primeiro ponto a ser observado é a escolha do local. Se o encontro for em um restaurante ou casa de festas, o vinho escolhido poderá ser bem diferente caso a reunião seja na residência de um dos amigos do grupo ou mesmo em nossa casa.

Outro dado muito importante é saber o número de convidados e, for possível, saber quantos beberão vinho. Afinal, uma garrafa serve uma taça para seis ou sete pessoas.

Pensando nisto, se o encontro for num local público, não adianta levar aquele super vinho, é melhor escolher um bom rótulo que conste da comprida lista de vinhos com bom custo/benefício.

Quase sempre o restaurante escolhido é um local amplo, barulhento, com comandas separadas e rolha livre. Geralmente uma churrascaria, com um bom buffet atrelado. O tradicional Chopp seria a pedida mais comum.

Surge, então, um verdadeiro dilema: levamos um tinto, um branco, um rosado ou espumante?

Não há uma fórmula de sucesso aqui. Se for um tinto, para os carnívoros, escolham um menos encorpado como Merlot ou Tempranillo. Os Brancos são apreciados pelas damas. Prefiram os mais refrescantes e não barricados como Pinot Grigio ou Sauvignon Blanc. Os rosados funcionam como alternativa, sempre gelados e leves.

Pensem nos espumantes como eternos coringas. Ideais para fechar o encontro com o manjado pipocar da rolha e os votos de sempre.

No segundo caso, a nossa seleção do vinho deve ser mais criteriosa, se impondo perguntar ao anfitrião o que vai ser servido. Caso outros amigos também levem vinhos, seria interessante combinar antecipadamente o que cada um vai trazer.

No nosso clima tropical, os brancos e os espumantes seriam escolhas predominantes. Tintos poucos encorpados que possam ser degustados levemente refrigerados, como um Beaujolais Noveau ou um Pinot Noir básico, devem ser considerados.

Não se esqueçam de incluir um vinho para harmonizar com as sobremesas. Uma boa pedida são os deliciosos espumantes elaborados com a casta Moscatel.

Para os mais ousados e destemidos, duas escolhas podem ser muito interessantes. Primeiro, substitua tintos, brancos e rosados por um vinho laranja. Há ótimas opções no mercado. Enfrentam desde um bom naco de carne até um delicado filé de pescado. Sirvam gelados, como os brancos.

A segunda opção é substituir o tradicional espumante, seja um Champenoise ou um Charmat, por um Pet-Nat. São deliciosos, informais e caíram no gosto das novas gerações.

Saúde e bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Zanella – Pedro Espumante Brut 60 meses

Pedro é o espumante ícone da Vinícola Zanella, uma empresa familiar, planejada para elaboração de vinhos diferenciados e originais, refletindo o “terroir” da região de Antônio Prado, entre a tradição da Serra Gaúcha e mundo novo dos Vinhos de Altitude. Vinhedos próprios, cultivados em pequenas parcelas, distribuídas de acordo com a adaptação de cada tipo de uva e buscando a sustentabilidade e o equilíbrio com a natureza.

O Pedro Brut utiliza a clássica técnica de fermentação na garrafa (“Champenoise”), associada a 4 longos anos de espera sobre as leveduras, fez surgir uma face ainda pouco conhecida dos espumantes da Serra Gaúcha, de longo amadurecimento e grande complexidade de sabor. De cor amarelo dourado, é complexo, evoluído, com aromas clássicos da autólise sobre leveduras, do pão torrado, do café mocaccino, das amêndoas, das frutas em calda, damascos, avelãs, da profundidade dos aromas de confeitaria. O paladar traz o equilíbrio de seus componentes de acidez, peso, doçura e sabor longo, persistente.

Para comprar este vinho clique no nome ou na foto. A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Imagem de Eugen Visan por Pixabay

Vinho no Dia das Bruxas

Não era um costume nosso. Importamos o “Halloween” e o abrasileiramos. Uma festa que, na versão original, era mais dirigida para as crianças. Aqui virou brincadeira de gente grande, com reuniões a caráter, boas comidas e bebidas.

Vinho não pode faltar!

Dentro do tema, uma boa opção é preparar uma sangria. Aqui está uma receita testada e aprovada. O segredo do sucesso é a qualidade do vinho e do destilado a ser utilizado, bem como das frutas que vão compor a “poção mágica”:

“Ingredientes”:
1 – Uma garrafa de um bom vinho tinto (Tempranillo, Garnacha, Merlot). Vinho de garrafão “suave” é PROIBIDO;
2 – Um limão e uma laranja, cortados em rodelas (pode-se usar o sumo também);
3 –Açúcar a gosto, mas não exagerem;
4 – Uma dose generosa de um bom destilado (conhaque, cachaça etc.);
5 – Dois copos de Club Soda, Soda Limonada, água tônica ou mesmo um espumante, para finalizar.
Outras frutas podem ser acrescentadas: maçã, pera, pêssego, kiwi, morango. Há quem use especiarias como canela, cravo e noz moscada.
Preparo:
Num recipiente que se assemelhe a um caldeirão, coloque as frutas picadas.
Esmague os cítricos liberando o seu suco. Cubra com o açúcar e o destilado, deixando macerar por algumas horas em local fresco.
Adicione o vinho tinto e deixe macerar mais um pouco, desta vez, dentro da geladeira.
Na hora de servir, acrescente a soda ou o espumante e gelo.

Outra boa brincadeira é servir vinhos com rótulos engraçados que remetam ao tema da festa. Um dos mais conhecidos é o tinto chileno “Casillero del Diablo”.

Existem outras opções, nem sempre fáceis de encontrar: “Pazo das Bruxas”, um belo Albarinho de Rias Baixas, o “Calejon del Crimem”, um vinho argentino nas versões tinto (Malbec) ou branco (Chardonnay) ou o português “Excomungado”, um tinto duriense.

Tradicionalmente, os doces não podem ficar de fora neste dia. Haja chocolate, balas e outras doçuras. Para harmonizar tudo isso só mesmo um belo vinho generoso.

Pode ser um Porto, um Jerez, um Madeira ou um delicioso Marsala.

Talvez um bom LBV seja o mais versátil, com ótimo custo/benefício, devendo ser servido ligeiramente refrescado. Um detalhe que pode fazer toda a diferença seria servi-lo em tacinhas de chocolate.

O quadrinho, a seguir, foi publicado hoje no Instagram de nossa parceira Vanessa Tami Nakamura (@vanessatnakamura). Serviu de inspiração para o tema da coluna.

Saúde e bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Don Guerino – Cemento 2022

Localizada na cidade de Alto Feliz, Serra Gaúcha, a Don Guerino nasceu no início dos anos 2000 pelas mãos da família Motter.
O Don Guerino Cemento é um corte de 40% Cabernet Franc, 30% Malbec e 30% Tannat com amadurecimento por 12 meses em tanques de cimento.
Um vinho de aromas frutados de groselhas, ameixas, figos, notas minerais como grafite e cimento, especiarias como pimenta negra e eucaliptos, sutil vegetal.
Na boca sensação fria, pela passagem em cimento. Intensidade e equilíbrio. Taninos firmes e presentes, acidez crocante e longo final de boca.
Para comprar este vinho, clique no nome ou na foto. A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Imagem de abertura por Freepik

Degustamos 6 Pinot Noir brasileiros

A Cave Nacional, uma empresa especializada em vinhos brasileiros aqui no Rio de Janeiro, promove regularmente degustações comparativas muito interessantes.

Nesta oportunidade, prepararam um “flight” com vinhos elaborados com a Pinot Noir, contemplando seis “terroirs” diferentes: cinco do Rio Grande do Sul e um de Santa Catarina. Além das diferentes regiões, cada produtor optou por um método de elaboração.

Chama a atenção a escolha desta casta, tida por todos como a mais importante e temperamental varietal tinta. Com ela são produzidos os famosos vinhos da Borgonha, entre eles o icônico Romanée-Conti, bem como os melhores Champagnes do mundo, quando é vinificada em branco.

Para os menos atentos, pode parecer exótico que esta uva seja produzida no nosso país. Mas é fácil entender as razões: também produzimos ótimos espumantes!

Implantada, aqui, nos anos 70, esta casta é de difícil manejo e adaptação ao nosso clima mais úmido. Mesmo assim, mestres da vinificação conseguiram dominá-la, elaborando produtos de alta qualidade.

Apresentamos os vinhos degustados e nossos comentários, na ordem em que foram servidos.

1 – Peruzzo 2022 (Campanha Gaúcha)

Ficha técnica resumida: “Um Pinot de boa complexidade. Traz no nariz os aromas de frutas vermelhas como morango e cereja seguindo com especiarias como pimenta preta e cravo além de notas terrosas. Na boca acidez marcante e taninos bem macios trazendo um final de eucalipto.”

Este vinho não passa por madeira. As notas frutadas sobressaem no olfato e no paladar. Perfeito para uma degustação informal.

2 – Pericó Basaltino 2021 (SC)

Ficha técnica resumida: “Elegante, com notas expressivas de amora, ameixa, mirtilo e cereja e notas discretas de pimenta rosa e baunilha, que se entrelaçam com os taninos macios devido à permanência em barricas francesas, tornando-o um vinho envolvente e harmônico.”

Um dos vinhos que mais agradou aos participantes deste evento. Os descritores mencionados são percebidos com facilidade. Muita mineralidade devido ao solo basáltico, que dá nome ao vinho.

3 – Antônio Dias Crespim 2022 (Alto Uruguai)

Ficha técnica resumida: “Aromas de frutas secas, chocolate e especiarias. Na boca, apresenta-se leve, com taninos macios. Amadureceu por 4 meses em barris de carvalho francês de primeiro uso.”

Escolhido ao final da degustação como o melhor de todos. Muito bem vinificado, com excelente tradução do terroir onde é produzido.

4 – Casa Eva 2023 (Flores da Cunha)

Ficha técnica resumida: “Apresenta complexo aroma de frutas vermelhas, como cereja e ameixa passa, com leves notas de damasco e especiarias como o cravo. Em boca tem bom volume, com taninos macios e acidez sutil, retrogosto longo e marcante. 6 meses em barricas de carvalho francês e americano (50%/50%).”

Uma verdadeira bomba de frutas no olfato e no paladar. Foi o vinho mais criticado, com observações como ‘bala tutti-frutti’ ou ‘gelatina de framboesa’. Apesar das críticas, é um vinho bem elaborado. Talvez sua juventude tenha influído no resultado. Alguns anos em garrafa lhe farão muito bem.

5 – Torcello 2022 (Vale dos Vinhedos)

Ficha técnica resumida: “Aroma de frutas vermelhas como cereja, framboesa e morango mescladas com um leve toque de caramelo e chocolate. Em boca apresenta-se em harmonia, com acidez equilibrada e taninos elegantes.”

Um vinho bastante atípico para as características tradicionais desta casta. A coloração mais fechada já era um primeiro sinal. Esta vinícola tem como método de trabalho usar barricas de carvalho americano. A presença de madeira era evidente, mascarando outras notas típicas da Pinot.

6 – Manus 2023 (Encruzilhada do Sul)

Ficha técnica resumida: “Notas terrosas, frutas vermelhas como cereja, framboesa, também chocolate amargo, notas de baunilha e especiarias. Em boca é persistente, equilibrado, com taninos macios e excelente acidez.”

Este foi o vinho que mais nos impressionou. Apesar da safra recente, suas notas aromáticas eram muito difíceis de serem percebidas. Demorou muito para “abrir”. A grande surpresa estava no palato, um delicioso leque de sabores que surpreendeu a todos. Um belo investimento para quem aprecia este estilo.

Foi uma grande oportunidade para aprender mais um pouco sobre a Pinot Noir, os diferentes “terroir” e métodos de elaboração em uso no Brasil. Não havia dois vinhos iguais ou parecidos. Cada um tinha sua personalidade, dividindo as opiniões dos presentes. Todos com muita qualidade.

Entre os melhores o Antônio Dias teve o maior número de votos, seguido pelo Torcello. A única unanimidade foi o Casa Eva.

Saúde e bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Antônio Dias Crespim – Pinot Noir 2022

ANTÔNIO DIAS CRESPIM, é uma homenagem ao patriarca da família, que inspirou o nome da Vinícola. Este vinho vem para enaltecer a história da família e a expressão do terroir do Alto Uruguai.

De coloração rubi de média intensidade, característico desta uva. Aromas de frutas secas, chocolate e especiarias. Na boca, apresenta-se leve, com taninos macios.

Amadureceu por 4 meses em barris de carvalho francês de primeiro uso.

Produção: Foram elaboradas 1.332 unidades.

Para comprar este vinho, clique no nome ou na foto. A Cave Nacional envia para todo o Brasil.

O Julgamento de Londres

No dia 24 de maio de 1976, há 48 anos atrás, aconteceu o famoso Julgamento de Paris, cujo inesperado resultado mudou, significativamente, a indústria de vinhos no mundo.

Steven Spurrier, um dos nomes icônicos do mundo do vinho, encantado com o que havia havia provado na Califórnia, organizou uma degustação comparativa com grandes vinhos franceses. Convidou importantes nomes para serem os juízes.

Ao final, os vinhos norte-americanos foram os vencedores, apesar dos protestos de alguns dos jurados, sob diversas alegações. Pelo menos dois vinhos ficaram muito famosos, Cabernet Sauvignon Stag’s Leap e o Chardonnay Château Montelena, ambos safra 1973.

Julgamento de Paris foi o apelido dado pelo único jornalista presente no evento, George Taber, que publicou uma notinha na poderosa revista Time.

Não poderia imaginar o impacto disto tudo no mundo do vinho. Para quem se interessar em conhecer esta fascinante história, Taber publicou um livro homônimo. O filme Bottle Shock (O Julgamento de Paris, no Brasil, ou O Duelo de Castas, em Portugal), apresenta uma versão romanceada desta degustação.

Na London Wine Fair deste ano, resolveram reviver este evento, com uma roupagem diferente: vinhos europeus versus vinhos do resto do mundo.

A degustação aconteceu no dia 21 de maio. Foram 32 vinhos, provados em pares, por 21 julgadores criteriosamente escolhidos entre “Master of Wines”,  “Master Sommeliers” e nomes renomados dentro deste universo.

A Curadoria foi feita por Sarah Abbott MW e Ronan Sayburn MS. Escolheram, sem dúvida, vinhos formidáveis. Só cabe uma pequena crítica: foi um evento muito dirigido para o consumidor inglês.

Adotaram uma dupla contagem do resultado, para evitar distorções. Escolheram um sistema simples, de 10 pontos. A nota final de cada vinho, seria a soma do que foi atribuído por cada avaliador. Em paralelo, foi feita uma “Contagem de Borda”, uma contagem ranqueada, procurando fugir de decisões fora da curva.

O resultado, obtido somando-se todas as notas, não foi uma surpresa como o do Julgamento de Paris: os vinhos europeus obtiveram 2.621,5 pontos e o resto do mundo somou 2.604,5 pontos. Em termos gerais, houve um empate técnico.

Aqui estão os vinhos, apresentados na ordem em que foram degustados. A título de ilustração, acrescentamos, entre parêntesis, a nota “Vivino” de cada um. Algumas provas foram feitas em dois flights.

Curiosamente, o melhor vinho do certame foi o Pegasus Bay Riesling, Bel Canto 2011, da Nova Zelândia.

Riesling
Mundo: Polish Hill Riesling, Grosset, Clare Valley, Australia 2012 (3,9)
Europa: Trimbach, Riesling Clos St Hune, Alsace, France 2008 (4,3)
Chardonnay 1
Europa: Cervaro Della Sala, Marchese Antinori, Umbria, Italy 2018 (4,4)
Mundo: Kistler Chardonnay, Les Noisetiers, Sonoma, USA 2018 (4,4)
Chardonnay 2
Europa: Corton Charlemagne Grand Cru, Maison Louis Jadot, Burgundy, France 2017 (4,1)
Mundo: Felton Road Chardonnay Block 6, Central Otago, New Zealand 2017 (4,1)
Corte branco
Mundo: Au Bon Climat Hildegard, Santa Maria Valley, USA 2020 (4,3)
Europa: Terre Alte, Livio Felluga, Friuli, Italy 2020 (4,3)
Sauvignon Blanc
Europa: Château Smith Haut Lafitte, Grand Cru Classé, Pessac Léognan, Bordeaux, France 2017 (4,3)
Mundo: Peter Michael Winery Sauvignon Blanc, L’Apres Midi, Sonoma, USA 2014 (4,4)
Texturados brancos 1 (grande impacto no palato)
Mundo: Pegasus Bay Riesling, Bel Canto, Waipara, North Canterbury, New Zealand 2011 (3,9)
Europa: Franz Hitzberger, Grüner-Veltiner Singerriedel, Wachau, Austria 2019 (4,1)
Texturados brancos 2
Europa: Quinta dos Roques Encruzado, Dão, Portugal 2014 (3,8)
Mundo: David & Nadia Chenin Blanc, Skaliekop, Swartland, South Africa 2019 (4,2)
Vale do Ródano
Mundo: Viognier, Tahbilk, Nagambie Lakes, Australia 2011 (3,6)
Europa: St Joseph Blanc Les Oliviers, Pierre Gonon, Rhône, France 2020 (4,4)
Pinot Noir 1
Mundo: Storm Pinot Noir, Ridge, Hemel-en-Aarde, South Africa 2019 (4,2)
Europa: Bonnes Mares Grand Cru, Domaine Dujac, Côtes de Nuits, France 2017 (4,6)
Pinot Noir 2
Europa: Spätburgunder, Weingut Mayer-Näckel, Ahr Valley, Germany 2019 (3,8)
Mundo: Hirsch Vineyards Pinot Noir, San Andreas, Sonoma, USA 2019 (4,4)
Cabernet Sauvignon 1
Mundo: Promontory, Harlan Estate, Napa Valley, USA 2019 (4,7)
Europa: Château Mouton Rothschild, Pauillac, Bordeaux, France 2009 (4,7)
Cabernet Sauvignon 2
Europa: Château Léoville Las Cases, St Julien, Bordeaux, France 2009 (4,5)
Mundo: Viñedo Chadwick, Maipo Valley, Chile 2015 (4,6)
Syrah
Mundo: Homage Syrah, Trinity Hill, Hawkes Bay, New Zealand 2018 (4,1)
Europa: Hermitage Rouge, Jean Louis Chave, Rhône, France, 2012 (4,6)
Texturado tinto
Europa: Saperavi Qvevri, Quevri Wine Cellar, Kakheti, Georgia 2019 (4,1)
Mundo:  Clonakilla Syrah, Canberra, New South Wales, Australia 2015 (4,5)
Grenache/Garnacha
Mundo: Torbreck Hillside Vineyard Grenache, Barossa Valley, Australia 2016 (4,1)
Europa: Clos Magador, Priorat, Spain 2019 (4,5)
Cabernet Franc
Europa: Saumur Champigny, Clos Rougeard, Loire, France 2018 (4,5)
Mundo: Gran Enemigo, Cabernet Franc, Gualtallary, Argentina 2018 (4,6)

Saúde, bons vinhos!

#COMPRE VINHO GAÚCHO!

CRÉDITOS:

Imagem de freepic.diller no Freepik

Fonte: London Wine Fair (em inglês)

Confrarias valem a pena?

Pertencer a uma confraria ou mesmo organizá-la é quase uma certeza na vida de um Enófilo de boa cepa. Nada melhor que degustar um belo rótulo na companhia de bons amigos, em ambiente agradável e com alguns petiscos para harmonizar.

Uma confraria é tudo isto e muito mais, basta ter um pouco de imaginação e uma atitude positiva para, com a força de um grupo, descobrir novos e interessantes caminhos.

Organizar uma confraria é muito simples, basta reunir um grupo, escolher o local e as garrafas e deixar acontecer. Difícil é mantê-la viva, criando desafios a cada encontro, de tal forma que todos fiquem na expectativa do como será o próximo.

Alguns truques são quase óbvios, por exemplo, fazer eventos temáticos abrangendo vinhos e alimentos. Outro caminho é convidar algum especialista para dar uma aulinha sobre o que vão provar. Pode ser um Sommelier conhecido, o simpático vendedor da loja onde compram ou o professor de um curso sobre vinhos.

A escolha do local do encontro também é chave para o sucesso. Uma sugestão, bem aceita, é fazer um rodízio entre os confrades: a cada encontro, um se encarregará de escolher o local e o que será servido. Claro, notas serão atribuídas para cada encontro e um “vencedor” será declarado.

Uma boa confraria pode (e deve) ir além das reuniões periódicas. Um dos pontos fortes é usar a força de um grupo para obter algumas vantagens. Aqui estão algumas delas:

Comprar vinhos em caixas – sempre há descontos para caixas fechadas, seja diretamente na vinícola ou em lojas especializadas. Há, também, a possibilidade de se obter frete grátis, em algumas situações. A compra não precisa ser de um único tipo de vinho, caixas mistas são comuns;

Passeios e viagens – grupos são sempre bem-vindos e, na maioria das vezes, há bons descontos nos ingressos e degustações. Outra grande economia se faz no transporte; alugar uma van é mais interessante do que diversos carros. Dependendo da negociação, os preços de passagens e hospedagem podem ser mais interessantes para um grupo do que individualmente;

Aluguel de espaços para eventos – embora não seja exatamente uma vantagem, dividir o custo por todo o grupo pode viabilizar muita coisa, por exemplo, um curso, uma degustação voltada para algum produtor específico, outros temas como azeites, gastronomia etc.

Alguns subprodutos interessantes:

– Possibilidade de uma vinificação dedicada à confraria, com rótulo personalizado;

– O mesmo raciocínio se aplica para taças e outros acessórios, como decantadores, saca rolhas, bolsas para transporte de vinhos e muito mais.

A pegadinha fica por conta do trabalho para organizar isto tudo, ou seja, não é mais só degustar bons vinhos…

Dois fatores são fundamentais para o sucesso de qualquer confraria, não importando, muito, o tamanho dela:

– Um bom nome;

– Alguém que assuma as rédeas, pelo menos, no início.

Saúde e bons vinhos!

 CRÉDITOS:

Imagem de Freepik

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